Muitos clamam a Jesus em
meio à dor, derramam lágrimas na aflição e prometem fidelidade se a resposta
vier. Mas, quando a bênção chega, esquecem-se d’Aquele que os sustentou. A
devoção que antes era intensa se apaga, e a distração ocupa o lugar que deveria
ser de Cristo.
Eu, porém, escolhi um
caminho diferente. Quando o Senhor me abençoou, minha fé não diminuiu, mas se
fortaleceu. Minha devoção não se perdeu, antes se aprofundou. Jesus me
transformou, e as bênçãos que recebo são todas para edificar a minha fé e viver
o chamado de Deus com reverência e fidelidade.
Aprendi que a maior prova da
fé não é apenas suportar a escassez, mas permanecer firme na abundância. Foi
assim com Noé: ele venceu o dilúvio, mas caiu depois da vitória (Gênesis
9:21). Isso me ensina que até mesmo as conquistas podem ser perigosas
quando não guardamos o coração.
Por isso, decidi não
permitir que a bênção me distraia. Ao contrário, cada vitória se tornou para
mim um lembrete de que o Doador é maior do que o dom. Como disse Jesus: “Onde
estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6:21).
Hoje posso testemunhar:
quanto mais o Senhor me concede, mais desejo estar aos pés d’Ele. Minha oração
é que cada conquista seja uma ponte que me leve para mais perto de Cristo, e
nunca um abismo que me afaste. Porque compreendi que a verdadeira bênção não é
o que eu recebo, mas o quanto permaneço fiel ao Deus que me chamou.
“Se vivemos no Espírito,
andemos também no Espírito” (Gálatas 5:25).
Essa é a marca da minha
jornada: bênção que aproxima, fé que amadurece e devoção que se renova.