“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós.” 1 João 1:8
João escreve essa carta para
pessoas que já criam em Jesus. Ele não está falando com incrédulos, mas com
cristãos que caminhavam na fé. Por isso, esse versículo não é uma acusação
dura, e sim um alerta.
No contexto do capítulo,
João fala sobre andar na luz. Andar na luz não significa viver sem erros, mas
viver na verdade, sem máscaras. O problema não é reconhecer o pecado; o
problema é fingir que ele não existe.
Quando alguém diz que não
tem pecado, não está enganando a Deus, mas a si mesmo. Cria uma falsa ideia de
espiritualidade, como se a comunhão com Deus fosse baseada na perfeição humana.
Isso fecha o coração para o arrependimento e impede a ação restauradora da
graça.
João deixa claro que a vida
cristã saudável não é negar o pecado, mas confessá-lo. Logo em seguida, ele
afirma que Deus é fiel para perdoar e purificar. Ou seja, reconhecer o pecado
não nos afasta de Deus; pelo contrário, nos aproxima, porque nos coloca no
lugar da dependência.
Esse ensino traz equilíbrio.
Ele nos livra do orgulho espiritual, que diz “já cheguei lá”, e também do
desânimo, que pensa “não adianta tentar”. O cristão verdadeiro não vive
acomodado no pecado, mas também não vive fingindo que não falha.
Andar na luz é caminhar com
humildade, permitindo que Deus revele, trate e cure. É admitir: “Senhor, ainda
preciso da tua graça todos os dias”.
No fim, 1 João 1:8 nos
lembra de algo essencial: a verdade não nos condena, ela nos liberta. Quando
somos honestos diante de Deus, encontramos perdão, restauração e comunhão
verdadeira.
A fé madura não é dizer “não
tenho pecado”, mas viver dizendo: “Sem Ti, nada posso.”





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