Propinas da JBS abasteceram campanhas de 1.829 candidatos de 28 partidos


Vladimir Chaves

Apostando em um futuro bom relacionamento com prováveis candidatos que fossem eleitos em 2014, a J&F (holding controladora do grupo JBS) destinou mais de R$ 500 milhões para ajudar a eleger governadores, deputados estaduais, federais e senadores de todo o país, segundo os delatores.  Em um dos depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal (MPF), com quem firmou acordo de delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o diretor de Relações Institucionais e Governo da J&F, Ricardo Saud, entregou um levantamento detalhado em que aponta todos os candidatos financiados pela empresa.

De acordo com Saud, o total em dinheiro repassado por meio de “pagamentos dissimulados” alimentou as campanhas de 1.829 candidatos. Destes, 179 se elegeram deputados estaduais em 23 unidades da federação e 167, deputados federais por 19 partidos.

O delator não deixa claro quais pagamentos foram feitos via caixa 2 e quais foram doações oficiais. No depoimento, divulgado após a retirada do sigilo da delação, ele dá a entender que os valores citados se referem apenas às campanhas de 2014. Em outro depoimento, o dono da JBS, Joesley Batista, também afirmou que a maioria das doações feitas pela empresa tratava-se de propina disfarçada por contrapartidas recebidas.

“Doamos propina a 28 partidos”, contou Saud, admitindo que os mais de R$ 500 milhões destinados a agentes públicos para as eleições de 2014 formavam um “reservatório de boa vontade”. “Era para que eles não atrapalhassem a gente", afirmou.

O delator cita ainda que foram distribuídas "propina para 16 governadores eleitos e para 28 candidatos ao Senado que disputavam a eleição, a reeleição ou a eleição para governador”, acrescentou. Segundo ele, os governadores eleitos pertenciam ao PMDB (4), PSDB (4), PT (3), PSB (3), PP (1) e PSD (1).


Ao entregar a documentação aos procuradores, Saud enfatizou a importância do “estudo” que fez por sua própria conta. “Acho que, no futuro, isso aqui vai servir. Aqui estão todas as pessoas que direta ou indiretamente receberam propina da gente.” Os documentos liberados pelo STF não trazem a lista de todos os nomes que fariam parte deste levantamento aponta por Saud.

sexta-feira, 19 de maio de 2017

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STTP perde “queda de braço” com a sociedade campinense, Uber liberado pela justiça.


Vladimir Chaves

A Superintendência de Trânsito e Transporte Públicos de Campina Grande (STTP) perdeu a “queda de braço” que travou com a sociedade campinense, ao tentar impedir o funcionamento do Uber na Rainha da Borborema.

Uma liminar expedida pela juíza Ana Carmém Pereira Jordão, determina que a "a STTP se abstenha, ou não, de autuar os motoristas flagrados no transporte individual privado de passageiros vinculados ao aplicativo UBER e congêneres, impedindo ou não que seja lavrada multa, apreensão de veículos, ou qualquer outra medida sancionatória".


O superintendente da STTP, Félix Neto, disse que o órgão ainda não foi intimado sobre a decisão, mas adiantou que a medida será cumprida. "É sabido por todos que Decisão judicial é para ser cumprida. E vamos cumprir", disse.

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Jornalista denuncia que foi humilhado e agredido por vereador campinense.


Vladimir Chaves

Um fato extremamente grave foi denunciado pelo jornalista Onias Xavier, renomado profissional que goza do respeito de todos os fazem a imprensa paraibana. Em sua pagina social, Facebook, o jornalista denunciou que foi moralmente agredido pelo vereador Luciano Breno.

De acordo com Onias, o vereador com o dedo em riste e usando palavras torpes, exigiu que o mesmo quando fosse escrever algo ao seu respeito primeiro pedisse sua autorização, dizendo-se humilhado, Onias alega inocência no fato que gerou o desequilíbrio emocional do parlamentar.

Confira a integra do desabafo do jornalista:

Esclarecimento

Confesso que fiquei muito triste com a atitude do pastor e vereador Luciano Breno quando na manhã de hoje se dirigiu a mim com o dedo em riste e usando palavras torpes, adiantando-me que tudo que eu escrevesse como homem de imprensa teria que pedir a sua autorização.

Fiquei espantando!

