“Petrobras virou um condomínio político de ladrões de primeira linha” empresário Caio Gorentzvaig.


Vladimir Chaves

O empresário Caio Gorentzvaig, ex-acionista da Petroquímica Triunfo, no Rio Grande do Sul, postou vídeo na internet no qual faz duras acusações de corrupção na Petrobras e ataca a presidente da República Dilma Rousseff, o ex-presidente da Petrobras Sérgio Gabrielli e o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto da Costa, que está preso. Gorentzvaig, cujo pai, Boris, foi o fundador da petroquímica, afirma que a Petrobras “virou um condomínio político de ladrões de primeira linha”.


Ele diz que a Triunfo foi expropriada em maio de 2009, por decisão de Dilma, Gabrielli e Roberto da Costa, em uma operação que teria beneficiado a Odebrecht, por meio da sua empresa petroquímica, a Braskem, e cobra apuração do Ministério Público Federal.

Confira as denuncias:


sábado, 19 de abril de 2014

 Nenhum comentário

PT se perdeu na velha política, diz Eliana Calmon


Vladimir Chaves

"Ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon deixou a magistratura no final de 2013 para se filiar ao PSB, partido do presidenciável Eduardo Campos, e concorrer a uma vaga no Senado nas eleições deste ano pela Bahia. Ela ganhou notoriedade quando se tornou a primeira mulher a ingressar na corte, em 1999. Em 2011, no posto de corregedora nacional de Justiça, apontou a existência de “bandidos de toga” e, por isso, virou alvo de críticas de magistrados.

Calmon diz que “ética na política” não está sendo o mote de sua campanha. Eleitora de Lula e Dilma Rousseff, ela argumenta que o PT já usou “inclusão social” e “ética” como temas. “Foi nisso que eles [petistas] se perderam”, afirmou a ex-ministra em entrevista ao Congresso em Foco, antes do início da solenidade que selou a chapa do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e da ex-senadora Marina Silva à presidência da República, na última segunda-feira (14).

“Eles [petistas] até conseguiram algumas vitórias na inclusão social. Mas deixaram a desejar em relação à ética na política. Então, o meu mote é o mesmo da campanha de Eduardo, que é ‘queremos mais’. Queremos mais, mais inclusão social. E, para isso, temos de combater a corrupção, o que requer princípios e ética”, disse Calmon. E arrematou: “A ideia é não darmos continuidade ao caminho em que o PT se perdeu”.

Eliana Calmon afirmou que é, sim, possível construir um governo sem corrupção. Segundo ela, a “nova política” prometida pela coligação PSB-Rede-PPS-PPL começa nas eleições, com poucos recursos. Veja os principais trechos da conversa com o site.

Congresso em Foco – Eduardo Campos e Marina Silva pregam uma “nova política”. Qual a diferença entre a “nova política” e o que consideram “velha política”?

Eliana Calmon
– A nova política é uma política onde nós temos efetivamente princípios e ética, onde vamos fazer as políticas sociais sem troca de favores. A ideia é não darmos continuidade ao caminho em que o PT se perdeu. Para sustentabilidade da governança, em nome da governabilidade, eles foram cedendo às elites que dominavam esse país e lamentavelmente não tiveram forças para recuar. E lamentavelmente se perderam naquilo que sempre condenamos, a velha política. Na nova política, vamos dar prosseguimento às políticas públicas iniciadas pelo PT, mas sem as transações e concessões que foram feitas, diz o PT, em nome da governabilidade.

No PSB, há políticos de perfil conservador, como o deputado federal Paulo Bornhausen [ex-DEM e ex-PSD] e o ex-senador Heráclito Fortes [ex-DEM]. Eles também fazem parte da “nova política”?

Eles têm de fazer parte. Se eles têm cabeça para assumir essa nova política, eu não sei. Mas nós temos essa nova política como linha mestra. E essa união de Marina com Eduardo fortaleceu exatamente essa linha de nova política. Por exemplo, vamos partir para uma eleição com poucos recursos, com pouco dinheiro, usando o que a sociedade tem de mais expressivo, que é exatamente a participação popular. Isso é uma nova forma de fazer política. E Marina tem experiências bem-sucedidas nessa nova política.

Na sua avaliação, o Brasil realmente está cansado da polarização PT e PSDB. Como convencer o eleitorado de que há outra alternativa?

O eleitorado está, sim, cansado da polarização. No momento em que partirmos para mostrar os novos caminhos, acredito que o eleitorado abraçará a causa, que é uma causa da cidadania.

As últimas pesquisas de intenção de voto apontaram estagnação dos pré-candidatos à sucessão presidencial Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos. Qual a sua avaliação sobre isso?

Só a presidente Dilma faz política. Não podemos fazer até a convenção. Marina e Eduardo aparecem de forma morna porque ainda não podem fazer política. A presidente faz política há mais de um ano, está com a máquina nas mãos. Todo dia está distribuindo políticas públicas, benesses. Então, tudo isso favorece esse imobilismo. A população está aguardando, não decidiu de que lado vai ficar.

Eduardo Campos guinou para a direita, como dito pelo ex-presidente Lula?

[Risos] Quem guinou para a direita? Eduardo Campos ou o PT? Quem está com José Sarney? Quem está com Renan Calheiros? Quem está com toda essa direita direitíssima que se abriga no PMDB? Eduardo Campos?

