Veja depoimento de hacker que invadiu sistema do TSE e paralisou apuração nas eleições municipais de 2020.


Vladimir Chaves

 


O deputado Felipe Barros foi a Uberlândia/MG ouvir o hacker Marcos Roberto Correia da Silva, que se encontra preso e foi um dos responsáveis pela invasão do sistema do Tribunal Superior Eleitoral no dia das apurações nas eleições municipais de 2020, o depoimento do hacker derruba a narrativa de que as urnas eletrônicas a são seguras. Confira o vídeo.



sábado, 17 de julho de 2021

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EMBRAPII desenvolve filtro capaz de reter vírus em sistemas de ar-condicionado.


Vladimir Chaves


Com a retomada gradual das atividades presenciais ao ambiente de trabalho, aumenta a preocupação em relação ao risco de contágio da Covid-19, principalmente em ambientes sem ventilação com maior risco de transmissão do vírus. Diante desta necessidade, a EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) investiu no projeto da startup Salvar para o desenvolvimento de um filtro para ar-condicionado capaz de eliminar 99,9% de carga viral em ambientes fechados. O equipamento já sendo utilizado em diversas empresas, escolas e instituições baianas e, agora, também em uma linha de ônibus de Salvador.

A iniciativa é uma parceria da empresa Loygus e a Unidade EMBRAPII – Senai Cimatec, que desenvolveu o protótipo de filtro reutilizável para ser instalado em aparelhos de ar-condicionado. A solução atua como barreira no fluxo de ar para reter nanopartículas que tenham tamanhos próximos aos de agentes virais. Com a retenção, é possível evitar que estas partículas se espalhem pelo o ambiente por meio da ventilação artificial.

Atualmente, os modelos de ar-condicionado disponíveis no mercado possuem diferentes tipos de filtros, cada um com seu nível de eficiência, mas apenas atuando como barreira mecânica a poeiras ou partículas maiores suspensas no ar.

Segundo a pesquisadora Bruna Machado, do Senai Cimatec, esta solução vai suprir uma demanda da indústria, já que os equipamentos comerciais não retêm nanopartículas com essas características. “Esse projeto terá um grande impacto para evitar a disseminação de diferentes partículas virais, incluindo o SARS-CoV-2, e dessa forma atuar como uma importante barreira para reduzir contaminações em diferentes ambientes e promover maior segurança para as pessoas”, afirma.

Outro ponto de destaque do projeto é a facilidade para ser implementado na linha de produção e escalável para os diversos modelos de aparelhos de ar-condicionado já existentes, quesitos fundamentais diante do cenário de pandemia.

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Bolsonaro tem evolução clínica satisfatória, diz boletim médico.


Vladimir Chaves



O presidente da República, Jair Bolsonaro, apresentou uma evolução clínica satisfatória, segundo boletim médico divulgado no início da noite pelo Hospital Vila Nova Star, onde está internado, na capital paulista, desde ontem (14). Não há, no entanto, previsão de alta.

“O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, segue internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, mantendo evolução clínica satisfatória. Desta forma, foi retirada a sonda nasogástrica e planeja-se o início da alimentação para amanhã. O presidente segue sem previsão de alta hospitalar”, diz o texto do boletim, assinado por cinco médicos do hospital.

No final da tarde de ontem (15), o presidente usou as redes sociais para informar que não poderia realizar a live, que faz todas as quintas-feiras . Ele também disse que não tinha condições de viajar a Manaus em razão da sua hospitalização. “Por motivo de internação hospitalar, comunico a impossibilidade de realizar a live de hoje bem como nossa ida a Manaus fica adiada”, disse no Twitter.

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, está no hospital acompanhando o presidente. Bolsonaro também recebeu a visita do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Bolsonaro foi para São Paulo por decisão do médico Antonio Luiz Macedo, responsável pelas cirurgias no abdômen do presidente. Ele foi internado na manhã de ontem no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, com uma crise persistente de soluços e mal-estar. Após exames, o presidente foi diagnosticado com um quadro de obstrução intestinal.