Luciano de uma forma humilhante atribuiu-me a responsabilidade de veicular matéria de que ele havia solicitado a construção de mais uma Upa em Campina Grande. Na verdade a matéria foi feita pelo Paraíba online e quem acabou pagando “o pato fui eu”.

O pastor preferiu não desmentir o famoso site e achou por bem atacar-me com palavras e gestos dos mais grosseiros possíveis.

Espero que o senhor reveja as suas atitudes... Agora esqueça as picuinhas e procure trabalhar efetivamente pelo povo de Campina Grande.

Onias Xavier

jornalista

quinta-feira, 18 de maio de 2017

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Fachin autoriza abertura de inquérito para investigar Temer


Vladimir Chaves

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu abrir inquérito para investigar o presidente Michel Temer. A medida foi tomada a partir das delações premiadas dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi. A previsão é de que o sigilo das delações seja retirado ainda hoje (18).


O conteúdo dos depoimentos envolvendo Temer foi antecipado ontem (17) pelo jornal O Globo. Segundo a reportagem, em encontro gravado em áudio pelo empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Cunha está preso em Curitiba.

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Eventual saída de Temer levaria a eleição indireta pelo Congresso, diz Constituição


Vladimir Chaves

Diante da revelação, pelo jornal "O Globo", de que o empresário Joesley Batista, dono da JBS, entregou uma gravação ao Ministério Público de uma conversa entre ele e o presidente Michel Temer na qual os dois discutiram a compra do silêncio do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), parlamentares da oposição passaram a defender a renúncia de Temer ou o impeachment.

Entenda abaixo o que acontecerá se o presidente renunciar ao cargo ou sofrer impeachment no Congresso Nacional. Pela Constituição, tanto na hipótese de renúncia quanto num eventual cenário de impeachment, deverão ser realizadas novas eleições.

Conforme o Artigo 81, como faltam menos de dois anos para o fim do mandato (que se encerra em dezembro de 2018), a eleição seria feita pelos deputados e senadores, 30 dias depois da vacância no cargo.

Até lá, assume interinamente o presidente da Câmara, posto atualmente ocupado por Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Eleição indireta

Numa eventual eleição indireta, feita pelos parlamentares, deverão ser eleitos o novo presidente e o novo vice-presidente da República.

A sessão seria convocada pelo presidente do Congresso Nacional e do Senado, posto atualmente ocupado por Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Estariam aptos brasileiros natos com mais de 35 anos, filiados a partido político e que não se enquadrem em qualquer das restrições da Lei da Ficha Limpa – como, por exemplo, terem sido condenados por tribunal colegiado.

As votações

No Congresso, seriam realizadas duas votações, uma secreta, somente para o cargo de presidente, e outra, também secreta, exclusiva para o vice.

Seriam eleitos aqueles que obtivessem a maioria absoluta dos votos dos congressistas, isto é, 298 parlamentares, entre deputados e senadores.

Se um candidato não se alcançar esse número, deve ser feita uma nova votação. Se, mesmo assim, nenhum candidato conquistar a maioria absoluta, será feita uma terceira votação, que deve eleger o que conseguir a maioria dos votos.

Após o resultado, no mesmo dia os vencedores seriam proclamados pelo Congresso.

Os novos mandatários seriam eleitos para mandatos que também terminariam no dia 1º de janeiro de 2019, cumprindo o término do período para o qual foram eleitos, em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer.


G1

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Dono da JBS gravou Temer dando aval para comprar silêncio de Cunha, diz jornal


Vladimir Chaves

Os donos da JBS disseram em delação à Procuradoria-Geral da República que gravaram o presidente Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na operação Lava Jato.

Segundo o jornal, o empresário Joesley Batista entregou uma gravação feita em março deste ano em que Temer indica o deputado Rodrigo Rocha Lourdes (PMDB-PR) para resolver assuntos da JBS. Posteriormente, Rocha foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil, enviados por Joesley.

Em outra gravação, também de março, o empresário diz a Temer que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro uma mesada para que permanecessem calados na prisão. Diante dessa informação, Temer diz, na gravação: "tem que manter isso, viu?"


A informação é do colunista do jornal "O Globo" Lauro Jardim.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

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Vereador Alexandre do Sindicato critica Governo do Estado por cortes nas verbas das entidades filantrópicas.


