Feminicídio aumentou no primeiro ano do governo Lula III


Vladimir Chaves



Só no acumulado entre janeiro e junho de 2023, o Brasil registrou crescimento de 2,6% de feminicídios, quando comparado com o  primeiro semestre de 2022 (último ano do governo Bolsonaro). Os dados foram revelados  pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O volume de feminicídios registrados nesse intervalo é o maior da série histórica para o primeiro semestre, desde 2019.

De acordo com a pesquisa, no comparativo entre 2022 e 2023, o aumento no número de femicídios foi de 1,4%. Em 2023, uma mulher morreu a cada 6 horas vítima de feminicídio no Brasil.

O estado brasileiro que registrou a maior taxa de feminicídios foi Mato Grosso, com 2,5 vítimas para cada grupo de 100 mil mulheres. Apesar da taxa elevada, o estado teve redução de 2,1% no número de vítimas por esse tipo de crime.

Em segundo lugar encontram-se empatados Acre, Rondônia e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil mulheres. Por outro lado, os estados com as menores taxas de feminicídio foram Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1,0 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil).

Levando em consideração a situação por região, o Sudeste brasileiro contou com o maior nível de crescimento em relação a esse tipo de crime, com elevação de 5,5%, passando de 510 vítimas em 2022 para 538 no ano passado. A única região com registro de recuo na taxa de feminicídio foi a Sul, com diminuição de 8,2%.

sexta-feira, 8 de março de 2024

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Pesquisa: Saúde vira prioridade no Nordeste em meio a quadro emergencial de dengue


Vladimir Chaves



Índice de moradores da região que querem foco do governo na área chega a 34% e ultrapassa emprego em renda, segundo RADAR FEBRABAN

A principal prioridade do governo precisa ser na saúde para os moradores do Nordeste, em meio à alta nos casos de dengue e nove decretos de estado de emergência devido à doença em todo o país. O índice de moradores que querem foco na área foi de 29% em dezembro para 34% em fevereiro, segundo o RADAR FEBRABAN.

A comparação com fevereiro do ano passado também indica a necessidade de priorizar a saúde. Eram 24% os habitantes que responderam que este deveria ser o foco do governo há 12 meses, 10 pontos percentuais a menos do que na última edição da pesquisa.

A preocupação com saúde é maior na região até mesmo do que com emprego, que está 29%. Na média nacional, saúde e emprego empataram na primeira colocação entre as áreas que precisam de mais atenção do governo, com 29% para cada.

Custos de saúde

 

Houve manutenção na preocupação com os preços dos serviços de saúde e medicamentos no Nordeste, em 29% em dezembro do ano passado e nesta pesquisa. Por outro lado, o indicador de fevereiro de 2024 disparou em relação aos 19% de fevereiro de 2023.

O indicador de saúde é o segundo mais lembrado pelos entrevistados, atrás apenas do preços de alimentos, que foi de 65% em dezembro para 68% em fevereiro, e levemente à frente de combustíveis, que se manteve em 28% no mesmo comparativo.

No País, a média nacional na atual edição da pesquisa é de 72% de preocupação o preço de alimentos, 30% para serviços de saúde e medicamentos e 30% para combustíveis.

A pesquisa

Realizada entre os dias 14 e 20 de fevereiro com 2 mil pessoas nas cinco regiões do país pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), esta edição do RADAR FEBRABAN mapeia a percepção e expectativa da sociedade sobre a vida, aspectos da economia, gestão do governo e prioridades para o país.

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Vereador apresenta projeto tornando Lula “persona non grata” do município de Balneário Camboriú.


Vladimir Chaves


O vereador Carlos Souza Fernandes (Podemos) apresentou Projeto de Lei Nº 26/2024, que se aprovado tornará o presidente Lula da Silva, “persona non grata” no Município de Balneário Camboriú.

O vereador justifica que apresentou o projeto em razão das diversas falas polêmicas que o presidente tem feito especificando o caso da comparação de Israel ao Holocausto e, também pelas declarações negativas contra Balneário Camboriú.

“Tais comentários sobre ser local de resort para ricos e que fazem sombra na praia, não apenas ofenderam os munícipes que aqui vivem, mas também podem ter impactos negativos no turismo e na imagem da cidade” justificou o vereador.


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Candidato a primeiro-ministro de Portugal diz que se for eleito Lula não entrará no país.


Vladimir Chaves



O deputado português André Ventura, candidato a primeiro-ministro de Portugal, prometeu em comício para apoiadores, que irá proibir o presidente Lula de entrar no país caso vença as eleições no próximo domingo (10). "Se o Chega vencer as eleições, eu quero dizer uma coisa. Em 25 de abril de 2024, o senhor presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não vai entrar em Portugal", afirmou Ventura, em referência a data em que se comemora no país a deposição da ditadura salazarista em 1974.

André Ventura prosseguiu dizendo que Lula seria barrado assim que desembarcasse no aeroporto de Lisboa. “Se insistir, vai para uma cadeia, mas ele sabe o que é isso, então não será uma grande novidade para ele”, afirmou. Está não é a primeira vez que Ventura demonstra desafeto pelo presidente brasileiro. Em janeiro de 2023, ele chamou Lula de bandido durante pronunciamento na tribuna do parlamento português.

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Congressista dos EUA convoca sessão especial sobre violação de direitos no Brasil


Vladimir Chaves



O deputado Christopher Henry Smith (Partido Republicano) – o mais antigo parlamentar na ativa no Congresso norte-americano – convidou o senador Eduardo Girão (Novo) para depor em uma sessão na Comissão dos Direitos Humanos da Câmara dos Representantes marcada para a próxima terça-feira (12).

