Brasil na batalha invisível contra as trevas


Vladimir Chaves

O Brasil atravessa um período delicado que vai muito além das crises políticas, econômicas ou sociais. O que se observa é um ataque espiritual sem precedentes. Satanás tem se levantado para semear mentiras, injustiças, divisões e desânimo, buscando desviar o povo de Deus do caminho da verdade. Esse conflito se manifesta na degradação de valores, na corrupção, na injustiça institucionalizada, na violência e na infiltração de ideologias que afrontam os princípios bíblicos.

"Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim poderosas em Deus, para destruição das fortalezas; destruindo raciocínios e toda altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo entendimento à obediência de Cristo." 2 Coríntios 10:4-5

Este versículo nos ensina que a verdadeira luta não é travada com argumentos humanos, mas com fé, oração e obediência à Palavra de Deus.

O momento atual é uma prova para o Brasil e os cristãos têm o dever de unir-se em oração, discernimento e ação espiritual, resistindo à potestade das trevas que tenta dominar corações, mentes e instituições. A fé deve ser mantida, não como um refúgio passivo, mas como uma força ativa que clama por justiça, verdade e libertação.

A esperança é uma certeza fundamentada em Deus. Ainda que a nação pareça imersa em trevas, a luz da verdade jamais será apagada. O Senhor promete não abandonar o seu povo e garantir a vitória sobre as forças malignas.

"Levanta-te, resplandece, porque é chegada a tua luz, e a glória do Senhor nasce sobre ti." Isaías 60:1

Portanto, a crise atual não deve ser motivo de desânimo, mas um chamado à vigilância e à ação espiritual. O Brasil está sendo colocado à prova, e somente aqueles que permanecerem firmes na fé e na unidade em Cristo serão instrumentos de libertação, capazes de transformar trevas em luz e estabelecer a verdade em meio à confusão.

sábado, 13 de setembro de 2025

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As sete tochas e o exercício do nosso espírito


Vladimir Chaves


“Diante do trono ardiam sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.” Apocalipse 4:5

Essas sete tochas representam a plenitude do Espírito Santo, descrito em Isaías 11:2 como Espírito de sabedoria, entendimento, conselho, fortaleza, conhecimento, temor do Senhor e o próprio Espírito do Senhor. Não são sete Espíritos diferentes, mas um único Espírito manifestado em plenitude, sete vezes intensificado.

Quando exercitamos o nosso espírito em oração, adoração e comunhão com Deus, nos tornamos um com esse Espírito sete vezes intensificado. É como se o fogo das sete tochas começasse a queimar dentro de nós. Esse fogo não apenas ilumina o caminho, mas também purifica, fortalece e desperta uma experiência mais intensa com Deus.

Esse exercício do espírito não é um esforço natural, mas uma abertura diária para a ação do Espírito Santo. Quando oramos, buscamos a Palavra e nos rendemos à vontade de Deus, estamos permitindo que o Espírito arda em nós como uma chama que não se apaga.

As sete tochas diante do trono, portanto, não são apenas uma visão celestial distante, mas uma realidade disponível para nós hoje. Quanto mais exercitamos nosso espírito, mais experimentamos esse fogo que vem de Deus, até que toda a nossa vida se torna um reflexo da luz do Espírito diante do mundo.

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Erika Kirk: Quando a dor se transforma em grito de fé


Vladimir Chaves

Em meio à dor mais profunda que uma esposa pode carregar, Erika Kirk ergueu sua voz em clamor: “A guerra espiritual é real.” Essas palavras, ditas com o coração marcado pela perda do marido, Charlie Kirk, assassinado brutalmente por um extremista de esquerda, ecoam como um grito de guerra que ressoará em todo o mundo.

O diabo pensa que a morte pode interromper o avanço da verdade, mas, na realidade, ela apenas a torna ainda mais poderosa. Foi assim nos dias da igreja primitiva, quando os cristãos perseguidos afirmavam com convicção: “O sangue dos mártires é a semente da igreja.” Quanto mais o mal tenta sufocar a luz, mais forte a chama da fé se levanta.

Erika não fala apenas como viúva, mas como uma guerreira da fé. Com coragem impressionante, declarou: “Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios 15:57). O inimigo quer silenciar a voz dos filhos de Deus porque teme o poder que carregam, mas não pode impedir que a verdade floresça, mesmo em meio às cinzas.

Charlie Kirk não apenas pregava uma mensagem — ele encarnava um propósito e um chamado. E por viver essa verdade até o fim, pagou com a própria vida. Assim como ele, cada cristão precisa entender que seguir a Cristo custa tudo. Mas não há motivo para temer: a vitória já foi conquistada na cruz.

A batalha espiritual não começou ontem; ela atravessa milhares de anos de história. A questão que permanece diante de cada geração é simples e inevitável: de que lado você está? Vai se esconder com medo ou vai se levantar para lutar?

O mundo clama por respostas, e Deus espera pelo seu "sim". Pois quando um servo cai, outro se levanta. A voz que tentaram silenciar em Charlie Kirk agora ressoa ainda mais forte através do testemunho vivo de Erika — e de todos aqueles que não se calam diante das trevas.

