Projeto transfere custo de tornozeleira eletrônica a presos


Vladimir Chaves



O Senado vai analisar um projeto de lei que obriga condenado ou acusado de crime que usem monitoramento eletrônico a arcar com as despesas do equipamento. Normalmente, o aparelho é usado em forma de tornozeleira ou pulseira. O projeto de lei (PL) 6/2024, do senador Cleitinho (Republicanos-MG), ainda não tem relator nem comissões designadas para sua análise.

Para o senador, a saída da prisão sob monitoração eletrônica é um benefício usufruído pelo condenado e, por isso, não deveria ser custeada pelos cofres públicos. “(...) é mais do que justo que o próprio condenado arque com os custos desse direito – e não a sociedade brasileira, já vitimada pela prática do delito”, argumenta Cleitinho na justificação de sua proposta.

No entanto, o texto prevê que os presos podem comprovar não ter condições financeiras de realizar os gastos. Nestes casos, o juiz poderá conceder a isenção no pagamento.

Destino dos valores

Caso o projeto vire lei, os valores pagos serão depositados na conta do juízo responsável pela supervisão do monitoramento. Mas se a condenação do preso for definitiva, ou seja, transitada em julgado, os recursos serão transferidos ao Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). O fundo, que foi criado pela Lei Complementar 79, de 1994, financia melhorias no sistema prisional do país. Os valores do Funpen são repassados aos estados, por exemplo, para a construção e ampliação de estabelecimentos penais.

Já nos casos em que o acusado de crime for inocentado definitivamente, os valores pagos serão devolvidos. A proposta, que altera a Lei de Execução Penal (Lei 7.210, de 1984), ainda obriga os beneficiados com o monitoramento eletrônico a devolverem o aparelho em perfeitas condições de uso após o período de uso.

Monitorados

O uso de tornozeleira ou pulseira eletrônica é usado comumente nos casos de prisão domiciliar, quando o condenado cumpre pena de crime menos grave em sua residência ou em estabelecimentos chamados “casa do albergado”. No entanto, mesmo em crimes mais graves, o juiz pode permitir que o criminoso fique em casa se, por exemplo, tiver mais de oitenta anos ou sofrer doença grave. Em todo caso, compete ao juiz avaliar se haverá o monitoramento eletrônico.

Quando há uma investigação em curso antes do julgamento, o juiz também pode submeter o acusado a monitoração eletrônica. O mesmo também pode ser feito em presos beneficiados com a chamada “saída temporária”, em que os condenados entre quatro e oito anos de prisão têm o direito de sair do estabelecimento prisional. A saída pode ocorrer até cinco vezes por ano, de até sete dias cada, para visitar familiares, realizar cursos ou outras atividades sociais.

Custos

Cleitinho lembra que o Estado arca com um custo alto mensal para manter esse tipo de vigilância. Ao apresentar o projeto, ele mencionou que, em 2023, “havia 92.984 pessoas em prisão domiciliar fazendo uso de equipamentos de monitoramento eletrônico” em junho de 2023, segundo o Sistema de Informações do Departamento Penitenciário Nacional (Sisdepen).

“Os custos pela utilização do equipamento variam de estado para estado. No Distrito Federal, o custo seria de R$ 211,102; no Mato Grosso do Sul, de R$ 255,003 (...) Admitindo-se, apenas para fins ilustrativos, um custo mensal de R$ 200 por preso, o valor gasto por mês com as 92.984 pessoas que faziam uso de equipamento de monitoramento eletrônico [em prisão domiciliar] seria de R$ 18.596.800”.

 

 

 

  

 

 

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

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O LÍDER INTERNACIONAL E O CRIME ONGANIZADO


Vladimir Chaves

 


 


Talvez, em virtude da ferrenha batalha política interna, você não tenha percebido que havia outra guerra travada pelo Brasil entre os anos de 2019 e 2022. Sim, às vezes, somos inábeis para fazermos uma análise mais apurada e profunda, porque estamos eivados de conflitos passionais na nossa política. E a coisa sempre se resume em uma pauta identitária, ou uma carência social, só que a estridência proposital tem o objetivo de desconcentrar e fazer a carruagem passar enquanto os cabritos batem cabeça.

