Ricardo Coutinho critica o conservadorismo politico de Veneziano


Vladimir Chaves

O Governador Ricardo Coutinho, desdenhou da estratégia que o peemedebista Veneziano Vital Rêgo, traçou para tentar emplacar seu nome na disputa pelo governo do estado em 2014. Advindo de uma gestão fracassada na cidade de Campina Grande,  correndo contra o tempo para não ser atropelado pelos desejos de José Maranhão, Veneziano, tenta marcar ponto atacando sistematicamente a gestão Ricardo Coutinho.

No entanto, Ricardo Coutinho parece não estar muito preocupado com as movimentações do representante do clã Vital do Rego, afirmando que Veneziano é apenas um jovem que acredita que a politica deve ser algo que passa de família para família, e que não passa de um jovem com uma mente completamente ultrapassada, que não consegue dialogar com o que represente o novo.

De acordo com o governador, a cultura politica do ex-prefeito de Campina Grande, é uma cultura extremamente conservadora que gira em torno da politica das famílias, dos acordos, do toma lá dá cá, uma pratica que   utilizar-se do povo.
Relembrando as eleições de 2004, época em que ele esteve em Campina Grande emprestando apoio ao então candidato a prefeito, o governador se disse frustrado, pois  acreditou na juventude do então candidato a prefeito, achava ele que o candidato por ser uma pessoa jovem pudesse ter também ideias novas, mas que a exemplo da população de Campina Grande o final resumiu-se numa grande decepção. 

sexta-feira, 24 de maio de 2013

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Governo realiza encontro de secretários municipais da Agropecuária e da Pesca


Vladimir Chaves

O Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap), realiza, na próxima terça-feira (28), o Encontro Paraibano de Secretários Municipais da Agropecuária e da Pesca. Um dos objetivos do evento é a assinatura do protocolo de intenções entre o Governo do Estado e os municípios para a implantação do Sistema de Inspeção Agropecuária Municipal, o Sim.

O Encontro, também se propõe a oferecer caminhos para o desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca em todo o Estado. Tem como parceiros a Emater-PB, Interpa, Empasa e Emepa, que vão demonstrar experiências exitosas de convivência com a seca.

A solenidade de abertura será no auditório do Unipê e o público alvo são os gestores municipais, secretários de Agricultura dos municípios, técnicos e servidores da área, além do corpo técnico das secretarias e entidades da cadeia produtiva da Agropecuária Estadual.

A programação inclui a palestra do diretor do Dater – Ministério do Desenvolvimento Agrário, Argileu Martins Silva. O secretário Marenilson Batista destaca que “o Encontro é uma oportunidade de diálogo unificado da Secretaria Estadual com os secretários municipais na busca de soluções conjuntas para problemas relacionados à agropecuária, além da troca de experiências”.

Ao final será elaborada a ‘Carta do Encontro e a criação do Fórum dos Secretários’ contendo todas as deliberações e propostas resultantes do evento que trará o direcionamento das Políticas Públicas para o desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca em toda Paraíba.

Programação:

9h – Acolhida e Credenciamento

9h30 – Abertura Oficial

Assinatura do Protocolo de Intenções entre o Governo do Estado da Paraíba e os Municípios para implantação do Sistema Inspeção Agropecuária Municipal – SIM

10h30 – Conferência Master:

Desenvolvimento Rural Sustentável – Desafios e Perspectivas para a Inclusão Produtiva. Conferencista: Dr. Argileu Martins (Ministério do Desenvolvimento Agrário).

11h30 – Parcerias entre o Governo da Paraíba e os Municípios.

12h30 – Almoço.

13h30 – Parcerias entre o Governo da Paraíba e os Municípios.

15h00 – Produzir e Viver Bem na Paraíba.

Experiências exitosas.

Criações/Cultivos/Atividades não Agrícolas.

16h30 – Paraíba Terra Forte – Os caminhos para o Desenvolvimento Rural Sustentável.

Carta do Encontro e Criação do Fórum dos Secretários.

17h – Encerramento.

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Azulão do Nordeste a ave condenada a extinção!


Vladimir Chaves

O Azulão do Nordeste é uma ave muito cobiçada pela sua beleza , um cantar alto e mais rápido que os demais, além de possuir uma cor chamativa. Por essas características, o Azulão do Nordeste torna-se cobiçada por todos criadores de aves

“O Azulão do Nordeste macho tem uma plumagem azul muito forte, com aparência de cinza em algumas partes. As manchas da cabeça e da asa são um azul céu brilhante, e o bico parece ser maior e mais cônico que nos outros tipos. A fêmea do Azulão do Nordeste é um pouco acanelada. Quando jovem, o Azulão do Nordeste também é acanelado como a cor da fêmea, mas ao passar para a fase adulta, ele troca a plumagem pelo azul que começa aos poucos a surgir algumas penas azuis no meio da plumagem acanelada até ficar completamente azul. Quando jovem o Azulão do Nordeste já canta, mas é na fase adulta que seu canto se torna alto e melodioso atraindo os predadores humanos”, explica o ambientalista Aramy Fablicio.