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“Para que você aprendesse a ouvir a minha voz”


Vladimir Chaves

Quantas vezes nos perguntamos por que precisamos passar por dores, perdas e provações? A alma clama em meio ao sofrimento: “Senhor, por que eu?”. A resposta de Deus, no entanto, não aponta para o acaso ou para a injustiça, mas para um propósito: as provações não são castigos, mas escolas espirituais onde aprendemos a ouvir a voz d’Ele.

A Palavra afirma: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz perseverança” (Tiago 1:2-3). O sofrimento não vem para nos destruir, mas para nos moldar. A fé que não é provada continua imatura; mas a fé testada torna-se firme como o ouro refinado no fogo (1 Pedro 1:7).

Muitas vezes nos tornamos surdos à voz de Deus, mas é no deserto que Ele cala as distrações e nos ensina a depender somente d’Ele. Foi assim com Israel: antes de entrar na Terra Prometida, tiveram que atravessar o deserto para aprender que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca do Senhor” (Deuteronômio 8:3).

Deus permite que enfrentemos vales sombrios para que nossos ouvidos espirituais sejam abertos. Jó, após perder tudo, não apenas ouviu falar de Deus, mas declarou: “Com o ouvir dos meus ouvidos ouvi, mas agora te veem os meus olhos” (Jó 42:5). O sofrimento o levou a uma experiência mais profunda e íntima com o Senhor.

Assim também é conosco. As lágrimas que derramamos são o terreno onde a voz de Deus ecoa mais nítida. Ele nos chama à confiança, à rendição e ao aprendizado. Quando tudo parece ruir, percebemos que a única voz que resta ouvir é a d’Ele, e descobrimos que essa voz sempre foi suficiente.

Portanto, quando questionamos: “Por que, Senhor, tive que passar por isso?”, a resposta do céu ecoa com ternura e firmeza: “Para que você aprendesse a ouvir a minha voz”.

E, uma vez que aprendemos a ouvir, não somos mais os mesmos. Caminhamos mais firmes, falamos com mais sabedoria, vivemos com mais fé e aprendemos a descansar na certeza de que a voz de Deus não apenas nos guia, mas também nos sustenta.

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem” (João 10:27).

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

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Deus não nos julgará pelas nossas leis e padrões de vida, seremos julgados pelas leis Dele


Vladimir Chaves

Nem tudo que parece certo aos nossos olhos tem a aprovação de Deus, nos tempos atuais a sociedade tem relativizado isso, tentando normaliza o que a Palavra chama de pecado e ainda aplaude quem se rebela contra o Criador. Mas a Escritura é clara: “Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte” (Provérbios 14:12). O que parece certo aos nossos olhos não tem valor diante do justo Juiz.

O ódio, a mentira, a luxúria, a imoralidade sexual, a idolatria e a embriaguez podem até ser defendidos como “liberdade” pelos homens, mas diante de Deus são obras da carne que afastam o homem do Seu Reino. O apóstolo Paulo advertiu: “Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Coríntios 6:9-10).

Não haverá tribunal humano capaz de alterar o decreto divino. A sentença não será baseada em constituições terrenas, mas na Palavra eterna. Jesus disse: “Aquele que me rejeita, e não recebe as minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia” (João 12:48).

Portanto, ignorar a Bíblia, negligenciar seus ensinamentos e viver conforme os padrões deste mundo é cavar a própria condenação. O caminho mais seguro é o da obediência: “Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos” (Tiago 1:22).

O amor de Deus nos oferece a graça em Cristo, mas sua justiça não será corrompida. O mesmo Deus que perdoa o arrependido condenará o obstinado no pecado. Por isso, conhecer e praticar a Palavra é o caminho mais prático, e o único seguro, para não ser condenado.

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Coríntios 5:10).

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Aceito perder qualquer coisa, menos a presença de Deus. Para mim Deus é tudo!


Vladimir Chaves

Posso dizer com toda certeza: já perdi muitas coisas na vida. Já vi portas se fecharem, já senti pessoas se afastarem, já experimentei decepções que me fizeram chorar em silêncio. Mas, em meio a tudo isso, aprendi uma lição que carrego comigo: nada é mais precioso do que a presença de Deus.

Se eu tiver o Senhor comigo, ainda que tudo ao redor pareça estar em ruínas, tenho paz, esperança e forças para continuar. Foi isso que Moisés entendeu quando disse: “Se a tua presença não for conosco, não nos faças subir daqui” (Êxodo 33:15). Eu também cheguei a essa conclusão: de que adianta conquistar o mundo se eu perder a presença d’Ele?

Davi, em seu arrependimento, clamou: “Não me lances fora da tua presença, e não retires de mim o teu Espírito Santo” (Salmo 51:11). Esse é exatamente o meu clamor. Posso suportar perdas materiais, posso enfrentar a rejeição, mas não suportaria viver longe do Senhor.