A verdade é que Deus ama muito o nosso país, é a única explicação razoável que encontrei. Pois não é concebível que tanta coincidência ocorra exatamente em anos específicos. Me refiro ao fato do mundo está extremamente interessado no Brasil e nas suas reservas de riquezas. Não falo de interesse no sentido de curiosidade, mas de espólio.

Exatamente o que você entendeu, a nossa nação é roubada há muitos anos e, uma conversa simples com Aldo Rebelo ou com Silvia Waiãpi, pode te dar uma luz sobre isso. Inúmeras ONGs se apoderaram do nosso território e extraem as nossas riquezas minerais, nossos princípios ativos e nossos metais, transportam ilegalmente ou fazem escambo com o crime organizado, que cresce a cada dia na região amazônica, de modo que a nossa soberania é vilipendiada diuturnamente. Como se isso já não fosse o bastante, a Amazônia é tema de reunião de algumas elites mundiais que insistem em enxergar o nosso país como quintal de exploração e falam sobre se apropriar (proteger) a nossa floresta sem o menor pudor. 

Todo esse estratagema é fruto de mais meio século de governos de comerciantes da pátria. Desde 1985, quando surgiu a redemocratização, o Brasil foi liderado por presidentes que estavam em busca de aceitação internacional, no típico espirito de vira-lata. E os países ditos de 1° mundo, sempre riam de nosso desenvolvimento pífio e estavam sempre prontos a nos oferecer um incentivo financeiro (como se fossemos mendigos) para que nós protegêssemos o nosso meio ambiente. E ameaçava se por acaso não cumpríssemos a meta. Fomentando a ideia de que para sobrevivermos como pátria independente, teríamos que sermos vassalos de outras nações "poderosas".  Em outras palavras, éramos os cachorrinhos abanando o rabo e obedecendo aos novos "senhores de engenho" para recebermos a ração anual. Tudo estava indo as mil maravilhas e o governo brasileiro tinha síndrome de panico só de pensar em perder essa boquinha, enquanto fazia vistas grossas para as inúmeras irregularidades praticadas pelas ONGs em território nacional.

Aí, amigo, aconteceu um acidente; Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil. E ele não possue espirito de camelô de produtos contrabandeados. É muito importante que você tenha isso em mente. Jair Bolsonaro brigou e muito com o sistema de corrupção interno, mas a batalha que talvez você não viu foi com a governança global, com a agenda 2030. É, eu sei que você só se lembra das brigas com Rodrigo Maia, Moro, Mandetta, etc. Mas o ex-presidente tem uma visão muito mais ampla do que você imagina. E por isso, batalharam tanto para que ele não fosse reeleito.

Sim, Jair Bolsonaro é um estadista. Ele disse mais de uma vez que a Amazônia era brasileira e não da França ou de qualquer outro país, falou do nióbio, do grafeno, discurso típico de militar que conhece as riquezas do solo nacional. Você acha que foi por acaso que ele colocou o Hamilton Mourão como responsável pela Amazônia? Aliás, o Mourão é um perito naquela região.

Ele falou de igual para igual com Macron, foi lá na Rússia falar com Putin, criou um laço de reciprocidade com os Estados Unidos e com Trump, trouxe investimentos e alianças comerciais da Arabia Saudita.

Desafiou a governança global que tentava sufocar o mundo usando a OMS e o tal do Tedros sentiu a pegada do capitão. No ápice de uma pandemia jamais vista no mundo, teve coragem de falar o que ninguém falava, ousou apresentar medicamentos que a comunidade internacional dizia ser ineficiente. Refutou sumariamente a agenda verde e disse que o Brasil era exemplo para o mundo no quesito de proteção e preservação de mata virgem e, ainda, ironizou o fato de países europeus não renunciarem a usar energia que prejudica o meio ambiente e destruir as florestas deles enquanto davam palpites sobre o Brasil.