Hábitos

O ambientalista explica que “o Azulão do Nordeste era encontrado em quase toda a região árida do nordeste. Seu habitat são os arbustos. Esta ave é territorialista. Não é possível vê-la em bando. Se existe um casal em certa localização, só será possível encontrar outro casal em uma certa distância. Os filhotes de azulão ficam com seus pais até um certo tempo, depois já partem para uma vida “independente”, pois o instinto territorialista do azulão não o deixará ficar por perto após estar na fase adulta. Assim, o filhote terá que achar seu próprio território e sua parceira para acasalamento. Se um macho invade o território de outro, com certeza haverá um conflito, e será bem violento. Por isso existe um certo respeito entre as aves e seus territórios, mas sempre há aquele mais valente que, por território ou por uma fêmea, entrará em conflito e conquistará o desejado”.

Reprodução

O azulão se reproduz aqui no nordeste no período das chuvas, constrói seu ninho não muito longe do solo e cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 3 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem entre 13 e 15 dias após a fêmea botar os ovos.

Risco de extinção

“O Azulão Nordestino já estar praticamente extinto, pois não se encontra mais na natureza. Talvez se encontre um ou outro em algum lugar do nordeste, mas ele só estará livre até encontrar um predador humano, pois a procura por esta ave rara é muito grande devido ao seu valor comercial e sua beleza. Quase todo brasileiro conhece o Azulão, mas aprisionado em gaiolas, pois na vida selvagem praticamente não existe mais. Nos anos de 1980 ainda era comum se ver alguns azulões, mas cada vez foi ficando mais raro aqui na Paraíba, hoje é praticamente impossível você encontrar um livre na natureza”, alerta o ambientalista.

Hoje encontramos o Azulão Nordestino aprisionado em gaiolas desde a casa de um simples camponês, nas casas de pessoas em pequenas cidades, médias e grandes metrópoles do Brasil e até do exterior. “Quando criança eu conhecia o Azulão Nordestino aprisionado em gaiolas apenas devido ao seu belo canto, mas hoje os criadores o usam também como ave de briga em rinhas onde rolam altas apostas como as de canário da terra e galo de briga”, Azulão do nordeste é classificado entre os criadores como , azulão de canto " o que serve apenas pra cantar" o azulão de campo " o que serve pra briga que chega a quebrar a perna ou outras partes do corpo de outro azulão ", Este custa mais caro é um sonho de consumo " recorda o ambientalista Aramy Fablicio.

Para Aramy, “A captura é a maior causa das extinções, mas o desmatamento desordenado dos arbustos, árvores nativa das regiões áridas também contribui; Com todos esses fatores a ave foi ficando cada vez mais rara. Se houvesse uma conscientização da sociedade em soltar todos os azulões das gaiolas na natureza, seria difícil a reprodução, pois não teríamos as fêmeas livres na natureza e ainda teria outro problema que seria os capturadores de animais. Seria necessário também um grande trabalho de reabilitação dessas aves e soltas em áreas de preservação ambiental como o Projeto Natureza Livre em Fagundes onde todos os proprietários de terra aderiram à causa ambiental”.

As leis do país proíbem a caça, a captura de animais silvestres e maus tratos a animais domésticos e domesticados, como a lei de nº 9.605/98 e qualquer outro tipo de crime ambiental. Mas “as políticas ambientais são falhas, quase toda casa no Brasil tem um animal aprisionado e não se faz nada. É “normal” vermos aves nas gaiolas em frente às casas, pessoas desfilando com animais silvestres nas ruas, comércio desses animais em feiras livres. Creio que deveria ser tolerância zero, pois quando as pessoas são pegas com drogas ilícitas são punidas, o mesmo deveria acontecer quando pegas com animais selvagens, porém o pior de tudo é a sociedade civil que continua mantendo essas criaturas em cativeiros mesmo sabendo que estão indo contra a lei do homem e a lei de Deus”, desabafa o ambientalista.

"Peço ao ministério do Meio Ambiente , Ibama , Imprensa e toda a sociedade civil do Brasil e do mundo que abrace esta causa em prol do azulão do nordeste, para que não seja mais uma especie na lista de extintos" Ativista Aramy Fablicio.

Se você tem conhecimento de algum crime ambiental denuncie, ligue para Linha Verde 0800-61-8080, e-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br.

Se você é contra a extinção do Azulão do Nordeste, se é a favor da liberdade, ajude assinando essa petição pública

http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N40701

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Cúpula do PMDB ataca Dilma em jantar com Temer


Vladimir Chaves

O clima de confronto entre o PMDB e governo, que já havia marcado a votação da Medida Provisória dos Portos na Câmara dos Deputados, deu o tom do jantar do partido anteontem no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer.

Na avaliação de peemedebistas, a presidente Dilma Rousseff agiu bem ao não comparecer ao encontro que reuniu governadores, ministros e líderes do PMDB. Um deles classificou o jantar de "indigesto" para a presidente, marcado por críticas ao Palácio do Planalto e ao PT da "entrada até a sobremesa". Dilma recusou o convite do vice alegando que sua família estava em Brasília.

O crítico mais ácido da noite foi o governador Sérgio Cabral (PMDB-RJ), seguido dos colegas Roseana Sarney (PMDB-MA) e André Puccinelli (PMDB-MS).

A princípio, o jantar deveria ajudar Temer na missão de superar esse clima ruim com o Planalto. Mas os insatisfeitos desfiaram um rosário.

Os motivos das críticas foram vários: da composição de palanques para disputa eleitoral em 2014 ao projeto que previa a troca do indexador da dívida de Estados e municípios e que o governo decidiu engavetar.

