Moacir Rodrigues reúne-se com Kassab aumentando as especulações de sua filiação ao PSD


Vladimir Chaves

O Partido Social Democrático (PSD) realiza durante todo dia hoje (7) seu Encontro Estadual da Paraíba, contanto com as presenças de várias lideranças do estado e nacional, entre elas, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, o governador Ricardo Coutinho (PSB), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), o vice-governador e presidente estadual do PSD na Paraíba Romulo Gouveia (PSD).

O fato que deve marcar o encontro será a filiação de lideranças de expressão estadual ao partido, uma das expectativas é a filiação do secretário executivo de Interiorização do Estado da Paraíba, Moacir Rodrigues,
 irmão do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSDB).


As especulações aumentaram ainda mais, depois que o vice-governador, Gilberto Kassab e Moacir Rodrigues foram vistos reunidos reservadamente antes da abertura do encontro. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

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A disputa pela presidência do PT


Vladimir Chaves

Guardadas as devidas proporções, o deputado federal paulista Paulo Teixeira representa hoje no PT o que o era o PT para o Brasil nos anos 80. Ou seja: uma opção simpática, mas arriscada.

Como no verso de Aldir Blanc que pede "glória a todas as lutas inglórias", ele está rodando o Brasil em uma cruzada (ou seria caravana?) improvável para se eleger presidente do partido.

Enquanto seu adversário, Rui Falcão, disputa a reeleição com apoio da dupla Lula-Dilma e articula no grande tabuleiro de 2014, Teixeira tenta acender a fagulha da paixão militante perdida dos petistas.

"Precisamos promover uma profunda transformação para oxigenar o PT e resgatar as instâncias partidárias", disse ele à coluna. Teixeira pertence ao grupo "Mensagem ao Partido", o segundo mais forte dentro da máquina petista.

Pelos cálculos da maior corrente petista, a situacionista "Construindo um Novo Brasil", a candidatura de Rui Falcão conta com apoio de nada menos que 66% do eleitorado apto a votar no pleito interno de novembro, que será direto. "A CNB tem esse cálculo numérico, mas não apresentou uma reflexão sobre o partido. O Rui Falcão defendeu a diminuição dos debates", afirma Teixeira.

O "presidenciável" petista pede, ainda, que Lula e Dilma "se mantenham longe da disputa". Com recursos de seu mandato e apoio logístico dos diretórios estaduais do PT, ele já visitou 14 capitais para fazer campanha.

O reduto mais forte é o Rio Grande do Sul, onde Teixeira é apoiado pelo governador Tarso Genro. Outro cabo eleitoral de peso é o ministro da Justiça, José Eduardo Martins Cardoso. Há um terceiro nome na disputa interna: Valter Pomar, da esquerda petista.

Por Assis Ribeiro
Do Brasil Econômico

quinta-feira, 6 de junho de 2013

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Nonato Bandeira avisa nas redes sociais que deverá acompanhar Luciano Agra


Vladimir Chaves

As movimentações no “tabuleiro da politica paraibana” podem estar além da filiação de Luciano Agra ao PEN, fato esse que deixou alguns “capas” do PT da Paraíba de “calças curta”.

A próxima movimentação deve partir do vice-prefeito de João Pessoa, Nonato Bandeira. Assim que tomou conhecimento da filiação do ex-prefeito, sem meios termos Nonato Bandeira, postou nas redes sociais que Agra poderia contar com ele na nova caminhada.


“Quero parabenizar @lucianoagra e o @DEP_RMARCELO. Que Deus continue iluminando suas trajetórias vitoriosas. E contem comigo em qualquer caminhada.” Postou Nonato no seu twitter.

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Luciano Agra despreza mimos petistas e filia-se ao PEN


Vladimir Chaves

O ex-prefeito Luciano Agra, ignorou por completo os mimos de alguns dirigentes do Partido dos Trabalhadores e vai mesmo filiar-se ao Partido Ecológico Nacional. A filiação está marcada para acontecer na próxima segunda-feira (10), no auditório do Hotel Ouro Branco, em João Pessoa.

O anuncio da filiação de Agra, foi feito pelo presidente estadual do PEN, deputado estadual Ricardo Marcelo. De acordo com o deputado, Agra irá presidir o Diretório Municipal do PEN de João Pessoa.


“O ex-prefeito Luciano Agra é o mais novo filiado do PEN-51. É com muita alegria que o PEN o recebe. vai colaborar muito para a estruturação partidária e é um ótimo nome para disputar qualquer cargo eletivo.” Postou o deputado no seu micro blog twitter.

