Carta a Presidenta Dilma.


Vladimir Chaves

Cara presidenta Dilma, na condição de cidadão brasileiro registro meus sentimentos de tristeza e aflição pelo que passa o meu querido e amado país. Uma aflição que há muito nos machuca e que nos faz sentir órfãos de cidadania na pátria mãe. Minha querida presidenta, em nome dos meus filhos, e atrevidamente em nome dessa juventude que clama nas ruas por JUSTIÇA, imploro que a senhora assuma o comando dessa crise e nos ajude a mudar o Brasil.

Querida presidenta, posicione-se de forma firme contra essa aberração que é a PEC 37, decepcione e enfrente as hienas que afrontam o povo brasileiro, fortalecendo ainda mais o poder de investigação do Ministério Público. Atenda as exigências do povo brasileiro, passe a atuar de forma firme para que todos os crápulas da corrupção possam ser isolados da sociedade.

Querida presidenta, nos ajude a mudar o Brasil, assuma o comando dessa crise, fazendo valer a sua história em defesa do país e da democracia, imponha-se e faça com que todos os corruptos já condenados sejam trancafiados no seu devido lugar, inclusive os que fazem parte do seu partido.

Querida presidenta, assuma o comando dessa crise, nos ajude a muda o Brasil, dignifique a mais importante e mais desrespeitada categoria desse país, os EDUCADORES. Querida presidenta, convoque nossos mestres, nossos educadores para que eles e apenas eles, possam construir um projeto revolucionário para a EDUCAÇÃO. Um projeto que ofereça aos professores e professoras a dignidade e o respeito que toda nação que se preza oferece, um projeto que acabe com as diferenças entre o estudante pobre e o estudante rico, um projeto que coloque o Brasil no topo da importância que ele merece.

Querida presidenta, assuma o comando dessa crise, convoque os profissionais da saúde para uma mobilização cidadã e humana, e emergencialmente socorra os milhares de irmãos brasileiros feridos pela “bala” ausência do estado. Querida presidenta, assuma o comando dessa crise, não permita que o direito a saúde continue sendo uma mercadoria nas mãos dos abutres.

Querida presidenta, assuma o comando dessa crise, nos ajude a mudar o Brasil, empunhe a bandeira da REFORMA POLÍTICA e JUDICIÁRIA. Querida presidenta, nos ajude a mudar o Brasil, governe com o povo, afaste-se dos milhares de vampiros fisiologistas que lhes empresta apoio político em troca do sangue do povo brasileiro.

Querida presidenta, assuma o comando dessa crise, nos ajude a mudar o Brasil, mande para os “quintos dos infernos” os que não pensam no futuro dos nossos filhos, os que se alimentam da miséria dos nossos irmãos, os que corroem nossos sonhos...
Querida presidenta, continuaremos nas ruas!

Brasil: Verás que um filho teu não foge à luta...



Vladimir Chaves
Um indignado brasileiro. 

sexta-feira, 21 de junho de 2013

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Tribunal de Contas da Paraíba bloqueia contas da prefeitura de Pitimbu.


Vladimir Chaves

O presidente da Câmara de Pitimbu (PB), José Fernando (PSDB), comunicou ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba que não foram enviados ao Poder Legislativo Municipal os balancetes referentes aos meses de março e abril do corrente exercício financeiro, bem como, informou que os únicos balancetes recebidos foram referentes aos meses de janeiro e fevereiro, porém, estes estavam incompletos e, por isso, impossibilitando o exercício do poder fiscalizatório dos vereadores pitimbuenses.

Disse o presidente José Fernando que, por diversas vezes solicitou o envio dos balancetes, tanto por intermédio de ofício, quanto pela via de contatos telefônicos, porém, os seus insistentes apelos não foram atendidos, motivando a comunicação ao Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

Informou ainda o presidente que a ausência dos balancetes de março e abril, além da remessa incompleta dos balancetes de janeiro e fevereiro, vinha sendo reclamada pelos vereadores e também por setores da sociedade civil organizada, não restando outra alternativa ao presidente José Fernando que, por ofício comunicou o fato ao TCE/PB e requereu que a Corte Estadual de Contas adotasse as providências legais necessárias.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

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O poder das redes sociais, mobilização no Brasil e postagens de internautas.


Vladimir Chaves

As redes sociais atualmente é a mais importante ferramenta a serviço da sociedade, após mostrar força na Europa, Ásia e África, chega a América Latina com força e com um poder de mobilização impressionante. Com as redes sociais a população, começou a compartilhar problemas e soluções junto aos mais variados seguimentos da sociedade.

No Brasil, graças às redes sociais uma legião de jovens deu inicio a um movimento denominado Movimento Passe Livre, que a principio cobrava transporte gratuito para estudantes e qualidade nos serviços de transportes públicos, mas que graças ao poder de mobilização das redes agregou uma infinidade de demandas de um povo oprimido.

Além do poder de mobilização as redes sociais, abriu um novo canal de dialogo entre os indivíduos, isso é de fácil percepção, basta ver a quantidade de pessoas opinando em relação às manifestações que está fazendo tremer as bases dos políticos acostumados a ignorarem os anseios do povo.

Confira algumas postagens de internautas relacionadas às manifestações que estão acontecendo no país:

EDSON DANIEL: “Quem estar no poder não fala por nós, não nos representa verdadeiramente, eles não dão a mínima para o povo, essas manifestações representam a explosão da população por tantos descasos por longos anos, chega uma hora que "BASTA". Chega de compra de votos, chega de saúde só para os ricos, chega de assistirem de camarote o sofrimento do povo, chega de corrupção, chega de educação superior em universidades públicas- só para ricos, enfim, são tantos. Chega, basta! Que a população vai as ruas reivindicar seus direitos ...”