O clima foi tão pesado para Dilma, segundo relato à Folha de pessoas que participaram do jantar, que o líder rebelde do PMDB, Eduardo Cunha, nem precisou falar mal do governo. "Fez apenas ligeiras intervenções", disse um peemedebista.

Cabral disse ser inaceitável dois palanques para a presidente no Rio na disputa de 2014. Ele tenta evitar a candidatura do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) ao governo. Cabral falou da relação que sempre teve com Lula e lembrou que desde o principio, quando se discutia o nome da candidata, ele saiu para dizer que tinha um "Plano D", de Dilma.

E que, se Lula escolheu um sucessor, ele também tem o direito de escolher o seu. Disse que não vai apoiar um projeto que tem um candidato pela manhã e outro à tarde.

Roseana afirmou que, enquanto o partido comanda a pasta do Turismo, com Gastão Vieira, o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B), que é hierarquicamente subordinado à pasta, "conspira contra o partido no Estado". Dino é potencial candidato na próxima eleição.

Puccinelli reclamou que o governo anuncia empréstimos do BNDES e do Banco do Brasil aos Estados, mas os bancos criam dificuldades para a liberação. Os senadores Valdir Raupp (RO) e José Sarney (AP) encabeçaram a turma do deixa-disso. "Olha o 'timing'. Tudo tem seu tempo, não é momento para definir alianças", disse Sarney.

O governo também foi criticado por recuar da proposta que aliviaria a dívida de Estados e municípios. Percebendo que o clima antigoverno não iria melhorar, Temer "apelou para o jantar".

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PMDB lidera pedido de CPI da Petrobras


Vladimir Chaves

Em mais uma demonstração de rebeldia em relação ao Palácio do Planalto, a bancada do PMDB na Câmara teve papel destacado na articulação que levou à apresentação, nesta quinta-feira, de um pedido de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar irregularidades na Petrobras. Das 199 assinaturas apresentadas, os deputados do PMDB foram os responsáveis pelo maior apoio entre os partidos, com 52 nomes.

Ao todo, 63% dos 82 parlamentares da bancada do partido subscreveram o pedido de abertura da CPI. Comandados pelo líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), os peemedebistas estão em rota de colisão desde a Medida Provisória dos Portos. Cunha, contudo, não assinou o pedido.

O pedido de CPI ocorre dois dias depois de um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República e presidente de honra do PMDB, Michel Temer, em que governadores do partido desfiaram um rosário de críticas à aliança com o PT de Dilma Rousseff. A presidente não foi ao encontro.

Em cena presenciada pela reportagem do Broadcast, serviço de tempo real da Agência Estado, o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), mostrou-se surpreso com a adesão em massa da legenda. Raupp não quis dizer se vai trabalhar pela retirada de assinaturas do partido no pedido de criação da CPI. São necessárias pelo menos 171 assinaturas para se criar uma comissão de inquérito. Mas até a sua instalação, elas podem ser retiradas e a CPI não ser aberta.

Na prática, a comissão - que tem na mira apurar a venda de ativos da estatal no exterior - não deve prosperar porque há uma fila de mais de dez pedidos de criação de CPI na frente. O deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), um dos autores do pedido, negou que o objetivo da comissão parlamentar é retaliar o governo. "A Petrobras está conduzindo essas operações de uma maneira muito truculenta e isso é lesivo aos acionistas", disse o parlamentar. Ele defende que, por "interesse nacional", a abertura da CPI da Petrobras passe na frente das demais.

Um cacique peemedebista da Câmara, que pediu para falar reservadamente, disse que a comissão tem objetivo de mandar um recado ao governo. "É mais uma demonstração de insatisfação da base", afirmou o deputado graduado do PMDB. Esse parlamentar disse que a queixa dos parlamentares têm a ver com o corte de R$ 27 bilhões no orçamento anunciados esta semana.

Segundo esse deputado peemedebista, os ministérios do Turismo e da Agricultura, comandado pelos correligionários Gastão Vieira e Antônio Andrade, tiveram um corte, respectivamente, de 76% e 46%. Mas pastas comandadas pelo PT, disse, teriam sido preservadas da tesourada. "Como é que vamos segurar a base, se você não a atende?", questionou. Leonardo Quintão disse que vai procurar os parlamentares que assinaram o pedido de criação da CPI com o objetivo de fustigar a estatal, menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

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Mais uma do PMDB


Vladimir Chaves

Campeão de verbas recebidas da União no ano passado, com mais de R$ 10 bilhões destinados a convênios, o "rj gov gabinete do governador" aproveitou administrativamente e, agora, se prepara para romper politicamente com o governo federal; juras de Sergio Cabral a Dilma parecem ter a mesma seriedade das brincadeiras dele em Paris com secretários e empreiteiros; antecipando antagonismo PMDB X PT em 2014, Cabral pressiona por adesão impossível ao vice-governador Pezão; tudo ou nada é mesmo um bom jeito de fazer política?

Do ponto de vista político, o governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, é um ingrato com a presidente Dilma Rousseff. O campeão. Administrativamente, o Rio de Janeiro de Cabral ocupou, no ano passado, o primeiro lugar no ranking de transferências de verbas da União para os Estados, na forma de convênios. Foram mais de R$ 10 bilhões (R$ 10. 183.715.430,17) repassados diretamente para o "nome fantasia" descrito como "rj gov gabinete do governador", como aparece na tabela Transferências de Recursos por Favorecido (Entes Governamentais), no Portal Transparência, do governo federal. Mais de R$ 3 bilhões a frente do segundo colocado, a Bahia.