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5 de Junho - Dia Mundial do Meio Ambiente: Ambientalista da Paraíba alerta sobre o descaso das companhias elétricas para com os animais eletrocutados


Vladimir Chaves

O Ativista Ambiental paraibano Aramy Fablicio declara guerra contra companhias de eletricidade, pelo descaso e o extermínio de milhares de animais que são eletrocutados covardemente todos os anos.

O ambientalista alega que “as empresas pouco se importam com a integridade dos animais, elas deveriam se adequar de uma forma que os fios de alta voltagem não os expusessem ao risco de ser eletrocutados, com novos equipamentos que os resguardassem do perigo”.

“O problema se dá devido o desmatamento desordenado e o descaso das companhias elétricas que não se adequam as mudanças. Muitos animais estão migrando para zona urbana em busca de alimento, já que seu habitat natural está sendo destruído. As criaturas circulam e pousam em fios que funcionam como armadilhas e são eletrocutados”, explica Aramy Fablicio.

Espero que outros estados do Brasil abracem esta causa, diz Aramy. Somos cidadãos, pagamos impostos e as companhias nada fazem para resolver esta vergonha de ver animais morrendo com indiferença - como se nada estivesse acontecendo.  Elas sabem do problema, mas se não reclamarmos, não exigirmos que mudem e acabem com este extermínio por negligência, não vai acontecer a mudança.  São empresas que só visam lucros e não se importam com o preço que animais desprotegidos pagam: sua vida.

“Deixo aqui meu repúdio e espero que milhares de brasileiros abracem esta causa, para que possamos cobrar a defesa dos animais, estabelecidos pela Lei 9.605. Nosso objetivo é que as fiações elétricas de alta tensão sejam adequadas a um novo modelo que impeça este extermínio”.

Contatos: e-mail: aramy.fablicio@gmail.com

quarta-feira, 5 de junho de 2013

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05 DE JUNHO DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, MAS COMEMORAR O QUE?


Vladimir Chaves

Em 5 de junho comemora-se o dia mundial do meio ambiente, mas comemorar o quê? A devastação das florestas, a extinção dos animais, o eco das motosserras floresta adentro, a agonia das plantas e dos animais ardendo no fogo. Animais aprisionados em jaulas, gaiolas e correntes servindo como objeto de prazer sádico dos humanos. Os animais abatidos pelo caça predatória. Os maus tratos sofridos pelos animais. Sejam selvagens, domésticos ou domesticados.

O sofrimento dos animais usados como cobaias para testes e vivissecções. O extermínio dos índios e suas terras tomadas, as leis ambientais estúpidas que favorecem os interesses dos latifundiários e não a conservação da natureza. A construção de usinas nucleares, a fabricação de bombas atômicas, como se não bastassem os exemplos de Hiroshima e Nagasaki, o vazamento nos anos oitenta nas usinas nucleares de Chernobyl na Rússia e Angra dos Reis aqui no Brasil e até o recente problema no Japão, na usina de Fukushima.

O vazamento de Óleo no Aláska do navio Exon Valdez e na Baia de Guanabara pela Petrobrás e tantos e tantos exemplos. Comemorar a ambição e ganância dos governantes que só visam progresso desordenado sem respeitar o meio ambiente. Comemorar as ong's picaretas que usam o nome da natureza para ganhar dinheiro. O enriquecimento das multinacionais com ddt's causando a extinção de plantas e animais e envenenando os humanos e todo o planeta. A hipocrisia das grandes empresas que usam a mídia para mascarar todo mal que causam à natureza. Comemorar a desertificação que causa mais miséria e fome em todo mundo, a água potável cada vez mais escassa e o aquecimento global. O comprometimento com a qualidade de vida da atual geração e das futuras gerações.


Como diminuir o tráfico de animais
“Os governos deveriam investir em políticas socioambientais, melhoria na capacitação dos policias florestais, abrir concurso público com critérios que busquem atrair pessoas que realmente tenham interesse com a causa ambiental. Hoje temos sede do IBAMA e policiais florestais apenas em grandes cidades dos estados, creio que esse trabalho de combate aos crimes ambientais deveria ser descentralizado, em cada município pequeno deveria existir pelo menos uma sede ou posto do IBAMA com funcionários para que a população pudesse recorrer em caso de crimes ambientais e melhor fiscalizar. Apenas ligar para o 0800 da Linha Verde não resolve, pois hoje não temos pessoas suficientes para fiscalizar”. Como melhorar a qualidade de vida no planeta se o homem nem se quer respeita os direitos dos animais?”, alega o ambientalista Aramy Fablício.