O PSB e a Rede Sustentabilidade [partido que Marina Silva tentou criar] têm divergências em alguns estados para formação das alianças. Como evitar que isso eventualmente atrapalhe a campanha presidencial?

Não atrapalha. Estamos costurando isso em nível regional de tal forma que permaneça a união em nível nacional e nós nos decidamos dentro da regional.

Como a senhora, que veio do Judiciário, está avaliando as denúncias de irregularidades envolvendo a Petrobras?

Preocupadíssima com o destino da estatal. Parece que já sabemos o suficiente para dizer o seguinte: é lamentável que a maior empresa brasileira esteja quebrada.

Em recente entrevista, Eduardo Campos declarou que pretende montar um governo sem corruptos, sem corrupção. Isso é possível?


É sim. Essa é a nossa proposta, a partir da própria eleição, estamos com poucos recursos, mas querendo fazer política com as forças vivas da sociedade. Pouco dinheiro, mas com a força da sociedade. O PT já usou o mote “inclusão social” e “ética”. E foi exatamente nisso que eles [petistas] se perderam. Eles até conseguiram algumas vitórias na inclusão social. Mas deixaram a desejar em relação à ética na política. Então, o meu mote é o mesmo da campanha de Eduardo, que é ‘queremos mais’. Queremos mais, mais inclusão social. E, para isso, temos de combater a corrupção, o que requer princípios e ética.

Congresso em Foco

 Nenhum comentário

Ibope: após perder popularidade, agora Dilma perde eleitores.


Vladimir Chaves

Após ver sua popularidade diminuir 9 pontos desde dezembro, a presidente Dilma Rousseff (PT) perdeu também eleitores. Pesquisa Ibope concluída esta semana mostra que a intenção de voto dela caiu em todos os cenários. Na hipótese mais provável, que inclui pré-candidatos dos pequenos partidos, Dilma foi de 40%, em março, para 37% em abril. No cenário em que enfrenta só dois rivais, a intenção de voto da presidente caiu de 43% para 39%.

É a maior perda acumulada de eleitores da presidente desde que sua popularidade entrou em queda, no começo deste ano, segundo o Ibope. Desde dezembro, eleitores de Dilma que haviam deixado de considerar seu governo ótimo ou bom começaram a deixar de declarar voto nela. A nova pesquisa mostra que essa tendência se intensificou ao longo de abril.

No cenário mais provável, com os chamados nanicos, Dilma caiu de 40% em março para 37% agora. Aécio Neves (PSDB) oscilou de 13% para 14%. Eduardo Campos (PSB) segue com 6%, e o pastor Everaldo (PSC), passou de 3% para 2%. A soma dos demais pré-candidatos que era de 1% em março, agora dá 3%.

As maiores quedas de Dilma ocorreram entre eleitores jovens (perdeu 8 pontos entre quem tem de 25 a 34 anos), nas cidades médias (menos 11 pontos nos municípios entre 20 mil e 100 mil habitantes), na região Sul (menos 6 pontos) e nos eleitores não-cristãos (perdeu 7 pontos).

Mesmo assim, se a eleição fosse hoje, a presidente seria reeleita no primeiro turno, pois seus 37% de intenção de voto superam a soma de todos os seus adversários (25%). Sua vantagem vem diminuindo a cada mês, porém. A diferença em favor da presidente caiu de 17 pontos em março para 12 pontos em abril.

Dilma ainda seria reeleita no primeiro turno porque as taxas de eleitores que declaram pretender votar em branco ou anular (24%) ou que não sabem dizer em quem votarão (13%) seguem muito altas.

No cenário reduzido, em que Dilma enfrenta apenas Aécio e Campos, a intenção de voto na presidente caiu, segundo o Ibope, de 43% em março para 39% agora. Ao mesmo tempo e no mesmo cenário, Aécio foi de 15% para 16%. Já Campos passou de 7% em março para 8% em abril. A taxa de branco e nulo foi de 25% para 26%.

Quando se troca Eduardo Campos por Marina Silva como candidata do PSB, a intenção de voto em Dilma também cai em abril. No cenário com os nanicos, a petista foi de 40% para 37%, Marina passou de 9% para 10% (Eduardo tem 6%), Aécio foi de 13% a 14%, o pastor Everaldo permaneceu com 2%, e a soma dos demais candidatos cresceu de 1% para 3%.

Nas simulações de segundo turno, a presidente continua ganhando de todos os adversários testados. Dilma venceria Aécio por 43% a 22%, bateria Marina por 41% a 25%, e derrotaria Eduardo Campos por 44% a 17%. Mas as taxas de não-voto (branco, nulo e não sabe) são excepcionalmente altas, indicando que muitos eleitores ainda não conhecem ou não se sentem representados pelos candidatos que estão no jogo.

Embora ainda vença todos, a vantagem de Dilma sobre os rivais no segundo turno também diminuiu desde março: de 27 pontos para 21 pontos no caso de Aécio; de 24 para 16 pontos no caso de Marina; e de 31 para 27 pontos no caso de Eduardo Campos.

A pesquisa Ibope foi feita entre os dias 10 e 14 de abril, em 140 municípios de todas as regiões brasileiras. Foram feitas 2.002 entrevistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, em um intervalo de confiança de 95%. Ela foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número protocolo BR-00078/2014.


