Israel x Irã: Governador, prefeitos e secretários brasileiros no meio da guerra.


Vladimir Chaves


Um governador e diversos prefeitos, vice-prefeitos e secretários brasileiros enfrentam momentos de tensão em Israel após a intensificação dos ataques com mísseis na região. Entre os que aguardam retorno ao Brasil estão o governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), além dos prefeitos de Belo Horizonte (MG), Álvaro Damião (União Brasil), de João Pessoa (PB), Cícero Lucena Filho (PP), e representantes de outros municípios brasileiros. Também integram o grupo vice-prefeitos, secretários estaduais e municipais e três representantes de Mato Grosso do Sul.

A situação forçou o cancelamento de voos e o fechamento do espaço aéreo, impedindo o retorno imediato das autoridades. O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), tem atuado junto ao Ministério das Relações Exteriores para viabilizar a repatriação dos brasileiros.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, divulgou um vídeo em que relata a situação vivida pela comitiva em meio aos bombardeios. Segundo ele, o grupo está em um bunker, onde busca abrigo das explosões constantes. “Estamos em um local protegido, um bunker. Toda hora ouvimos explosões. Mas seguimos firmes, trabalhando por Rondônia”, afirmou Rocha. “Peço que o povo de Rondônia ore por mim e por nossa comitiva”, completou.

Já o prefeito da capital paraibana, Cicero Lucena (PP), publicou em suas redes sociais: “Nos últimos dias, nossa comitiva foi surpreendida pelo conflito no país, enquanto buscávamos inovação e segurança para nossa cidade. Vivenciamos momentos difíceis, noites de tensão e muita ansiedade pela incerteza do retorno ao Brasil.”

A embaixada do Brasil em Tel Aviv acompanha o caso e oferece suporte aos brasileiros que permanecem no país.

Veja a relação completa das autoridades brasileiras em Israel:

Distrito Federal

• Marco Antônio Costa Júnior (secretário de Ciência e Tecnologia)

• Ana Paula Soares Marra (secretária de Desenvolvimento Social)

• Thiago Frederico de Souza Costa (secretário-executivo Institucional e de Políticas de Segurança Pública)

• Rafael Borges Bueno (secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural)

• Denise Figueiredo Passos (acompanhante da primeira-dama)

• Angela Maria Ferreira Lima (acompanhante da primeira-dama)

Goiás

• Pedro Leonardo de Paula Rezende (secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento)

• Rasível dos Reis Santos Júnior (secretário estadual de Saúde)

• Keila Edna Pereira Santos (esposa do secretário Rasível)

Mato Grosso do Sul

• Ricardo José Senna (secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação)

• Christinne Maymone (secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde)

• Marcos Espíndola de Freitas (coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde)

Rondônia

• Marcos Rocha (governador)

• Augusto Leonel de Souza Marques (secretário de Integração)

• Valdemir Carlos de Góes (secretário-chefe da Casa Militar)

• Maricleide Lima da Fonseca (chefe de Agenda do Governador)

• Rute Carvalho Silva Pedrosa (chefe de Gabinete do Governador)

• Renan Fernandes Barreto (chefe de Mídias do Governador)

Consórcio Brasil Central

• José Eduardo Pereira Filho (secretário-executivo)

• Renata Zuquim (diretora de Relações Internacionais e Parcerias)

• Bruno Watanabe (diretor de Projetos)

• Fabrício Oliveira (assessor de comunicação)

• Ana Luisa Farias (analista internacional)

Prefeitos e vice-prefeitos

• Álvaro Damião Vieira da Paz (prefeito de Belo Horizonte-MG)

• Cícero de Lucena Filho (prefeito de João Pessoa-PB)

• Welberth Porto de Rezende (prefeito de Macaé-RJ)

• Johnny Maycon (prefeito de Nova Friburgo-RJ)

• Janete Aparecida Silva Oliveira (vice-prefeita de Divinópolis-MG)

• Maryanne Terezinha Mattos (vice-prefeita e secretária de Segurança Pública de Florianópolis-SC)

• Cláudia da Silva Lira (vice-prefeita de Goiânia-GO)

• Vanderlei Pelizer Pereira (vice-prefeito de Uberlândia-MG)

 Secretários municipais e representantes locais

• Dilermando Garcia Ribeiro Júnior (secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Aracaju-SE)

• Márcio Lobato Rodrigues (secretário municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte-MG)

• Paulo Rogério Rigo (secretário de Proteção Civil de Joinville-SC)

• Francisco Vagner Gutemberg de Araújo (secretário de Planejamento de Natal-RN)

• Gilson Chagas e Silva Filho (secretário de Segurança Pública de Niterói-RJ)

• Alexandre Augusto Aragon (secretário municipal de Segurança Pública de Porto Alegre-RS)

• Verônica Pereira Pires (secretária de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais de São Luís-MA)

• Flavio Guimarães Bittencourt do Valle (vereador do Rio de Janeiro-RJ)

• Davi de Mattos Carreiro (chefe executivo do Civitas – Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro)

• Francisco Nélio Aguiar da Silva (presidente da Famep, ex-prefeito de Santarém e secretário regional de Governo para o Baixo Amazonas-PA)


segunda-feira, 16 de junho de 2025

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Covardia: O impacto que o IOF de Lula causa na vida dos mais pobres, confira.