Além dessas medidas, é necessário que se mude a lei de crimes ambientais. “Acredito que se o IBAMA e a policia tivesse autonomia para agir como se age contra o tráfico de drogas a coisa funcionava. Assim como não se tolera o uso de drogas, não devia ser tolerado qualquer cidadão manter um animal silvestre aprisionado em sua casa. Quem estive de posse de qualquer animal silvestre deveria ser autuado, pagar multas, ser processado ou preso dependendo do caso. Hoje é comum vermos pessoas circulando livremente com animais silvestres presos”.

Mesmo que tenhamos um bom aparato policial para fiscalizar os crimes ambientais, mas se não houver conscientização da sociedade civil para não comprar os animais selvagens, pouco vai adiantar. Na cidade de Fagundes, muitos já tomaram consciência através dos projetos do ambientalista Aramy Fablicio. Entre esses projetos destacam-se “Biqueira Velha”, que utiliza plaquinhas feita de zinco reaproveitado de biqueiras velhas (calhas). As placas com os dizeres “PROIBIDO CAÇAR E CAPTURAR ANIMAIS” são afixadas nas propriedades com o consentimento dos proprietários.

O sucesso desse projeto é tanto que fez surgir outro denominado de “Natureza Livre” que é uma área de soltura de animais na zona rural de Fagundes. Hoje a maioria dos proprietários de terra do município de Fagundes e cidades vizinhas aderiram ao projeto Biqueira Velha, fazendo com que diminuam os crimes ambientais na região. São atitudes aparentemente simples, mas de grandes resultados, pois hoje podemos encontrar um grande número de animais silvestres. Esses projetos envolvem reciclagem do zinco, educação ambiental para os donos das propriedades e a população, e preservação da natureza.

“Os meios de comunicações tem grande importância na conscientização da sociedade. Na Paraíba e em outros estados do Brasil felizmente temos encontrado bastante apoio da mídia para nos ajudar nas causas ambientais através da divulgação de informações e matérias sobre o assunto. As apreensões realizadas pelo IBAMA e outros órgãos ajudam, mas a melhor prevenção é a informação, sensibilização e conscientização da população para não manter animais em cativeiro, nem caçar. As escolas ainda estão longe de cumprir seu papel como agente de conscientização da população, pois pouco se fala em educação ambiental nas salas de aula, imagine agir!”, desabafa Aramy.

Enquanto existem muitos projetos teóricos, a realidade ambiental da Paraíba e do Brasil é bem diferente. Aqui na Paraíba, por exemplo, as aves migratórias como o Bigodinho (Sporophila lineola), Caboclinho Lindo, Papa Capim, Gaturão, entre outras, que vem se reproduzir no período chuvoso corre risco de extinção. O alerta é do Ambientalista Aramy Fablicio que conhece bem essas aves e as observa desde a década de setenta. Segundo ele, cada ano que passa diminui o numero de aves migratórias e nativas devido aos predadores humanos que apreendem ou caçam essas aves e outros animais para comercializar clandestinamente.
“Os capturadores estão cada vez mais com equipamentos sofisticados, como GPS, gaiolas com oito alçapões, redes que capturam de beija-flor a gavião, o que importa é a quantidade e a biodiversidade de animais capturadas, pois assim se ganha mais dinheiro. O mais preocupante é que essas capturas ocorrem justamente no período da reprodução. Eles aliciam jovens e adultos. Alguns jovens deixam até de estudar para capturar animais por ver nesse negócio uma forma lucrativa. Os predadores vêm de várias cidades e estados para capturar os animais. Em Fagundes, muitos moradores já tem consciência e não permitem a captura de animais e chegam a expulsar os traficantes. O que preocupa é que em outras cidades nem todos os moradores não têm essa mesma consciência”, explica o ambientalista Aramy Fablicio.

O mundo moderno sofre consequências ambientais com a ação do homem que tende não só exterminar a vida selvagem, mas também o próprio habitat onde está destinado a viver. Então, comemorar o quê? Alerta do ambientalista Aramy Fablício.

Mais informações acessem o site www.aramyfablicio.org ou pelo e-mail: aramy.fablicio@gmail.com, ou pelos telefones 83 9955-5534 ou 8868-7218.

Reportagem: Edimilson Camilo

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Relatório ‘perdido’ expõe genocídio de índios brasileiros


Vladimir Chaves

Um relatório chocante detalhando atrocidades horríveis cometidas contra índios brasileiros nos anos 1940, 50 e 60 ressurgiu – 45 anos depois que ele foi misteriosamente ‘destruído’ em um incêndio.