Paulo declarou que tudo o que tinha era perda diante do valor de conhecer a Cristo (Filipenses 3:7-8). E hoje eu entendo isso na prática. Para mim, Deus não é apenas parte da vida, Ele é a própria vida. Ele é o ar que respiro, a razão da minha esperança, o amigo que não me abandona.

Por isso afirmo: aceito perder qualquer coisa, menos a presença de Deus. Para mim, Deus é tudo! Sem Ele, eu nada sou, mas com Ele, mesmo no deserto, encontro forças para florescer.

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

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Charlie Kirk: um jovem ousado que só se curvou a Deus


Vladimir Chaves

A morte de Charlie Kirk não pode ser lida apenas como o fim de uma trajetória pessoal, mas como uma convocação para todos aqueles que professam fé em Cristo. Ele não foi um mero ativista político, mas um homem que ousou confrontar a pressão cultural com firmeza bíblica. Fundador da Turning Point USA aos 18 anos, Kirk compreendeu cedo que a guerra das ideias não é neutra: ou se avança com convicção, ou se é engolido pela maré do silêncio e da acomodação.

Sua vida mostrou que não há compatibilidade entre a neutralidade e a fidelidade à Palavra de Deus. Neutralidade, nesse tempo, é cumplicidade. Kirk entendeu que o cristão é chamado a ocupar espaços: universidades, púlpitos, famílias, arenas políticas, como sal e luz. Se pastores se calam, se pais abrem mão de ensinar seus filhos a respeito da verdade, a cultura não fica vazia: ela é invadida por ideologias esquerdistas que relativizam o casamento, desprezam a vida e transformam a fé em algo irrelevante.

Por isso, seu legado não pode ser reduzido a homenagens póstumas. Ele é um alerta vivo de que coragem é a marca distintiva do cristão fiel. Pastores precisam deixar de lado o medo da rejeição e proclamar a autoridade das Escrituras com clareza. Famílias devem assumir o dever de formar filhos que não se envergonhem de defender a verdade. Jovens precisam erguer a bandeira do Evangelho em seus contextos sem medo da rotulagem cultural.

Charlie Kirk foi exemplo porque se recusou a viver no conforto do silêncio. Ele foi marido, pai, líder, mas acima de tudo, foi fiel ao chamado de não se dobrar diante das pressões de um tempo hostil. Sua voz ecoa ainda: “O futuro pertence àqueles que se recusam a ficar em silêncio”.

A questão que nos resta é: seguiremos calados, esperando que outros ocupem o lugar que nos cabe, ou responderemos ao chamado que ele encarnou com sua vida? O legado de Kirk é convocação. Deus nos colocou neste tempo para que, com coragem, proclamemos a verdade de Cristo. Não é hora de recuar. É hora de levantar.

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O vazio da religiosidade sem a Palavra


Vladimir Chaves

Precisamos reconhecer o valor da Bíblia, pois ela é a revelação da vontade de Deus e a lâmpada que guia nossos passos (Sl 119:105). Quando substituímos a Palavra por tradições humanas, discursos motivacionais ou experiências emocionais, corremos o risco de viver uma religiosidade vazia e sem frutos.

Em Apocalipse 22:12, Jesus alerta que voltará para recompensar a cada um segundo as obras. Isso mostra que não basta carregar o título de “crente”; é preciso dar frutos verdadeiros. E como discernir o que agrada a Deus sem conhecer as Escrituras? O Pai busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade (Jo 4:23), mas isso só é possível quando temos a Palavra como fundamento.

A religiosidade sem frutos foi simbolizada pela figueira que tinha folhas, mas não fruto (Mc 11:13-14). Da mesma forma, práticas religiosas sem o conhecimento da Bíblia se tornam apenas aparência. Quem constrói a fé sem a Palavra está sobre areia, e não resistirá no dia da prova (Mt 7:26-27).

Se esperamos Aquele que vem em breve (Ap 22:7,12), precisamos nos firmar naquilo que já foi revelado. Sem a Escritura não há adoração verdadeira, nem frutos consistentes. A Bíblia é espada, alimento e vida; dela depende a diferença entre uma fé aparente e uma fé que permanece para a eternidade.

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Amar Cristo é viver as Escrituras


Vladimir Chaves

Jesus disse em João 14:23: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. Esse versículo revela de forma incontestável que o amor a Cristo não é um discurso vazio, nem uma emoção passageira. Amar a Cristo significa viver em obediência à Sua Palavra. E essa Palavra não é outra senão a Bíblia, a revelação escrita de Deus para nós.

Não se pode guardar aquilo que não se conhece. Muitos afirmam amar Jesus, mas não dedicam tempo à leitura da Bíblia. Como obedecer ao que nunca foi lido? Como viver aquilo que não se compreende? Amar a Cristo exige um compromisso diário de conhecer as Escrituras, estudá-las, meditá-las e aplicá-las. O cristão que não se alimenta da Palavra está espiritualmente desnutrido e corre o risco de viver uma fé distorcida, baseada em achismos, tradições ou modismos religiosos.

