Fisiologismo: Negociata de Arthur Lira com Lula envolvem cargos de 1º, 2º e 3º escalão.


Vladimir Chaves



Na política brasileira, não há nada que não possa ser negociado e todos têm um preço. Lula sabe bem disso e resolveu abrir a Esplanada dos Ministérios a Arthur Lira e sua base, a fim de garantir a imediata votação da PEC da Transição.

 Antagonista apurou que o texto, que seria adiado para semana que vem, poderá ser votado ainda hoje. O presidente da Câmara está empenhado em garantir sua reeleição e passou a barganhar mais espaço na máquina a seus aliados.

Numa reunião a portas fechadas com emissários do novo presidente, o deputado, segundo integrantes do PT, pediu dezenas de cargos de primeiro, segundo e terceiro escalões para sua ‘base’ — incluindo os ministérios da Saúde, Minas e Energia, a presidência da Caixa, da Codevasf e de Furnas –, além de R$ 20 bilhões a R$ 25 bilhões de verba do novo orçamento sob seu comando.

Acordo selado, Lira tratorou no fim da noite de ontem o projeto de lei que reduziu de 3 anos para 30 dias a quarentena para que políticos com cargos em partidos, fundações ou participação em campanhas possam assumir o comando de empresas públicas. Serve a Aloizio Mercadante no BNDES e a toda a tropa fisiológica de Brasília.

O projeto original — que já era escandaloso — previa o aumento do gasto de empresas públicas com publicidade, dos atuais 0,5% para 2% da receita bruta operacional. Para piorar, mudou-se o texto para garantir a redução da quarentena.

Uniu-se a fome com a vontade de comer. Lira aproveitou a votação remota para passar a perna até nos bolsonaristas. E ainda livrou o TCU de ter de arbitrar. Pouco antes da votação, Lira disse em entrevista, com a cara mais deslavada, que “a gente tem que parar com essa história de vender ‘toma lá, dá cá’ o tempo todo”.

Um líder partidário aliado de Lula foi mais sincero. “O que está travando a PEC são os cargos. Resolvidos os cargos, a gente resolve a PEC”, disse, em condição de anonimato.

 

Com informações do Antagonista.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

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Bruno Dantas assume presidência do TCU


Vladimir Chaves



Bruno Dantas tomou posse como novo presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) na manhã desta quarta-feira (14). A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades da República.

Na mesma cerimônia, Vital do Rêgo também foi empossado vice-presidente e corregedor do TCU.

Os mandatos têm prazo de um ano, com a possibilidade de recondução por mais um. A nova presidência da Corte de Contas entra oficialmente em exercício a partir de 1º de janeiro.

Dantas já vinha atuando como presidente interino do TCU. Isso porque, em julho, Ana Arraes, então presidente, se aposentou.

Dantas era o vice-presidente à época e assumiu a Presidência do TCU num “mandato tampão” até o fim deste ano.

A eleição do TCU segue o critério de antiguidade. Ou seja, o presidente e o vice-presidente são os ministros mais antigos da corte que ainda não tenham assumido as funções.

A cerimônia de posse foi marcada pela presença de diversas autoridades, como:

 

Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito;

Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito;

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados;

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado;

Rosa Weber, presidente do Supremo Tribunal Federal;

Ricardo Lewandowski, ministro do STF;

Gilmar Mendes, ministro do STF;

Luiz Fux, ministro do STF;

Luís Roberto Barroso, ministro do STF;

Rui Costa, futuro ministro da Casa Civil;

Flávio Dino, futuro ministro da Justiça;

Humberto Costa (PT-PE), senador;

Jaques Wagner (PT-BA), senador;

Humberto Martins, ministro do Superior Tribunal de Justiça;

Paulo Guedes, ministro da Economia;

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central;

Carlos França, ministro das Relações Exteriores.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi convidado, mas não compareceu.

O ex-presidente José Sarney esteve presente ao evento.

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