Na administração dessa formidável fortuna, Cabral, quando está no Brasil, discursa em palaques de inaugurações, pisa em canteiros de obras e lança pedras fundamentais. Junto a ele, o vice-governador Luiz Fernando Pezão, seu candidato a governador em 2014. O tocador de obras. Endereço maior da Copa do Mundo de 2014 e sede das Olimpíadas de 2016, o Rio foi muito contemplado com verbas para obras de mobilidade urbana, mas é claro que o ótimo relacionamento, até semanas atrás, entre a presidente e o governador contribuiu para o sucesso de uma "verdadeira parceria", como dizia Cabral.

O compromisso político de Cabral com Dilma sempre apontou para uma aliança inquebrantável. A presidente tratou o governador com requintes de primeiro aliado, participando ao lado dele de eventos importantes e fazendo questão de recebê-lo, com Pezão, na condição de cicerones do prefeito reeleito Eduardo Paes, no Palácio do Planalto, imediatamente após a vitória de Paes em primeiro turno. A rigor, Cabral e Pezão não precisavam ter ido. Quem celebrava era Paes, mas Dilma se viu feliz em juntar as mãos com todos eles.

SURREALISMO POLÍTICO - Por motivo fútil e de modo pueril, se o gesto político em curso for classificado por dois de seus nomes verdadeiros na vida real, o governador do Rio está jogando no lixo seu relacionamento privilegiado com a presidente Dilma  por não aceitar um fato externo à vontade dos dois: a candidatura do senador Lindbergh Farias ao governo do Rio. É surreal, mas é o que está ocorrendo. Cabral quer que Dilma, o ex-presidente Lula, de quem sempre se mostrou um amigão do peito, e quem mais possa enfiem uma trava na seção fluminense do PT, sequem e ressequem a candidatura do ex-prefeito de Nova Iguaçu, hoje em segundo lugar nas pesquisas de opinião, atrás do ex-governador Anthony Garotinho. Pezão está comendo a poeira de ambos.

Dilma sempre deixou claro que, no Rio de Janeiro, em razão de todo o histórico de bom relacionamento com Cabral, iria atuar com uma certa discrição e grande distanciamento. Ela gostaria de deixar os pré-candidatos de sua base se viabilizarem naturalmente, sem tentar nem alavancar o nome de seu partido, nem carregar a escolha de seu principal aliado. É o que ela vem fazendo, apesar de todas as provocações lançadas pelo PMDB nas últimas semanas.

Guiado por Cabral, o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, está entrando para a história como aliado mais adversário que Dilma já teve entre os parlamentares. Depois de dificultar de todas as maneiras a aprovação da MP dos Portos, ele enfiou um desconto de 45% na dívida dos Estados, desfigurando o projeto do governo de reforma tributária, e agora alimenta a chama para uma CPI na Petrobras. 

Com esses movimentos concretos e frases do tipo "meu filho também é Neves", além de cartas e caras amarradas, o governador já parece estar se preparando para um desembarque na canoa do presidenciável tucano Aécio Neves. Resignada, a presidente ainda espera a concretização das ameaças em que se transformaram as frases de carinho para tomar suas atitudes. Estas não passarão por retaliações administrativas - os convênios que fazem do Rio um grande canteiro de obras já estão em plena execução --, mas serão politicamente ancoradas na razão e no bom senso. Afinal, é Cabral que está rompendo publicamente, a plena voz, com ela, por causa de um terceiro elemento político. O governador começou a richa, a desenvolve e opera. Dilma estava quieta.

EFEITOS DO FRENESI - Estrategicamente, o frenesi de Cabral pode-se revelar um grande erro. Para o senador Aécio Neves, o ganho é claro, até mesmo pela decepção que deve causar na adversária Dilma. Mas para o próprio Cabral há dúvidas sobre seu efeito positivo. Ele será candidato do PMDB a uma única vaga para o Senado – e não está escrito que, necessariamente, irá ganhar. Em oposição ao governo federal, terá de contar com um Aécio muito forte em sua campanha para ter uma conexão com a política nacional.

Regionalmente, Dilma e Lula, que foram seus maiores eleitores na reeleição, em 2010, estarão num palaque puro-sangue do PT. Pezão, que Cabral tanto quer, não leva jeito, segundo as pesquisas, de virar um grande puxador de votos para o candidato ao Senado. Bem ao contrário. Para alçá-lo até a cadeira que ocupa hoje, o mais certo a dizer é que Cabral estará, ele sim, sozinho. E terá de ganhar duas eleições, a dele e a de Pezão.

Para o alvo dessa trama fluminense, a situação não poderia ser mais confortável. O veto a Lindbergh já vai soando como medo de Lindbergh. Com isso, começa a surgir em torno dele a áurea de candidato a ser batido, ainda que o líder nas pesquisas seja Garotinho – outro que tem a ganhar com o racha PMDB-PT, na medida em que os adversários se engalfinham enquanto ele próprio tem sua casa partidária pacificada.