O convite a Girão foi estendido aos senadores Jorge Seif (PL-SC) e ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), além de um grupo de 50 parlamentares brasileiros, entre eles, Marcel Van Hattem (Novo-RS),  Gustavo Gayer (PL-GO), Júlia Zanatta (PL-SC), Bia Kicis (PL-DF) e Magno Malta (PL-ES). Até o momento, apenas 11 membros do Congresso brasileiro confirmaram presença.

Na carta enviada a Girão, o congressista norte-americano destaca o interesse dos EUA em saber mais sobre o momento crítico da democracia no Brasil.

“Prezado Senador Eduardo Girão, escrevo para expressar a você meu interesse em saber mais sobre os acontecimentos recentes no Brasil”, escreveu Christopher Smith.

“Como sabem, alguns dos principais meios de comunicação do mundo publicaram relatos de graves violações dos direitos humanos e do Estado de direito por parte de funcionários do governo do Brasil”, ressaltou Smith, “Incluindo censura a meios de comunicação da oposição e outras violações da liberdade de expressão, como perseguição de críticos do governo Lula”, ressaltou o congressista, que também atua como copresidente da Comissão de Direitos Humanos  e presidente do Subcomitê Global de Direitos Humanos.

Bolsonaro reforça convite para viagem aos EUA

Ao ser informado do convite, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou uma mensagem aos parlamentares para reforçar a importância do evento que faz parte da agenda oficial do Congresso dos EUA.

“Precisamos de uma comitiva forte para denunciar o que está acontecendo em nossa nação. Quanto maior for nossa comitiva, maior será o impacto. Contamos com a presença dos senhores”, escreveu Bolsonaro. “Essa pode ser nossa última chance”, reiterou o ex-presidente.

Paradoxo

quinta-feira, 7 de março de 2024

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Efeito Lula: Indústria química nacional vive pior momento da história


Vladimir Chaves



Os índices de produção e exportação dos produtos químicos de uso industrial tiveram forte queda em 2023 — 10,1% e 10,9% respectivamente, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). Com a redução da demanda local, a importação dos produtos químicos cresceu, chegando ao índice mais alto dos últimos 30 anos — 47% de todo o mercado é ocupado por produtos que vêm de fora.

Além disso, o consumo aparente nacional (CAN), que é calculado pela soma da produção com a importação, menos a exportação, caiu 1,5% em 2023, em relação ao ano anterior. O que para Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, reflete na dificuldade de operação do setor.

“Nós estamos rodando num nível extremamente baixo de uso da capacidade e, para um segmento que opera em regime de processo contínuo — como é o da indústria química — a gente não consegue rodar muito abaixo de um determinado patamar. Estamos beirando o limite.”

A diretora explica que o setor vem rodando “a baixa carga”, ou seja, com apenas 64% da capacidade. Isso impacta também no aumento do custo unitário da produção, gerando um custo unitário maior do que a concorrência. Além de maiores emissões de gases poluentes, o que vai na contramão da indústria atual.

Ação emergencial e alto custo Brasil

Todo esse cenário de queda da produção da indústria química nacional no ano passado teve impacto na arrecadação. A perda, segundo a Abiquim, foi de quase R$ 8 bilhões em arrecadação de impostos federais. Para a diretora Fátima Coviello, a falta de competitividade do setor vem de uma questão estrutural e estão relacionadas ao custo Brasil.

“O custo da energia, que é alto no Brasil — sobretudo os encargos que incidem sobre a energia e que não são razoáveis na comparação com outros países. Além do preço do gás natural — usado para fins energéticos e como matéria-prima — que aqui é cerca de quatro vezes mais caro que o praticado nos Estados Unidos.”

A associação entende que é preciso uma ação emergencial — como a implementação da lista transitória de elevação das alíquotas de importação. Só assim, haverá tempo de produzir efeito nas agendas estruturais.

“A manutenção do quadro internacional atual, associado à elevada ociosidade e às crescentes importações, pode comprometer o parque instalado, trazendo consequências desastrosas ao País, que podem resultar em desativações de unidades, perdas de postos de trabalho e menor arrecadação de impostos pelo setor químico, que é atualmente o primeiro no pagamento de tributos federais”, explicou a diretora da Abiquim.

segunda-feira, 4 de março de 2024

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Veja onde vivem os brasileiros com o pior índice de saneamento básico


Vladimir Chaves



Os números referentes ao saneamento básico no Brasil revelam que os índices de atendimento e infraestrutura ainda não são satisfatórios. O Censo Demográfico 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 3.505 municípios apresentavam menos da metade da população com coleta de esgoto, por exemplo, no respectivo ano de referência.

Segundo o levantamento, Juarina (TO)  e Júlio Borges (PI) foram as cidades que apresentaram as piores condições de saneamento ao levar em consideração o tratamento do esgoto. 100% da rede tradada era de modo inadequado.

Conforme a pesquisa, a "Fossa rudimentar ou buraco" era a forma de esgotamento sanitário de 19,4% da população. Na sequência aparecem o esgotamento diretamente em "Rio, lago, córrego ou mar" (2,0%), o esgotamento por "Vala" (1,5%) e o esgotamento por "Outra forma" (0,7%).

Confira os 10 municípios com rede de esgoto inadequada (em %)

Juarina (TO) – 100,0

Júlio Borges (PI) – 100,0

Morro Cabeça no Tempo (PI) – 99,8

Milton Brandão (PI) – 99,8

Novo Oriente do Piauí (PI) – 99,8

Piraquê (TO) – 99,8

Nova Santa Rita (PI) – 99,8

Jacobina do Piauí (PI) – 99,8

Caldeirão Grande do Piauí (PI) – 99,8

Santo Antônio do Planalto (RS) – 99,8

Pedro Laurentino (PI) – 99,8

Fonte: Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

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