Congresso da Rede referenda indicação de Marina Silva como candidata a vice-presidente


Vladimir Chaves

O I Congresso da Rede Sustentabilidade referendou a indicação da ex-senadora Marina Silva como pré-candidata a vice-presidente da República na chapa presidencial do ex-governador Eduardo Campos, do PSB. A decisão foi tomada por aclamação pela plenária.

“É a primeira vez que se está fazendo uma aliança que não é apenas para partilhar um palanque, é para compartilhar um legado. Se a Rede contribuir para o novo presidente de uma Aliança que é fruto de um programa e não de um arranjo eleitoral, que discute ideias e não os minutos de televisão, essa já é uma grande contribuição para a política”, disse, pouco antes da confirmação de sua indicação.

Marina também discursou na abertura do Congresso, que contou com as falas da ex-ministra do STJ e pré-candidata ao Senado pelo estado da Bahia, Eliana Calmon, do Porta-Voz da Rede, Cássio Martinho e do senador Rodrigo Rollemberg, representando o PSB.

A ex-senadora Marina Silva começou sua fala dizendo que, mesmo com as dificuldades impostas para a regularização da Rede, o partido se assumiu como tal, “para contribuir com a renovação da política brasileira”.

“Por onde tenho passado as pessoas estão cada vez mais insatisfeitas com papel de observadoras. Elas querem participar como autores. Estamos vivendo um momento de crise política e em todos os lugares brotam iniciativas de mudança”, afirmou.

Para Marina, o Brasil já reconhece a Rede Sustentabilidade como um partido, mesmo sem o registro. “Ainda não temos o registro, mas o país inteiro nos reconhece como um partido. Participamos de uma coligação e não acrescentamos um segundo de televisão à ela, que é o que as coligações mais prezam. O que nós temos são algumas ideias. Fico muito feliz que o PSB e Eduardo Campos tenha acolhido nossa demanda e a oferta de uma aliança programática.”

“Não é errado governar compondo com outros partidos, ninguém governa sozinho. Mas não pode ser por um pedaço de Estado para chamar de ser, tem que ser pelo compromisso de compor o programa. Se conseguirmos fazer isso no Brasil, é a grande contribuição que damos. Se conseguirmos fazer isso no Brasil, a gente dá a grande contribuição que precisamos”, finalizou.

O Porta-Voz da Rede, Cássio Martinho, disse que a Rede  conseguiu transmitir para a sociedade brasileira seu projeto de uma organização de características novas que pudesse exercer uma política diferente e que o Congresso deve insistir nesse caminho. “Se há uma ideia que deve reger esse Congresso é a ousadia da manutenção da nova política”, explicou.

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