Ou seja, Bolsonaro exigiu respeito à soberania brasileira e por isso conquistou muitos inimigos. Contudo, também despertou a admiração de muitas pessoas ao redor do mundo. Então, é razoável entender porque o crime organizado e o crime ONGANIZADO odeiam Bolsonaro. Ele, é uma ameaça ao loteamento do território nacional que tem sido vendido ao exterior de maneira sorrateira e tem muita gente lucrando com isso. Pois se você não sabe, o seu país não é pobre. O Brasil é um dos países mais ricos do mundo, só que seu professorzinho ou seu jornalista do jornal das 8 não querem que você tenha consciência disso.

Então, da próxima vez que você ouvir a imprensa falar sobre Bolsonaro, não aceite uma explicação tosca, passional e estereotipada, ou qualquer comparação achológica de comentaristas superficiais e omissos.

O atual chefe do executivo do país retomou a agenda de venda do tesouro nacional, com anuência de muitos políticos que estavam com saudades do antigo método de governo, os fãs da "máquina de moer do sistema" que Andreazza falava de boca cheia. O Brasil tem hoje como presidente, um vassalo, um entreguista, que vende o Brasil por qualquer vulto de prestígio internacional. Porque quem não tem ideal de vida, não tem compromisso com nada a não ser seu próprio projeto de expansão pessoal.

Agora está tudo como antes, a nação como as meninas de Amsterdã despidas na vitrine, para qualquer um que tenha dinheiro, usufruir das riquezas prazerosas e saírem levando lembranças e divulgando o quanto é fácil ser feliz no país do futebol. O crime organizado está fazendo muitas doações e recebendo também. Bom, para quem sempre teve espirito de escravo, está tudo bem, já que a ração está garantida (embora não há garantia de nada) e o bucho cheio para eles é tudo.

O problema é que Jair Bolsonaro conseguiu despertar na pátria, o gostinho de país altivo, soberano e próspero, mesmo que para isso, tenha enfrentado um sistema organizado, uma crise hídrica, uma guerra e uma pandemia. Ele conseguiu nos fazer sentir o gosto da liberdade. E nós gostamos disso.

Por isso, a nossa expectativa é que os bons tempos de liderança de 2019 a 2022 voltem o mais depressa possível.

Estamos com saudade de Jair Bolsonaro.

Texto de Sergio Junior (pubicado originalmente no X @SERGIOJUNIOR79r)

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

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Senado volta a discutir, nesta quinta, PEC petista que limita participação de militares nas eleições


Vladimir Chaves



A discussão da proposta de emenda à Constituição que limita a participação de militares nas eleições é o único ponto na pauta do Senado desta quinta-feira (8)

O projeto do petista Jaques Wagner impõe que candidatos militares — do Exército, da Marinha e da Aeronáutica — só possam passar para a reserva remunerada se tiverem mais de 35 anos de serviço. Abaixo desse tempo de atividade, o militar irá para a reserva não remunerada no ato do registro da candidatura.

Pelas regras atuais, se tiver mais de dez anos de serviço, o militar das Forças Armadas vai temporariamente para um tipo de inatividade com remuneração chamada "agregação", mas pode retornar à ativa se não for eleito. Se for diplomado em cargo político, ele passa para a reserva remunerada — situação de inatividade em que o oficial ou praça continua sendo pago pela União. A PEC não afeta os militares estaduais das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros.

A PEC passará pela terceira de cinco sessões de discussão no Senado. As duas primeiras sessões, em 5 e 6 de fevereiro, foram marcadas pelas críticas do senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) à proposta, que considera inconstitucional e discriminatória, e pelos discursos de vários senadores da oposição repudiando a matéria.

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Pelo restabelecimento da democracia, senador pede o fim da omissão do Senado Federal


Vladimir Chaves



O senador Eduardo Girão (Novo-CE) disse que é preciso agir em defesa da democracia e do equilíbrio entre os Poderes. Girão afirmou que muitos brasileiros “continuam sofrendo prisão política” e que alguns comunicadores, como Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Monark, que tiveram seus perfis em redes sociais suspensos pela Justiça, “são censurados e exilados, perseguidos pela sua opinião”, o que contradiz as regras de um sistema democrático.