O relatório Figueiredo foi encomendado pelo Ministro do Interior em 1967 e causou um clamor internacional depois que revelou crimes contra a população indígena do Brasil nas mãos de latifundiários poderosos e do próprio departamento do governo para assuntos indígenas: o Serviço de Proteção ao Índio (SPI). O relatório levou à fundação da organização de direitos indígenas Survival International, dois anos depois.



O documento de mais de 7.000 páginas, compilado pelo Procurador Jader de Figueiredo Correia, detalhou o assassinato em massa, tortura, escravidão, guerra bacteriológica, abuso sexual, roubo de terras e negligência travada contra a população indígena do Brasil. Como resultado, algumas tribos foram completamente eliminadas e muitas mais foram dizimadas.


O relatório foi recentemente redescoberto no Museu do Índio e agora será considerado pela Comissão Nacional de Verdade do Brasil, que está investigando as violações de direitos humanos ocorridas entre 1947 e 1988.

Um dos muitos exemplos horrendos no relatório descreve o ‘massacre do paralelo 11’, em que dinamite foi lançada de um pequeno avião sobre a aldeia de índios Cinta Larga. Trinta índios foram mortos – apenas dois sobreviveram para contar o ocorrido.


Um casal Karajá com seu bebê, que morreu de gripe.
© Jesco von Puttkamer/ IGPA archive

Outros exemplos incluem o envenenamento de centenas de índios com açúcar misturado com arsênico e métodos severos de tortura, como o esmagamento lento dos tornozelos das vítimas com um instrumento conhecido como o ‘tronco’.

As descobertas de Figueiredo levou a um clamor internacional. No artigo ‘Genocídio’ de 1969 publicado pelo Sunday Times britânico, com base no relatório, o escritor Norman Lewis escreveu: ‘Do fogo e espada ao arsênico e balas – a civilização enviou seis milhões de índios para a extinção.’ O artigo mobilizou um pequeno grupo de cidadãos preocupados a formar a Survival International no mesmo ano.

Como resultado do relatório, o Brasil lançou um inquérito judicial, e 134 funcionários foram acusados ​​de mais de 1.000 crimes. 38 funcionários foram demitidos, mas ninguém foi preso pelas atrocidades.

O SPI foi posteriormente dissolvido e substituído pela FUNAI- a Fundação Nacional do Índio do Brasil. Mas enquanto grandes extensões de terras indígenas foram demarcadas e protegidas desde então, as tribos do Brasil continuam a lutar contra a invasão e destruição de suas terras por madeireiros, fazendeiros e colonos ilegais, e a perder seu território por causa do programa de crescimento agressivo do governo que visa a construção de dezenas de grandes hidrelétricas e a autorização da mineração em grande escala em suas terras.

O Diretor da Survival International, Stephen Corry, disse hoje, ‘O relatório Figueiredo faz uma leitura horrível, mas de uma forma, nada mudou: quando se trata do assassinato de índios, reina a impunidade. Homens armados matam rotineiramente índios com a consciencia que há pouco risco de serem julgados e punidos – nenhum dos assassinos responsáveis ​​por atirar contra líderes Guarani e Makuxi foi preso por seus crimes. É difícil não suspeitar que o racismo e a ganância estão na raiz do fracasso do Brasil em defender as vidas de seus cidadãos indígenas.’

terça-feira, 4 de junho de 2013

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Inversão de prioridade: A capital com o terceiro pior IDH do Nordeste patrocinando times profissionais.


Vladimir Chaves


Lastimavelmente o Brasil continua sendo o país do vale tudo, quando o assunto diz respeito à aplicação do dinheiro publico, o país dos milhões de miseráveis, dos milhões de analfabetos, dos milhares de sem-teto, dos milhares de sem-cidadania, dá-se ao luxo de torrar dinheiro publico sem levar em conta as prioridades sociais.

Como se não bastasse à corrupção que surrupia anualmente dos cofres públicos algo em torno de 1,38% a 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Dinheiro que se aplicado na educação ampliaria o número de vagas nas escolas publicas das atuais 34,5 milhões vagas para 51 milhões, que poderia elevar o número de leitos nos hospitais públicos dos atuais 367.397 para 694,409 leitos, que poderia levar saneamento básico para 23,3 milhões de lares.

