BOMBA: Programa “CQC” mostra como funciona esquema do governador do DF para caluniar adversários pela Internet


Vladimir Chaves

Trata-se de um “jogo canalha”, denuncia o em geral sereno e gentil senador e ex-governador Cristovam Buarque (PDT-DF). Uma “quadrilha virtual” que funciona “com recursos públicos” e cujo objetivo é espalhar mentiras e calúnias contra adversários, acusa a deputada distrital Celina Leão (PDT), chefiada pelo governador Agnelo Queiroz (PT).

O promotor de Justiça Mauro Faria de Lima, que investiga o caso, diz que o esquema montado pelo governador, ex-ministro do Esporte e ex-integrante do Partido Comunista do Brasil tem como missão “produzir notícias favoráveis ao governador e, ao mesmo tempo, atingir a honra de seus adversários”.

Essas acusações, e cenas grotescas do governador fugindo do repórter Oscar Filho, do programa CQC, da Rede Bandeirantes, para não responder a perguntas nas quais cabia uma simples negativa, conferem uma importância extraordinária à reportagem.

E mostram como figurões do PT não hesitam em lançar mão de quaisquer recursos, legais ou não, para atingir adversários e manter-se a qualquer custo no poder. A sequência em que os seguranças do governador empurram e tentam impedir o trabalho do repórter, enquanto Agnelo segue em silêncio diante do microfone para o carro oficial, por si só é uma confissão.

Em tempo: a atitude do governador lembra a de políticos truculentos, inclusive da ditadura militar, que ele alega haver combatido.


Texto publicado originalmente veja.abril.com.br

sábado, 8 de fevereiro de 2014

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Superintendente adjunto da SEMOB admite o uso de ônibus velhos na frota que atende os usuários de João Pessoa.


Vladimir Chaves

Causou espanto a revelação do superintendente adjunto da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de João Pessoa –SEMOB- Roberto Pinto, de que existem na frota de ônibus de João Pessoa, veículos com até nove anos de uso, quando o normal seria uma média de quatro anos.

Durante entrevista a uma das emissoras de rádio da capital, o secretário chegou inclusive a citar os nomes das empresas que ainda circulam com ônibus com sua vida útil ultrapassada, apesar dos usuários pagarem a mesma tarifa dos ônibus que estão dentro dos padrões exigidos.

“É lógico que a gente não quer passar nenhuma mentira, a nossa informação é sempre a de transmitir a verdade para população. Existem sim, alguns ônibus que estão velhos, a gente dá nomes, por exemplo, a Empresa Marcos da Silva, está com a frota mais velha que as outras, a Empresa São Jorge, muito embora também tenha feita uma renovação de frota ainda tem alguns ônibus mais antigos. Enfim temos veículos com oito, nove anos de idade” admitiu para espanto dos ouvintes.

Vladimir Chaves

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Procuradoria da República pede cadeia para o inventor do mensalão


Vladimir Chaves

A Procuradoria-Geral da República pediu ontem ao Supremo Tribunal Federal que o atual deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) seja condenado a 22 anos de prisão e ao pagamento de multa de mais de R$ 2,2 milhões por sua participação no mensalão tucano, destaca o jornal Folha de São Paulo.

Assinada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo , a petição recomenda a condenação de Azeredo pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público) e lavagem de dinheiro.

Para o Ministério Público Federal, Azeredo participou do esquema de desvio de dinheiro público em sua campanha à reeleição para o governo de Minas, em 1998, acrescenta o jornal.


De acordo com a acusação, foram desviados sob forma de patrocínio de eventos esportivos cerca de R$ 3,5 milhões (cerca de R$ 9,3 milhões em valores atuais) do banco estatal Bemge e das empresas públicas Comig e Copasa.

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Chegou a hora de recolocar o Brasil nos trilhos


Vladimir Chaves

Um dia depois de um deputado petista cerrar os punhos em solidariedade aos mensaleiros condenados pelo Supremo Tribunal Federal, um novo caminho para o Brasil começou a ser trilhado a partir do lançamento das diretrizes do programa de governo de Eduardo Campos. Ao lado de Marina Silva, o pré-candidato do PSB à Presidência apresentou os eixos centrais de um novo projeto de desenvolvimento, ao qual o PPS se associa. Após 11 anos de governos lulodilmistas, os sinais de que o país “saiu dos trilhos”, como afirmou Campos, são variados.

O rombo nas contas públicas, a gestão temerária que levou à desmoralização da Petrobras, a desindustrialização acelerada, a escalada inflacionária, o loteamento da máquina pública, o desmantelo na área da saúde e o desastre na educação são alguns dos exemplos mais latentes. As jornadas de junho de 2013, quando o povo brasileiro tomou as ruas pelo fim da corrupção e por transporte, saúde e educação de qualidade, foram o estopim de uma insatisfação generalizada. Enquanto a propaganda oficial cria um mundo de fantasia, o Brasil real convive com graves problemas cotidianos que parecem não repercutir nos gabinetes do Planalto.

A agenda apresentada por Campos trata, entre outros pontos, de desburocratização do Estado, reforma política, recuperação da indústria, investimentos em tecnologia, fortalecimento do Sistema Único de Saúde, educação de qualidade, reforma urbana e aperfeiçoamento dos órgãos de segurança. A essas diretrizes, serão incorporadas as propostas apresentadas pelo PPS, em conjunto com toda a sociedade, que participará ativamente da construção do programa de governo.