Alguém precisa avisar o governador que a precipitação é um erro primário na política. Mesmo ainda sendo chamado de Serginho pelos amigos, Cabral já é um veterano. No ano passado, afundado nas agruras políticas da CPI do Cachoeira, ele viu o deputado petista Cândido Vacarezza ser humilhado nacionalmente pela mídia ao ser flagrado no envio de uma mensagem. O petista estava dizendo ao próprio Cabral para que não se preocupasse, porque ele e a bancada do PT iria atuar para barrar sua convocação. Foi o que se viu.

Houve mais empenho do PT em tirar Cabral da frigideira do que um próprio correligionário, Agnelo Queiroz, governador de Brasília, que foi convocado. O partido da presidente também impediu, com seus votos na comissão, a ida até lá do empreiteiro Fernando Cavendish, da Delta, unha e carne com Cabral. Atitudes políticas menos intempestivas do governador, ao mesmo a esta altura do calendário – faltam 17 meses para as urnas de 2014 –, seriam o mínimo que o PT e a presidente poderiam esperar dele. A prosseguir o show de provocações, porém, quem puder mais vai chorar menos.


Do site: Brasil 247

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PMDB é o mais infiel para o Governo Dilma


Vladimir Chaves

Chefiada pela ministra Ideli Salvatti, a Secretaria de Relações Institucionais do Planalto perscrutou o mapa das votações realizadas nas 41 horas que desaguaram na aprovação da medida provisória dos portos.

Constatou-se que, no condomínio governista, o PMDB foi a legenda que mais traiu o governo. Possuem assento na Câmara 24 partidos. No ranking da fidelidade, a legenda do vice-presidente Michel Temer ficou no 17º posto.

Os números foram repassados a Dilma Rousseff. Lê-se no estudo que, o PMDB seguiu a orientação do governo em menos da metade das votações (41,15%). A taxa de fidelidade da agremiação ficou abaixo inclusive do percentual atribuído ao PV (66,1%) e ao PSD (48,73%) –duas legendas que se autodefinem como “independentes”.

Eis a taxa de fidelidade de cada legenda segundo as contas da equipe de Ideli:

PT – 80,95%;


PC do B – 67,03%;


PV – 66,19%;


PDT – 58,42%;


PRP – 57,14%;


PSB – 52,93%;


PTB – 48,94%;


PSD – 48,73%;

PR – 48,57%;


PP – 44,35%;


PMDB – 41,15%. 

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Alunos do Bolsa Família têm aprovação maior que os comuns


Vladimir Chaves

Os alunos do Norte e Nordeste que são beneficiários do programa Bolsa Família passam mais de ano do que o resto dos estudantes brasileiros no ensino médio, de acordo com dados divulgados pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. No Norte e Nordeste, a taxa de aprovação é, respectivamente, 82,3% e 82,7%. Enquanto que no restante do Brasil o número é de 75,2%. A conclusão faz parte do cruzamento de dados do último Censo Escolar, de 2011, com números do MDS. A divulgação foi feita durante o 14º Fórum dos Dirigentes Municipais de Educação, em Mata de São João, na Bahia. “Acho que nunca na historia do mundo a gente teve um indicador social em que as crianças mais pobres fossem melhores que a media nacional”, afirmou a ministra.

“Assim que o Bolsa Família se tornou realidade, passou a ser conjunto para garantir essas crianças na escola. Não só taxa de abandono caiu, como taxa de aprovação melhorou. Pela primeira vez no Brasil, indicadores sociais iguais são melhores do que média nacional. É pouco, mas salto deste tamanho em 10 anos é um espetáculo. São os mais pobres que estão empurrando esses indicadores para cima”, disse a ministra a uma plateia com cerca de mil secretários de educação do País.

Os estudantes cadastrados no programa também superam os que não recebem o beneficio se comparamos os dados nacionais. Em 2011, 79,9% dos alunos do Bolsa Família de todo o Brasil passaram de ano enquanto que só 75,2% dos adolescentes que não precisam da ajuda conseguiram ser aprovados.

De acordo com a ministra, uma das explicações seria que a taxa mínima de presença exigida pelo Bolsa Família é maior do que a estabelecida pelas escolas públicas para os alunos que não estão cadastrados no programa. Abandono escolar é menor entre crianças e jovens que recebem Bolsa Família

Desde 2008, o Censo Escolar já apontava que as taxas de evasão são menores do que a de alunos que não participam do programa. Enquanto a taxa média de abandono escolar para alunos do ensino fundamental naquele ano foi de 4,8%, entre os participantes do programa registrou-se um índice de 3,6%. Entre os alunos do ensino médio a diferença é maior: 14,3% no total contra 7,2% entre os que recebem a bolsa.

Transferência de renda e educação
Desde a sua criação, em 2003, o Bolsa Família articula ações de educação para melhorar a situação de vida dos seus beneficiários. Além do monitoramento da frequência escolar de alunos de 6 anos a 17 anos a cada bimestre, uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Ministério da Educação (MEC) prioriza a implantação do Programa Mais Educação em escolas com maioria de alunos beneficiados pelo programa.

A ação do MEC significa permanência dos estudantes em horário integral na escola. A adesão ao Mais Educação é feita pela escola que recebe recursos adicionais do MEC para desenvolver atividades ligadas ao esporte, à cultura, ao meio ambiente e ao reforço escolar, entre outras. Neste ano, o prazo para adesão ou readesão pelas instituições de ensino termina no dia 31 de maio.