Como o bem- estar social do cidadão, via de regra, não é prioridade para uma grande parcela de gestores públicos, Brasil a fora, muitos sob o manto de uma falsa legalidade, preferem investir de forma despudorada no que se convencionou chamar de “pão e circo”.

Na Paraíba, um dos estados mais pobres da federação e com elevado índice de desigualdades sociais, é comum e talvez já tenha se tornado regra para maioria dos prefeitos, nos 223 municípios do Estado desconsiderar as mazelas do povo desperdiçando dinheiro público com “pão e circo”.

Nem mesmo a pior seca dos últimos 30 anos, evitou que muitos prefeitos gastassem fortunas com as festas de carnaval, gastança essa que deverá ter continuidade agora com as festas juninas.

Aliado a tudo isso, a Paraíba agora testemunha um novo método de desperdício de dinheiro público e inversão de prioridades sociais. Pois não é que alguns prefeitos, acharam por bem promover com dinheiro publico o futebol profissional.

Destaque especial para as cidades de Campina Grande e João Pessoa, onde com todas as pompas os prefeitos resolveram patrocinar as empresas de futebol profissional. Fato mais grave para cidade de João Pessoa, que segundo a própria assessoria de imprensa da Prefeitura, através de um “programa” intitulado “João Pessoa de Todas as Torcidas” apenas no mês de Janeiro torrou dos cofres públicos mais de um milhão de reais com os três times profissionais que disputaram o Campeonato Paraibano.

Achando que fez pouco pelo futebol profissional de sua cidade, o prefeito Luciano Cartaxo (PT), anunciou a renovação do contrato com Botafogo Futebol Clube da Paraíba, time do qual é torcedor e que tem como presidente o também petista Nelson Lira, a bagatela de oitocentos mil reais, que segundo o próprio prefeito, servirá para estruturar a equipe que deverá participar da Serie “D” do Campeonato Brasileiro.

“Quando anunciamos o apoio aos times no início do ano dizíamos que a intenção era tomar uma atitude que fizesse a diferença, que contribuísse de forma decisiva com os clubes. Agora o resultado apareceu. Nossos clubes fizeram boas campanhas e o Botafogo venceu a competição, trazendo um clima de festa e alegria visível em toda a cidade. Agora, o time passa a contar com a nossa colaboração também para a série D”, vangloriou-se o prefeito.

Para que o leitor possa ter uma ideia da inversão de prioridades na cidade que possui o terceiro pior IDH entre as capitais nordestinas, além de figurar entre as capitais com as piores taxas de analfabetismo do país, vejam o que escreveu o
 ex-Reitor da Universidade Federal da Paraíba e atual Secretário de Planejamento da Prefeitura Municipal de João Pessoa, Rômulo Polari, no artigo intitulado: “ JOÃO PESSOA: CENÁRIO 2013-2016”

“A situação socioeconômica de João Pessoa é uma das piores, entre as capitais dos nove estados nordestinos. O seu PIB que, em 2002, era o terceiro menor, hoje supera apenas o de Aracaju. Algo semelhante aconteceu com a sua renda per capita, ao regredir para a segunda menor, ficando a de Maceió na última posição. O IDH de João Pessoa é um dos três mais baixos e a sua taxa de analfabetismo uma das mais altas. A taxa de atendimento escolar aos jovens com idades apropriadas para os níveis de ensino fundamental e médio melhorou muito, mas com baixa qualidade”


Vladimir Chaves

segunda-feira, 3 de junho de 2013

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55% dos municípios brasileiros não conseguem atrair médicos


Vladimir Chaves

A maioria dos municípios brasileiros não consegue atrair médicos, mostra estudo divulgado hoje (3) pelo Ministério da Saúde. O balanço publicado em Salvador indica que 55% das prefeituras que requisitaram este ano profissionais pelo Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) não foram atendidas porque não houve interesse pelas vagas. Dos 2.867 municípios que pediram profissionais pelo Provab, 1.581 municípios não atraíram nenhum, mesmo com uma remuneração de R$ 8 mil por uma jornada semanal de 32 horas, com mais oito horas dedicadas a pesquisa.

A divulgação é feita em um momento em que o governo avalia a possibilidade de trazer médicos de Portugal e Espanha, países em crise econômica, para atender à carência em regiões periféricas. Estes profissionais podem contar com facilidades na revalidação de diploma. Inicialmente, cogitava-se também trazer médicos cubanos, mas, neste caso, sem revalidação direta do diploma.