Estadão

sexta-feira, 18 de abril de 2014

 Nenhum comentário

“Agora, enquanto é tempo”, por Martiniano Cavalcante


Vladimir Chaves

A teimosia de uma parte do eleitorado brasileiro que insiste em apontar Marina Silva com algo próximo a 27% das intenções de votos para Presidente da República (última pesquisa Datafolha) — diante de uma queda abrupta de Dilma Rousseff, que caiu de 44% para 38%; um pré-coma persistente de Aécio Neves, congelado em 16%;  e o baixo crescimento de Eduardo Campos — precisa ser explicado pela correntes mais profundas que cortam a  vida política nacional.

Três caminhos políticos disputam o imaginário popular. Lula e os ventrículos do PT, inclusive Dilma, insistem na tese de que os progressos na área social, na educação, no plano internacional e na distribuição de riquezas precisam continuar. Usam o espantalho do legado de FHC e da aliança PSDB/DEM para praguejar contra a velha direita e espalhar o medo do retrocesso. FHC, hábil como toda velha raposa, empunha o estandarte da união das oposições para derrotar o descalabro petista. Ao mesmo tempo em que cobra da população uma autocrítica histórica pelo “gravíssimo erro de ter preterido os príncipes do tucanato em favor do sapo barbudo”, enfileira toda a oposição atrás de Aécio Neves, ungido pelo seu discurso como único oposicionista viável. A terceira tática vem das ruas saturadas de mal estar que elegeram Marina Silva expressão do seu descontentamento com a velha política. Essa identidade é que faz dela a maior força eleitoral dentre os oponentes do governismo.

Curiosamente a nossa aliança PSB/Rede Sustentabilidade padece do dilema hamletiano: Ser ou não Ser? Qual alternativa ser, com o que se identificar, que caminho seguir?  Enquanto Eduardo Campos não se livrar desta crise de identidade não conseguirá superar o bloco PSDB/DEM que hoje é o expoente de uma oposição previamente derrotada porque simboliza de fato o tempo passado.

Vejamos o caso de São Paulo: o presidente regional do PSB, Márcio França, insiste em dizer que, no maior colégio eleitoral do país, a melhor alternativa política para candidatura presidencial de Eduardo Campos é não ter palanque próprio, não ter candidato a governador e dividir o palanque de Geraldo Alckmin. Argumenta que há muita insatisfação na base do PSDB de São Paulo, vendendo a ilusão de que parte significativa da estrutura do governo tucano paulista poderia se empenhar em favor da eleição de Eduardo Campos. Imagine a pressão de Fernando Henrique e Aécio Neves numa campanha nacional polarizadíssima de um lado, e de outro lado, no plano regional, os efeitos do racionamento da água e da abundância do escândalo do metrô em pleno processo eleitoral. Nada mais falacioso do que esta ideia de que a candidatura de Eduardo Campos poderia se beneficiar deste palanque. Na melhor das hipóteses Eduardo se juntaria ao abraço dos afogados em São Paulo. Como plano “B”, Márcio França lançou seu próprio nome ao governo paulista. Reedita os tempos de Arena 1 e Arena 2 e se posiciona como sublegenda do PSDB paulista. Com esse conteúdo político, o PSB em vez de ter candidatura própria, tem na verdade uma candidatura imprópria que antecipa a aliança com os tucanos.

O que dizer de Minas Gerais onde o PSB promete coligar-se com Pimenta da Veiga, do PSDB, em plena terra de Aécio, segundo maior colégio eleitoral do país, transformando-se em sublegenda do tucanato. Como convencer o povo mineiro de que o governador de Pernambuco está disputando para valer a eleição presidencial?

Enquanto isso, a imensa parcela da população brasileira que caminha pelas ruas em busca de uma alternativa capaz de derrotar o PT segue olhando para frente, mesmo depois do enjoo, da náusea provocada pela combinação de desmando e escândalo que transborda de todos os poros da política. Por isso insiste em se identificar com Marina Silva. Os números da última pesquisa Datafolha deveriam levar o governador Eduardo Campos a refletir sobre sua tática eleitoral em São Paulo e Minas Gerais e escolher o caminho da disputa real agora, enquanto é tempo.  Se abandonar a procura de contato com esses milhões que não se identificam nem com o PT e nem com o PSDB, Eduardo estará jogando fora o que Marina Silva trouxe nas mãos como um gesto de clarividência para lhe entregar gratuitamente. Se quiser ganhar a eleição ele terá de decidir se é capaz de saltar do penhasco e voar, ou, se ao contrário será como o pássaro descrito por João Cabral de Melo Neto: “Nascido para inaugurar caminhos no campo azul do Céu e que, entretanto, no momento de alçar-se para viagem descobre com terror que não têm asas.”


Martiniano Cavalcante é engenheiro civil formado pela UnB, membro da Executiva Nacional e um dos fundadores da Rede Sustentabilidade.

 Nenhum comentário

Deputado Wilson Filho afirma que não cometeu infidelidade partidária e está confiante na justiça.


