Bolsonaro: criminoso é quem deve temer a lei, não o cidadão


Vladimir Chaves


O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (3) que o pacote anticrime, em tramitação no Congresso Nacional, foi elaborado “para ser temido por marginais e não pelo cidadão de bem”. Ele fez críticas a “órgãos da Justiça e do Ministério Público, que buscam transformar auto de resistência em execução”.

“O ativismo em alguns órgãos da Justiça e do Ministério Público na política busca, cada vez mais, transformar auto de resistência em execução. É doloroso você ver um policial chefe de família preso por causa disso. Muitas vezes vemos policiais militares serem alçados por uma função, aí vem a imprensa dizer que ele tem 20 autos de resistência. Tem de ter 50. É sinal de que ele trabalha, que faz sua parte, e de que ele não morreu”, disse o presidente, na cerimônia de lançamento das campanhas publicitárias a favor do pacote, no Palácio do Planalto.

Autos de resistência ocorrem quando policiais usam dos “meios necessários” para efetuar prisões contra pessoas suspeitas de terem praticado um crime. Já o excludente de ilicitude, ao classificar essa ação como legítima defesa por parte do policial, exime dele, qualquer ilícito consequente. As duas ferramentas jurídicas estão entre os pontos polêmicos do pacote anticrime original apresentado pelo governo. Segundo seus críticos, tanto os autos de resistência como os excludentes de ilicitudes seriam uma espécie de carta branca para a polícia matar.

“Queremos mudar a legislação para que a lei seja temida pelos marginais e não pelo cidadão de bem. Esse é o espírito da lei e o objetivo da propaganda do projeto anticrime”, disse o presidente referindo-se à campanha anunciada no Planalto.

Ao defender o pacote, Bolsonaro disse serem muito comuns casos de policiais presos injustamente por apenas cumprirem suas funções. “Quantas vezes visitei o presídio da PM [Polícia Militar] em Benfica, no Rio de Janeiro, e conversei com os homens da segurança que estavam no comando, com policiais e com bombeiros presos. Conversando com eles, não mais que sentimento, tive a certeza de que, lá dentro, tinha muitos inocentes. Basicamente por excessos. Pode, de madrugada, na troca de tiro com marginal, policial dar mais de dois tiros e ser condenado por excesso? É um absurdo isso.”

O presidente disse ter a certeza de que o Congresso vai aprovar o pacote anticrime. “Não raras vezes fui ao Cemitério Jardim da Saudade acompanhar o enterro de policiais militares, militares das forças armadas e civis vitimados por criminosos. Tenho certeza de que haverá o consentimento do Parlamento, e a proposta será aprovada. E aquele que, por ventura, no futuro, quiser praticar um crime, vai pensar muito antes de cometê-lo, porque saberá que certas regalias como saidões deixarão de existir. Saidão pode existir, mas da cela para o pátio da prisão”, disse o presidente, ao pedir a colaboração de parlamentares para aprovar o pacote.

Pacote

O pacote anticrime está entre as metas apresentadas pelo governo como prioritárias de seus 100 primeiros dias. Foi apesentado com a justificativa de combater a corrupção e melhorar a segurança pública no país.

O pacote é composto por três projetos de lei (PLs). O PL 1.865 de 2019 criminaliza o uso de caixa dois em eleições; o PL 1.864 de 2019 estabelece medidas contra a corrupção, o crime organizado e os crimes praticados com grave violência, e o PLC 89 de 2019 estabelece regras de competência da Justiça comum e da Justiça eleitoral.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

 Nenhum comentário

Governo Bolsonaro integra ações do AgroNordeste para impulsionar desenvolvimento regional


Vladimir Chaves


O AgroNordeste – plano de ação para impulsionar o desenvolvimento econômico e social sustentável do meio rural na região – foi lançado pelo Governo Federal. Coordenado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o projeto contará com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), já que diversas ações são realizadas em conjunto entre as duas Pastas. As iniciativas serão implementadas em 230 municípios dos nove estados do Nordeste, além de Minas Gerais, divididos em 12 territórios, com uma população rural de 1,7 milhão de pessoas.