Mais de 11,7 mil escolas se inscreveram no programa do MEC até o último dia 15. Essa quantidade representa 67% do total de unidades com maioria de alunos atendidos pelo Bolsa Família e o cumprimento da meta acertada entre os dois ministérios, que é alcançar pelo menos 50%.

Atualmente, cerca de 32 mil escolas já participam do Mais Educação. Destas, 17,9 mil têm maioria de estudantes do programa de transferência de renda. A meta para este ano é chegar 47 mil escolas no Mais Educação.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

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Um silêncio que preocupa, um silêncio que depõe contra.


Vladimir Chaves

Preocupante o silêncio sepulcral do Partido dos Trabalhadores e do próprio prefeito Luciano Cartaxo, no caso trazido ao conhecimento da opinião pública pelos meios de comunicação e opositores do governo municipal, dando conta de uma suposta pratica de favorecimento politico administrativo entre a gestão petista e um proprietário de cartório.

A gravidade da denuncia exige do PT e do próprio Luciano Cartaxo, uma explicação plausível que possa por fim as especulações que só depõem contra a imagem do partido e sua militância, já cansada de tantas acusações, muitas dessas levianas, mas consideremos que algumas com fundamentos.

Sempre que posso tenho questionado o engessamento das instancias, (municipal e estadual) que num momento critico como esse deveria possuir autonomia para cobrar explicações ao prefeito e de imediato dar uma satisfação à sociedade.


Preocupa-me a forma como muitos dirigentes do PT tem se comportado nas redes sociais em relação a denuncia. Ora! Ao invés de fazerem a defesa do governo, muitos têm optado por buscar denuncias de outros governos na tentativa de justificar as que recaem sobre a gestão petista. É como se estivessem dizendo: “Vocês não podem falar, pois vocês também já fizeram isso”. Esse tipo de defesa é o mesmo que assinar uma carta de confissão.

A exceção do Secretário Rodrigo Soares, nenhum outro auxiliar do governo explicou, ou tentou explicar as denuncias que recaem sobre a gestão. Digo, tentou porque por mais que Rodrigo Soares, tenha se esforçado não conseguiu convencer. Para quem teve a “oportunidade” de ouvir os argumentos de Rodrigo em relação às denuncias, ficou claro que ele não dispunha de dados para atuar naquele momento em defesa do governo. Acredito que na condição de presidente estadual do PT, ele teria melhores condições e argumentos para dar uma satisfação plausível a sociedade.


Na verdade, o secretário que deveria ter ido a público dar satisfação à sociedade, necessariamente teria que ser o que goza de maior transito junto ao governo municipal, o que goza da estrita relação de confiança do prefeito, o que tem acesso direto a agenda do gestor, o secretário que institucionalmente pode e deve falar em nome do prefeito, nesse caso o secretário Chefe de Gabinete, o senhor Zennedy Bezerra. Fica difícil de entender, por qual motivo o secretário mais próximo do prefeito, não foi escalado para dá as explicações que a sociedade espera. Mas, ainda há tempo!

Uma coisa é certa, a denuncia é grave e merecedora de uma explicação, por mais que não existam provas contundentes, e que até que se prove em contrário o prefeito não cometeu ilicitude alguma, cabe ao governo que se pretende ser transparente explicar qualquer que seja a denuncia envolvendo a gestão.

Bom mesmo seria o próprio prefeito ir a público e desfazer toda essa nebulosidade envolvendo seu nome e a gestão. Mas...



"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética... O que me preocupa é o silêncio dos bons." Martin Luther King

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Nelson Anacleto afirma que seguimentos da base do PT defendem aliança com Ricardo Coutinho.


Vladimir Chaves

Ao que parece a tese de fortalecimento do projeto do PMDB, defendida pelo deputado estadual Frei Anastácio, não encontrou ressonância no seio do seu agrupamento político (Movimento PT). Um dos integrantes de sua tendência que parece não convergir com a tese é o vereador da cidade de Lagoa Seca, Nelson Anacleto.

De acordo Anacleto, é muito cedo para qualquer projeção em relação à estratégia de alianças em 2014 na Paraíba. Segundo ele, só após o Processo de Eleições Diretas, é que será possível definir os destinos do partido, já que caberá as forças hegemônicas eleita no PED definirem a politica de aliança.

Anacleto espera ainda, que em 2014 as bases do partido sejam respeitadas. Segundo ele, nos últimos tempos “figuras de proa” do partido tem se sobreposto aos desejos da base.

Mesmo afirmando que é cedo para se discutir alianças, Anacleto deixou transparecer sua preferencia pelo apoio a reeleição do Governador do PSB, Ricardo Coutinho, revelando que existe na base do partido um forte sentimento pelo apoio a reeleição do candidato do PSB.

“Eu entendo que dentro da base do partido tem seguimentos que defendem aliança com o governador Ricardo Coutinho” disse o vereador.

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Prefeita Polyana lança programa “Brasil sem miséria” que possibilita o aumento de benefícios do Bolsa Família


Vladimir Chaves


Pombal tem hoje 4.794 famílias recebendo benefícios do programa Bolsa Família. Esse número, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), representa 47,95 % da população do município. O repasse mensal para essas pessoas é de R$ 732 mil.

Porém, há milhares de outras inscritas, mas que continuam de fora do benefício.