Vladimir Chaves

O deputado federal Wilson Filho (PTB), disse estar tranquilo quanto à ação judicial que o Ministério Público, promoveu contra ele e outros  12 deputados federais de outros Estados, por suposta prática de infidelidade partidária. De acordo com o parlamentar seu direito é bom, e que sua desfiliação do PMDB atendeu as exigências da lei da infidelidade partidária.

“No meu caso, nossas motivações para mudar de partido, por serem verdadeiras e sinceras, convenceram o PMDB Nacional e os suplentes. Ambos declararam de público que não teriam interesse em seguir porque entenderam as nossas razões” disse o jovem deputado.

Wilson Filho revelou que já apresentou defesa no TSE, e que acredita firmemente que os magistrados irão entender as razões que o levaram a sair do PMDB, assim como o próprio PMDB e os suplentes entenderam.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

 Nenhum comentário

Eleições 2014: PT alia-se as oligarquias do Nordeste.


Vladimir Chaves

Para manter-se no poder a todo e qualquer custo o Partido dos Trabalhadores não tem medido esforços, faz do impossível o possível, ignora sua própria historia, sepulta os princípios que lhes deram origem...

O que num passado recente parecia inimaginável tornou-se real, o PT aliou-se as elites mais conservadora do Nordeste. Assim como aconteceu no Estado do Maranhão, o partido que um dia representou os interesses da classe trabalhadora, estará no Estado de Alagoas carregando nas “costas” os representantes das maiores oligarquias do Nordeste.


O PT de Alagoas com o endosso de Lula, irá apoiar para governador o filho do senador Renan Calheiros, (Renan Filho), e para o Senado o ex-presidente Fernando Collor de Melo.

 1 comentário

Prefeita petista ignora os “comandantes” da legenda e anuncia apoio a reeleição de Ricardo Coutinho.


Vladimir Chaves

Apesar do processo de “caça as bruxas”, desencadeado contra petistas que não se submetem as exigências do grupo que hora comanda o Partido dos Trabalhadores da Paraíba, a prefeita de Pombal, Polyanna Dutra (PT), não se intimidou e anunciou apoio ao projeto de reeleição do atual governador Ricardo Coutinho (PSB).

Sem citar os detalhes políticos que a levaram para o caminho da dissidência a prefeita apenas disse que o apoio à reeleição de Ricardo Coutinho, dar-se em reconhecimento aos serviços prestados pelo governador a cidade que ela governa. "A cidade só vem ganhando com a gestão de Ricardo Coutinho e eu não tenho motivos para sair desse projeto que vem dando certo para a Paraíba e para Pombal também" justificou a petista.


Sem um projeto de partido consistente capaz de unir suas lideranças o PT vai aos poucos se desfigurando no Estado da Paraíba, onde cada um escolhe o caminho que deve trilhar nas eleições de 2014.

 Nenhum comentário

Brasil é responsável por metade das mortes de ambientalistas


Vladimir Chaves

Chico Mendes
Já se passaram mais de 25 anos da morte de Chico Mendes, o humilde seringueiro do Acre (norte brasileiro) que se converteu em símbolo internacional da defesa do médio ambiente. E Brasil, o país onde foi assassinado por tentar que os especuladores não destruíssem a Amazônia, continua sendo o local mais perigoso do mundo para os ativistas ambientais. A afirmação faz parte do relatório da ONG Global Witness, que reuniu os assassinatos de defensores do meio ambiente em todo mundo entre 2002 e 2013. Sua conclusão é devastadora: o número de mortes não deixa de crescer. Dos 908 casos que pôde documentar a organização em 35 países, 448 se produziram no Brasil (49,33%).

Em 2002 foram registrados 51 assassinatos. Em 2012, o pior da série, foram 147. Os autores do relatório reconhecem que a informação é escassa e seguramente seus dados só mostrem a ponta do iceberg. Afirmam, por exemplo, que é muito provável que países africanos como Nigéria, a República Democrática do Congo, a República Centro-Africana ou Zimbábue também estejam sendo afetados, mas sua metodologia de trabalho —baseada em documentação confiável e na verificação dos dados por parte de parceiros locais— não permitiu fazer uma análise exaustiva. Daí que as piores cifras estejam na América Latina e na Ásia, onde puderam contrastar a informação. Brasil, com 448 assassinatos, é seguido por Honduras, com 109, e Filipinas, com 67.

O relatório ressalta um dos aspectos que já destacou em 2011 a Relatora Especial da ONU sobre a situação dos defensores dos direitos humanos, Margaret Sekaggya: a impunidade. A organização só tem conhecimento de que tenham sidos julgadas e condenadas 10 pessoas por estes mais de 900 crimes. “Existem poucos sintomas mais determinantes e óbvios da crise ambiental mundial que um dramático aumento no assassinato de cidadãos que defendem os direitos sobre a terra ou o meio ambiente. No entanto, este problema que está se agravando tão rapidamente está acontecendo praticamente desapercebido e, na grande maioria dos casos, os responsáveis estão saindo livres”, assegura Oliver Courtney, porta-voz da Global Witness. Em seu relatório, a relatora da ONU reuniu casos de detenções e assassinatos de defensores dos direitos humanos que protestavam por questões relacionadas com os recursos naturais e os direitos sobre a terra. “Pertencem em sua maioria a populações indígenas e minorias”, assinalou. E são “mais vulneráveis pois as áreas onde trabalham são remotas”.