Desde o atentado em que recebeu uma facada na campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro já passou por sete cirurgias na região do abdômen para correção das lesões sofridas no intestino.

sexta-feira, 16 de julho de 2021

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Covid: Vacinas entregues pelo Governo Bolsonaro reduz ocupação de UTIs em todos os estados.


Vladimir Chaves

O avanço na distribuição de vacinas pelo Governo Bolsonaro, continua reduzindo as internações de pacientes com Covid-19 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), dados do Ministério da Saúde informam que até ontem, 13 de julho, o Governo Bolsonaro já tinha distribuído 147.335.318 doses em todo o país, e os estados e municípios já vacinaram 115.846.809 pessoas com pelo menos uma dose.

Pela primeira vez desde dezembro de 2020, nenhuma unidade da federação está com mais de 90% desses leitos ocupados. O dado consta do Boletim Observatório Covid-19, divulgado hoje (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Segundo os pesquisadores da Fiocruz, a vacinação tem feito diferença e traz reflexos positivos ao quadro pandêmico à medida que é ampliada.

O boletim mostra que quatro unidades da federação permanecem na zona de alerta crítico, com mais 80% dos leitos ocupados. A pior situação é a de Santa Catarina (82%), seguida por Goiás (81%), Paraná (81%) e Distrito Federal (80%).

A maior parte do país encontra-se na zona de alerta intermediário, em que as taxas de ocupação variam entre 60% e 80%, e sete estados estão na zona de alerta baixo, com menos de 60%: Acre (24%), Amapá (47%), Espírito Santo (55%), Paraíba (39%), Rio de Janeiro (57%), Rio Grande do Norte (55%) e Sergipe (50%).

Entre as capitais, Goiânia é a única com mais de 90% dos leitos ocupados (92%), e a situação também é considerada crítica em Brasília (80%), Rio de Janeiro (81%) e São Luís (81%). De acordo com a Fiocruz, 12 capitais estão fora da zona de alerta: Porto Velho (57%), Rio Branco (24%), Belém (48%), Macapá (52%), Natal (53%), João Pessoa (40%), Recife (50%), Maceió (55%), Aracaju (50%), Salvador (52%), Vitória (54%) e Florianópolis (53%). As demais estão na zona de alerta intermediário.

O relatório destaca ainda que os indicadores de incidência e mortalidade da covid-19 no país estão em queda pela terceira semana seguida.

quarta-feira, 14 de julho de 2021

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Aprovado projeto que reduz candidaturas por partido ao Legislativo.


Vladimir Chaves



O Senado aprovou o projeto de lei que reduz o limite máximo de candidaturas que podem ser registradas por partido para eleições de cargos nos legislativos municipal, estadual e federal. O texto agora vai à análise da Câmara dos Deputados.

O projeto altera a lei eleitoral para limitar o registro total de candidaturas de cada partido para os cargos proporcionais em todas as esferas eleitorais até 100% dos lugares a preencher.

Atualmente, de acordo com a Lei 9.054, de 1997 (que define as normas gerais para as eleições), a quantidade de candidatos que podem ser registrados aos cargos no legislativo (Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais) é estipulada com base no número de lugares a serem preenchidos para cada cargo. A regra geral é que os partidos políticos possam registrar até o limite de 150% do número de vagas abertas. Então, numa eleição com 30 vagas, cada partido poderá registrar até 45 candidatos (150%) para aquele cargo.

O projeto aprovado, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), reduz esse limite de candidaturas de 150% para 100%, mais um, do número de vagas a serem preenchidas.

Pela lei atual, nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados for até 12, esse limite chega a 200% das vagas. E nos municípios de até 100 mil eleitores o limite também é de 200% para cada partido ou coligação. 

Pelo texto aprovado, nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara dos Deputados não exceder a 18, cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual ou Distrital no total de até 150%  das vagas. Esse limite será o mesmo nos municípios com até 100 mil eleitores - mas para cada partido, sem fazer menção a coligações.