Vladimir Chaves

Durante pronunciamento na tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande, o vereador Alexandre do Sindicato, não poupou criticas ao governador Ricardo Coutinho. Segundo ele, a cidade tem sofrido muito nas últimas semanas com os "ataques" do governador Ricardo Coutinho.

As críticas do parlamentar devem-se aos cortes de ajuda financeira por parte do Governo do Estado as entidades filantrópicas de Campina Grande, como a Casa do Menino, Casa da Criança Dr. João Moura, Instituto São Vicente de Paulo e mais recentemente a FAP que perderam os repasses do governo estadual.


Alexandre criticou ainda, o governo por ter diminuído o efetivo policial da cidade ao criar um novo batalhão de Policia Militar, na cidade de Esperança. Segundo ele, o governo irá retirar 300 policiais de Campina Grande para servir ao novo batalhão, o que representa quase 50% do contingente de Campina.

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Confederação Nacional de Municípios anuncia apoio a reforma da Previdência


Vladimir Chaves

Em um discurso, o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, destacou a necessidade de o Congresso Nacional aprovar a reforma da Previdência. O discurso foi cerimônia de abertura da XX Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios.

“Nós analisamos e discutimos essa questão no conselho político da entidade. Chegamos à conclusão de que devemos apoiar a Reforma com base em estudos técnicos”. Ele destacou estudos feitos pela CNM que apontam as melhorias aos Municípios caso seja aprovada a matéria.

Como exemplo, citou o caso de um Município que possui passivo de R$ 99 milhões. Caso a reforma seja aprovada, esse valor cai para R$ 49 milhões, tendo a alíquota uma redução de 24% para 14%.

Ziulkoski ressaltou que esses valores vão poder ser utilizados em outras áreas importantes aos Municípios, como saúde, educação e assistência social. “Temos de lembrar que estamos em uma disputa de gestão, não partidária”, disse.

Paulo destacou as dificuldades enfrentadas pelas prefeituras e destacou o papel do governo federal na melhoria de condições para os Entes locais. Ele destacou que os Municípios vêm ao longo de décadas enfrentando problemas em decorrência da centralização de recursos. “Até hoje a nossa Constituição está incompleta. Há ainda a centralização em nosso país”, disse.

Ziulkoski alertou que um dos principais problemas está no subfinanciamento dos programas federais. “Não temos mais como governar, pois estamos governando os programas dos governos federal e estadual. Esse é o nosso problema maior”.
Ziulkoski também ressaltou as consequência aos Municípios por conta da aprovação da Emenda Constitucional 95, que congela os gastos da União por vinte anos. Ele disse que o governo tinha que tomar uma posição para promover o ajuste fiscal, mas questionou os impactos da medida. “São 390 programas que não são corrigidos, são subfinanciados. Como vai ser a correção agora com essa emenda?”, disse.

Participaram da cerimônia o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente em exercício do Senado, Cássio Cunha Lima, além dos ministros de Estado: da Fazenda, Henrique Meirelles da Educação, Mendonça Filho; da Saúde, Ricardo Barros; do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Diogo Oliveira; do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra; da Justiça, Osmar Serraglio; da Casa Civil, Elise Padilha; das Cidades, Bruno Araújo; das Relações Exteriores, Aloysio Nunes; da Ciência, Tecnologia e Comunicações, Gilberto Kassab; da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, Torquato Jardim , da Cultura, Gilberto Freire; da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy; e da Advocacia-Geral da União, Grace Maria Fernandes.


Ziulkoski falou sobre a emoção de realizar a vigésima Marcha, evento que já trouxe mais de R$ 500 bilhões aos Municípios. “Há vinte anos fomos recebidos por cachorros e, hoje, o governo estar aqui para esse diálogo, é muito importante”.

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Copa do mundo da corrupção saqueou os cofres do Brasil


Vladimir Chaves

Reportagem de Almir Leite para o jornal Estado de S. Paulo mostra que a Operação Lava-Jato também chegou às arenas construídas ou reformadas para a Copa do Mundo de 2014. Delações de ex-executivos da Odebrecht e da Andrade Gutierrez citam nove dos 12 estádios utilizados como "palco'' de crimes como cartel, pagamento de propinas e também caixa 2. Apenas os particulares Beira-Rio e Arena da Baixada se "salvaram''. A Arena Pantanal não foi mencionada nessas delações, mas também já foi alvo de denúncias.