O Plano é voltado a pequenos e médios produtores que já comercializam parte da produção, mas ainda encontram dificuldades para expandir o negócio e gerar mais renda e emprego na região onde vivem. Entre os objetivos estão aumentar a cobertura da assistência técnica, ampliar o acesso e diversificar mercados, promover e fortalecer a organização dos produtores, garantir segurança hídrica e desenvolver produtos com qualidade e valor agregado.

O MDR possui diversas ações que convergem com o AgroNordeste. Neste ano, foi lançado o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), que aposta no fortalecimento estratégico das redes de cidades intermediárias. Foram identificados 41 municípios nos 11 estados da área de abrangência da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Outros projetos também fortalecerão as iniciativas do MAPA, a exemplo dos Polos de Agricultura Irrigada, que visa alavancar a agricultura irrigada a partir de um trabalho conjunto entre as organizações de irrigantes e as diversas esferas de governo, aliando as demandas dos produtores rurais com as parcerias e políticas públicas de governo. Iniciado neste ano, o projeto implementou no Nordeste, até o momento, o Polo Oeste da Bahia.

Há, também, as diversas Rotas de Integração Nacional em todo o País – muitas na região Nordeste, a exemplo da Rota do Cordeiro, do Mel, do Peixe, Leite, Biodiversidade, Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Circular, entre outras. O projeto consiste na organização de redes de arranjos produtivos locais, associadas a cadeias produtivas estratégicas capazes de promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das regiões brasileiras priorizadas pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR).

Outra ação importante são os Perímetros Públicos de Irrigação (PPI), ferramentas fundamentais para ampliar a capacidade produtiva do Nordeste, garantir a geração de emprego e renda, além de ampliar a segurança alimentar da população da região e de outras localidades do País.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

 Nenhum comentário

CCJ do Senado aprova relatório da Reforma da Previdência, José Maranhão e Veneziano foram contra.


Vladimir Chaves


A Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal, aprovou na tarde desta terça-feira (1), o relatório da Reforma da Previdência. Por 17 votos a 9 os senadores da CCJ aprovaram o relatório do senador Tasso Jereissati. Os senadores paraibanos José Maranhão e Veneziano Vital do Rêgo votaram contra o relatório da Nova Previdência.

O projeto deve ser votado em plenário no final da tarde desta terça-feira.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

 Nenhum comentário

Quinze estados e DF aderem ao Programa das Escolas Cívico-Militares, do Nordeste apenas o Ceará aderiu.


Vladimir Chaves


Quinze estados e o Distrito Federal aderiram ao modelo de escolas cívico-militares do governo federal, de acordo com balanço divulgado hoje (1º) pelo Ministério da Educação (MEC). O prazo para manifestar interesse em participar do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares terminou na última sexta-feira (27).

As regiões Centro-Oeste, Sul e Norte tiveram adesão de todos os estados. No Nordeste, apenas o Ceará aderiu ao programa e, no Sudeste, Minas Gerais. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a adesão “foi muito boa”.
O modelo chegará, em 2020, a 54 escolas. O objetivo é selecionar duas instituições de ensino em cada estado. Entre os dias 4 e 11 de outubro, as prefeituras deverão solicitar participação. Podem solicitar a participação, inclusive os municípios em estados que não aderiram ao programa, no caso da Paraíba o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, já antecipou que deseja firmar parceria como Governo Federal para implantação de duas escolas militares.

Aderiram ao programa as seguintes unidades da Federação: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ceará, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Orçamento

O MEC vai liberar R$ 54 milhões para o programa em 2020, sendo R$ 1 milhão por escola. Segundo Weintraub, o orçamento está garantido. “No ano que vem a situação do orçamento começa a ficar mais normalizada. A gente pegou o país quebrado. O orçamento do ano que vem já é o orçamento que a gente fez. Está apertado, está difícil, mas sem surpresa negativa, sem inconsistências”.

O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em algumas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar e reformas, entre outras intervenções.

As escolas em que haverá pagamento de pessoal são as que fizerem parceria com o MEC e o Ministério da Defesa, que contratará militares da reserva das Forças Armadas para trabalho nos estabelecimentos. A duração mínima do serviço é de dois anos, prorrogável por até dez anos, podendo ser cancelado a qualquer tempo. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.