A promessa, porém, é gloriosa. Aos que amam e guardam a Palavra, o próprio Deus faz uma aliança de habitação: “meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada”. Não se trata de uma visita ocasional, mas de uma presença constante. O Pai e o Filho, pelo Espírito Santo, fazem da vida do crente obediente o seu templo.

Vivemos dias em que muitos buscam experiências extraordinárias, revelações novas e palavras proféticas, mas negligenciam o que já foi revelado nas Escrituras. O evangelho tem sido relativizado, e a obediência trocada por conveniência. Contudo, o ensino de Cristo permanece firme: não há amor verdadeiro sem obediência, e não há obediência sem conhecimento da Palavra.

Amar a Cristo é amar a Bíblia. Amar a Cristo é submeter-se às Escrituras. Amar a Cristo é viver aquilo que Deus já nos falou. Somente assim seremos verdadeiramente morada de Deus.

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O diabo é tão astuto que nem precisa tirar pessoas da igreja...


Vladimir Chaves

O inimigo já percebeu que não precisa arrancar você do templo para matar sua fé. Basta colocar alguém ao seu lado que roube sua força, que desvalorize sua busca por Deus e que coloque dúvida no seu coração. Isso é mais eficaz do que perseguição aberta, porque destrói por dentro, sem que você perceba.

É assim que muitos permanecem sentados nos bancos da igreja, mas espiritualmente mortos. Paulo foi claro: “As más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15:33). O problema não está só “lá fora”, está nas vozes que você escolhe ouvir. Muitas vezes não é o diabo gritando, é alguém sussurrando ao seu lado, travestido de amigos e até familiares, minando sua fé.

E aqui está a verdade dura: se você dá mais ouvidos a quem desanima do que à voz do Bom Pastor (Jo 10:27), você já está sendo vencido. O diabo não precisa te tirar da igreja, porque já conseguiu te neutralizar dentro dela.

É hora de discernir. Quem te aproxima de Deus, fortalece sua fé. Quem te afasta, mesmo que minimamente, está servindo de instrumento para o inimigo. João advertiu: “Provai os espíritos” (1 Jo 4:1). Quem não prova, acaba sendo enganado.

Ou você aprende a vigiar, ou será apenas mais um corpo presente nos cultos e uma alma ausente diante de Deus.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

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Avançar confiando no poder de Deus


Vladimir Chaves

Pedro só andou sobre as águas porque saiu do barco, e essa cena é uma das maiores lições sobre fé. Crer não é esperar passivamente que Deus nos carregue, mas ter coragem de obedecer à sua voz e avançar mesmo diante do impossível. O barco simboliza a zona de conforto; foi ao deixá-lo que Pedro experimentou o sobrenatural (Mateus 14:29).

Muitos confundem fé com comodismo, como se confiar fosse apenas pedir. Na verdade, fé é ação, é dar passos mesmo quando as circunstâncias parecem contrárias. Paulo nos lembra: “Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2 Timóteo 1:7). O medo paralisa, mas a fé nos move.

Avançar em confiança não significa ignorar os riscos, mas acreditar que Deus é maior que qualquer ameaça. Josué ouviu: “Esforça-te, e tem bom ânimo... porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Josué 1:9). O chamado de Deus não é para a inércia, mas para o movimento.

Assim, a fé que agrada a Deus não apenas pede, mas se lança. É coragem em meio ao mar revolto, confiança em meio ao vento forte. Foi assim com Pedro, e será assim conosco: milagres só acontecem quando ousamos sair do barco.

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Igreja que ensina mundo que se converte


Vladimir Chaves

A frase de Billy Grana: “Quando a igreja entender que pregação não é barulho e sim ensinamento, teremos mais convertidos do que emocionados”, revela a necessidade de resgatar a essência da pregação. Paulo já alertava: “Prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina” (2Tm 4:2). A ênfase não está no espetáculo, mas no ensino sólido.

Quando a pregação se reduz ao barulho, cria-se um ambiente de emoção passageira. Muitos se emocionam em um culto, mas sem raiz acabam se afastando. Jesus explicou isso na parábola do semeador: “Recebem a palavra com alegria, mas não têm raiz; creem por algum tempo, mas na hora da provação se desviam” (Lc 8:13).

O ensino verdadeiro vai além da emoção: gera fé e transformação. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Rm 10:17). O próprio Jesus pregava com autoridade, e o povo se admirava não do barulho, mas da clareza de sua doutrina (Mc 1:22).

O risco de sermões performáticos é formar discípulos superficiais. Paulo combateu isso em Corinto, afirmando: “Minha pregação não consistiu em palavras persuasivas, mas em demonstração do Espírito e de poder” (1Co 2:4-5). O poder não está no tom da voz, mas na Palavra que convence e liberta.

Quando a igreja voltar ao ensino fiel das Escrituras, veremos menos seguidores movidos pela emoção e mais vidas transformadas pela verdade. Como disse Jesus: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8:32).