Na última quinta-feira, a prefeita Polyana Dutra lançou o programa “Brasil sem miséria”, que vai identificar a atual situação das famílias do município.

Com o programa, o município poderá abrir espaço para incluir no Bolsa Família as famílias em extrema pobreza já cadastradas e que ainda não recebem os benefícios.

O evento foi realizado no auditório da Secretaria de Educação e contou com a presença de secretários municipais, diretores de bancos locais, representante da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Humano e do Padre Ernaldo José.

Na ocasião, a Secretária de Ação Social, Vanusa Bandeira, disse que a necessidade de implantação do programa foi a partir da constatação de que em Pombal 892 famílias – ou 3.091 pessoas – que vivem em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda mensal inferior a R$ 70.

“Recebemos a determinação da prefeita Polyana para identificarmos essas famílias e oferecermos meios para elas saírem dessa realidade”, disse Vanusa.

Já a coordenadora do programa, Alzira Laisse, apresentou uma síntese do “Brasil sem miséria” e disse que o governo municipal é “comprometido com o bem estar dos seus moradores”.

“Sabemos que a extrema pobreza se manifesta de múltiplas formas além da insuficiência de renda. Insegurança alimentar e nutricional, baixa escolaridade, pouca qualificação profissional, fragilidade de inserção no mundo do trabalho, acesso precário à água, energia elétrica, saúde e moradia são algumas dessas formas”, disse.

Segundo Alzira, os servidores vão até às residências onde farão uma espécie de “recenseamento social” das famílias, inclusive as já inscritas no programa federal.

“O nosso objetivo é saber como vivem as famílias pombalenses. Se os filhos estão estudando e tendo o acompanhamento de saúde. Mas também vamos identificar possíveis irregularidades no pagamento do benefício para quem não se enquadra nas condições do programa”, revelou a coordenadora.

Após a conclusão do levantamento – em três meses – a Secretaria de Ação Social terá o mapeamento da situação e incluirá novas famílias no programa, além de oferecer cursos profissionalizantes para as que estão na situação de pobreza extrema.

“Com isso, não damos apenas o ‘peixe’, mas ensinamos também a ‘pescar’”, disse a prefeita Polyana.

terça-feira, 21 de maio de 2013

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O maior adversário do PT de Campina Grande é o PMDB


Vladimir Chaves


“Se o PT tiver bons nomes para lançar como candidato, que assim o faça. Se o PT tiver o nome seremos sensíveis à convergência.” O que o ex-prefeito e principal adversário do PT de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo, tenta dizer com isso?

Em 2012, ele fez uso desses mesmos argumentos, estaria ele dando um recado ao Partido dos Trabalhadores, de que, o que valeu em 2012 pode si repetir em 2014? Estaria ele afirmando que só permitirá duas alternativas ao PT; candidatura própria ou apoio ao seu nome? Estaria ele antecipando-se, para mais uma vez nos tachar de traidores, caso sigamos um destino que não seja o seu desejo?

Muito me preocupa essa cisma do cacique do PMDB, de achar que o PT pode ser manipulado em prol do seu obcecado desejo de ser governador da Paraíba. Preocupa-me a possibilidade de mais uma vez termos os processos democráticos do PT judicializado.

Não menos grave é a sua tentativa de minimizar tudo que aconteceu contra o PT de Campina Grande, reconhece que houve desgastes entre PT e PMDB, mas que isso é menor. O que será que ele entende por menor? Seria a traição que o PT sofreu nas eleições de 2008, quando acreditou que o PMDB cederia à vaga de vice na chapa encabeçada pelo senhor Veneziano, mas que na undécima hora, foi humilhado quando o próprio PMDB encabeçou o movimento entre as legendas aliadas, para descartar o PT? Seria a imposição de ter o PT na chapa proporcional, para desfrutar dos valiosos minutos que o partido tinha no guia eleitoral, mas que nenhum esforço foi feito para que o PT conseguisse eleger pelo menos um vereador?

O que o cidadão entende por menor, seria as ingerências politica promovidas internamente no partido em 2012? Seria as suas deselegantes e injustas acusações públicas contra nossas principais lideranças? Seria a liberação, para que os seus “colaboradores” detonassem geral a imagem do partido em Campina Grande? Seria a injustiça praticada contra 12 companheiros que colocaram seus nomes a serviço do PT, mas que por força da judicialização do processo eleitoral no PT, sequer puderam ter suas imagens no guia eleitoral do partido? Enfim, o que é menor para o cidadão Veneziano Vital do Rêgo?

Outra tese levantada pelo ilustre cacique do PMDB é a de que o PT participou do seu governo e que teve espaços generosos. Isso é outra meia verdade constantemente repetida por ele, na verdade o PT de Campina Grande, nunca fez parte do projeto de governo de Veneziano, nunca apitou em nada, nunca foi chamado pra nada. Os cargos de destaques (secretarias) a que ele faz referência, na verdade foram ocupados por pseudos petistas, pessoas da sua mais estrita confiança e nenhum deles foi indicação do PT, faziam parte da sua cota pessoal.

Quanto ao compromisso com a eleição da companheira Dilma, a tese segue a mesma linha, ou seja, meias verdades. Como explicar a votação de Dilma em Campina Grande, já que ela contava com o suposto apoio do prefeito. Como explicar que ela tenha ficado em terceiro lugar na cidade, quem em sã consciência e com a mínima compreensão politica pode acreditar que houve empenho dos governistas na campanha de Dilma em 2012?

