A Executiva Nacional do
PPS reuniu-se em Brasília, para avaliar a crise econômica e ético-política por
que passa o Brasil. O partido divulgou nota, assinada pelo presidente nacional,
deputado federal Roberto Freire (SP), na qual exorta as oposições e a sociedade
a se unirem “para que a resolução da crise se dê nos marcos institucionais
previstos pela Constituição”.
O documento do PPS afirma
que a crise caminha para a ingovernabilidade. O texto conclama a sociedade a
dar apoio à Polícia Federal, ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, “para
fortalecimento do Estado Democrático de Direito”. A nota aponta para o apoio à
manifestação de rua a se realizar no dia 16 de agosto, que é, segundo o texto,
“novo e decisivo momento” em que vai se reiterar o desejo de novos rumos para o
país.
A nota trata ainda do encontro
da presidente Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal,
Ricardo Lewandowski, "às escondidas e em terras estrangeiras". Para o
partido, o episódio, em Portugal, "demonstra o nível de degradação nas
relações entre os presidentes de dois Poderes da República".
Leia a íntegra da nota:
Pela unidade das oposições
democráticas para superar a crise
Depois de quase treze anos
de governos do PT, sob a responsabilidade de Lula e Dilma Rousseff, o Brasil
atravessa uma profunda crise econômica, que tende a se agravar, e está enredado
numa crise ético-política que é fruto da corrupção, da incapacidade administrativa
e da perda de autoridade política.
A corrupção se estende por
toda a estrutura do Estado, capturado por um projeto de poder populista, que
ampliou a dependência dos setores mais pobres da população ao assistencialismo
governamental. Tal política levou à
desindustrialização, aumentou o custo da energia, ressuscitou a inflação,
elevou o desemprego e paralisou a economia do país.
O Partido Popular
Socialista avalia que a crise recrudesceu, caminhando para a ingovernabilidade,
e coloca as forças políticas do país diante de duas possibilidades: a cassação
do mandato da presidente Dilma pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em
decorrência das investigações da Operação Lava-Jato; a rejeição das contas do
governo pelo Congresso Nacional, com base no parecer do Tribunal de Contas da
União (TCU) sobre as “pedaladas fiscais”, que configuram crime de
responsabilidade, abrindo a possibilidade de o Congresso iniciar o processo de
impeachment. O cenário político coloca, ainda, a possibilidade de renúncia da
presidente pela deterioração das condições da crise, em curso.
O obscuro encontro de
Dilma Rousseff com o presidente do Supremo Tribunal Federal, às escondidas e em
terras estrangeiras, demonstra o nível de degradação nas relações entre os
presidentes de dois Poderes da República. Diante de tais situações, o PPS
conclama a sociedade brasileira a renovar o apoio às instituições como a
Polícia Federal, o Ministério Público e o Judiciário para fortalecimento do
Estado Democrático de Direito, e chama a atenção para a necessária unidade das
forças de oposição e da sociedade, para que a resolução da crise se dê nos
marcos institucionais previstos pela Constituição.
Os partidos políticos e as
organizações sociais, articulados com as redes sociais e as mobilizações de
rua, deverão ter novo e decisivo momento no próximo dia 16 de agosto, quando
vamos reiterar nosso desejo de darmos novos rumos ao Brasil.
Roberto Freire
Presidente Nacional do PPS