Os estados poderão ainda destinar policiais e bombeiros militares para apoiar a administração das escolas. Nesse caso, o MEC repassará a verba ao governo, que, em contrapartida, investirá na infraestrutura das unidades, com materiais escolares e pequenas reformas.

Os militares irão atuar como monitores, acompanhando os alunos e fazendo contato com as famílias. Exercerão atividades como supervisão escolar e psicopedagogia, preservando, as atribuições exclusivas dos docentes. Atuarão também no fortalecimento de valores éticos e morais e exercerão ainda funções administrativas para aprimorar a infraestrutura das escolas e a organização escolar.

 Nenhum comentário

Universidades e institutos federais vão receber quase 60% da verba descontingenciada pelo MEC


Vladimir Chaves


O Ministério da Educação (MEC) começou a liberar recursos que estavam bloqueados em razão da Lei de Responsabilidade Fiscal. De R$ 1,990 bilhão descontingenciado, 58% vão para universidades e institutos federais, o que representa R$ 1,156 bilhão. Esse valor cobrirá despesas de custeio como água, energia elétrica, aquisição de materiais de consumo e outras prestações de serviço.

A liberação está prevista no decreto 10.028 publicado no Diário Oficial da União de sexta-feira, 27 de setembro. No início do mês, outros R$ 584 milhões foram disponibilizados às instituições.

Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, 30 de setembro, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou que o descontingenciamento mostra que tudo corre dentro do planejado e demonstra que o MEC não realizou cortes. “A liberação de recursos é fruto da boa gestão. Não houve cortes em hospitais universitários, não faltou alimentação no bandejão e nenhuma universidade parou”, afirmou.

Weintraub também ressaltou que a liberação do orçamento mostra como o governo do Bolsonaro cumpre a palavra. “Gostaria de destacar o trabalho realizado pelo Ministério da Economia e pela Casa Civil, que trabalharam próximos ao MEC. A crise está sendo deixada para trás com uma gestão eficiente”, disse.

Outras áreas – O restante dos recursos desbloqueados vai atender a educação básica, a concessão de bolsas de pós-graduação e a realização de exames educacionais, por exemplo.

Com os R$ 290 milhões repassados ao Programa Nacional dos Livros Didáticos (PNLD), a compra e a distribuição de livros didáticos à educação básica estão garantidas para 2020.

Outros R$ 270 milhões serão transferidos para a manutenção e a execução de bolsas de estudos já concedidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Haverá ainda a destinação de R$ 105 milhões para aplicação de exames e formulação de políticas educacionais no âmbito do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“A gente está regularizando, sem interrupção dos serviços. Isso porque educação é uma prioridade para o governo do presidente Jair Bolsonaro. Por isso que estamos descontingenciando. O recurso está voltando agora, fruto da recuperação econômica e da geração de empregos”, disse o ministro.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

 Nenhum comentário

Deputado abraça causa em defesa da elefanta Lady, confinada no Parque Arruda Câmara.


Vladimir Chaves


Após os protestos promovido por entidades protetoras dos animais, na manhã de ontem (29), em frente ao Parque Arruda Câmara (Bica), com o objetivo de cobrar das autoridades competentes providências contra a Prefeitura Municipal de João Pessoa, que desde 2013 é acusada de maus tratos contra a elefanta Lady, o deputado estadual e presidente da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente, Moacir Rodrigues (PSL), prometeu abraçar a causa em defesa do animal.

O deputado antecipou que irá solicitar uma visita técnica ao Parque Arruda Câmara (Bica), para constatar In Loco a situação dos animais, em especial a elefanta Lady.

“Cobraremos as devidas providências aos órgãos responsáveis para a transferência desse animal e as devidas adequações para que o animal não sofra enquanto aguarda a mudança de local” declarou Moacir.

A elefanta LADY e o seu tormento sem fim.

Pouco sabemos da historia de LADY, uma elefanta que se encontra confinada no Parque Zoobotânico Arruda Câmara (Bica), que é administrado pela Prefeitura Municipal de João Pessoa. Mas, o pouco que foi possível descobrir de LADY, revela uma vida de privações e sofrimentos.