 

“Como é que a gente enche a boca para dizer que aqui tem democracia? Como é que a gente vai tampar o Sol com a peneira? Nós estamos nos 200 anos do Senado Federal. Olhem o que a história nos reservou. São os 200 anos do Senado Federal, é o bicentenário do Senado Federal. Ou a gente se levanta agora, se reequilibra, cumpre o nosso dever para a volta da democracia no Brasil ou a gente vai passar para a história, neste momento, todos nós, como fracos que não representam o povo brasileiro, que nos omitimos com relação a abusos sucessivos de um Poder sobre o outro, que não é de hoje, não” afirmou.

 

Girão criticou ainda as decisões monocráticas do Supremo Tribunal Federal (STF) e disse que “o Brasil não tem mais o ordenamento jurídico, não tem mais a segurança jurídica que deveria ter porque um Poder está sobre o outro”.

 

“Este Parlamento tem que exigir o respeito que ele merece, o estão fazendo de gato e sapato. Não pode acontecer esse tipo de coisa aqui, não é para isso que nós somos pagos, não é para isso que a população trouxe cada um de nós” concluiu Girão.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

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FPM: municípios da Paraíba vão receber mais de R$ 345 milhões


Vladimir Chaves



Os municípios da Paraíba vão receber nesta sexta-feira (9) mais de R$ 345 milhões referentes ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Esse valor será distribuído entre as prefeituras do estado e corresponde à parcela do 1º decêndio de fevereiro de 2024.

Entre os municípios do estado que receberão as maiores quantias estão Cabedelo, Cajazeiras e Sousa, que receberão R$ 4.279.972,91 cada.

Por outro lado, cidades como Aguiar, Amparo, Barra de São Miguel, Borborema e Cajazeirinhas receberão um valor de R$ 1.069.992,36 cada.

Esse repasse aos estados representa um aumento de mais de 100% em relação ao primeiro decêndio de janeiro deste ano e um crescimento de 5% na comparação ao primeiro decêndio de fevereiro de 2023.

Os recursos do FPM fazem parte do dinheiro arrecadado pela União, através de impostos, e são repassados, a cada dez dias, a todas as prefeituras do país. Portanto, são feitas transferências de dinheiro aos municípios nos dias 10, 20 e 30 de cada mês. Caso a data caia num sábado, domingo ou feriado, o repasse é feito no primeiro dia útil anterior.

É importante ressaltar que, de acordo com a Confederação Nacional de Municípios (CNM), a distribuição dos recursos é feita de acordo com o número de habitantes, conforme a Lei 5172/66 (Código Tributário Nacional) e o Decreto-Lei 1881/81.

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Senador defende fim do mandato vitalício para ministros do STF


Vladimir Chaves



Para o senador Plínio Valério (PSDB-AM) urge a necessidade da aprovação da Proposta de Emenda a Constituição, que limita o mandato de ministro do STF. PEC apresentada pelo senador fixa em oito anos o mandato dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sem direito à recondução (PEC 16/2019). 

“É preciso analisar, sim; é preciso dizer para eles [ministros] que tem início, meio e fim. Por que oito anos seria o ideal? É simbólico. Ou 11, da PEC 342/2009, do então deputado federal Flávio Dino; ou 15, da PEC 51/2023, que o senador Flávio Arns apresentou. Não importa! O que importa é fixar. Essa gente não pode se achar inatingível. Esses ministros não podem se julgar semideuses. Não são mais do que você nem do que eu. São juízes levados a serem ministros, escolhidos para interpretar a Constituição, que nós e que vocês, que votaram em nós, fizemos” afirmou.

O parlamentar ainda fez referência a membros do Supremo que também apoiam a ideia de limitação de mandato. Segundo ele, 5 dos 11 ministros demonstraram apoio a essa discussão — Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Edson Fachin, André Mendonça e Cristiano Zanin, de acordo com o senador. Plínio ainda observou que a fixação do mandato não tem como objetivo atingir ministros atuais, mas sim garantir uma melhor estruturação do Poder Judiciário para o futuro, buscando equilíbrio e respeito entre os Poderes.