Para Barbara Ruis, assessora legal do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, foi “impactante” conhecer as cifras do relatório. O problema, no entanto, não a surpreende: “Nos últimos anos estamos vendo como emergem cada vez mais conflitos ambientais em todo mundo”, explica por telefone de Genebra. As cifras são de assassinatos, mas há muitas outras lutas, e outras agressões a ativistas que brigam por viver em um meio são, que não chegam a ser conhecidas, acrescenta. “É importante que se saiba que há muita gente lutando por seus direitos ambientais”.

Não é só a falta de informação, ou a impossibilidade de contrastar os dados, o que faz com que os autores do relatório achem que eles estejam subestimados. Os assassinatos são a situação mais extrema; antes, ou além disso, podem ter existido ameaças, intimidação, violência ou criminalização. A relatora da ONU ressaltou uma circunstância recente: “Acusaram [...] os habitantes de aldeias que se manifestam contrários a megaprojetos que ameaçam o meio ambiente e seus meios de vida”, destacou, entre outros exemplos de criminalização de movimentos sociais como acusar em tribunais antiterroristas agricultores “por se manifestarem contra as forças de segurança do Estado que tentavam expulsá-los de suas terras”.

Courtney assegura que sua intenção com a publicação do trabalho é chamar a atenção da comunidade internacional e dos Governos para um problema que não deixa de crescer. Não é a primeira advertência. Anistia Internacional (AI) alertou no último verão que a recente morte do biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernández era mais um exemplo de contínuos ataques que sofrem os ativistas no Brasil a mãos das forças de segurança, paramilitares e grupos criminosos. Esta organização denunciou na época que ao menos 20 pessoas haviam sido assassinadas no país entre 2011 e 2012 por defender o meio ambiente. Segundo a contagem de Global Witness, foram 64.


Mais de 80% dos assassinatos compilados pelo relatório ocorreram na América Latina. Estes casos se multiplicam, assegura o relatório, à medida que aumenta a concorrência pelos recursos naturais. O desmatamento da Amazônia é um bom exemplo disso. Após quatro anos seguidos de queda na superfície de mata perdida, em 2013 o desflorestamento voltou a aumentar 28%. Os ecologistas o atribuíram ao afrouxamento das leis que protegem a selva. Segundo o relatório, as regiões mais afetadas são também as que mais registraram violência contra os ativistas que tentar impedir a destruição da mata.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

 Nenhum comentário

“Trauminha”: Vereador denuncia caos em hospital municipal de João Pessoa.


Vladimir Chaves

O vereador Renato Martins (PSB), voltou a denunciar problemas graves no sistema de saúde municipal de João Pessoa.  O parlamentar disse ter feito uma visita ao Hospital Tarciso de Miranda Burity (Trauminha) constatando inúmeras irregularidades.

O parlamentar protocolou na Câmara Municipal, requerimento de número 0145\2014, cobrando explicações da Secretaria de Saúde do município e ao mesmo tempo exigindo soluções para os graves problemas encontrados.

Informou ainda que solicitou do Ministério Público providencias para os absurdos flagrados no hospital público municipal, tais como: Materiais hospitalar e alimentos acondicionados no mesmo ambiente,  cadeiras sujas com restos de alimentos, piso sujo de sangue, pacientes e acompanhantes dormindo em más condições, fezes e sangue no único banheiro existente na Ala Verde, utilizados por pessoas dos sexos feminino e masculino...


Confira alguns flagrantes registrados pelo parlamentar: 




Paciente sentado no chão



 Nenhum comentário

Vereador acusa ENERGISA de está “roubando” Campina Grande.


Vladimir Chaves

O vereador Inácio Falcão (PT do B), utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Campina Grande, para fazer uma denuncia de extrema gravidade. Segundo o parlamentar a cidade está sendo “roubada” pela empresa que detém a concessão publica de energia, a ENERGISA.

Disse ainda que contratos que comprovam a sua denuncia encontram-se guardado a “sete chaves”. “São contratos que está empresa furta, a palavra certa é essa; furta, rouba e desvia dinheiro do município, dos cofres públicos de Campina Grande” detonou.

Lamentou ainda, que a justiça tenha concedido uma liminar em favor da empresa, impedindo a continuidade das investigações através de uma CPI, instalada pela casa legislativa.

“Se a câmara não tem o poder de fiscalizar a empresa que essa casa aprovou a concessão é melhor fechar e entregar às chaves a justiça, para que ela fiscalize as concessões públicas que roubam o dinheiro do município” desabafou.

Dando prosseguimento a denuncia disse: “O dinheiro está nos bolsos dos diretores, dos donos da grande e poderosa Energisa”.


 Nenhum comentário

Cartilha com 'Hino Nacional' errado é distribuída em escola de MG


Vladimir Chaves

Os 55 mil estudantes da rede municipal de ensino de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, receberam, neste ano, cadernos com erros de grafia no Hino Nacional, que aparece na contracapa.

O material foi distribuído a todos os alunos do ensino fundamental e de Educação de Jovens e Adultos (EJA) pelo município. As palavras "flores" e "florão" aparecem sem a letra "l"; "desafia"e "filho", sem o "i".