A elefanta LADY, chegou ao Brasil em 1972 quando passou a ser usada como “atração” de circo, um martírio que durou até o inicio de 2013. Segundo relato de um dos responsáveis pelo circo (Circo Europeu) a elefanta é “legalizada” no Brasil e tem registro no IBAMA, inclusive portando um chip para rastreamento.

LADY NO CIRCO
Em janeiro de 2013, o circo chegou à Paraíba, instalando-se na cidade de Patos, onde um grupo de ambientalistas da “Associação Patoense de Proteção aos Animais” e o “Adota Patos”, organizaram uma serie de protestos contra o descumprimento de uma lei estadual que proíbe o uso de animas em atrações circenses. Pressionados pela opinião pública e encontrando cada vez mais obstáculos nos estados, os proprietários do circo resolveram colocar Lady para adoção.

De imediato 15 capitais do país, manifestaram o desejo de adotar a elefanta Lady, cabendo aos proprietários do circo decidir seu destino. De acordo com relatos publicados nos meios de comunicação a época, o Circo Europeu escolheu a cidade de João Pessoa, como nova morada de Lady, levando em conta a qualidade do clima e o compromisso da prefeitura de oferecer a estrutura necessária para o bem estar do animal.

No dia 10 de abril de 2013, a elefanta Lady foi transferida para o Parque Arruda Câmara, e confinada num espaço improvisado com a promessa de que num curto espaço de tempo seria transferida para um recinto “confortável”. A época propagou-se que o espaço seria de 1.200 metros quadrados, com abrigo, árvores e até mesmo acesso a um lago.

Passados todos esses anos, Lady continua confinada num pequeno cativeiro resguardado por uma cerca elétrica. Mesmo levando em conta o carinho que tem sido dado pelos funcionários do parque, o martírio da elefanta Lady continua. Até quando?

Vladimir Chaves.

 Nenhum comentário

Prefeito de Campina Grande é o primeiro da Paraíba a solicitar implantação de escolas cívico militar.


Vladimir Chaves


O prazo para estados e municípios manifestarem interesse ao modelo de escolas cívico-militar proposto pelo Ministério da Educação, encerrou-se na última sexta-feira (27). A gestão compartilhada entre civis e militares será implantada, em 2020, de inicio com 54 escolas, serão selecionadas duas instituições por estados e Distrito Federal.

Nos estados em que não houver interesse pelo programa, municípios voluntários podem pedir participação por meio de ofício enviado ao MEC, com os nomes das instituições da unidade da federação que pretendem aderir ao programa. Para participar da seleção, os colégios devem ter de 500 a 1 mil alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental ou do ensino médio.

Inexplicavelmente o Governo da Paraíba não demonstrou interesse, ignorando o aporte inicial de R$ 2 milhões, apesar da Paraíba está entre os piores índices do IDEB - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 

Atento o prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, enviou ofício, na última quinta-feira 26, solicitando do governo federal a implantação do Programa Escola Cívico Militar em duas unidades de ensino do município, as escolas Dr. Chateaubriand, no José Pinheiro, e a Lafayete Cavalcante, nas Malvinas.

Além de agregar valores à melhoria da qualidade no ensino básico no Município de Campina Grande, Romero Rodrigues destaca que a implantação do programa nessas duas escolas em dois dos mais populosos bairros da cidade atingirá os objetivos da “Escola Cívica Militar”: instalação em áreas de vulnerabilidade social, redução dos índices de violência, da evasão, da repetência e do abandono escolar.


Verba para as Escolas Cívico Militar:

O MEC vai liberar R$ 54 milhões para o programa em 2020, sendo R$ 1 milhão por escola. O dinheiro será investido no pagamento de pessoal em algumas instituições e na melhoria de infraestrutura, compra de material escolar e reformas, entre outras intervenções.

As escolas em que haverá pagamento de pessoal são as que fizerem parceria com o MEC e o Ministério da Defesa, que contratará militares da reserva das Forças Armadas para trabalho nos estabelecimentos. A duração mínima do serviço é de dois anos, prorrogável por até dez, podendo ser cancelado a qualquer tempo. Os profissionais vão receber 30% da remuneração que recebiam antes de se aposentar.

Os militares irão atuar como monitores, acompanhando os alunos e fazendo contato com as famílias.

 10 comentários