Segundo o Ministério da Saúde, apenas 29% da demanda nacional por 13 mil médicos foi atendida: 3.800 participantes foram para 1.307 municípios brasileiros. Por regiões, o Sul foi o que teve o maior problema, com atendimento de apenas 26% da demanda – 418 municípios, de um total de 567, ficaram sem atendimento. No Norte, 66% das prefeituras (168 de 245) não conseguiram atrair médicos. No Centro-oeste, o índice foi de 64% (163 de 265), e no Sudeste ficou em 54% (399 de 747).

A região que mais conseguiu atrair profissionais foi o Nordeste, com 41% dos municípios atendidos. Mas, das 1.091 cidades que solicitaram médicos pelo Provab, o maior número no geral, 457 não conseguiram nenhum profissional. No geral, de 6.129 médicos solicitados, 2.184 foram para 634 cidades.

O ministério diz que o Nordeste é a região com a maior carência. Na Bahia, 49% dos municípios não atraíram sequer um médico pelo Provab: dos 305 que pediram médicos, 156 não receberam nenhum. Em Alagoas, 49% das prefeituras não conseguiram contratar profissionais, índice de 27% em Pernambuco e de 35% em Sergipe.

“Mesmo com o crescimento do Provab – aumentamos em 10 vezes o número de médicos na comparação com 2012 –, a gente ainda precisa responder à necessidade apresentada pelos municípios. O aporte de estrangeiros é uma delas. Temos várias experiências mundiais que apontam para esse sentido, não podemos fechar os olhos para profissionais com formação de qualidade, reconhecida no seu país, e que, a curto prazo, poderiam contribuir para o acesso na saúde no Brasil”, disse o diretor de programas da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço.

Desde que começou a defender a atração de médicos estrangeiros, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sofreu críticas de entidades de classe, que dizem enxergar um risco na possibilidade de revalidação automática ou facilitada do diploma. Mas, na visão dele, estes profissionais poderiam suprir a carência de profissionais em regiões mais afastadas do país e mesmo na periferia das grandes cidades. “Os hospitais têm muitas dificuldade de contratar o médico, não porque o médico não quer ir para lá, mas porque há muita oferta de emprego em outras regiões no centro da cidade que possa interessar mais ao profissional.”

Na visão do Conselho Federal de Medicina (CFM), a contratação de médicos é uma questão regulada pelo mercado: profissionais se sentem atraídos por boas condições de trabalho, o que envolve estrutura e salário. Mas, para o governo, o quadro atual dificulta garantir o preceito da Constituição que garante a universalização do atendimento de saúde.

"Como seria a alternativa para isso? Ter um sistema nacional de saúde com médicos contratados nacionalmente e postos para trabalhar, igual ao serviço militar. Esse serviço social obrigatório não vingou e nem vai vingar num país como esse. Qual a oportunidade agora? Que com o intermédio e outros mecanismos você possa ter a melhora da qualidade de vida nessas cidades", diz Davi Braga Júnior, especialista em clínica médica e planejamento estratégico para ações de governo, em entrevista à Rádio Brasil Atual.

Para o conselheiro consultivo do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) Heleno Rodrigues Correa Filho, professor associado da pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os médicos estrangeiros são bem-vindos, desde que sejam seguidas as regras, que preveem que o profissional revalide o diploma para atender às exigências do sistema nacional de saúde e fale português.

Ele admite que de um lado pesa a resistência dos conselhos de classe, interessados em manter uma reserva de mercado, mas considera que o governo se equivocou ao lançar a ideia sem antes consultar sindicatos e profissionais do setor. “Quando se tem uma medida cosmética como essa, é possível mudar a força do trabalho médico, mas não a natureza do serviço prestado pelo sistema. Pode-se criar um mercado de trabalho paralelo para médicos do exterior, que poderão ser colocados sem supervisão e sem política no interior do país, o que é muito ruim.  Há outros aspectos negativos que podem ser colocados, entre eles a falta da perspectiva do que é ou do que deveria ser o SUS na formação do médico.”

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Pernambucana é eleita presidente da UNE e faz críticas ao PT


Vladimir Chaves

De personalidade afável, porém forte, óculos e sotaque marcantes, a pernambucana de Garanhuns, terra do ex-presidente Lula, Virgínia Barros, de 27 anos, foi eleita a nova presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) neste domingo (2) para o biênio 2013-2015. Formada em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Virgínia, também conhecida como Vic, é atualmente estudante do curso de letras da Universidade de São Paulo (USP). Antes de conquistar o posto de maior representante estudantil do país, ela foi presidente da União dos Estudantes de Pernambuco (UEP) no ano de 2009.

