A dor me ensinou a orar, e a bênção me ensinou a permanecer fiel


Vladimir Chaves


Muitos clamam a Jesus em meio à dor, derramam lágrimas na aflição e prometem fidelidade se a resposta vier. Mas, quando a bênção chega, esquecem-se d’Aquele que os sustentou. A devoção que antes era intensa se apaga, e a distração ocupa o lugar que deveria ser de Cristo.

Eu, porém, escolhi um caminho diferente. Quando o Senhor me abençoou, minha fé não diminuiu, mas se fortaleceu. Minha devoção não se perdeu, antes se aprofundou. Jesus me transformou, e as bênçãos que recebo são todas para edificar a minha fé e viver o chamado de Deus com reverência e fidelidade.

Aprendi que a maior prova da fé não é apenas suportar a escassez, mas permanecer firme na abundância. Foi assim com Noé: ele venceu o dilúvio, mas caiu depois da vitória (Gênesis 9:21). Isso me ensina que até mesmo as conquistas podem ser perigosas quando não guardamos o coração.

Por isso, decidi não permitir que a bênção me distraia. Ao contrário, cada vitória se tornou para mim um lembrete de que o Doador é maior do que o dom. Como disse Jesus: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6:21).

Hoje posso testemunhar: quanto mais o Senhor me concede, mais desejo estar aos pés d’Ele. Minha oração é que cada conquista seja uma ponte que me leve para mais perto de Cristo, e nunca um abismo que me afaste. Porque compreendi que a verdadeira bênção não é o que eu recebo, mas o quanto permaneço fiel ao Deus que me chamou.

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gálatas 5:25).

Essa é a marca da minha jornada: bênção que aproxima, fé que amadurece e devoção que se renova.

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