Países onde possuir uma Bíblia pode levar à prisão ou à morte


Vladimir Chaves

Pesquisas recentes da Bible Access Initiative e da Open Doors International revelam que, em diversos países, a Bíblia não é apenas de difícil acesso; sua distribuição, posse ou difusão são proibidas e severamente punidas.

Exemplos de países com forte restrição à Bíblia

Somália: ocupa o primeiro lugar no ranking de restrições. Sob a interpretação mais rígida da sharia, é ilegal imprimir, importar, armazenar ou distribuir Bíblias.

Afeganistão: cristãos que abandonam o islamismo ou tentam possuir uma Bíblia enfrentam risco real de morte.

Coreia do Norte: é considerado um dos países onde o acesso à Bíblia é praticamente impossível.

Mauritânia: imprimir, distribuir ou possuir Bíblias é proibido, e a apostasia pode ser punida com pena de morte.

Irã: o acesso é extremamente restrito, especialmente para ex-muçulmanos; possuir uma Bíblia em língua persa pode acarretar sérias consequências.

Turcomenistão: também figura entre os dez países mais restritivos ao acesso às Escrituras.

Outras nações, como Arábia Saudita, Paquistão, China e Argélia, também impõem severas restrições.

No total, estima-se que cerca de 88 países no mundo adotem algum grau de proibição ou limitação ao uso da Bíblia.

A liberdade de acessar a Palavra de Deus

A Bíblia foi dada para todos os povos, e não apenas para alguns. Como ensina a Escritura: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil...” (2 Timóteo 3:16).

Quando essa Palavra é retirada do alcance das pessoas, com ela se vai a possibilidade de ensino, correção e amadurecimento espiritual. É uma forma de injustiça espiritual, que fere o direito de cada ser humano de buscar a verdade e exercer sua fé.

O impacto humano e espiritual

Proibir ou restringir o acesso à Bíblia não é apenas censurar um livro; é tolher a liberdade de consciência, de fé e de expressão. As consequências são profundas: medo, clandestinidade e perseguição.

Em lugares como a Somália, ter uma Bíblia pode significar cometer um crime.

Isso nos leva a refletir:

O que significa ter liberdade de fé?

Muitas vezes, nós, cristãos que vivemos em países livres, não percebemos o privilégio que temos de possuir e ler a Palavra de Deus sem medo.

Um chamado à missão e à intercessão

Jesus ordenou: “Ide e fazei discípulos de todas as nações” (Mateus 28:19).

Diante da realidade desses países, essa ordem se torna ainda mais urgente. A falta de acesso à Bíblia é uma barreira missionária que clama por resposta da comunidade de fé global; por meio da intercessão, apoio e solidariedade.

A lista de nações onde a Bíblia é proibida ou severamente restringida; como Somália, Afeganistão, Iêmen, Coreia do Norte, Mauritânia, Irã, Turcomenistão, entre outras — não deve ser vista apenas como um dado estatístico, mas como um apelo espiritual.

É um chamado à reflexão sobre o valor da liberdade de fé, sobre a realidade da perseguição e sobre a responsabilidade que temos como corpo de Cristo.

Que a luz dessa realidade desperte em nós gratidão e compromisso; para não fecharmos os olhos diante da dor dos que sofrem por causa da fé, mas abrirmos o coração e as mãos em oração e ação.

“O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão.” (Marcos 13:31)

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