LENILSON GUEDES: “Eu sou a favor dos protestos. O povo tem mesmo que invadir as ruas e falar mal dos governantes. Afinal, eles são pagos por nós e devem seus empregos aos eleitores.”

LEILA CRISTIANE: “Ofereceram rosas e levaram foi porrada, paz ao BRASIL. VAMOS A LUTA.”

EX-PRESIDENTE LULA: “Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas.”

ABIMADABE VIEIRA: “Poxa! Mais de um bilhão e meio investido num estádio de futebol, o que esse dinheiro não daria para fazer pela educação?”

MAZINHO CEILÂNDIA VALDEMAR: “A minha maior vergonha de morar em Brasília. É por que aqui passa 95% dos políticos que destrói o nosso país. Ladrões disfarçados, ladrões invisíveis”

MÉRCIO FRANKLIN: “Fico muito feliz em ver que o povo brasileiro começa a identificar o absurdo que é sediar uma copa do mundo em um momento que milhões de pessoas sofrem sem direitos básicos: Saúde, educação, transporte, moradia entre outros!”

NIL FERNANDES: “FRASE DO DIA: Não sou de direita, nem de esquerda. Apenas quero que o governo tome no centro.”

AMBIENTALISTA ARAMY FABLICIO: “O POVO PARECE QUE TÁ ACORDANDO. VIVA A REVOLUÇÃO, DE VOLTA AOS ANOS OITENTA, VAMOS DERRUBAR OS CASTELOS DOS REIS ...ATIVISTA ARAMY FABLICIO.”

CLAUDIO LUNA: “A primeira mudança que deveria acontecer no Brasil depois dessas manifestações era com o STF, pois ali não tem juízes, tem políticos travestidos de juízes, todas as decisões são parciais e políticas.”

IVONALDO NUNES: ”Os jovens brasileiros fazem nas ruas o que ninguém esperava; políticos e autoridades em geral estão perplexos. Nenhum partido capitalizou o movimento; pelo contrário; bandeiras são rejeitadas. A palavra que melhor resume tudo isso é descontentamento. Descontentamento geral. O preço das tarifas de ônibus foi a motivação e a pauta. Mas, todos querem protestar; seja contra a PEC 37 ou contra a corrupção; qualquer coisa é tema. O importante salientar é que: A partir de agora tudo pode mudar; até mesmo a reeleição de Dilma fica comprometida. E é bom que ela se pronuncie ! E com tantos temas nas ruas, este movimento que já está sem foco; tende a ficar no abstracionismo ou seja tanto barulho por nada. Mas; uma coisa boa fica . O descontentamento”

DEPUTADA MANUELA: “Vejo a repulsa desse movimento a política tradicional. Sonharia em vê-lo lutando pelo fim do financiamento privado das campanhas!”

RUITER SANSÃO: “PROTESTO por mais médicos pediatras nos hospitais de Campina Grande, sobretudo nos finais de semana e feriados.”

ALEX AZEVEDO: “Parabéns aos jovens que de forma pacifica vão as ruas protestar, mas penso que deveriam inserir um tema que ao meu ver está abalando as estruturas do nosso país, que é a violência crescente que estamos assistindo no nosso dia a dia, chega, não suportamos mais tantos crimes, que de forma brutal ceifa a vida de tantos brasileiros!!!”

ÁLVARO GAUDÊNCIO NETO: “De forma discreta, um pouco a distância, tenho acompanhado a dinâmica da política vivida em nosso País. Embora seja oportuno dizer que a abertura democrática trouxe avanços para o Brasil, no momento alguns aspectos merecem uma avaliação da parte dos nossos governantes, pois o povo está cansando com a demora ou descaso no enfrentamento de alguns temas considerados inadiáveis. Por isso as manifestações dos estudantes por todo o País - que chega em boa hora. Um Brasil onde se estimula a natalidade, sem mirar um futuro adequado para o enfrentamento dos problemas. O momento é bastante oportuno para se discutir prioridades. Nas manifestações dos estudantes contesta-se o aumento das passagens de ônibus; o descaso do Governo com a saúde, educação e segurança. Porque não se priorizar também soluções para o combate aos efeitos da seca, onde chove apena...”

ÍCARO COSTA: “Os protestos que estão acontecendo no Brasil, precisam chegar as URNAS no próximo ano, de que adianta protestar, protestar e depois reeleger ou eleger CORRUPTO???”

KENNEDY SALES: “É preciso admitir, boa parte da imprensa tem haver com essa bandalheira que aí está. Aqui na Paraíba, só não vê quem não quer. Muitos comunicadores tem a função de ajudar a esconder e jogar para debaixo do tapete a sujeira dos nossos gestores e ainda, posam de paladinos da moralidade. O povo se deixa enganar e aí se dana...”

ROSSANDRO AGRA: “As manifestações vistas no Brasil perderam, completamente, a razão de ser! Alguns transformaram protesto cívico em vandalismo e banditismo!”

PRESIDENTA DILMA ROUSEFF: “O Brasil hoje acordou mais forte. A grandeza das manifestações de ontem comprovam a energia da nossa democracia. A força da voz da rua e o civismo da nossa população. É bom ver tantos jovens e adultos, (…) juntos com a bandeira do Brasil, cantando o hino nacional e dizendo com orgulho ‘sou brasileiro’ e defendendo um país melhor”
PADRE DJACY BRASILEIRO: “Esperamos que certos políticos ligados ás velhas oligarquias não queiram tirar proveito da luta do povo. Basta o povo e pronto. Avante!”