"Candidaturas fortes"

A intenção do PL, de acordo com Ciro Nogueira, é evitar "candidaturas desnecessárias", impedir possíveis fraudes (candidatos laranjas) e permitir a melhor distribuição dos recursos para financiar as campanhas.

 

“A proposta também força os partidos a lançarem candidaturas fortes, com reais chances de êxito, e, dessa forma, procura-se fortalecer a qualidade dos quadros partidários e o valor do sistema democrático representativo”, argumenta o autor do PL.

Ciro Nogueira diz na justificativa do projeto que, com a proibição das doações privadas para as eleições e a posterior criação do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), houve um descompasso na distribuição de recursos entre os candidatos de cada partido.

“Os candidatos e as candidatas que dependiam do financiamento privado para conduzirem suas campanhas sofreram profundo impacto. Atualmente, eles dependem de pequenas doações de pessoas físicas ou do aporte de seus partidos para possibilitar a condução de uma campanha com chances reais de êxito. Ocorre que os recursos emanados do Fundo Especial não atendem de forma equânime e suficiente para se atingir um número significativo de candidatos, e isso se deve muito ao número excessivo de candidaturas lançadas pelos partidos”.

“Assim, na maioria das vezes, essas candidaturas já são lançadas sabendo-se que não são candidaturas plausíveis ou que geram uma expectativa de êxito. Daí abre-se uma janela, até mesmo, para o lançamento de candidaturas laranjas ou de preenchimento de vagas somente para o fim de determinado partido não ficar defasado em relação ao seu concorrente”, acrescentou.

Anastasia concorda com Nogueira. "A redução do número de candidatos ao número de cadeiras em disputa inibe, inegavelmente, a possibilidade de lançamento de candidaturas artificiais ou de atrativo eleitoral reduzido", disse no relatório. Ele acrescentou que a proposição tem ainda o mérito de retirar do art. 10 da Lei 9.504 a referência a coligações — adequando, portanto, o texto à Constituição Federal (que veda, na Emenda Constitucional 97, de 2017, as coligações em eleições proporcionais).

Registro de candidaturas

Ainda pela Lei 9,054, do número de vagas resultante das regras previstas, cada partido ou coligação preencherá o mínimo de 30% e o máximo de 70% para candidaturas de cada sexo.

No caso de as convenções para a escolha de candidatos não atingirem o número máximo de candidatos, os órgãos de direção dos partidos poderão preencher as vagas remanescentes até 30 dias antes das eleições.

O prazo para o registro de candidaturas começa a partir do dia em que o partido realiza a convenção partidária – que deve ocorrer entre 10 e 30 de junho do ano eleitoral. A data final para o registro é 5 de julho do ano da eleição.

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Bolsonaro sente dores e é internado em hospital de Brasília, para realizar exames.


Vladimir Chaves

 


O presidente Jair Bolsonaro passou mal e foi levado, na madrugada desta quarta-feira (14), ao HFA (Hospital das Forças Armadas), em Brasília. Ele acabou internado para fazer exames. Segundo pessoas próximas ao chefe do executivo e fontes do Palácio do Planalto, “está bem”.

Ainda não há confirmação oficial dos motivos que o levaram à unidade de saúde.

Nos últimos dias, o presidente tem convivido com um soluço persistente. Em 9 de julho, ele voltou a reclamar do problema a apoiadores em frente ao Palácio do Alvorada. “Estou há sete dias soluçando e tenho dois discursos hoje e um amanhã, portanto não vou falar muito. Estou poupando aqui falar.”

Em meados de abril, Bolsonaro revelou que teria de passar por nova cirurgia para corrigir uma hérnia. Trata-se da sétima operação do chefe do executivo federal após a facada que sofreu em setembro de 2018, durante a campanha eleitoral. A confirmação de que o presidente terá de ser mais uma vez internado ocorreu durante conversa com apoiadores, na entrada do Palácio da Alvorada.