“Estamos trabalhando para que a nossa sociedade melhore daqui a décadas, para os meus bisnetos e tataranetos saberem que vivem num país democrático, que não usa o nome da democracia para instalar uma ditadura, que não usa a lei para punir, que não mais premia marginal com auxílio e pune a família da vítima” disse.

 

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PEC petista que limita candidatura de militar será votada nesta quarta


Vladimir Chaves


O Plenário do Senado deve analisar, nesta quarta-feira (7), proposta de emenda à Constituição que aumenta 25 anos no tempo de serviço exigido para que militares federais possam concorrer em eleições sem perder a remuneração. A PEC 42/2023, do petista senador Jaques Wagner (PT-BA), recebeu voto favorável do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). 

A proposta estabelece que candidatos militares — do Exército, da Marinha e da Aeronáutica — só podem passar para a reserva remunerada se tiverem mais de 35 anos de serviço. Hoje, se tiver mais de dez anos de serviço, o militar das Forças Armadas vai temporariamente para um tipo inatividade com remuneração chamada "agregação", mas pode retornar à ativa se não for eleito. Se for diplomado em cargo político, ele passa para a reserva remunerada — situação de inatividade em que o oficial ou praça continua sendo pago pela União. 

Segundo o texto, se não tiver 35 anos de atividade, o militar irá para a reserva não remunerada no ato do registro da candidatura. Atualmente, isso ocorre apenas para militares com menos de dez anos de serviço. 

O petista tenta justificar o projeto alegando que a intenção é garantir a neutralidade política das Forças Armadas. Caso a PEC seja aprovada, as regras atuais continuarão valendo para policiais militares e bombeiros militares, que são estaduais.

Para ser aprovada a PEC são necessários dois turnos de discussão e votação, com apoio favorável de pelo menos três quintos dos senadores (41) em cada um deles. Se aprovado, o texto segue para a análise na Câmara dos Deputados.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

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Comissão de Segurança Pública do Senado aprova parecer de Flávio Bolsonaro restringindo “saidão” de presos.


Vladimir Chaves



A Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou nesta terça-feira (6) projeto de lei (PL) 2.253/2022 que restringe o benefício da saída temporária para presos condenados. O projeto, da Câmara dos Deputados, recebeu relatório favorável do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e segue para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os parlamentares aprovaram ainda um requerimento de urgência para a votação da matéria no Plenário.

Flávio Bolsonaro acolheu uma emenda proposta pelo senador Sergio Moro (União-PR). Embora favorável à revogação do “saidão”, o parlamentar paranaense defende a manutenção do benefício para presos inscritos em cursos profissionalizantes ou nos ensinos médio e superior.

O texto revoga o artigo 122 da Lei de Execução Penal (Lei 7.210, de 1984). Pela legislação em vigor, o benefício conhecido como “saidão” ou “saidinha” vale para condenados que cumprem pena em regime semiaberto. Eles podem sair até cinco vezes ao ano, sem vigilância direta, para visitar a família, estudar fora da cadeia ou participar de atividades que contribuam para a ressocialização.

O debate sobre o fim da saída temporária ganhou força após a morte do sargento Roger Dias da Cunha, da Polícia Militar de Minas Gerais. Ele foi baleado na cabeça no dia 5 de janeiro, após uma abordagem a dois suspeitos pelo furto de um veículo em Belo Horizonte. O autor dos disparos era um beneficiado pelo “saidão” que deveria ter voltado à penitenciária em 23 de dezembro e era considerado foragido da Justiça.

Para Flávio, a aprovação do PL 2.253/2022 é uma resposta à sociedade. Ele apresentou uma emenda para que, caso sancionada, a futura lei seja denominada “Lei PM Sargento Dias”.

“O nosso sistema carcerário infelizmente encontra-se superlotado e, em muitos estados, com instalações precárias, o que impede a devida ressocialização dos presos. Ao se permitir que presos ainda não reintegrados ao convívio social se beneficiem da saída temporária, o poder público coloca toda a população em risco” disse o relator.

Repercussão

A revogação da saída temporária mobilizou os parlamentares na CSP. O presidente do colegiado, senador Sérgio Petecão (PSD-AC), lembrou que o PL 2.253/2022 foi debatido em audiências públicas com a participação de especialistas favoráveis e contrários ao texto.