JOSÉ CÍCERO GADELHA: “Engraçado, qual a diferença entre um país pobre gastar dinheiro em estádios e uma prefeitura pobre e quebrada gastar milhões com festa? Nenhuma, porém não vejo ninguém compartilhar ou curtir esta verdade, alguns com medo do coronelzinho tirar seus empreguinhos.”

FLÁVIO ROMERO: “Estes "políticos" oportunistas pensam que o gigante além de adormecido, estava com amnésia. O povo não é burro e tem memória de elefante! É interessante ouvir "político" responsável pelos grandes males de um passado recente, tentando se apropriar da mobilização nacional.”

ARISTAVORA SANTOS: “O mais bonito é que nenhum partido se apropriou do movimento, é a população revoltada  com a impunidade dos mensaleiros corruptos.”

GILVAN FREIRE
: “Já se vinha dizendo há tempos que Dilma Rousseff é uma invenção política de Lula e do PT..... Uma líder de laboratório maquiada para dá sustentação ao continuísmo nefasto que financia eleitores com bolsas-assistenciais.... E cria mitos tipo Isabelita Peron, mãe dos pobres. Tudo está se desmanchando, como sempre acontece com os santos de barro.”

AGAMENON VIERIA: “A nota do PT/JP, apenas tangencia os verdadeiros motivos da indignação do povo, que não se acha representado pelos desmoralizados partidos políticos, seus parlamentares e seus governos. Onde está a agenda da Ferrovia Transnordestina? para onde estão indo as águas do Rio São Francisco, que iriam irrigar as terras secas do nordeste? Onde está a grande base aliada do governo federal. Todo mundo sabe que esta COPA DO MUNDO poderia ser realizada, em menos Estádios. Onde está a grande base aliada do governo federal? Onde ficou a reforma deste sistema político brasileiro, originário da CORRUPÇÃO que campeia, há mais de década? Tudo isto levou o povo, sem orientação dos partidos, das centrais, dos sindicatos etc., a reivindicarem reformas que lhe assegure melhores condições de vida com segurança, saúde, educação, mobilidade ete.”

HUMBERTO COSTA: “Olho para o que acontece no Brasil e vejo força. A força do povo de se manifestar e dialogar por uma cidade, um estado, um país sempre melhor”

CLÍSTENES HOLANDA: “Na atual conjuntura a melhor opção para o Congresso é arquivar a PEC 37. Não correm risco de aprovação e consequente execração popular.”

FRANCIS JULIANO: “Esse negócio de 'queremos hospitais e educação padrão Fifa' pra mim não é de bom tom. Vou botar na conta da empolgação da galera. Onde já se viu a Fifa ser modelo e exemplo de coisa boa e decente?”

ITALO KUMAMOTO: “A intensificação dos protestos em muitas cidades brasileiras muda o clima político do País e a ausência de autoridades (seja Federal, estadual, Municipal) para o enfrentamento através do diálogo mostra a inexistência de respostas consistentes para a saúde, a educação, a mobilidade urbana e a segurança.”

SÉRGIO GUERRA: “Partidos, empresários e elite no geral não podem tapar o sol e fingir que não têm nada a ver com o que está acontecendo no País".

JOÃO DANTAS: “A mais frágil democracia sempre será bem melhor que a menos ruim das ditaduras. Sinceramente, mesmo politizado como sou...não estou entendendo o que há por traz desses vinte centavos de aumento...Estou meio confuso, porque vi certo filme meio...Família, tradição e propriedade...Lembram?”

ARACILBA ROCHA: “Manifestantes, saíam em multidões, pelas vias das urbes. Sem violência porque as palavras de ordem vós bastam. A quem tiver o poder gritai. Ao parlamento que mantém senhores donos do poder por longos anos e que tanto mal já geraram a Nação. Aos bilhões de reais que se perdem na má aplicação de recursos, na falta de planejamento, na insensibilidade, e na corrupção desenfreada, enquanto milhares de brasileiros passam fome, nas secas do nordeste, nas plantações perdidas, nas terras mortas. Nas periferias das cidades e nos lixões das metrópoles. O sistema educacional entrou em decadência. As Leis perdem eficácia. “A opinião pública perdeu a força com a divisão, o medo e o culto universal à riqueza.”

FERNANDO DE SOUZA: “URGENTE! Lembre pessoal... Dia 20 é para LUTAR pelo PAÍS, pelo BRASIL e não por nenhum partido político. Bandeiras e exaltações PARTIDÁRIAS devem ser ABOLIDAS e consequentemente evitadas. Cuidado....alguns políticos na Paraíba estão querendo aproveitar o embalo e se apropriar dos fatos. Se ao seu lado aparecer algum, ou alguém dê palavras de ordem para sair do caminho... deixando livre para o pensar democrático... Eles querem carona.... Expulse-o do caminho!”

LAU SIQUEIRA: “Eu acho é graça de umas figuras reconhecidamente conservadoras que ficam no Facebook falando das manifestações como se fossem a esquerda mais radical. Nunca participaram de um movimento social que fosse. É a turma do bloco "me engana que eu gosto".

PATRI
CK KERVIN: “Mudar os votos, sair às ruas, tudo tem sua importância. Mas nós, cristãos, devemos (acima de tudo) nos lançar em oração pela nossa nação!”
BASÍLIO CARNEIRO: “Imagina se isso fosse ao final de 2012, quando Veneziano Vital deixou 3 meses e o décimo sem pagar aos servidores.”