A corrupção rendeu aos acusados de ter se beneficiado de tal filão, políticos e autoridades, pelo menos R$ 120,9 milhões. O cálculo é bastante conservador. Foi feito com base em quantias e porcentagens citados em depoimentos - várias menções não vieram seguidas de cifras.

O valor pode ser até considerado pequeno diante dos R$ 8,3 bilhões que custaram as arenas de acordo com aversão final da Matriz de Responsabilidades e, principalmente, do oceano de dinheiro roubado em outras ações ilegais desvendadas pela Lava-Jato. Confirma, porém, que corruptos e corruptores não perdem oportunidade.

Palco da final do Mundial, o Maracanã é o campeão da Copa da propina. De acordo com relatos feitos pelo ex-presidente da Construtora Odebrecht, Benedito Barbosa Junior, ao Ministério Público Federal, só o ex-governador do Rio Sergio Cabral recebeu R$ 6,3 milhões em pagamentos ilegais relacionados às obras. Procurada,a defesa de Cabral, preso desde novembro em Bangu acusado de vários crimes, disse que "a nossa manifestação está sendo somente nos autos do processo penal''.

Outra acusação atinge o presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Jonas Lopes. Segundo o ex-diretor da Odebrecht Leandro Azevedo, Lopes teria recebido R$ 1 milhão em fevereiro de 2014 para aprovar o edital de concessão do Maracanã. O acordo seria de R$ 4 milhões, mas as outras três parcelas não foram pagas porque estourou a Lava Jato.

Ao Estado , a defesa de Lopes e de seu filho, Jonas Lopes de Carvalho Neto (a quem o repasse teria sido entregue), disse que ambos "celebraram acordo de cooperação junto ao Ministério Público Federal e, sob os termos desse acordo e suas nuances, estão legalmente impedidos de realizar quaisquer comentários''.
Dois ex-governadores do Amazonas, atuais senadores, Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD) foram acusados de recebimento de propinas por dois ex-executivos da Andrade Gutierrez. Clóvis Primo e Rogério Nora de Sá disseram que a Braga foram destinados 10% do valor da obra (saiu por R$ 660,5 milhões) e a Aziz, 5%.

Ambos negaram, por meio de nota. "A delação é mentirosa. Esclareço mais uma vez que não participei da gestão de nenhum obra para a Copa de 2014. Sai do governo do Estado em março de 2010'', afirmou Braga. Aziz garantiu que resistiu a pressão da AG por aditivos na obra da arena e que o governo "seguiu rigorosamente os valores orientados pelos órgãos de controle e fiscalização''. "Ninguém tem mais interesse do que eu na conclusão deste inquérito.''

Outro senador, Agripino Maia (DEM-RN), teve inquérito para investigá-lo autorizado pelo ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), por suspeita de ter recebido propina para ajudar na liberação de recursos do BNDES para a Arena das Dunas, em Natal. Maia, presidente do Democratas, rebate: "Tenho certeza de que as investigações vão terminar pela conclusão óbvia: que força teria eu, líder da oposição na época, para liberar dinheiro do BNDES, cidadela impenetrável do PT?''

As construtoras reiteram que estão colaborando com a Justiça para o esclarecimento dos fatos. "A Odebrecht já reconheceu seus erros, pediu desculpas públicas, assinou acordos de leniência... e está comprometida a combater e anão tolerar a corrupção'',pontuou a Odebrecht, por meio de nota. "A Andrade Gutierrez informa que segue colaborando com as investigações e reforça seu compromisso público de esclarecer e corrigir todos os fatos irregulares ocorridos no passado.''


Contas Aberta.

terça-feira, 16 de maio de 2017

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Ministro do TSE libera ação contra chapa Dilma-Temer para julgamento


Vladimir Chaves

O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Herman Benjamin liberou para julgamento a ação em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma-Temer, vencedora das eleições presidenciais de 2014. Com a decisão, a ação voltará a ser julgada a partir da semana que vem. Caberá ao presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, marcar a data da sessão.