Toda a cidade sabe que a maioria dos vereadores do PMDB e os partidos aliados do prefeito, bem como a maioria do seu secretariado votaram e fizeram campanha para Marina Silva, não foi à toa que Marina Silva conseguiu ser a segunda colocada em Campina Grande, ficando atrás apenas de José Serra, candidato apoiado por Cássio Cunha Lima.

Sendo assim, não basta minimizar o que foi praticado contra o PT de Campina Grande, não basta subestimar nosso poder de mobilização, não basta tentar costurar o apoio do PT de cima pra baixo, tome como exemplo as eleições municipais de 2012.

Enfim, para se redimir com um gesto de grandeza, deveria começar chamando de volta os infiltrados. Afinal no caso do PT de Campina Grande, a tática do Cavalo de Troia foi nociva para gregos e troianos.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

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Apenas 20% dos médicos estão interessados em áreas carentes


Vladimir Chaves


Mesmo a peso de ouro, prefeituras enfrentam dificuldades para contratar médicos no interior e até na periferia das grandes cidades. Nada menos do que 1.228 municípios pediram ajuda ao Ministério da Saúde para atrair recém-formados neste ano. A intenção era preencher 7.193 vagas, mas só 1.460 médicos demonstraram interesse, o equivalente a 20% da demanda.

Os números são do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), iniciativa do Ministério da Saúde para levar médicos a rincões do país e áreas carentes nas capitais e regiões metropolitanas. O Provab oferece bônus de 10% nas provas de ingresso em residências médicas a recém-formados que trabalharem por um ano em cidades do programa.

Balanço do Ministério da Saúde mostra que 233 cidades não atraíram nenhum interessado. Todos os 1.640 médicos inscritos foram selecionados em fevereiro, isto é, ficaram aptos a fechar contrato imediatamente com as prefeituras. Até a semana passada, porém, só 460 profissionais já tinham começado a trabalhar, enquanto outros 140 estavam em processo de contratação.

A formação e distribuição de médicos em território brasileiro entrou na agenda do Palácio do Planalto. A presidente Dilma Rousseff determinou aos ministérios da Saúde e da Educação que preparem um plano para aumentar o número de médicos no país. O governo está convencido de que faltam profissionais e estuda criar ou ampliar faculdades, assim como facilitar a validação de diplomas de quem se formou no exterior, em países como Cuba, Bolívia e Argentina. Outro projeto é abrir mais 4 mil vagas de residência.

Alta rotatividade entre os problemas

A movimentação do governo desperta reações negativas nas corporações médicas. O Conselho Federal de Medicina divulgou, em novembro, o estudo “Demografia Médica no Brasil”, que apontou 371.788 profissionais em exercício naquele ano, o correspondente a uma taxa de 1,95 médico por mil habitantes. O governo quer elevar essa taxa para 2,5 até 2020 — ou até mesmo 2,7. O CFM, porém, considera o atual número suficiente, e diz que o problema está na má distribuição.

O Ministério da Saúde identificou 2.130 municípios com dificuldade de manter ou expandir o Programa Saúde da Família. As cidades têm direito a um número de equipes proporcional à população. Cada equipe é chefiada por um médico. Segundo o ministério, boa parte das cidades tem direito a mais equipes, mas não consegue criá-las por falta de profissionais.

Outro problema é a alta rotatividade. Em 1.190 cidades, mais de 75% das equipes trocam de médico pelo menos uma vez por ano, o que o governo considera excessivo. Em março, o ministério listou 26 municípios que não tinham médico da Família e outros quatro que não tinham nenhum profissional, conforme o Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). O cadastro revela que apenas 2% dos municípios possuíam taxa superior a 2,5 médicos por mil habitantes, no ano passado.

Sempre que um profissional deixa o emprego, é comum que cidades fiquem semanas ou meses sem médico. Com pouca procura, é preciso elevar salários. Em geral, quanto mais longínquo e precário o município, maior o valor pago ao médico.

No Amapá, o governo do estado cede seus profissionais aos municípios. Sem isso, pequenas cidades ficariam desassistidas. Só que, além do salário estadual, os médicos recebem pagamento das prefeituras, com dinheiro repassado pelo ministério ao Saúde da Família. O Portal da Transparência estadual revela que há médicos ganhando R$ 39 mil brutos por mês. Um deles recebe mais R$ 5 mil da prefeitura de Marzagão (AP) por só um dia de trabalho na semana.

Em Pracuúba (AP), com 3 mil habitantes, a secretária de Saúde, Marly Gomes Vilhena, conta que a cidade passou 8 meses sem médico ano passado. Nesse período, dois enfermeiros cuidavam da população. Hoje, há só uma médica, com salário bruto de R$ 28 mil do estado e R$.5.500 da prefeitura.

— Por causa de nossa carência, o médico está supervalorizado — resume o secretário de Saúde de Macapá, Otacílio Barbosa.

No Pará, a situação não é diferente. Em Santa Maria das Barreiras (PA), o único médico em atividade no mês passado era cubano.

— Os médicos vêm com interesse de ganhar dinheiro. Depois de juntar uma boa quantia, vão em busca de conforto. Não querem ficar a vida inteira aqui — reclamou o assessor da Secretaria de Saúde Charles Lopes Peres.

domingo, 19 de maio de 2013

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