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O chamado e a responsabilidade dos presbíteros


Vladimir Chaves

O presbítero é chamado por Deus para ser um ancião espiritual, alguém que, pela maturidade e exemplo de vida, guie o rebanho em amor, sabedoria e serviço. A Bíblia mostra que presbíteros devem ser homens de caráter irrepreensível, sóbrios, piedosos e prontos a servir, não a buscar reconhecimento humano (1Tm 3:1-7; Tt 1:6-9).

No entanto, infelizmente, nem todos honram esse compromisso. Existem presbíteros que só aparecem nas igrejas quando há eventos em que podem ser vistos como “estrelas”, que gostam dos aplausos e da visibilidade, mas se ausentam quando o assunto é trabalho, oração e cuidado com as almas. Esse comportamento revela mais desejo de palco do que de altar.

Outro sinal preocupante é a falta de comunhão. Há presbíteros que entram na igreja e sequer saúdam os irmãos. Esquecem-se de que o chamado não é para ocupar um lugar de destaque, mas para ser exemplo no amor, na humildade e na hospitalidade (1Pe 5:1-3).

Um presbítero que não serve, que não ama e que não se importa com as ovelhas, perde de vista o verdadeiro propósito do ministério. Jesus não chamou líderes para serem celebridades espirituais, mas para serem servos do rebanho, dispostos a dar a vida pelas ovelhas, assim como Ele mesmo fez (Jo 10:11).

A Bíblia é clara ao repreender tais atitudes:

“Ai dos pastores de Israel, que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas?” (Ezequiel 34:2).

“Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.” (Filipenses 2:3).

Portanto, todo presbítero precisa lembrar:

O compromisso é com Deus, não com os holofotes.

A honra está no serviço humilde, não no reconhecimento humano.

O chamado exige presença, cuidado e exemplo, não apenas aparições em momentos de destaque.

Que cada presbítero examine a si mesmo diante do Senhor e busque ser um verdadeiro servo fiel, porque “a quem muito é dado, muito será exigido” (Lc 12:48).

“Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2:7)

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O propósito de Deus está à frente, não atrás


Vladimir Chaves

Não volte aos lugares de onde Deus já te tirou. O Senhor não liberta para que revivamos prisões, mas para nos conduzir a uma vida transformada, onde o passado é apenas lição, não morada.

Sempre haverá vozes tentando nos puxar de volta, mas quem insiste em reviver o que a cruz já venceu não compreendeu a grandeza da nova vida em Cristo.

Lembrar faz parte, mas escolher reabrir feridas é negar a cura. O Evangelho nos chama a olhar para frente, confiando na graça que nos fortalece e nos dá autoridade para não ficarmos presos ao que já passou.

Só quem deixa o velho pode viver o novo de Deus. A fé nos impulsiona para uma jornada em que o futuro brilha mais que as marcas do ontem, pois a promessa do Senhor é de novidade de vida.

“Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2Co 5:17). O passado explica quem fomos, mas é a graça de Cristo que define quem nos tornamos.

 

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Pregação desperta, ensino fortalece


Vladimir Chaves

“E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do reino...” Mateus 4:23

Na caminhada cristã, é importante entender a diferença entre pregar e ensinar, pois ambas as práticas estão no coração do ministério de Jesus. Quando a Bíblia fala sobre pregação, ela está falando de um anúncio poderoso, uma proclamação que chama as pessoas a tomarem uma decisão diante de Deus. Foi assim que Jesus iniciou o Seu ministério: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 4:17). A pregação é como a voz forte que proclama uma mensagem urgente. Ela nos desperta, nos confronta e nos chama a escolher entre permanecer na vida antiga ou abraçar a novidade de vida em Cristo.

Mas Jesus não apenas pregava, Ele também ensinava. O ensino é diferente, porque não tem apenas o propósito de chamar, mas de formar, de fundamentar e de consolidar a fé. O Mestre não se limitava a falar às multidões; Ele se assentava com os discípulos, explicava as Escrituras, revelava os segredos do Reino e mostrava como viver de acordo com a vontade de Deus. É por isso que, antes de subir ao céu, Ele ordenou: “ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28:20). O ensino é o cuidado contínuo do Senhor para que não sejamos apenas ouvintes impactados por uma mensagem, mas discípulos firmados na verdade e preparados para perseverar.

A pregação e o ensino não competem entre si, mas se completam. A pregação toca o coração, desperta a fé e chama para uma decisão; o ensino molda a vida, fortalece a caminhada e aprofunda as raízes espirituais. Se pregamos sem ensinar, corremos o risco de ver pessoas entusiasmadas, mas sem firmeza para permanecer. Se ensinamos sem pregar, podemos gerar conhecimento, mas sem paixão e sem vida.

Jesus é o maior exemplo desse equilíbrio. Ele pregava às multidões para anunciar a chegada do Reino, mas também permanecia em comunhão com os discípulos, ensinando-os a viver segundo a Palavra. Esse é o modelo para a Igreja de hoje: anunciar com ousadia e ensinar com amor, alcançar os que estão longe e amadurecer os que já foram alcançados.