Em nota, a prefeitura de Vespasiano afirma que o erro está sendo corrigido, sem custos adicionais para os cofres públicos. O material foi comprado mediante licitação, ao preço de R$ 280,4 mil. De acordo com o município, nas provas enviadas para aprovação pela Secretaria de Educação, o material "estaria correto". A gráfica responsável foi notificada no dia 4 e está produzindo cartilhas extras, que, segundo a prefeitura, deveriam ser entregues em 15 dias.

 Nenhum comentário

Senador Cássio Cunha Lima, cobra explicações da presidente da Petrobras, Graça Foster.


Vladimir Chaves

Durante audiência pública para debater a questões envolvendo a Petrobras, realizada nesta terça-feira (15), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) perguntou à presidente da estatal, Graça Foster, o que todo brasileiro quer saber, desde que pipocaram escândalos envolvendo a empresa brasileira:

- Como explicar a aquisição da refinaria de Pasadena?

- Por que de US$ 42,5 milhões o bem subiu para U$$ 1,25 bilhão em menos de um ano?

- Por que o Conselho da Petrobras, constituído para esse fim, não observou uma cláusula que é habitual nos contratos?

Para o senador Cássio Cunha Lima, as desculpas dadas pela base do Governo Dilma e por Graça Foster não justificam o prejuízo causado na operação e ainda agravam a situação.

“O argumento de desconhecimento do contrato, ao invés de atenuar a situação, é um agravante. O conselho existe e é remunerado para isso. Com uma compra que totaliza US$ 1,2 bilhões, simplesmente se alega, como defesa, o desconhecimento? Mas vamos lá, não tomaram conhecimento… o que foi feito com o responsável por tal omissão (Nestor Cerveró)? Se em 2008 houve a constatação da omissão, por que só seis anos após Cerveró foi demitido?”, questionou.

O senador finalizou criticando o fato da presidente Dilma, dizer de público que quer a apuração de todas as denuncias, mas que na pratica trabalha contra a CPI.

"A presidente Dilma pede investigação total dos fatos, mas orienta a base a melar a criação da CPI para apurar os escândalos na Petrobras". Ironizou.


terça-feira, 15 de abril de 2014

 Nenhum comentário

“Conselho Político” definirá os partidos que comporão a chapa majoritária liderada pelo PMDB.


Vladimir Chaves

O senador Vital do Rêgo (PMDB) aproveitou sua estadia na Paraíba, no dia de ontem (14), para realizar uma verdadeira “turnê” aos meios de comunicação de massa do Estado, tendo na pauta as eleições de 2014 e a pré-candidatura do PMDB.

Em todas as entrevistas o senador optou por sair pela tangente, quando questionado sobre a composição da chapa majoritária que será liderada pelo seu irmão o ex-prefeito de Campina Grande, Veneziano Vital do Rêgo.

Entretanto, nas entrelinhas o senador deixou escapar a estratégia que adotará para definição da chapa majoritária; a mesma adotada nas eleições municipais de 2008, em Campina Grande, quando o PMDB criou o “Conselho Politico” formado pelos partidos aliados, com poder de definir qual legenda indicaria o vice.

Acordado com o PMDB, o PT dava como certo que indicaria o candidato a vice-prefeito, mas na hora da decisão foi sumariamente trucidado inclusive com o voto contrário do PMDB.

Desta vez não será diferente, o PMDB deverá criar um novo “Conselho Politico” formado pelas legendas aliadas que definirá a composição da chapa.

“Questão de Senado, de campanha majoritária, nós vamos fazer uma mesa redonda, que irá discutir com os partidos. Nós vamos dizer: Quem você sugere? Quais são os partidos que desejam estar na chapa majoritária, para então colhermos essas sugestões” revelou o senador Vital do Rêgo.

Por outro lado, fontes fidedignas asseguraram que alguns partidos estão avançados nas discussões e já fecharam acordos de reciprocidade, aguardando apenas a convocação do “Conselho Político” para sacramentar a chapa.

Segundo a fonte, o PSC deverá indicar o candidato a vice-governador, já a vaga para o Senado está sendo “amadurecida” entre o PR e o PSL, ao PT caberá à vaga de primeiro suplente.


Vladimir Chaves

 Nenhum comentário

Onda de assaltos no maior bairro de Campina Grande (Malvinas) deixa população em pânico.


Vladimir Chaves

O maior e mais populoso bairro de Campina Grande, (Malvinas), está em pânico devido à onda de assaltos que tomou conta nos últimos dias. Aterrorizada a população apela às autoridades competentes providencias urgente.  Assaltos em plena luz dia praticados por uma dupla em uma moto tornou-se rotina.

O clima de insegurança chegou a tal ponto, que o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Malvinas, Jairo Miranda, viu-se obrigado a divulgar nos meios de comunicação e redes sociais um alerta para que a população redobre os cuidados. O próprio presidente foi vitima nesse final de semana, quando uma dupla armada de revolver utilizando uma moto o abordou roubando seu celular, dinheiro e documentos.

“ATENÇÃO: Moradores do Bairro Malvinas, tenham cuidado ao andar nas ruas, ir para as escolas e faculdades, trabalho e até mesmo dentro de casa. Carro, motos, celulares, bicicletas entre outros estão sendo alvo dos bandidos. Você pode sair e não voltar mais, que absurdo, assaltos a toda hora.” Postou Jairo das Malvinas.