A liberação para julgamento ocorreu após a chegada da manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE) e das alegações finais das defesas do presidente Michel Temer e da ex-presidente Dilma Rousseff. O novo parecer, feito pelo vice-procurador eleitoral, Nicolau Dino, repete o posicionamento enviado ao TSE em março, antes da interrupção do julgamento. De acordo com o procurador, além da cassação da chapa, o tribunal também deve considerar a ex-presidente inelegível por oito anos.

Após o resultado das eleições de 2014, o PSDB entrou com a ação e o TSE começou a julgar suspeitas de irregularidades nos repasses a gráficas que prestaram serviços para a campanha eleitoral de Dilma e Temer. Recentemente, Herman Benjamin decidiu incluir no processo os depoimentos dos delatores ligados à empreiteira Odebrecht investigados na Operação Lava Jato. Os delatores relataram que fizeram repasses ilegais para a campanha presidencial.

Em dezembro de 2014, as contas da campanha da então presidenta Dilma Rousseff e de seu vice, Michel Temer, foram aprovadas com ressalvas e por unanimidade no TSE. No entanto, o processo foi reaberto porque o PSDB questionou a aprovação, por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidenta e do vice-presidente é julgada em conjunto.


A campanha de Dilma Rousseff nega qualquer irregularidade e sustenta que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. A defesa do presidente Michel Temer sustenta que a campanha eleitoral do PMDB não tem relação com os pagamentos suspeitos. De acordo com os advogados, não se tem conhecimento de qualquer irregularidade no pagamento dos serviços.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

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Luiz Couto afirma que Processo de Eleições Diretas do PT é uma fonte inesgotável de corrupção.


Vladimir Chaves

O Partido dos Trabalhadores segue em avançado estado de decomposição ética, agora não são apenas os opositores que fazem denuncias gravíssimas contra a legenda, às próprias lideranças do partido passaram a mostrar as “vísceras da legenda”, legenda que um dia gabou-se de ter a ética na politica como o seu maior patrimônio.

Um caso emblemático é o Processo de Eleições Diretas (PED), que durante muito tempo o PT gabou-se como símbolo da democracia interna. Agora a cada PED mais e mais denuncias surgem contra o Processo de Eleição Direta das direções da legenda, a mais nova denuncia partiu do deputado federal Luiz Couto, que durante entrevista a uma das emissoras de rádio da Capital, disse que o PED tornou-se uma fonte inesgotável de corrupção.

"Nós estamos lutando para uma mudança no PT, já expusemos essas propostas ao companheiro Lula. Tem pessoas que ficam na direção do partido e não têm vinculação nenhuma com os movimentos sociais. Queremos acabar com o PED porque, do jeito que está ele é uma fonte inesgotável de corrupção. Em alguns estados, os mortos votaram, queremos uma participação democrática dos filiados e que haja um comitê de finanças no controle dos recursos que o partido recebe para saber se o dinheiro é legítimo" detonou Couto.

Ainda segundo Couto, no ultimo PED o grupo do qual faz parte e que é formado pelas poucas lideranças que restam no partido, foi majoritariamente vencedor, mas que o outro agrupamento formado por pessoas que estão a serviço de outras legendas conseguiram diminuir o número de delegados eleitos pelo seu grupo.

"Nós ganhamos o processo eleitoral na Paraíba de forma limpa e séria e depois inventaram alguma coisa para tirar nossos delegados. Na verdade, a direção atual não quer perder. E o acusador também foi julgador da causa, que é o chefe de gabinete do presidente do PRB, Jutay Meneses. Ele é também secretário do PT e isso não deveria acontecer. Então, nós recorremos à Justiça. Por isso, nós queremos ter uma direção colegiada", explicou o deputado.


A referência dele foi à alegação de irregularidades feitas pelo grupo de Nabal Barreto, apoiador do secretário de Organização do PT da Paraíba, Jackson Macedo. Coube ao próprio Nabal e a Jackson julgar o pedido que Nabal fez, por este motivo, o grupo de Couto, Anísio, Anastácio e Giucélia não teve outra alternativa a não ser recorrer à Justiça Comum, a quem caberá a sentença que vai definir a eleição do PT da Paraíba.

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A greve me dá tempo pra analisar, pensar, e concluir: a mentalidade universitária brasileira me decepciona.


Vladimir Chaves

Claro que a analise só vai até onde eu posso observar. Mas quis usar o "brasileira" para não ter que dar nome aos bois de forma tão direta.

