A importância da disciplina: Orar, jejuar e permanecer na Palavra


Vladimir Chaves

Assim como o corpo perde força quando deixamos de exercitá-lo, a vida espiritual também enfraquece quando negligenciamos as disciplinas da fé. Quanto menos oramos, jejuamos e lemos a Bíblia, menos vontade temos de fazer essas coisas. A alma vai perdendo vigor. Os movimentos espirituais (antes firmes e amplos) tornam-se lentos e curtos. Surge o risco da “atrofia” espiritual.

A Palavra nos convoca a reagir: “Tornai a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados” (Hb 12.12). A fraqueza pode ser grande, mas não é definitiva. Deus nos chama a renovar as forças, a lutar e a retomar a caminhada (Jl 3.10; 1Co 16.13).

Apatia, engano e pecado

Quando diminuem a oração, o jejum e a meditação nas Escrituras, diminui também o discernimento. Convicções antes claras tornam-se superficiais, cedendo espaço a ideias distorcidas, “filosofias e vãs sutilezas” (Cl 2.8). O pecado passa a ser relativizado (1Jo 3.7-8). A mente vai sendo moldada não mais pela Palavra, mas pelos valores deste século.

Igrejas e cristãos inteiros podem ser absorvidos pelo secularismo, pela indiferença e por ideologias contrárias ao Evangelho (Lc 18.8; 2Pe 2.1-3). Por isso, a pergunta é urgente: como estão nossas disciplinas espirituais pessoais e da igreja?

Da teoria à prática

A vida cristã não se sustenta apenas com boa teoria, é preciso prática diária. Reservar tempo para a oração e para a Palavra logo ao amanhecer fortalece a alma. Ao longo do dia, pequenos momentos de meditação ajudam a manter o coração alinhado com Deus. E à noite, antes de dormir, retornar à Bíblia e à oração renova o espírito (Sl 55.17; Dn 6.10).

O jejum, quando praticado com propósito, aprofunda nossa dependência de Deus. A frequência aos cultos e, especialmente, às reuniões de oração e consagração é indispensável.  Além disso, hinos sacros e boa literatura cristã edificam a alma e mantêm viva a fé (1Tm 4.13; 2Tm 4.13).

A jornada da santificação não é sustentada pela força humana, mas pela graça divina. Contudo, essa graça nos chama à disciplina, ao compromisso e à prática consciente da fé. Quando cuidamos da vida espiritual como quem cuida do corpo, renovamos forças, abrimos espaço para a ação de Deus e permanecemos firmes contra a apatia e o engano.

E assim seguimos, sustentados pela verdade eterna: tudo é pela graça, e somente pela graça.

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