Ao refletir sobre isso, podemos nos perguntar: como tenho respondido à pregação que me chama para mais perto de Deus? E como tenho me deixado ser moldado pelo ensino que fortalece a minha fé? Que possamos viver de forma equilibrada, acolhendo a Palavra que nos chama e perseverando no ensino que nos transforma, para que sejamos discípulos inteiros, frutíferos e fiéis ao Senhor.

terça-feira, 9 de setembro de 2025

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Sou a figueira que recebeu uma nova chance


Vladimir Chaves

Muitas vezes me vejo refletido na figueira da parábola de Jesus (Lucas 13:6-8).

Ali estava eu, plantado na vinha do Senhor, cercado de cuidado, envolto em amor, graça e oportunidades… e ainda assim, sem frutificar como Ele esperava.

Quantas vezes o Dono da vinha poderia ter me arrancado da terra que ocupava inutilmente?

Quantos anos desperdiçados, vivendo sem propósito, ignorando os cuidados que me eram dados?

Foi nesse deserto que descobri a misericórdia de Cristo.

Ele intercedeu por mim, pediu mais tempo, cuidou do meu coração endurecido.

Cavou ao meu redor, arrancou tudo que me impedia de crescer, regou minha alma com Sua Palavra, adubou minha vida com o Espírito Santo e soprou em mim um novo fôlego de esperança.

Hoje compreendo: não estou aqui por merecimento, mas porque Jesus acreditou em mim quando eu já havia perdido a fé em mim mesmo.

Cada amanhecer é prova viva de que ainda há esperança, de que ainda posso florescer, frutificar e glorificar o nome de Deus.

Esta parábola é a minha história. Eu sou a figueira que recebeu uma segunda chance.

Minha decisão é clara: não desperdiçar mais tempo. Quero frutificar em amor, fé e obediência. Minha vida é do Senhor da vinha, e tudo o que sou é por Ele e para Ele.

O passado não se apaga; ele me lembra de onde vim e do lugar que Deus me levantou.

A figueira seca, a improdutiva, as madrugadas tristes… tudo ficou para trás.

Ainda não cheguei onde Deus me ordenou, mas os galhos já estão livres de insetos e pragas, o chão ao redor está árido, as raízes não estão mais sufocadas, e os primeiros brotos da floração logo surgirão.

Meu Deus ordenou, meu Cristo me deu mais um ano, e minha fé e obediência não O decepcionarão.

Para honra e glória do meu Deus… eu chegarei lá.

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Rompendo com o passado e mergulhando no chamado


Vladimir Chaves

“Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (2 Timóteo 1:7)

Se há algo que aprendi na minha caminhada com Deus é que Ele não me deu espírito de covardia. Muitas vezes, evitei mergulhar mais fundo na fé, com receio do que poderia encontrar ou do que teria que deixar para trás. Mas, quando decidi mergulhar de verdade, percebi que é no fundo que Deus me transforma. E, mesmo com toda a pressão, eu não me importo, porque sei que é ali que Ele me fortalece.

Não tenho medo de me afastar do antigo. Depois que o Senhor me deu a oportunidade de recomeçar e corrigir um passado que por tantos anos me manteve distante d’Ele, compreendi que não podia mais viver na superfície. O raso pode até ser seguro e confortável, mas não muda ninguém. E eu precisava ser mudado.

Foi na profundidade que aprendi a renunciar. Foi ali que entreguei meu passado, meus medos e minhas falhas. Cada mergulho em Deus foi uma prova da minha coragem de servi-lo, mesmo sabendo que isso exigiria de mim escolhas difíceis. Mas foi também ali, no profundo, que experimentei sua presença como nunca antes.

Hoje entendo que foi na pressão das águas profundas que Deus mais me tocou. Foi quando deixei a zona de conforto que ouvi sua voz de maneira clara e senti sua mão me levantar. Se antes eu fugia, agora corro para Ele. Se antes eu vivia no raso, agora escolho o profundo, porque é nesse lugar que encontro vida, renovo e verdadeira transformação.

Testemunho isso porque sei: Deus não me chamou para viver na covardia, mas em coragem, fé e entrega. E é mergulhando mais fundo n’Ele que tenho encontrado a verdadeira razão da minha caminhada.

No mergulho profundo, não há espaço para superficialidade. É ali que a coragem se torna real, que a fé se torna viva e que a presença de Deus deixa de ser teoria para se tornar experiência. E é nesse lugar que o Senhor nos toca, nos molda e nos levanta para vivermos o chamado que Ele mesmo nos confiou.

segunda-feira, 8 de setembro de 2025

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A paz que o mundo não pode dar


Vladimir Chaves

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Filipenses 4:7).

Nunca, em toda a história da humanidade, se falou tanto em saúde mental quanto nos dias atuais. E é nesse cenário que a promessa bíblica de uma paz que excede todo o entendimento soa como um convite ao descanso em meio ao caos.

Um descanso que não pode ser alcançado por técnicas humanas ou medicamentos, mas pela comunhão com Cristo. Como exorta o apóstolo Paulo: “Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes, em tudo, sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica, com ação de graças” (Filipenses 4:6). Ou seja, a paz que guarda o coração é fruto da entrega, da confiança e da oração sincera.