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Congresso debocha do povo: Reforma eleitoral deve liberar fichas sujas nas próximas eleições


Vladimir Chaves

Os deputados federais e senadores estudam liberar para concorrer a cargos eletivos um batalhão de candidatos que, pelo menos na avaliação de órgãos técnicos responsáveis, não sabem administrar o dinheiro público ou as próprias contas de campanha. A possibilidade está na minirreforma eleitoral que o Congresso Nacional fará ao votar, no fim deste mês, projetos de lei que modificam as regras para participação nos pleitos. O texto final vai depender de acordo entre as lideranças partidárias, mas as articulações já apontam para a abertura aos fichas sujas. Na avaliação do Ministério Público, isso tornará a Lei da Ficha Limpa, aprovada com grande mobilização popular, letra morta.

LIBERANDO GERAL

O “presente” para os reprovados financeiramente ou os que têm condenações judiciais está em dois pontos. Um deles, que consta em uma proposta, confirma e torna ainda mais clara e definitiva uma regra colocada na primeira reforma, de 2009: a de que os candidatos que tiveram contas de campanha reprovadas pela Justiça Eleitoral podem concorrer de novo, desde que as tenham prestado. Ou seja, se o candidato entregou os números, mesmo que encontradas irregularidades e ele praticado caixa dois, por exemplo, poderá concorrer novamente.

O outro ponto que os parlamentares estão articulando tira poder dos tribunais de contas de tornar ficha suja um candidato que teve a contabilidade reprovada em alguma função da administração pública que tenha exercido. Atualmente, basta a rejeição das contas pelos TCEs para um prefeito, governador ou outro agente público ficar impedido de concorrer. Agora, os congressistas querem dar a palavra final para as câmaras municipais ou assembleias legislativas, fazendo com que sejam válidos somente os resultados de votação dos vereadores e deputados sobre o que disseram os tribunais. Com isso, a definição fica para um voto político.

(Correio Braziliense)

terça-feira, 18 de junho de 2013

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Basta de vandalismo e depredações, respeitem o Brasil!


Vladimir Chaves

Os vândalos desse país são aqueles que depredam a dignidade do povo, que roubam sonhos e destroem famílias. Quem destrói e depreda no Brasil, são os canalhas que impedem a construção de escolas, creches, hospitais, moradias, ao surrupiarem os cofres públicos.

No entanto, a mídia fascista tenta a todo custo fazer parecer que o vandalismo e a depredação são praticados apenas por aqueles que ousam enfrentar os crápulas que denigrem a imagem do Brasil e levam sofrimento a milhões de brasileiros. Muitas das vezes até encontra sintonia no meio de alguns oprimidos. Muitos se deixam levar pela estratégia da mídia fascista e inocentemente fazem o mesmo discurso.

Na realidade o que a mídia fascista deseja encucar no povo, é que devemos ser cordeirinhos, meros inocentes úteis, afinal faz tempo que isso vem funcionando. Para eles, o país deve reunir multidões apenas para ver futebol e putaria. Muito mais violência e depredação acontecem nos eventos de futebol e nos circos montados por prefeitos, quero ver a mídia fascista chamar todos os torcedores de vândalos. Ela destinge, ela separa o desordeiro do torcedor, quero ver a mídia fascista divulgar o número de homicídios, furtos e depredações pós um carnaval do Rio de Janeiro, São Paulo, João Pessoa...

Queiram ou não, o Brasil acordou! Se os canalhas não escutaram até hoje os que estavam pacificamente deitados em berço esplendido, que escutem as vozes roucas dos que não fogem a luta.

Basta, chega de tanta corrupção, de tanto desprezo, de tanta bandalheira, vamos dizer não a esses vândalos, baderneiros, crápulas que por séculos tentam fazer do Brasil um cabaré. 
Acorda Brasil, digno é teu povo!

Ou ficar a pátria livre ou morrer pelo Brasil...

Vladimir Chaves

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Ex – militante e dirigente do Partido dos Trabalhadores solidariza-se com manifestantes e condena a politica “pão e circo” do prefeito Luciano Cartaxo.


Vladimir Chaves

O ex-dirigente e militante do Partido dos Trabalhadores,  empresário Walter Aguiar, postou nas redes sociais, sua opinião acerca dos protestos que acontecem em todo o país. Para Aguiar, a juventude brasileira rompeu o “céu de brigadeiro” que dominava a política emparedando o pragmatismo dos governantes do Brasil.

“O "céu de brigadeiro" que parecia a politica brasileira, foi rompido pelo "outono do vinagre". A juventude que parecia alienada foi às ruas e com reivindicações justas emparedaram a politica pragmática que norteia os dirigentes de nosso país. E não me venha deputados da Paraíba junto com a rede Globo falar em anarquia, o movimento de massas comporta tudo que estamos vendo ai, e uma panela de pressão que questiona a seu modo e forma, porque se gasta 21 bilhões em estádios, quando se falta 4 bilhões para a transposição" postou Aguiar 

Não muito diferente de outros petistas históricos, o ex-líder petista também não poupou criticas a gestão do Prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PT). Aguiar condenou a politica adotada pelo prefeito da Capital de financiar times de futebol e carnaval em detrimento ao sofrimento e os problemas enfrentados pela população carente.

“ Financiar clubes de futebol como o Botafogo de João Pessoa, e o gasto fora de nossa realidade com carnaval com a cidade sendo penalizada com as chuvas. Não se pode mais permitir o gasto com a tentativa de transformar a cidade em uma tal de "sub sede" da copa, querendo aproveitar a desinformação da população, e muito circo.” Desabafou Aguiar

Continuando Aguiar, condenou a forma de fazer politica pela maioria dos parlamentares nas assembleias legislativas e Congresso Nacional. Alertando aos pragmáticos que a nação acordou.