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) lamentou que o Congresso Nacional tenha demorado para votar a revogação do benefício.

— Infelizmente, a gente precisou perder vidas para dar prioridade a isso. Embora tenhamos feito muitas cobranças no ano passado para votar, a gente sabe que faz parte do jogo político pedir vista, tentar atrasar, tentar adiar. Mas, quando custa vida, a população precisa saber por que atrasou — disse.

O senador Magno Malta (PL-ES) pediu um minuto de silêncio em memória às vítimas de presos beneficiados pela saída temporária. Ele criticou o que classificou como “glamourização de criminosos”.

— Não tem que ter “saidinha” de maneira nenhuma. Esta é uma reunião que resgata o respeito a órfãos e viúvos de trabalhadores mortos de forma covarde por aqueles que zombam de nós e depois fazem sua própria selfie com o fuzil na mão — criticou.

 

Monitoramento

O PL 2.253/2022 trata de outros temas, além da revogação da saída temporária. Um dos deles é a realização de exame criminológico para a progressão de regime de condenados. De acordo com o texto, um apenado só terá direito ao benefício se “ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do estabelecimento, e pelos resultados do exame criminológico”. O teste deve avaliar, por exemplo, se o preso é capaz se ajustar ao novo regime “com autodisciplina, baixa periculosidade e senso de responsabilidade”.

O projeto também estabelece regras para a monitoração de presos. Segundo a proposição, o juiz pode determinar a fiscalização eletrônica para:

aplicar pena privativa de liberdade a ser cumprida nos regimes aberto ou semiaberto ou conceder progressão para tais regimes;

aplicar pena restritiva de direitos que estabeleça limitação de frequência a lugares específicos; e conceder o livramento condicional.

Ainda de acordo com o PL 2.253/2022, o preso que violar ou danificar o dispositivo de monitoração eletrônica fica sujeito punições como:

revogação do livramento condicional; e conversão da pena restritiva de direitos em pena privativa de liberdade.

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Em resposta ao ministro Dias Toffoli a ONG Transparência Internacional – Brasil divulga nota pública.


Vladimir Chaves



Em nota a Transparência Internacional diz que jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil.

Confira a integra da nota:

Em resposta à decisão do Min. Dias Toffoli divulgada nesta segunda-feira (5), a Transparência Internacional – Brasil esclarece, mais uma vez, que são falsas as informações de que valores recuperados através de acordos de leniência seriam recebidos ou gerenciados pela organização.

 

A Transparência Internacional jamais recebeu ou receberia, direta ou indiretamente, qualquer recurso do acordo de leniência do grupo J&F ou de qualquer acordo de leniência no Brasil. A organização tampouco teria – e jamais pleiteou – qualquer papel de gestão de tais recursos. Através de acordos formais e públicos, que vedavam explicitamente o repasse de recursos à organização, a Transparência Internacional – Brasil produziu e apresentou estudo técnico com princípios, diretrizes e melhores práticas de transparência e governança para a destinação de “recursos compensatórios” (multas e recuperação de ativos) em casos de corrupção. O relatório incluía recomendação de que o Ministério Público não deveria ter envolvimento na gestão destes recursos. O estudo e as recomendações não tiveram e não têm qualquer caráter vinculante ou decisório. O Memorando de Entendimento que estabeleceu esta cooperação expirou em dezembro de 2019 e não foi renovado, encerrando qualquer participação da Transparência Internacional.

 

Tais alegações já foram desmentidas diversas vezes pela própria Transparência Internacional e por autoridades brasileiras, inclusive pelo Ministério Público Federal. Apesar disso, estas fake news vêm sendo utilizadas há quase cinco anos em graves e crescentes campanhas de difamação e assédio à organização.

 

Reações hostis ao trabalho anticorrupção da Transparência Internacional são cada vez mais graves e comuns, em diversas partes do mundo. Ataques às vozes críticas na sociedade, que denunciam a corrupção e a impunidade de poderosos, não podem ser naturalizados.