“Talvez, neste ano, mais umazinha aí. Mas é tranquilo, hérnia. Eu tenho uma tela aqui na frente, está saindo o bucho pelo lado. Então, tenho que botar uma tela do lado também”, afirmou, na ocasião.

Após sofrer uma facada de Adélio Bispo, Bolsonaro passou por uma cirurgia em Juiz de Fora (MG), onde estava fazendo campanha na eleição para a Presidência. Quarenta e oito horas depois, ele teve de ser submetido a uma operação para reconstrução do trânsito intestinal. Há quase dois anos o presidente também retirou uma hérnia que se formou na cicatriz da cirurgia no intestino. Em setembro do ano passado, removeu um cálculo na bexiga.

Nota

O Presidente da República, Jair Bolsonaro, por orientação de sua equipe médica, deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA),em Brasília, nesta quarta-feira (14) para realização de exames para investigar a causa dos soluços.

Por orientação média, o presidente ficará sob observação, no período de 24 a 48 horas, não necessariamente no hospital. Ele está animado e passa bem. 

Secretaria Especial de Comunicação Social.


Fonte: Agora noticias.

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Tratamento precoce: Cientista brasileiro ganha apoio internacional após perseguição


Vladimir Chaves

 



Nesta terça-feira (13 de julho), o Dr Paolo Zanotto, professor da USP - Universidade de São Paulo, será réu em um julgamento atípico idealizado por uma comissão no ICB - Instituto de Ciências Biomédicas, da universidade.

O objetivo da comissão é avaliar a conduta e possivelmente penalizar Zanotto por sua defesa das diversas possibilidades de tratamentos para a COVID-19, como os cocktails que incluem ivermectina e hidroxicloroquina, medicamentos baratos, genéricos e sem patentes, que vem constantemente demonstrando eficácia contra a doença causada pelo vírus Sars-Cov-2, como a recente Revisão Sistemática com meta-análise, o mais alto nível de evidência científica, revisada por pares e publicada na revista científica American Journal of Therapeutics, que demonstrou redução significativa de mortalidade com a ivermectina.

Além de diversas correspondências brasileiras para a universidade, a comunidade internacional de cientistas de alto nível tem se mobilizado em defesa de Zanotto, como a carta enviada pelo Dr David Wiseman, cientista de Dallas, EUA, e assinada por diversos nomes importantes, com o professor Dr Harvey Risch, epidemiologista e professor da universidade de Yale, que recentemente apresentou todas as evidências científicas da hidroxicloroquina para combater a COVID-19, em um seminário médico no Instituto Mediterranée Infection, um dos mais conceituados centros de pesquisa da Europa.

Leia a carta inteira aqui.

Na carta, Wiseman faz observações. “A oposição ao tratamento precoce utilizando, por exemplo, hidroxicloroquina (HCQ) ou ivermectina (IVM) é largamente baseado em estudos com falhas graves”, afirmou.

Na sequência, Wiseman demonstrou falhas grosseiras no estudo da ivermectina feito na Colômbia, e publicado na Journal of the American Medical Association. Este estudo já foi alvo de escrutínio por mais de 100 cientistas, que apontaram seus erros e enviaram uma carta para a redação do periódico científico.

Na carta, Wiseman pede pela não ideologização dos tratamentos. "A política partidária não tem qualquer papel na ciência do Covid-19. Esta carta não pretende servir de apoio ou oposição a qualquer partido político ou indivíduo no Brasil, ou noutro lugar", afirmou.

Assinada por 35 pessoas, inclui mais pesos pesados da ciência mundial, como o professor Dr Hector Carvallo, da Argentina, Dr Joseph Ladapo, professor de medicina da David Geffen School of Medicine, da Universidade da Califórnia, Dr Russell Gonnering, professor de medicina no Medical College of Wisconsin, Dr Paul E. Alexander, especialista canadense em medicina baseada em evidências, além de alguns cientistas brasileiros, como a Dra Claudia Paiva, professora de imunologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Gustavo Carvalho, professor de medicina na Universidade Federal de Pernambuco, e Dra Marina Bucar, brasileira radicada na Espanha, professora de medicina na Universidad CEU San Pablo, em Madrid.