Em contato com o blog, o presidente da associação disse que irá procurar o Secretário de Segurança Pública para solicitar providencias urgentes. De acordo com informações da associação, neste final de semana mais de 50 pessoas disseram terem sido vitimas de assalto.

 Nenhum comentário

Campina Grande terá Festival Estudantil de Teatro.


Vladimir Chaves

O calendário de eventos de Campina Grande terá mais uma importante atração cultural, trata-se do Festival Estudantil de Teatro – Eneida Agra Maracajá.

Como forma de estimular as manifestações artísticas e culturais, oportunizando a descoberta de novos talentos de estudantes oriundos das escolas da rede pública e privada da Rainha da Borborema o vereador e professor Miguel Rodrigues, apresentou o Projeto de Lei nº 5.485, que foi aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito Romero Rodrigues.


O Festival Estudantil de Teatro acontecerá anualmente ainda com data a ser definida e será coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura.

 Nenhum comentário

Censura: Rachel Sheherazade não poderá mais opinar.


Vladimir Chaves

Rachel Sheherazade voltou a apresentar o telejornal de que é âncora no SBT, no entanto não poderá mais comentar sobre qualquer assunto. Em decisão anunciada pela diretoria de jornalismo da emissora, foi decidido que não serão mais permitido opiniões pessoais de nenhum jornalista, somente de ordem da emissora em editoriais que serão lidos pelos jornalistas. 

Ao que parece a censura política que vem sendo imposta à qualquer que se posicione contra o governo está dando certo. Vários jornalistas já foram calados, demitidos, processados, e a tanto havia sendo tentado calar a jornalista Rachel Shererazade e agora conseguiram.

O SBT divulgou nota.

“Em razão do atual cenário criado recentemente em torno de nossa apresentadora Rachel Sheherazade, o SBT decidiu que os comentários em seus telejornais serão feitos unicamente pelo Jornalismo da emissora em forma de Editorial. Essa medida tem como objetivo preservar nossos apresentadores Rachel Sheherazade e Joseval Peixoto, que continuam no comando do SBT Brasil”.

 Nenhum comentário

Deputado do PMDB anuncia interpelação judicial contra deputado petista.


Vladimir Chaves

Gervásio Maia
O deputado estadual Gervásio Maia Filho (PMDB), anunciou que vai interpelar judicialmente o deputado petista Anísio Maia. O confronto apenas reforça a tese de que o PT da Paraíba não possui “trunfo” algum para enfrentar o PMDB paraibano, que já dá como certo que terá o tempo de guia do PT estadual, com o aval da direção nacional.

Numa demonstração clara de que não está dando a mínima para os “desejos” do PT paraibano, o deputado peemedebista, ignorou até mesmo, a moção de apoio e solidariedade ao deputado petista, aprovada no último domingo no Encontro Estadual que retirou a proposta de candidatura própria em beneficio do pré-candidato do PMDB.

Confira a moção de solidariedade:

MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE

O Encontro de Tática Eleitoral do PT da Paraíba, reunido neste dia 12 de abril do corrente ano, sobre os últimos acontecimentos relativos à Liderança da Bancada de Oposição na AL PB, envolvendo o nosso Deputado Estadual Anísio Maia, vem de público expressar:

1 – Vem manifestar solidariedade ao Deputado Anísio Maia em virtude dos ataques que tem sofrido na Assembleia Legislativa por parte de Parlamentares do PMDB;

2 – O Deputado Anísio Maia sempre foi uma referência na esquerda paraibana e sua atuação parlamentar é digna na história que representa o PT;

3 – Por fim, Reafirmamos nosso apoio e que o Deputado Anísio Maia mantenha sua postura combativa na Assembleia Legislativa da Paraíba.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

 Nenhum comentário

Parte I: Bastidores do encontro petista que “decidiu não decidir”.


Vladimir Chaves

No dia em que o Partido dos Trabalhadores da Paraíba realizou seu Encontro Estadual para “decidir não decidir”, alguns fatos ficaram nos bastidores, tais como a eliminação do poder de decisão dos delegados eleitos no último Processo de Eleições Diretas, que em tese teriam o papel de  definirem a tática eleitoral e a politica de alianças, temendo surpresas os caciques do partido “pediram” e os delegados “acataram”. Agora a tática eleitoral e a politica de aliança será definida nos moldes dos partidos tradicionais.

Outro fato registrado, mas que é mantido nos bastidores é o isolamento político do ex-presidente estadual do PT Rodrigo Soares, que sonha em retornar a Assembleia Legislativa, mesmo sabendo que a maior pedra que encontrará pelo caminho será o próprio PT.

Como “imagens falam por si só”, basta ver o semblante do presidente municipal do PT de João Pessoa, Lucélio Cartaxo, tendo que “aturar” o discurso do petista Rodrigo Soares.

 Nenhum comentário

Dep. Anísio Maia: “Cássio como governador tratava a oposição decentemente”


Vladimir Chaves

O deputado estadual Anísio Maia (PT), explicou às fotos que estão circulando na internet em que ele aparece ao lado senador Cássio Cunha Lima (PSDB), de acordo com o deputado as imagens foram registradas há dois anos quando ele viajou para Brasília representando a Assembleia Legislativa, numa missão para tratar de assuntos relacionados aos problemas da seca no Estado.