Filiada ao PCdoB, que comanda a entidade desde 1991, Virgínia é torcedora do Sport Recife e tem, na sua lista de admiradores políticos dois pernambucanos, o ex-governador Miguel Arraes (PSB) e o ex-presidente Lula (PT). A estudante representa sete milhões de estudantes universitários do Brasil, sendo a quinta mulher a ocupar o cargo. Entre os presidentes da entidade que já tem 75 anos de existência, se destacam personalidades como o ministro Aldo Rebelo, também do PCdoB, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e o senador petista Lindbergh Farias.

No Congresso que a elegeu na cidade de Goiânia, no estado de Goiás, ontem, Virgínia centrou fogo contra o governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Disse que a gestão é “inconsequente e omissa” na fiscalização da qualidade do ensino superior privado. “A entrada de capital estrangeiro é preocupante, e não há regulação sobre padrões mínimos de qualidade nas faculdades privadas”, diz a aluna de letras ao jornal Folha de S. Paulo desta segunda-feira (3). A estudante também rebateu as críticas de governismo da entidade e o possível afastamento da UNE da vida real dos estudantes.

Virgínia define a gestão de Dilma como “contraditória”, pela “política econômica conservadora”, e destina o mesmo adjetivo ao governo Eduardo Campos (PSB), por pendências na saúde e na educação básica. Neutra no primeiro turno e pró-Dilma no segundo turno de 2010, a UNE, afirma ela, ainda não discutiu 2014, mas vê uma eventual postulação dissidente como “legítima”. O pernambucano, neto do ex-governador Miguel Arraes, é descrito pela nova presidente da UNE como “grande governador” que “ainda vai contribuir muito para o Brasil”.

Críticas a Marina Silva
A nova presidente da UNE também não poupa críticas nas redes sociais. Em publicações recentes, disse que há caos no metrô de São Paulo e que o “pós-modernismo” de Marina Silva, que tenta fundar o Rede Sustentabilidade, “dá enjoo”. Para ela, o papa Francisco I, apesar do carisma e possíveis “reformas nos gastos” da Santa Sé, é “reacionário”.

A presidente assume a entidade levantando a bandeira dos 10% do PIB para a educação, principal luta da UNE. A pauta pode ser conquistada em sua gestão dependendo da mobilização e cobrança dos estudantes no processo do tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE) no Congresso Nacional. Estão diretamente vinculadas, também, as lutas por 100% dos royalties do Petróleo e 50% do Fundo Social do Pré-Sal para a educação.

Feminista e contrária ao conservadorismo na sociedade e na universidade, espera ampliar na UNE os encontros de estudantes negros, de mulheres e da diversidade sexual. Militante da União da Juventude Socialista (UJS), acredita que o Brasil pode avançar no debate sobre as drogas, espera denunciar o extermínio dos jovens negros e pobres, assim como lutar pela democratização dos meios de comunicação do país.


Com informações da UNE e do jornal Folha de S. Paulo

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O esquema Globo de publicidade


Vladimir Chaves

Mais de 16 milhões de comerciais por ano e um relacionamento com 6 mil agências. Esse é um resumo do desempenho da Rede Globo junto ao mercado publicitário brasileiro, orgulhosamente exibido na página de internet da emissora.

Líder na arrecadação de verbas publicitárias entre todos os meios de comunicação, a Globo também mostra sua força em cifrões. Somente em 2012, os canais de TV (abertos e por assinatura) das Organizações Globo arrecadaram R$ 20,8 bilhões de reais em anúncios, segundo informe divulgado pela corporação.

Por trás dos números, porém, se esconde uma prática que os grandes grupos de mídia preferem ocultar: o pagamento das Bonificações por Volume (BV), apontado por especialistas como um dos responsáveis pelo monopólio da mídia no país.

Monopólio
Desconhecidas pela grande maioria da população, as Bonificações por Volume são comissões repassadas pelos veículos de comunicação às agências de publicidade, que variam conforme o volume de propaganda negociado entre eles.

A prática existe no Brasil desde o início da década de 1960. Criada pela Rede Globo, seu objetivo seria oferecer um “incentivo” para o aperfeiçoamento das agências. Com o tempo, outros veículos aderiram ao mecanismo, que hoje é utilizado por todos os conglomerados midiáticos no Brasil.

O pagamento dos bônus, no entanto, é alvo de críticas de militantes do direito à comunicação, que argumentam que a prática impede a concorrência entre os meios de comunicação na busca por anunciantes. Isso porque, quanto mais clientes a agência direcionar a um mesmo veículo, maior será o seu faturamento em BVs.