Segunda carta vem de um professor da University of Texas, Rio Grande Valley

Leia a carta inteira aqui.

Encabeçada pelo professor Dr. Eleftherios Gkiouleka, a carta comenta, além das evidências científicas, sobre os ataques que o professor da USP tem sofrido. "Recomendo fortemente que apoie a liberdade acadêmica de cientistas como o Dr. Paolo Zannoto, que o apoiem, pois ele está atacado por interesses corporativos e políticos que não têm o melhor interesses do povo brasileiro em mente", afirmou.

A carta de Gkiouleka é também assinada pelo Dr Vladimir Zelenko, um dos autores de um estudo da hidroxicloroquina que encontrou resultados significativos de eficácia, com um cocktail que envolvia HCQ, azitromicina e zinco, revisado por pares e publicado no periódico International Journal of Antimicrobial Agents.

Defesa cerceada

No julgamento que ocorrerá as 9h00, o direito à defesa está sendo suprimido. "Acredito que esta reunião só deva acontecer com a presença de advogados e que eles possam se expressar", protestou Zanotto. Além disso, ele fez outra demanda para a comissão: que a reunião seja aberta e transmitida ao vivo, já que não será presencial, mas sim por videoconferência.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

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Exposição fotográfica defende preservação do patrimônio Art Déco campinense


Vladimir Chaves



Mostrar as belezas da arquitetura Art Déco de Campina Grande e alertar para a necessidade de preservação e valorização desse importante patrimônio. Esses são alguns dos objetivos do projeto “Déco em Movimento”, de autoria do jornalista e fotógrafo Jorge Barbosa, que tem como produto final a realização de uma exposição fotográfica. A mostra está marcada para o dia 30 de julho, na Galeria de Artes Irene Medeiros, no Teatro Municipal Severino Cabral.

O projeto foi contemplado pela Lei Emergencial Cultural Aldir Blanc do Governo Federal (Lei 14.017/2020), por meio do Edital de Artes Visuais 006/2020, lançado pela Prefeitura de Campina Grande, através da Secretaria Municipal de Cultura. São 15 imagens documentais que compõem a contrapartida social. As fotografias atestam as belezas e o valor do patrimônio arquitetônico das principais ruas do Centro de Campina Grande e que tem sobrevivido com dificuldade às transformações urbanas.

“As imagens foram produzidas esse ano e fazem uma abordagem de sobrevivência, onde a ideia de movimento impressa nas fotografias enfatiza a resistência desse patrimônio diante do tempo, das adversidades e das transformações urbanas. Por outro lado, o projeto propõe a criação de um movimento em defesa da preservação do patrimônio Art Déco da cidade”, comentou Jorge Barbosa.

O projeto Déco em Movimento prevê a realização de debates envolvendo o poder público, as universidades e demais entidades relacionadas, tendo como tema principal a preservação e revitalização do patrimônio Art Déco. Os debates serão de forma presencial e por videoconferência, como o último realizado com alunos e professores do curso de Design da Faculdade Rebouças de Campina Grande, no último dia 04 de junho.

A exposição tem a proposta principal de mostrar a sobrevivência deste estilo arquitetônico diante do tempo, do crescimento urbano e da velocidade das mudanças. Para tanto, as imagens foram produzidas em “longa exposição”, de modo a criar efeitos de movimento na fotografia, através da luz. Serão 15 fotografias coloridas no tamanho 90x60cm, reveladas no sistema “lab químico”, em papel fotográfico e emolduradas.

 

 

 

Para a execução do projeto, o fotógrafo Jorge Barbosa contou com a consultoria do arquiteto Ítalo Tavares e do historiador Thomas Bruno, além da produção e consultoria em acessibilidade da professora Cristianne Melo. A exposição vai fornecer legendas em braille e audiodescrição das imagens para o público com deficiência visual ou baixa visão. O projeto conta com o apoio das empresas “MegaAlbum” e da “FazAqui Impressões Digitais”.

