PMDB, PT, PSDB e PP são os
quatros maiores partidos com representação na Câmara dos Deputados e já
definiram suas prioridades para o ano legislativo. Juntas, as quatro legendas
somam 225 deputados.
Todos querem a reforma
política, apesar das divergências quanto a pontos específicos das mudanças no
sistema politico-eleitoral.
A Reforma Tributária é
outra muito citada pelos líderes partidários. Já temas polêmicos, como o ajuste
fiscal e a investigação de irregularidades na Petrobras, dividem opiniões de
acordo com a tendência governista ou oposicionista do partido.
Posição do PMDB
Atualmente com 67
deputados, o PMDB detém a maior bancada da Câmara. O líder peemedebista,
deputado Leonardo Picciani (RJ), promete colaborar com a governabilidade em
tempos de crise econômica e de relações ainda estremecidas dentro da base
governista. "O PMDB tem uma postura de responsabilidade, de não apoiar
medidas que causem impacto financeiro, ainda mais em um momento de crise. Sob a
premissa da responsabilidade, nós traremos todos os temas para debate na
bancada.”
Na opinião de Picciani, as
prioridades já estão definidas na pauta da Casa: a Reforma Política e a
instalação da CPI da Petrobras. “Esse Congresso terá condição de fazer as
reformas política e tributária e fazer uma discussão muito profunda do pacto
federativo, redistribuindo riquezas e oportunidades".
Posição do PT
O PT tem 65 deputados e
prioriza o reequilíbrio da economia sem impacto negativo nos direitos dos
trabalhadores. O líder petista, deputado Sibá Machado (AC), garante apoio ao
ajuste fiscal do Executivo, mas ressalta a necessidade de o partido também
focar os interesses de seus militantes. "A presidente Dilma é do PT, mas o
PT não está sozinho no governo. Então, ela tem que olhar para o país inteiro,
independentemente de coloração partidária. Quanto à bancada do PT, nós temos
que olhar para a nossa militância e para as bandeiras e causas para as quais
fomos colocados nesta Casa.”
Posição do PSDB
Maior partido de oposição
na Câmara, o PSDB tem 53 deputados com uma extensa pauta para se contrapor aos
governistas. Propostas de regulamentação econômica da mídia e de ajuste fiscal,
por exemplo, sofrem restrições por parte dos tucanos.
O líder do PSDB, deputado
Carlos Sampaio (SP), garante total apoio da oposição à CPI da Petrobras e à
fiscalização sobre os cortes orçamentários do Executivo. "O PSDB e as
oposições em geral vêm com uma forma mais vigorosa e rigorosa, com o apoio de
51 milhões de habitantes que apostaram no estilo do Aécio Neves e não no engodo
da presidente Dilma. Diante deste cenário, quais são as nossas prioridades? A
primeira delas é continuar com o compromisso ético, combatendo qualquer desvio
de finalidade desse governo.”
Sampaio acrescenta que
temas de interesse nacional, de combate à corrupção e de defesa da ética na
política serão abordados diariamente pelas oposições, aqui no Parlamento, ao
longo de 2015.
Posição do PP
A quarta maior bancada da
Câmara é do Partido Progressista, com 40 deputados. O líder do PP, deputado
Eduardo da Fonte (PE), prevê um ano difícil, mas com plenas condições de
avanços, inclusive em uma "Reforma Tributária que simplifique o processo
de arrecadação do País".
Segundo Fonte, o partido
continuará apoiando a governabilidade do País. “Continuaremos trabalhando em
busca de conquistas para os trabalhadores e de melhoria na qualidade de vida do
povo brasileiro. Será um ano de arrumação, em que teremos de tomar posições
difíceis. Estaremos trabalhando pela governabilidade do País, colocando em
primeiro lugar o nosso País e o nosso povo."