Quantas vezes buscamos a paz em circunstâncias externas, como estabilidade financeira, reconhecimento social ou saúde perfeita? Entretanto, a Bíblia revela que essa paz não depende de fatores externos, mas de uma realidade espiritual: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá” (João 14:27).

Em minha opinião, o grande desafio da vida cristã não é apenas crer na existência dessa paz, mas permitir que ela governe nossa mente e nosso coração. Guardar pensamentos em Cristo é escolher não alimentar a mente com pessimismo, medo e incredulidade. É substituir a preocupação pela confiança. É olhar para a vida a partir da eternidade. Isso exige disciplina espiritual, porque, naturalmente, somos inclinados a absorver as pressões do mundo.

Posso afirmar com convicção, por viver essa experiência sobrenatural, que a paz de Deus não é uma teoria, mas uma realidade acessível a todos que a desejarem. Quem aprende a lançar sobre Cristo toda ansiedade (1 Pedro 5:7) experimenta a segurança de saber que não está sozinho e que cada detalhe da vida está nas mãos do Senhor.

Creiam: a verdadeira paz não está na ausência de conflitos ou de problemas financeiros, mas na presença de Deus. Só quem a experimentou pode compreender como é possível descansar no meio da tormenta, confiar no meio da escassez e esperar com esperança, mesmo diante da morte.

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O evangelho que não se parece com Cristo


Vladimir Chaves


É impossível olhar para o cenário atual e não sentir um misto de indignação e dor diante da crescente multidão de cristãos que se afastam das igrejas, engrossando as fileiras dos chamados “desigrejados”. Não se trata, em sua maioria, de pessoas que abandonaram a fé em Cristo, mas de irmãos e irmãs feridos por líderes que transformaram o púlpito, que deveria ser lugar de vida e esperança, em instrumento de orgulho, vaidade e até mesmo violência espiritual.

O que vemos é o cumprimento das palavras de Jesus: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los” (Mateus 23:4). Muitos líderes exigem dos fiéis um peso que eles mesmos não suportam, pregam aquilo que não vivem, e ferem em nome de um evangelho que não se parece com o de Cristo.

Quantos têm sido esmagados não pelo mundo, mas pela própria comunidade que deveria acolhê-los? Quantos foram julgados, expostos e humilhados por aqueles que deveriam estender a mão? Paulo advertiu: “Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder” (1 Coríntios 4:20). Contudo, o que se vê é uma avalanche de discursos inflamados, mas sem vida, sem unção, sem exemplo.

Mais grave ainda é quando a Palavra de Deus é manipulada para servir a interesses pessoais. Textos são arrancados do contexto e transformados em armas, não em pão que alimenta. Pedro já havia advertido sobre isso: “Assim como houve entre o povo falsos profetas, também haverá entre vós falsos mestres, que introduzirão encobertamente heresias destruidoras” (2 Pedro 2:1). Não é à toa que muitos, confusos e feridos, escolhem se afastar do convívio congregacional, não de Cristo, mas das estruturas que se corromperam.

Diante disso, não podemos ter espírito de covardia. A igreja foi chamada para ser lugar de cura, não de opressão. Foi chamada para ser família, não tribunal. O amor, que é o maior mandamento, tem sido substituído por soberba, crítica e exclusão. Mas o apóstolo João nos lembra: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4:8). Se a liderança não expressa esse amor, está desconectada da essência do Evangelho.

O que me aperta o coração é perceber que, para muitos, isso já virou regra, quase uma cultura: pastores que julgam, líderes que apontam dedos, ministérios que se sustentam mais na cobrança do que no exemplo. Mas o exemplo de Cristo foi o contrário: Ele lavou os pés dos discípulos (João 13:14-15), Ele acolheu a mulher adúltera (João 8:11), Ele perdoou quem o traía e o negava. Onde está esse modelo hoje?

A pergunta que fica é: quem vai se levantar para viver o Evangelho em sua pureza? Quem vai abrir mão da vaidade e do poder para pastorear como o Bom Pastor, que deu a vida pelas ovelhas (João 10:11)? Porque o que vemos é gente matando espiritualmente aqueles que deveriam ser cuidados.

A igreja de Cristo não morrerá, disso temos certeza, mas é urgente denunciar os falsos caminhos que têm levado muitos ao cansaço e à dispersão. O chamado não é para abandonar a fé, mas para clamar por uma reforma de coração, para que voltemos ao simples e poderoso Evangelho da cruz: amor, entrega, serviço e verdade.

“Mas vós não fareis assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor; e quem governa seja como quem serve” (Lucas 22:26). Até que a igreja volte a entender isso, continuará havendo multidões de crentes feridos do lado de fora dos templos.

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O inferno está cheio de gente que amava Jesus, mas não largou o pecado


Vladimir Chaves

Amor superficial por Cristo não é suficiente para garantir salvação. Jesus não chamou ninguém apenas para admirá-lo, mas para segui-lo em obediência. O perigo está em confundir emoção com conversão, afeição religiosa com arrependimento genuíno.