Sobre o autor

O proponente do projeto Déco em Movimento é o jornalista e fotógrafo campinense Jorge Barbosa. Formado em Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), Jorge possui mais de 20 anos dedicados à fotografia documental.

Trabalhou como repórter nos principais jornais do estado, como Correio da Paraíba, Jornal da Paraíba e Diário da Borborema. Também atuou em veículos de comunicação nos estados do Ceará, Bahia e no Distrito Federal. Após abandonar as redações, passou a atuar como fotojornalista freelancer, desenvolvendo reportagens para jornais e revistas como Jornal do Brasil e National Geographic Brasil.

Jorge Barbosa produziu projetos de fotografia documental em países como Bolívia, Peru, Austrália e Estados Unidos, onde em 2014 venceu o concurso "Essex Parks Photography Contest", promovido pelo governo do Estado de Nova Jersey.

Em outubro do ano de 2017 Jorge Barbosa realizou sua primeira exposição individual, intitulada “Campina 153”. Foi uma homenagem aos 153 anos da cidade de Campina Grande. A mostra foi composta por 25 imagens que abordaram as belezas naturais, os cartões postais, a cultura e a arquitetura da Rainha da Borborema. Permaneceu quatro meses em cartaz no Museu de Artes Assis Chateaubriand.

Saiba mais sobre Art Déco


O Art Déco surgiu na França, na primeira metade do Século XX. Teve como marco principal a “Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas”, ocorrida em 1925, em Paris. Foi definido como um estilo decorativo que absorveu influência de outros estilos, compartilhando características com movimentos contemporâneos. Em suma, o Art Déco foi um estilo que tentava exteriorizar um espírito moderno em forma de arte decorativa.

No mesmo período, o Art Déco influenciou vários artistas brasileiros, mas o maior destaque mesmo ficou na arquitetura, onde várias cidades brasileiras passaram a comportar edificações importantes. Uma preocupação levantada na Semana de Arte Moderna de 1922 foi a inserção de características nacionais ao estilo.

Cidades como Rio de Janeiro e Goiás alcançaram grande expressividade. No Nordeste, além das cidades de Recife e João Pessoa, Campina Grande também se destacou ao adotar o estilo. Entre outros estilos que surgiram na época, foi o Art Déco que teve maior destaque no contexto local, difundido largamente entre os anos 1930 e 1940, principalmente durante os governos do prefeito Vergniaud Wanderley (1935- 1938 e 1940-1945).

E assim, durante o processo de desenvolvimento urbano de Campina Grande naquele período, através de obras de saneamento e melhorias estéticas, o Art Déco se apresentou como a principal linguagem, praticamente exclusiva. Isso resultou em um dos maiores acervos arquitetônicos do estilo no país. Para esse estilo característico da cidade, foi apresentada pela historiadora Lia Mônica Rossi a nomenclatura de Art Déco Sertanejo.

O único projeto de preservação dessa arquitetura em Campina Grande aconteceu no final da década de 1990, o “Campina Déco”. Foi idealizado e executado pela Prefeitura de Campina Grande. Várias ações foram tomadas, mas abrangeu apenas a rua Maciel Pinheiro e parte da Venâncio Neiva. Incluiu a regulamentação das placas e propagandas (que foram retiradas das fachadas), recuperação das calçadas, remoção dos postes e implantação da fiação subterrânea, além da revitalização das fachadas e implantação de mobiliário urbano de acordo com o estilo Art Déco.

Houve apenas uma etapa do Campina Déco e as gestões seguintes não deram prosseguimento. Desde então muito do patrimônio se perdeu e o que resta corre risco de desaparecer. As publicidades e placas de lojas estão cobrindo as fachadas em várias ruas e muitas das regras estabelecidas na época não são mais seguidas.

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