“Não se pode reclamar nada dos movimentos e suas ações quando grande parte dos políticos transformam a Assembleia Legislativa e o Congresso Nacional num "puteiro" como diz uma conhecida musica de Cazuza. O Brasil acordou e quem continuar dormindo vai dançar. O Brasil acordou e quem continuar sendo. "Pragmático" vai dançar. Viva o povo brasileiro!!!! Viva a juventude desse pais!” disse

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Brasil: As mordomias do Senado “surdo” e o injustiçado povo brasileiro.


Vladimir Chaves

A intolerância e o espirito antidemocrático do governador Geraldo Alckimi (PSDB) e do prefeito Fernando Haddad (PT), terminaram por se tornar a faísca que faltava para acender a chama da indignação do povo brasileiro cansados de tanta bandalheira, tanta injustiça e tantos descasos.

Enganam-se os que pensam que o Brasil protesta apenas contra os “vinténs” cobrados a mais nas tarifas dos transportes coletivos, como afirmou o reacionário Arnaldo Jabor. A indignação vai muito além desses “vinténs”, a revolta é contra os milhões que são surrupiados anualmente da nação, é contra as mordomias de uma elite travestida de representantes do povo, de uma justiça cega, surda, muda, injusta e doida. A revolta é contra a falta de moradia, de segurança, de saúde, de transporte, de educação, de respeito. É também contra os piratas, os saqueadores, os bandoleiros e os ladrões do “sangue brasileiro”.

E dentre tantas injustiças contra o povo brasileiro, faço uma pausa para falar um pouco da Casa que deveria ser o símbolo da democracia brasileira, o SENADO FEDERAL, hoje o centro das mordomias e da afronta aos milhões de miseráveis brasileiros.

Uma casa que tem como presidente um cidadão, que em 2007, renunciou para não ter o mandato cassado e assim permanecer no poder, se valendo das brechas imorais da legislação eleitoral.  Acusado pela Procuradoria-Geral da República de ter cometido três crimes: peculato (desvio de dinheiro público ou bem público por funcionário público), falsidade ideológica e uso de documento falso.

Numa prova clara de que a opinião pacifica do povo e “merda” (desculpem-me, mas não consigo encontrar termo mais apropriado) para Eles são a mesma coisa, desconsideraram o apelo de mais de um milhão de internautas, exigindo o impeachment do presidente do Senado, Renan Calheiros. Desprezam ainda a opinião pacífica do povo brasileiro, quando ignoraram o resultado da pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope), onde 74% dos brasileiros exigem a saída do senador Renan Calheiros da Presidência do Senado.

Como se não bastasse fazerem “ouvido de mercadores” para os clamores pacíficos da nação, ainda afrontam o país, quando usufruem de mordomias e regalias, que a maioria absoluta dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil, nem sonham em ter. Enquanto a maioria do povo brasileiro tenta sobreviver do misero e imoral salário mínimo (R$ 678.00), os nobres senadores e senadoras recebem mensalmente R$ 26.723,13 (vinte e seis mil setecentos e vinte três reais e treze centavos).

Achou muito? Pois saiba que além do “gordo salário” eles ainda usufruem de uma COTA para o exercício das Atividades Parlamentar-Ceaps-. Cota essa “bancada” pelos milhares de brasileiros ignorados. Tal cota restitui aos nobres senadores eventuais despesas no “exercício” das atividades, tais como: Combustível, passagens áreas e terrestres, consultoria, hospedagem...

Achou muito? Pois saiba você que ao contrário do povo brasileiro, nossos digníssimos representantes, não precisam recorrer as humilhantes filas do SUS, quando precisam de atendimento médico. Pois nós, os brasileiros nunca ouvidos quando não vamos as ruas, bancamos todas as despesas médico hospitalares deles.

A assistência médica custeada pelos cofres públicos aos senadores e seus dependentes, ex-senadores e seus cônjuges abrange: Assistência médico hospitalar, assistência médico ambulatorial, assistência DOMICILIAR de emergência, urgência e translado terrestre e aéreo, assistência odontológica, psicoterapeuta, fisioterapeuta, obstetrícia, enfermagem, terapia complementar, exames complementares para elucidação de diagnósticos ou tratamento.

Veja abaixo quanto o país pagou de verba indenizatória aos senadores paraibano de janeiro a abril de 2013.

Senador Cássio Rodrigues da Cunha Lima (PSDB)

Janeiro:
Passagens                                              R$   144,57
Aluguel                                                  R$ 2.498,18
Locomoção\hospedagem                           R$    190,00
Consultoria                                             R$ 25.000,00
Total =                     R$ 32.281,72

Fevereiro
Passagens                                              R$ 1. 976,08
Aluguel                                                  R$ 2.479,94
Locomoção\hospedagem                           R$ 2.479,00
Consultoria                                             R$    243,13
Total =                   R$ 7.169,15

MARÇO:
Passagens                                              R$  2.414,43 
Aluguel                                                  R$ 2.305,36
Locomoção\hospedagem                           R$ 11.216,34
Consultoria                                             R$ 14.500,00
Mat. escritório                                         R$       43,30
Total =                     R$ 30.479,43

ABRIL:
Passagens                                             R$   3.526,51
Aluguel                                                 R$   1.365,32
Locomoção\hospedagem                          R$ 6.999,01
Consultoria                                           R$ 18.500,00
Mat. Escritório                                       R$     122.00
Total =                     R$ 30. 512,84



Senador Cicero Lucena (PSDB)

JANEIRO:
Atividade parlamentar                          R$ 10.000,00
Locomoção\hospedagem                       R$ 15.433,00
Consultoria                                         R$ 10.000,00
Total =                     R$ 35.433,02


FEVEREIRO:
Passagens                                        R$ 4.622,97
Divulgação                                        R$ 10.000,00
Locomoção\hospedagem                     R$ 16.538,47
Total=                       R$ 31.161,44