Para o professor aposentado da Universidade de Brasília (UnB) Venício Artur de Lima, a prática fortalece os grandes grupos, já que leva anunciantes aos meios que recebem publicidade. “Exatamente por terem um volume alto de publicidade é que eles [meios] podem oferecer vantagens de preço”, explica.

O resultado desse processo, segundo o professor, é a dificuldade de sobrevivência dos veículos de menor capacidade econômica, que não têm recursos para as bonificações. “Você compara um blog ou um portal pequeno com um portal da UOL, por exemplo. Não tem jeito de comparar, são coisas desiguais”, afirma.

Antes restrita às mídias tradicionais, as bonificações vão ganhando novos nichos. De acordo com agências de publicidade e com o presidente do Internet Advertising Bureau (IAB), Rafael Davini, atualmente o Google também utiliza BVs. Segundo informações do mercado, o Google seria hoje o segundo grupo em publicidade no Brasil, ficando apenas atrás da Rede Globo.

Líder em BVs
O exemplo mais forte da relação entre bônus e concentração, para o jornalista e presidente do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, é o caso da televisão. “Todos os canais fazem isso, é uma forma de manter a fidelidade da agência de publicidade com o veículo. Só que, como a Globo é muito poderosa, a propina é muito maior”, diz.

De acordo com dados do Projeto Inter-Meios, da publicação Meio & Mensagem, a publicidade destinada à TV aberta em 2012 foi de R$ 19,51 bilhões. Cerca de dois terços desse valor ficaram com a Globo.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Empresas e Empreendedores da Comunicação (Altercom) e editor da Revista Fórum, Renato Rovai, outro procedimento adotado pela emissora é o repasse antecipado dos bônus. “A Globo estabelece uma bonificação por volume de publicidade colocada e antecipa o recurso. Aí a empresa fica presa a cumprir esse objetivo. É assim que fazem o processo de concentração”, ressalta.

Borges critica ainda o silêncio midiático em torno do assunto. “É um tema-tabu, nenhum veículo fala. Como todo mundo utiliza, ninguém pode reclamar. Fica todo mundo meio cúmplice”, dispara.

Regulamentação
Em 2008, as bonificações foram reconhecidas e regulamentadas pelo Conselho Executivo das Normas Padrão (CNPE), entidade criada pelo mercado publicitário para zelar as normas da atividade. O CNPE classifica os bônus como “planos de incentivo” para as agências.

Dois anos depois, as bonificações foram reconhecidas também por lei. Elas estão previstas na Lei nº 12.232, que regulamenta as licitações e contratos para a escolha de agências de publicidade em todas as esferas do poder público. Segundo o texto, “é facultativa a concessão de planos de incentivo por veículo de divulgação e sua aceitação por agência de propaganda, e os frutos deles resultantes constituem, para todos os fins de direito, receita própria da agência”.

Para Renato Rovai, a aprovação do texto agravou o problema. “É uma corrupção legalizada. Nenhum lobby é legalizado no Brasil, mas o BV é”, critica o presidente da Altercom.

A Lei nº 12.232 também foi objeto de polêmicas durante o julgamento da ação penal 470, no caso que ficou conhecido como “mensalão”. Isso porque o texto original da lei permitia que as agências ficassem com o bônus, mas só para contratos futuros. Entretanto, uma mudança feita na Comissão de Trabalho em 2008 estendeu a regra a contratos já finalizados. O fato gerou discordância entre ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ayres Britto chegou a afirmar que as alterações foram feitas para beneficiar os réus do “mensalão”, acusados de peculato referente a desvios de Bvs.

Mudanças
Mudar a legislação, na avaliação do presidente da Altercom, é um passo fundamental para acabar com a prática das bonificações por volume. No entanto, são necessárias mais medidas para reverter o quadro atual da mídia no país. “É preciso mudar a regulamentação e criar um novo marco legal, incluindo as agências”, defende Rovai. Uma das propostas para isso é o Projeto de Lei de Iniciativa Popular para as Comunicações. Criado por organizações populares, o PL visa, dentre outros objetivos, combater o monopólio no setor e garantir mais pluralidade nos conteúdos.

Em seu artigo 18, o projeto propõe que “os órgãos reguladores devem monitorar permanentemente a existência de práticas anticompetitivas ou de abuso de poder de mercado em todos os serviços de comunicação social eletrônica”, citando “práticas comerciais das emissoras e programadoras com agências e anunciantes”. Para se transformar em um projeto de lei, a proposta precisa de um 1,3 milhão de assinaturas.

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