 

Seguiremos cumprindo nosso papel na promoção da transparência e da integridade no Brasil e no mundo.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

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PIS/Pasep: consulta é liberada. Veja calendário 2024 e tire suas dúvidas


Vladimir Chaves



O calendário 2024 de pagamentos do abono salarial, benefício de até um salário mínimo que é pago aos trabalhadores vinculados ao Programa de Integração Social (PIS) e ao Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep), começa no dia 15 de fevereiro.

A consulta ao calendário

A consulta para saber se tem direito ao abono e os valores a receber no novo calendário está liberada a partir de hoje (5) no aplicativo da Carteira Digital ou no portal Gov.br. Os trabalhadores também podem consultar se possuem valores a receber de anos anteriores.

A estimativa é que aproximadamente 24,5 milhões de trabalhadores recebam o abono salarial em 2024, representando um desembolso total de R$ 23,9 bilhões. A Caixa é responsável pelo pagamento do PIS, e o Banco do Brasil, pelo do Pasep.

É preciso, no entanto, atender a alguns parâmetros para receber o dinheiro. Conheça as regras e o cronograma:

Quem tem direito ao PIS/Pasep 2024?

O valor do benefício vai depender de quanto tempo a pessoa trabalhou com carteira assinada no ano-base. É considerado o ano de 2022, por conta de um atraso no calendário do PIS/Pasep em decorrência da pandemia de Covid-19.

Mas só tem direito ao benefício os trabalhadores com remuneração média de até dois salários mínimos.

Se você trabalhou durante os 12 meses de 2022, vai receber o valor integral, que é de um salário mínimo nacional. Se trabalhou por apenas um mês, por exemplo, vai receber o equivalente a 1/12 do piso, e assim sucessivamente.

Segundo o Ministério do Trabalho, além disso, para ter direito ao abono salarial o trabalhador precisa ter sido informado pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) até o dia 10 de maio de 2023, e no eSocial até o dia 5 de dezembro de 2023. Após isso, o pagamento será feito somente no próximo exercício.

Sem direito ao PIS/Pasep

Entre os que não têm direito ao pagamento do abono estão os empregados domésticos, os trabalhadores rurais e urbanos empregados por pessoa física e os trabalhadores empregados por pessoa física.

Como consultar o PIS/Pasep 2024?

A consulta para saber se tem direito ao abono e os valores a receber no novo calendário será feita a partir do dia 5 de fevereiro, no aplicativo da Carteira Digital ou no portal Gov.br. Mas os trabalhadores já podem consultar se têm valores a receber de anos anteriores.

Para ter mais informações sobre o PIS, o trabalhador pode ainda baixar o Aplicativo Caixa Trabalhador. Nele, é possível saber sobre o abono salarial e o seguro-desemprego, conferir o calendário de pagamentos, consultar as parcelas liberadas e esclarecer dúvidas. O aplicativo está disponível para Android na Play Store, e na App Store.

Quando cai o pagamento do PIS/PASEP 2024?

O cronograma vai de 15 de fevereiro a 15 de agosto, de acordo com a data de nascimento do trabalhador (PIS) ou o número de inscrição (Pasep). Os valores ficarão disponíveis até o dia 27 de dezembro de 2024.

Confira as datas de pagamento:

PIS

Nascidos em janeiro – 15 de fevereiro

Nascidos em fevereiro – 15 de março

Nascidos em março – 15 de abril

Nascidos em abril – 15 de abril

Nascidos em maio – 15 de maio

Nascidos em junho – 15 de maio

Nascidos em julho – 17 de junho

Nascidos em agosto – 17 de junho

Nascidos em setembro – 15 de julho

Nascidos em outubro – 15 de julho

Nascidos em novembro – 15 de agosto

Nascidos em dezembro – 15 de agosto

Pasep

Final de inscrição 0 – 15 de fevereiro

Final de inscrição 1 – 15 de março

Finais de inscrição 2 e 3 – 15 de abril

Finais de inscrição 4 e 5 – 15 de maio

Finais de inscrição 6 e 7 – 17 de junho

Final de inscrição 8 – 15 de julho

Final de inscrição 9 – 15 de agosto

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