MARÇO
Passagens                                         R$ 6.977,92  
Locomoção\hospedagem                      R$ 15.612,27
Total =                     R$ 22.590,19

ABRIL:
Passagens                                         R$ 9.749,57
Locomoção\hospedagem                      R$ 7.200,00
Consultoria                                        R$ 18.000,00
Total =                    R$ 34.949,57


Senador Vital do Rêgo Filho (PMDB)

JANEIRO:
Passagens                                         R$ 4.084,98
Aluguel                                             R$    420,12
Locomoção\hospedagem                      R$    582,26
Divulgação                                        R$ 22.135,00
Total =                    R$ 27.222,36


FEVEREIRO:
Passagens                                         R$ 7.384,27
Aluguel                                             R$    533,97
Locomoção\hospedagem                      R$ 2.816,03
Divulgação                                        R$ 8.335,00
Total =                    R$ 19.069,27


MARÇO:
Passagens                                         R$ 10.979,56  
Aluguel                                             R$      231,51
Locomoção\hospedagem                      R$ 4.140,46
Divulgação                                        R$ 16.235,00
Total =                 R$ 31.586.53


ABRIL:
Passagens                                         R$ 6.970,64
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Vladimir Chaves

segunda-feira, 17 de junho de 2013

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Agronegócio, grandes empreiteiras e rebelião indígena


Vladimir Chaves

No período da chegada dos portugueses por estas terras, nos idos de 1500, calcula-se que havia cerca de 6 milhões de indígenas habitando a vasta extensão de terras que veio a constituir-se, depois, no território brasileiro. Eram os povos originários desta região, viviam aqui desde muito antes dos brancos descobrirem ou, melhor dizendo, invadirem estas paragens.

Não deixa de ser emblemático do mundo em que vivemos hoje, quando vemos um branco, latifundiário, ex-deputado pelo PSDB, esbravejar na televisão contra os índios Terenas que “invadiram” a “sua” fazenda, em Sidrolândia, em Mato Grosso do Sul.

Daqueles 6 milhões que compunham a população originária, hoje restam pouco mais de 800 mil, divididos em várias nações e vivendo acuados em diversas regiões do país. Estes números são o resultado de cinco séculos de violência dos brancos contra os índios para tomar suas terras. A Constituição de 1988, ao definir regras para demarcação das terras indígenas, visava parar este genocídio, evitando a extinção pura e simples dos povos originários. Era reflexo das fortes lutas democráticas que sacudiram o país naquele período.

A rebelião que vemos nos dias de hoje, da nação Terena, dos Mundurucus, dos Guaranis, Kaiowás, é a expressão nua e crua de que o genocídio continua. Passados 25 anos da promulgação da Constituição, estes índios que hoje se rebelam o fazem porque estão cansados de ver sua gente morrendo de fome, de doenças, desesperança ou mesmo assassinados pelos jagunços a serviço do latifúndio, enquanto o agronegócio cresce em suas terras com apoio e incentivo do governo. De acordo com o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), entre 2011 e 2013, foram assassinados 503 indígenas em nosso país!

É verdade que este verdadeiro massacre vem de muito tempo contra os povos indígenas. E a responsabilidade mais recente por isso é de todos os governos que administraram o país neste período, de José Sarney do PMDB, passando por Collor de Mello, Itamar até chegar a Fernando Henrique do PSDB. Mas não é sem razão que é justamente contra um governo do PT que se levantam neste momento.

A opção destes governos (Lula e Dilma) pelo agronegócio, pelo Latifúndio e pelas grandes empresas capitalistas, como as empreiteiras da construção civil, supera qualquer coisa que já se viu neste país. Para além do abandono de qualquer política que priorize a reforma agrária e a produção de alimentos nas terras brasileiras, a opção do governo tem sua expressão também na demarcação das terras indígenas.

Veja, abaixo, tabela com o reconhecimento de Terras Indígenas (TI) nos governos dos presidentes José Sarney, Fernando Collor, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luis Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, segundo dados recolhidos no site do Instituto Socioambiental (atualizado em 25/04/2013).



Os dados mostram claramente que os governos do PT impuseram uma forte retração no processo de reconhecimento e demarcação das terras indígenas. Este movimento corresponde à forte prioridade que tem sido dada pelos governos petistas ao agronegócio, às grandes empreiteiras da construção civil e aos projetos de grandes empresas multinacionais no Norte do país. Dos mais de R$ 22 milhões previstos no orçamento de 2012 para delimitação, demarcação e regularização das terras indígenas, apenas pouco mais de R$ 5 milhões foram, de fato, executados. Não há vontade política de fazê-lo.

Por outro lado, o governo dá todo apoio ao agronegócio, para a produção de grãos e carne para exportação, em detrimento da reforma agrária e da produção de alimentos para o povo brasileiro. As grandes obras, como em Belo Monte, no Pará, ou em Jirau/Santo Antonio, em Rondônia, atendem mais aos interesses das grandes empreiteiras (e de multinacionais instaladas na região que terão garantia de fornecimento de energia elétrica barata para seus projetos), do que do povo brasileiro.

Esta política tem feito a alegria (e a fortuna!) das grandes empresas que atuam nestas áreas. Talvez por isso, de acordo com dados registrados no TSE, estes dois setores (construção civil e agronegócio) tenham destinados, juntos, cerca de R$ 150 milhões para financiar a campanha eleitoral do PT e de sua candidata, Dilma Rousseff, nas eleições de 2010.