Vladimir Chaves


O que é o aumento do IOF proposto por lula e como isso atinge o povo, em especial os mais pobres.

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal brasileiro que incide sobre operações de crédito, câmbio, seguros e operações relativas a títulos ou valores mobiliários. O IOF é também parte de gigantesca fonte de arrecadação do governo. Quando há aumento do IOF, seus reflexos são amplos, e os mais afetados, de forma proporcional, tendem a ser os mais pobres.

Aumento do custo do crédito

O principal impacto do aumento do IOF recai sobre operações de crédito, como empréstimos pessoais, financiamentos e uso do rotativo do cartão de crédito. Isso afeta especialmente a população de baixa renda, que muitas vezes depende desses instrumentos para lidar com imprevistos ou complementar o orçamento mensal.

Consequência direta: os juros pagos pelos consumidores ficam ainda mais altos.

Reflexo social: o crédito mais caro dificulta o acesso a bens duráveis, serviços essenciais (como saúde e educação privada) e até mesmo investimentos produtivos de pequenos empreendedores.

Repasse de custos por empresas

Empresas que realizam operações financeiras- especialmente de crédito e câmbio - também sofrem aumento de custos com o IOF. Como forma de compensar, muitas repassam esses custos aos consumidores por meio do aumento de preços de produtos e serviços.

Efeito inflacionário indireto: a carga tributária maior se transforma em aumento de preços, o que pesa mais no bolso dos consumidores de baixa renda, que gastam uma maior proporção da renda com consumo básico.

Encarecimento do câmbio e importações

O IOF sobre operações de câmbio (como a compra de dólares, envio de dinheiro para o exterior ou uso de cartão de crédito internacional) também encarece essas transações. Mesmo que isso pareça atingir apenas quem viaja ou compra do exterior, há efeitos indiretos mais amplos.

Combustíveis: como o Brasil importa parte do petróleo e derivados, o dólar mais caro (por efeito do IOF) encarece os combustíveis, que são repassados ao consumidor.

Produtos importados: itens eletrônicos, alimentos, insumos industriais - todos esses podem subir de preço, o que afeta toda a cadeia produtiva e, por consequência, o custo de vida.

Conclusão

O aumento do IOF tem reflexos que vão além da simples arrecadação fiscal. Ele contribui para o encarecimento do crédito, pressiona os preços dos produtos e serviços, amplia as desigualdades econômicas e penalizam de maneira mais severa justamente quem mais depende de crédito e serviços essenciais: a população de baixa renda. Covardia!

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IOF abala relação entre governo Lula III e Congresso Nacional


Vladimir Chaves


A semana terminou com uma série de más notícias para o governo Lula III. Após semanas de negociações, devido à crise gerada pela tentativa de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a relação entre o Planalto e o Congresso Nacional azedou de vez. A postura desfavorável dos parlamentares ao pacote de medidas alternativas apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, culminou com a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), de pautar nesta segunda-feira, 16, o requerimento de urgência que derruba o decreto que amenizou o reajuste do imposto.

Além da insatisfação com a proposta apresentada pela equipe econômica do Executivo, a demora no pagamento das emendas parlamentares contribui com a falta de vontade do Congresso em trabalhar a favor das medidas. O embate a respeito desses repasses ocorre desde o início da atual gestão e se intensificou ainda mais nesta semana com a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, de cobrar, mais uma vez, esclarecimentos sobre a transparência e a rastreabilidade do processo. A expectativa do governo é melhorar a relação com o Parlamento a partir do aceleramento da liberação dos recursos.

No entanto, mesmo com a previsão de votação da urgência do Projeto de Decreto Legislativo (PDL 314/2025), ainda não há certeza se, de fato, o texto será derrubado, mesmo com pressão da oposição e de partidos do Centrão. Por enquanto, o movimento funciona como um recado claro da insatisfação da Casa com a articulação política de Haddad, que virou alvo de críticas abertas pela forma como tem encaminhado o alinhamento das propostas. Líderes do governo indicam que apenas a urgência será votada, sem ter ainda expectativa para ser realizada a análise do mérito.

Para ser aprovada, a urgência precisa de 257 votos favoráveis dos 513 deputados. Se passar, a matéria pode ser votada diretamente no plenário. Devido ao feriado da próxima semana e aos festejos juninos, em que os parlamentares retornam às suas bases eleitorais, a expectativa é que essa votação não ocorra, pelo menos, nas próximas duas semanas. Esse tempo pode ser essencial para que o governo apresente outras alternativas, que envolvam mais medidas de corte de gastos, atendendo às recomendações dos deputados.

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