Os jovens vestibulandos são ensinados como obter um bom resultado no ENEM, ou no vestibular, apenas. Disso nós já sabemos. E, acredito, que já reconhecemos o "método" como uma grande falha no sistema educacional e cultural.

O vestibulando vive em uma temporada de preparação para um grande campeonato, em busca de um troféu no qual, muitas vezes, só é desejado como forma de satisfação e alívio para familiares e amigos. Após a aprovação, acaba-se a fome por vitória de muitos. Pois o topo da montanha era a aprovação em um curso superior. E, muitas vezes, um curso supervalorizado por questões -apenas- culturais.

A cultura faz acreditar que precisamos ter uma graduação, um nível superior, para que possamos "vencer na vida", "ser alguém na vida", "ter respeito social". Patentes, somos ensinados a conquistar títulos, ter um bom nome, ter um bom lattes.

Temos o nível técnico como patente menor, em relação a graduação. Deve ser por causa do tempo necessário para formação, não é?! Bem, particularmente, não sei. Mesmo eu usando dessa mentalidade, largando um técnico, para dar início a uma graduação. Naquele tempo eu acreditava que era realmente melhor, era um vestibulando senso comum.

Não me decepcionei com a universidade. Sempre fui conectado e observando as pessoas ao redor e suas atitudes, e foi ai que comecei a ver a mentalidade. Continuava procurando, por meio da internet, perspectivas de profissionais ou estudantes de outras regiões e países. E comecei a perceber que existia algo, e que, esse algo, faltava no meio acadêmico.

Faltava uma intenção de ser agente transformador direto. Os alunos chegam em sala, sentam e assistem minutos e minutos de conteúdo que muitas vezes é apenas repetido por professores de turma em turma. Aquele slide que é reutilizado durante anos. Alunos que, em aulas práticas, ligam seus celulares e gravam as técnicas, para que possam repeti-las depois, não como treino para um aperfeiçoamento de técnica, mas uma repetição para decorar movimento. O movimento se torna metódico, engessado, totalmente limitado. Não há um raciocínio teórico, levando a um pensamento crítico, clínico e sistemático. Poucos sabem responder os porquês, trazer contraponto, e descrever a relação sistemática do trabalho realizado.

Faltava a percepção social de ser agente transformador direto. Alunos que não percebem, ao menos, a relevância social de cada formação. Uma sociedade onde existe hierarquia de profissões, onde o médico é melhor que o profissional de estatística. Como se o médico pudesse realizar o trabalho do profissional de estatística com louvor, baseado nos seus conhecimentos da graduação em medicina. Falta alunos dispostos a intervir politicamente. Quando, em uma assembleia estudantil, 90% dos alunos são apenas de uma vertente ideológica, e nem são maioria nas salas de aula.

Faltava consciência científica de ser agente transformador direto. Como já dito por um certo alguém, a ciência tem sido banalizada. São pesquisas abandonadas após uma publicação em um congresso, porque o importante era só o certificado. Uma banalização de publicação, uma troca de serviços corruptíveis, onde cada um coloca o nome de outro no trabalho, que nem fez parte. A corrupção chegou na ciência. Bem, veremos a curto prazo suas consequências.

Faltava o respeito e valor à universidade que os formou. Alguns têm vergonha de dizer onde estudam, de carregar o brasão da universidade em seus "fardamentos". Muitos querem se livrar da universidade, e não querem nem olhar para trás, após estarem com o diploma pendurado na parede. Falta gratidão.

São quase quatro anos de vida universitária, e fico decepcionado quando olho para ao redor e o ambiente me faz sentir ainda um aluno de ensino fundamental.

Mas você poderia me indicar a fazer minha parte e não olhar ao redor. Mas isso me faria mais um que apenas olha pra frente, como aqueles burros de carga, e me faria egoísta em não pensar em como melhorar as pessoas e o lugar por onde tenho passado.

Entretanto, manterei a esperança em um dia ver uma universidade com acadêmicos que seguem um caminho que julgam realmente ser o melhor, de forma independente, respeitosa, honesta, e gratificante. Assim, transformando a sociedade em um lugar melhor, como tem que ser feito.

Por Patrick Kervin (estudante de fisioterapia-UEPB)

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