Esta política é motivo de vergonha para o povo brasileiro, obrigado a assistir a este verdadeiro genocídio dos povos indígenas, apenas para favorecer aos interesses de algumas grandes empresas capitalistas. A luta dos povos indígenas não pode ser, portanto, uma luta apenas deles. Ela precisa ser abraçada por todos os brasileiros e brasileiras. Os trabalhadores de forma geral, os sindicatos, as entidades estudantis, as organizações e instituições democráticas deste país, precisam clamar uníssonas: chega de genocídio dos povos originários! Delimitação, demarcação e regularização de todas as terras indígenas já!

POR ZÉ MARIA

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O outono da ignorância


Vladimir Chaves

Até demorou. Não se dizia que os brasileiros eram passivos demais, sem consciência política? Um povo inebriado por futebol, Carnaval e cerveja, que só se aglomerava em show, bloco e passeata gay ou evangélica? Agora, uma fagulha, o aumento das tarifas de ônibus, incendiou multidões. São especialmente jovens. Como em qualquer lugar do mundo. Entre os que protestam pacificamente com flores na mão, há os vândalos que, rindo e xingando, depredam o patrimônio, quebram lojas, incendeiam ônibus. Alguma novidade? Sempre foi exatamente assim, em Paris, Londres, Buenos Aires ou Istambul.

Os excessos devem ser repudiados, os vândalos detidos. Mas a reação truculenta das tropas de choque e as declarações de prefeitos e governadores de todos os partidos mostram algo preocupante: o poder – no Brasil, como na Turquia – não faz a menor ideia de como coibir com eficácia protestos que resvalem para a violência. Policiais e políticos igualam-se aos arruaceiros na ignorância, tornam-se delinquentes por trás de armaduras e gravatas, tacham de ilegítimas todas as manifestações, não param para escutar, entender ou negociar. O resultado é este: cidadãos encurralados na volta do trabalho, crianças atemorizadas. Os jornalistas são feridos pela polícia com balas de borracha, bombas de gás e spray de pimenta nos olhos. São coagidos e xingados por jovens mascarados e desinformados.

Os preços sobem, a inflação está em alta, os impostos absurdos não revertem em saúde, moradia, transporte e educação para a população, os empregos para a juventude começam a minguar, as empresas demitem em massa sem repor vagas. A presidente Dilma diz que a economia está sob controle. A farra nos Três Poderes continua. Ninguém aperta o cinto de couro em Brasília. O noticiário continua coalhado de mordomias no Legislativo, Judiciário e Executivo.
O jornalista Zuenir Ventura um dia cunhou a expressão Cidade Partida para se referir à divisão entre asfalto e morro, no Rio de Janeiro. Hoje, está claro que vivemos num País Partido. O Brasil dos que produzem e trabalham quase cinco meses só para pagar impostos... e o Brasil dos que mamam nas tetas do Estado, com aposentadorias vitalícias polpudas e múltiplas, e ainda têm a cara de pau de discutir o rombo da Previdência. É corrupção, nepotismo, promiscuidade, formação de quadrilha nas altas esferas, desmoralização dos sindicatos que se lambuzam com o melado federal. A casta superior do País Partido insiste em ignorar o sentimento de vulnerabilidade da população assalariada.

Com a ditadura, o Brasil se desacostumou a conviver com manifestações e greves. Tudo vira sinônimo de anarquia. Estava em Londres em 1979, no “winter of discontent”, o inverno da insatisfação, que encheu a cidade de lixo e mau cheiro e derrubou os trabalhistas, abrindo o caminho para Margaret Thatcher. Trafalgar Square equivale simbolicamente à Praça Taksim, de Istambul – mas com os bobbies (policiais ingleses) protegendo os manifestantes.

Estava em Paris no outono de 2005, quando jovens da banlieue (a periferia) invadiram a Rive Gauche e saíram quebrando tudo, em protesto contra a situação de jovens imigrantes nos subúrbios. Foram 19 noites de distúrbios na França, 9 mil carros queimados, 3 mil jovens presos. Essa revolta saiu de controle. A “manif” já faz parte da cultura parisiense – quase como a praia no Rio de Janeiro e o restaurante em São Paulo. Não há fim de semana em que avenidas não sejam bloqueadas por protestos. As tropas de choque se organizam, com o objetivo de garantir a passeata, e não de fomentar a violência.

No Brasil, o Movimento do Passe Livre é o estopim, ou a parte visível de um descontentamento que não pode ser minimizado. O péssimo serviço de ônibus, metrôs e trens, aliado a aumentos nas passagens, é, sim, revoltante. Ouvir de Sérgio Cabral, Geraldo Alckmin e Fernando Haddad que os protestos “têm motivação política” causa risos. É lógico que protestos sejam políticos. Não existe crime nisso. Ouvir das autoridades que os manifestantes são mauricinhos causa desconforto. É preciso ser prostituta para defender os direitos da classe nas ruas? É preciso ser povão para protestar contra a indignidade dos trens?

Torço para que os manifestantes expulsem de suas alas os marginais que aterrorizam exatamente aqueles que mais se servem do transporte público. Espero que os governos não mandem às ruas policiais despreparados, brutamontes e enraivecidos, que atacam pelo prazer da repressão. “Baderna é inaceitável”, diz Alckmin. Concordo. Mas os piores baderneiros são os armados pelo Estado. Deslizes policiais e insensibilidade governamental podem nos lançar ao caos.

RUTH DE AQUINO - Colunista de ÉPOCA 

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MANIFESTO CONTRA A VIOLÊNCIA DA PM NOS PROTESTOS DE JOVENS PELO TRANSPORTE PÚBLICO


Vladimir Chaves

A ação da Polícia Militar do estado de São Paulo em protesto de jovens contra o aumento das tarifas da passagem do ônibus, metrô e trem na capital paulista é mais um episódio na história de violência e desrespeito ao direito de organização e manifestação.