A Bíblia é clara: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Isso revela que muitos reconhecem a autoridade de Jesus, até o invocam, mas permanecem vivendo de acordo com sua própria vontade. Amar a Cristo em palavras, mas permanecer preso ao pecado, é negar o poder transformador da cruz.

O apóstolo João foi incisivo: “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” (1 João 2:6). Isso significa que seguir Jesus envolve mudança de vida, abandono de práticas pecaminosas e disposição para viver em santidade. Um amor que não produz renúncia é apenas emoção vazia.

O pecado nunca foi compatível com a fé. Paulo escreveu: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum! Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:1-2). A graça não é licença para pecar, mas poder para vencer o pecado.

Muitos até se comovem ao ouvir sobre Jesus, cantam louvores, levantam as mãos, dizem amá-lo, mas na prática não se arrependem. Não largam a mentira, a idolatria, a imoralidade, o ódio, a vida dupla. Preferem uma fé confortável, que não exige cruz. Mas o Evangelho é claro: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23).

O inferno não está cheio de ateus apenas, mas de religiosos que amaram Jesus da boca para fora, sem disposição de romper com o pecado. Porque amar de verdade significa obedecer. Como o próprio Cristo declarou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (João 14:21).

Portanto, não basta dizer “eu amo Jesus”. O verdadeiro amor se manifesta em obediência, arrependimento e santidade. É melhor ser um pecador que se arrepende do que um religioso que se engana a si mesmo. O amor sem renúncia não salva; apenas o amor que leva à transformação nos coloca no caminho da vida eterna.

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A dor me ensinou a orar, e a bênção me ensinou a permanecer fiel


Vladimir Chaves


Muitos clamam a Jesus em meio à dor, derramam lágrimas na aflição e prometem fidelidade se a resposta vier. Mas, quando a bênção chega, esquecem-se d’Aquele que os sustentou. A devoção que antes era intensa se apaga, e a distração ocupa o lugar que deveria ser de Cristo.

Eu, porém, escolhi um caminho diferente. Quando o Senhor me abençoou, minha fé não diminuiu, mas se fortaleceu. Minha devoção não se perdeu, antes se aprofundou. Jesus me transformou, e as bênçãos que recebo são todas para edificar a minha fé e viver o chamado de Deus com reverência e fidelidade.

Aprendi que a maior prova da fé não é apenas suportar a escassez, mas permanecer firme na abundância. Foi assim com Noé: ele venceu o dilúvio, mas caiu depois da vitória (Gênesis 9:21). Isso me ensina que até mesmo as conquistas podem ser perigosas quando não guardamos o coração.

Por isso, decidi não permitir que a bênção me distraia. Ao contrário, cada vitória se tornou para mim um lembrete de que o Doador é maior do que o dom. Como disse Jesus: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6:21).

Hoje posso testemunhar: quanto mais o Senhor me concede, mais desejo estar aos pés d’Ele. Minha oração é que cada conquista seja uma ponte que me leve para mais perto de Cristo, e nunca um abismo que me afaste. Porque compreendi que a verdadeira bênção não é o que eu recebo, mas o quanto permaneço fiel ao Deus que me chamou.

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gálatas 5:25).

Essa é a marca da minha jornada: bênção que aproxima, fé que amadurece e devoção que se renova.

domingo, 7 de setembro de 2025

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Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor


Vladimir Chaves

Quando Israel se deparou diante do Mar Vermelho, cercado por montanhas e pelo exército de Faraó, o desespero tomou conta do povo. As vozes da covardia começaram a sussurrar: “Teria sido melhor voltar ao Egito, ser escravo novamente, do que morrer aqui no deserto.” Era o inimigo tentando reacender o espírito de derrota, reacendendo lembranças de correntes que já haviam sido quebradas pela mão poderosa de Deus.

No entanto, Moisés proclamou a palavra do Senhor: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará” (Êxodo 14:13). Aquietar-se não é passividade, mas confiança. É o ato de silenciar o tumulto da ansiedade, calar a voz do medo e esperar, firmemente, pela intervenção divina. O coração aflito quer se precipitar; o medo quer nos fazer recuar; o inimigo sussurra que não há saída. Mas a fé responde: “O Senhor pelejará por nós.”

É justamente no silêncio da confiança que se revela a grandeza do livramento. O Senhor não exige uma fé desesperada, mas uma fé inabalável. Esperar com inquietação e dúvida é insultar a fidelidade de Deus, como se sua Palavra não fosse digna de crédito. Mas esperar em paz, em oração, é declarar ao céu e à terra: “Eu sei em quem tenho crido.”

Assim como Israel não voltou para o Egito, nós também não fomos chamados para retroceder. Covardia, desespero e precipitação são as armas do inimigo para enfraquecer nossa esperança. O caminho do Senhor é avante, ainda que diante de nós se levante um “mar” impossível de atravessar.

Portanto, quando o medo tentar roubar sua fé, aquiete-se. Feche os ouvidos ao sussurro da derrota e abra o coração à voz do Senhor. No tempo certo, Ele abrirá o mar diante de você.

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