O deputado elogiou ainda o senador e pré-candidato ao Governo do Estado, segundo ele, a época em que Cássio era governador ele tinha por hábito respeitar os opositores e sempre que ele precisou foi atendido.

“Cássio como governador tratava a oposição decentemente. Mesmo eu estando na oposição sempre que precisei, ele prontamente me atendeu” disse o deputado petista.

 Nenhum comentário

MPPB provoca Justiça e estado assume compromisso de nomear aprovados no concurso da Polícia Civil


Vladimir Chaves

Depois de passar quatro anos cobrando do governo do estado à nomeação dos aprovados no concurso público da Polícia Civil, o Ministério Público da Paraíba (MPPB) e a Justiça conseguiram fazer com que o Executivo estadual assumisse o compromisso de iniciar o segundo 'Curso de Formação Policial' no próximo dia 1° de agosto e de nomear, entre abril e junho deste ano, 225 aprovados que participaram do primeiro curso, realizado entre outubro de 2010 e março de 2011. Essas nomeações devem ser feitas em três etapas: um primeiro grupo de aprovados deve ser nomeado até 21 de abril; um segundo, até 21 de maio, e o terceiro, até 21 de junho.

O compromisso foi assumido no Fórum Cível da Capital, durante uma audiência provocada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público com o objetivo de obrigar o estado a cumprir a decisão judicial transitada em julgado, desde 2013, que determinou, além da nomeação desses 225 candidatos até o dia 28 de junho deste ano, a realização imediata do segundo 'Curso de Formação Policial' para os demais aprovados, o que vinha sendo descumprido.

Na audiência, ficou definido que o edital de convocação para os candidatos que devem participar do segundo 'Curso de Formação Policial' deve ser publicado entre 21 e 28 de junho. Depois que concluírem esse curso, os aprovados devem ser nomeados em até 30 dias.

A audiência foi presidida pelo juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Antônio Carneiro de Paiva Júnior, e contou com a participação do 3º promotor de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de João Pessoa em exercício, Ricardo Alex Almeida Lins; da secretária da Administração do Estado, Livânia Farias; do procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro da Gama; do secretário da Segurança Pública, Cláudio Lima, além de advogados e representantes.

 Nenhum comentário

Manipulado por ditaduras, futebol também é usado como propaganda nas democracias


Vladimir Chaves

Futebol e ditadura andaram muito próximos na América Latina. São muitos os casos em que governos se utilizaram do esporte para se promover. Mas a utilização do esporte para fins políticos não parou na década de 1970 e pode ser percebido também na democracia. Sob o tema Futebol e Ditaduras na América Latina, o assunto foi discutido na 2ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura.

"A gente constata que futebol e ditadura andaram muito próximos. As ditaduras se valeram muito do futebol, em vários momentos, como propaganda. Mas isso ocorre no regime democrático. Nas ditaduras, é claro, é um processo mais objetivo e danoso, mas também acontece na democracia", disse o historiador e jornalista Lúcio de Castro.

A Copa do Mundo, que começa em dois meses, é um exemplo disso. "Em alguns campos, a gente está vivendo um estado muito preocupante, próximo ao estado de exceção. Quando a gente fala em remoções de favelas, a gente vive casos muito preocupantes",  disse.

Castro comentou também as manifestações que ocorreram em meados de 2013, durante a Copa das Confederações. Ele criticou a forma como o governo está lidando com o assunto.  "Me preocupo muito: a partir dos protestos, se discutiu uma série de leis que inclusive lembram o estado de exceção, nas quais você pode ser preso só por estar se manifestando. Espero que a gente possa viver nas ruas o que é um pais democratico".

Também presente no debate, o escritor e jornalista uruguaio Eduardo Galeano não quis comentar especificamente as manifestações ou a Copa,  mas defendeu o futebol como esporte. "O futebol não tem a culpa dos pecados cometidos em seu nome". Galeano é autor do livro Futebol ao Sol e à Sombra, no qual mostra que o futebol tornou-se um negócio lucrativo. Galeano descrede que, para além das paixões, mitos, heróis, glórias e tragédias, o jogo tem um lado sombrio, que envolve poderosos interesses políticos e financeiros.

Por outro lado, os debatedores ressaltaram que não apenas as ditaduras utilizaram os jogos, mas também a população. Galeano citou o Uruguai como exemplo. Foi em um estádio, a primeira manifestação contra o golpe no seu país. "O povo estava mudo pela agressão. Mas foi num estádio lotado, não tinha nenhum lugarzinho, nem microscópico, que começaram a gritar pela primeira vez: Se vá a acabar, se vá a acabar la dictadura militar".

Sobre o futebol atual, o jornalista Mário Magalhães, autor da biografia Marighella – O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo, destacou a exclusão nos jogos. "Na Copa das Confederações, não se via o Brasil, em toda a sua diversidade, nos estádios, parecia que a população era europeia, todos brancos", disse, atribuindo o fato ao alto preço dos ingressos. "Tem toda uma geração de jovens que acompanha o futebol só pela televisão, que não vai aos estádios".


A 2ª Bienal do Livro tem entrada franca e prossegue em Brasília até o dia 21 de abril.

 Nenhum comentário