O direito de manifestação sofre permanente ameaça no país, mesmo depois de 25 anos de promulgação da Constituição Federal, o que demonstra que a democracia ainda não está consolidada no país. A PM do Estado de São Paulo, controlada pelo PSDB, mantém os métodos que desenvolveu na ditadura militar, reprimindo manifestações, efetuando prisões políticas de cidadãos e estimulando tumultos, inclusive com infiltrações para desmoralizar a luta e organização popular.

Não podemos esperar um comportamento democrático de uma PM liderada pelo PSDB que, em janeiro de 2012, mobilizou helicópteros, carros blindados e 2 mil soldados do Batalhão de Choque para fazer a reintegração de posse violenta de 1600 famílias que viviam desde 2004 no bairro Pinheirinho, em São José dos Campos (97 km de SP).

A legitimidade do protesto dos jovens contra o aumento das tarifas não pode ser desmoralizada por causa de ações equivocadas de uma minoria, que infelizmente não compreende que a sociedade está do lado daqueles que querem transporte barato e de qualidade para a população de São Paulo.

Apesar desses acontecimentos pontuais, a responsabilidade pela violência nos protestos é da Polícia Militar, que tem provocado o conjunto dos manifestantes, promovido o caos e agredido cidadãos que estão nas ruas exercendo o seu direito de manifestar de forma pacífica.

Esses protestos são importantes porque colocam em xeque uma questão central para a população da cidade, que é a mobilidade urbana. Os paulistanos perdem horas e horas todos os dias dentro de um carro ou ônibus parados no trânsito ou de um vagão de metrô e trem lotados. Horas que poderiam ser destinadas para ficar com a família ou para cultura, esporte e lazer, das quais são privados por causa de uma clara opção que privilegia o transporte privado e individual em detrimento do público e coletivo.

O histórico crescimento desordenado da cidade, o trânsito causado pelo número de carros nas horas de pico, a falta de linhas de metrô/trem, a baixa qualidade do sistema e a chantagem das empresas privadas concessionárias de ônibus, as altas tarifas do transporte público representam um problema social, que prejudica o conjunto da população, especialmente os mais pobres, que moram na periferia.

A lentidão da expansão do metrô é uma questão crônica da gestão do PSDB, que construiu apenas 21,6 Km de linhas do metrô, o que representa uma média de 1,4 km por ano. Com isso, São Paulo tem a menor rede metroviária entre as grandes capitais do mundo (apenas 65,9 km).

A gravidade dessa questão fez com que a mobilidade urbana fosse um dos temas centrais da campanha eleitoral para a prefeitura no ano passado. E o candidato Fernando Haddad, que acabou eleito, prometeu dar respostas que tocassem na raiz do problema.

A movimentação da prefeitura para adiar e realizar um aumento da passagem do ônibus abaixo da inflação do último período, dentro de um quadro de pressão das empresas concessionárias, não atende os anseios criados com a derrota dos setores conservadores nas eleições em São Paulo.

A resolução da questão urbana exige medidas estruturais, como a efetivação de um modelo de desenvolvimento, que prescinda o estímulo à indústria automobilística, e a implementação do controle direto sobre as tarifas por meio da municipalização dos transportes. Com isso, se evita soluções paliativas como a subvenção das concessionárias, financiando setores cujo interesse em lucrar se choca com a possibilidade de um sistema de transporte que atenda as necessidades da população.

Por isso, os protestos realizados pelos jovens ganham importância, uma vez que representam um sintoma do problema e constituem uma força social que pode apontar e sustentar mudanças estruturais na organização territorial e na mobilidade urbana. Essas mobilizações são um instrumento de pressão sobre as autoridades, para sustentar um processo de negociação, especialmente com a prefeitura, que esperamos que possa render conquistas para a população e acumular forças para novas lutas que virão.

Nesse processo, a mídia burguesa e os setores conservadores colocam uma cortina de fumaça sobre as soluções estruturais para as quais apontam os protestos, com a execração pública dos atos realizados por uma minoria. Esse tipo de cobertura coloca luz sobre os vínculos dos meios de comunicação da burguesia com as empresas automobilísticas (interessadas em vender mais carros), com as empresas privadas concessionárias de transporte (que lucram com a chantagem sobre a prefeitura) e com a especulação imobiliária (contrária à reorganização territorial).

Assim, manifestamos nosso apoio aos protestos dos jovens em defesa do transporte público, dos quais queremos contribuir para garantir a massificação e manifestação organizada e pacífica, condenamos a ação violenta da Polícia Militar, cobramos a libertação dos presos políticos e rechaçamos o aumento das tarifas de ônibus, metrô e trem.

ABGLT- Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais

ANEL – Assembleia Nacional de Estudantes – Livre

Centro de Estudos Barão de Itararé

Consulta Popular

CMP

FNDC

Fora do Eixo

JCUT- Juventude da Central Única dos Trabalhadores

JPT/SP- Juventude do Partido dos Trabalhadores da cidade de São Paulo

JSOL – Juventude Socialismo e Liberdade

JUNTOS!

Levante Popular da Juventude

MAB- Movimento dos Atingidos por Barragens

MNU- Movimento Negro Unificado

MST- Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

PJ- Pastoral da Juventude

PJMP- Pastoral da Juventude do Meio Popular
Quilombo

PSTU- Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado

REJU- Rede Ecumênica da Juventude

UBES- União Brasileira dos Estudantes Secundaristas

UJR- União da Juventude Rebelião

UJS- União da Juventude Socialista

UNE- União Nacional dos Estudantes

domingo, 16 de junho de 2013

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