O alinhamento das forças democráticas de esquerda representa um reencontro histórico entre os socialistas e o PPS, herdeiro do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Desde a origem do PSB, com a redemocratização pós-Estado Novo, a aliança com os comunistas se inscreveu em páginas marcantes da vida política brasileira. Em Pernambuco, um dos estados mais avançados do país na luta democrática daquele período, essa união levou ao surgimento da Frente do Recife, movimento que elegeu Pelópidas da Silveira prefeito da capital, em 1955, e Miguel Arraes governador do estado, em 1962.

Após o golpe de 1964, os dois partidos se integraram às trincheiras do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), em oposição à ditadura militar. Essa parceria também se fez presente na eleição de Tancredo Neves pelo Colégio Eleitoral, na Constituinte, no impeachment de Fernando Collor e na participação no governo de Itamar Franco. Em 2002, apoiamos a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno da eleição presidencial, mas o PPS se sentiu fraudado e rompeu com o governo em 2004. Recentemente, o PSB deixou a gestão de Dilma Rousseff e optou por construir um novo caminho para o país.

Não é cerrando punhos em defesa da corrupção, o que enxovalha um digno gestual das esquerdas em todo o mundo, muito menos aviltando as instituições ou loteando cargos em nome de interesses eleitorais, que o Brasil sairá do atoleiro em que se encontra. Um novo país só emergirá coma retomada do crescimento, o respeito ao meio ambiente e o resgate da ética como valor fundamental na vida pública. Ao lado de Eduardo Campos e Marina Silva, o PPS trabalha para que a nação volte aos trilhos do desenvolvimento econômico, social e político.


Roberto Freire deputado federal e presidente nacional do PPS

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Presidente estadual do PRB, Jutay Menezes, defende a manutenção da aliança com o PSB.


Vladimir Chaves

Durante entrevista no “Programa Tambaú Debate” apresentado pela jornalista Claudia Carvalho,  o deputado e presidente estadual do PRB, Jutay Menezes, afirmou que o seu partido tem interesse em continuar a aliança com o PSB.

Segundo o deputado, ele já teve uma reunião preliminar com o presidente estadual do PSB, Edivaldo Rosas, assim como, já ouviu os pré-candidatos a deputado do PRB, e que no final do mês haverá uma reunião da Executiva Estadual do partido, onde um dos pontos de pauta será a possibilidade de apoio a reeleição do governador Ricardo Coutinho(PSB).

Entretanto o deputado já adianta que a sua opinião é pela manutenção da aliança. “O que eu defendo é que nós possamos continuar com essa aliança, vamos lutar para permanecer com esse dialogo e a manutenção da aliança para outubro próximo.” Disse o Jutay.

Vladimir Chaves

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

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Ricardo entrega R$ 358 mil em créditos para pescadores


Vladimir Chaves

O governador Ricardo Coutinho conclui a entrega dos R$ 358 mil em créditos do Empreender Paraíba aos 51 empreendedores e pescadores de Pitimbu e do distrito de Acaú. Dentre os beneficiados, 18 são pescadores artesanais que receberam cheques no valor de R$ 8 mil para consertos das embarcações e compra de materiais para a pesca.

Nestes mais de três anos de implantação, o programa já liberou R$ 48 milhões, beneficiando diretamente 30 mil paraibanos que puderam abrir ou ampliar seus negócios. Ricardo Coutinho disse que a meta do programa é investir mais R$ 30 milhões na economia do Estado.

“Com o Empreender invertemos a lógica estabelecida, fomentando a economia de baixo para cima. Com este programa, conseguimos atender os pequenos comerciantes e empreendedores, que não teriam condições de obter recursos da rede bancária e agora podem investir nos seus negócios”, disse o governador.


Os pescadores Marcione Lira dos Santos, José Paixão, Aldenice Alves, Maria do Carmo e João Viana receberam os primeiros cheques em nome dos demais beneficiados. 

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Senador Jarbas Vasconcelos anuncia apoio do PMDB a candidatura de Eduardo Campos


Vladimir Chaves

O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) anunciou por meio de nota oficial, que não disputará a reeleição este ano e no mesmo comunicado oficializou o apoio do PMDB de Pernambuco, ao presidenciável Eduardo Campos.


Confira a integra da nota:


Ao longo da minha vida pública, sempre pautei as minhas decisões políticas baseado na definição de qual seria o melhor caminho para dar as minhas contribuições a Pernambuco e ao Brasil. Foi assim que exerci, com muita honra, um mandato de Deputado Estadual (1971-1975), dois mandatos de Deputado Federal (1975-1979 e 1983-1985), dois mandatos de Prefeito da Cidade do Recife (1986-1988 e 1993-1996), dois mandatos de Governador de Pernambuco (1999-2002 e 2003-2006) e, atualmente, representando o nosso Estado como Senador da República.

Servi às pernambucanas e aos pernambucanos com a firme determinação de oferecer o melhor de mim, de sempre ter a preocupação em montar equipes competentes que trabalhassem sob o compromisso coletivo de lisura, correção e transparência no trato das questões públicas. E assim foi feito.
Tenho um tremendo orgulho em ter contribuído para que o nosso Estado vivesse o atual momento de mudança de parâmetros, de desenvolvimento econômico e de recuperação do nosso papel histórico de protagonismo no cenário nacional. Desse caminho virtuoso não podemos nos desviar um centímetro sequer.

Foi sob essa mesma perspectiva, há dois anos, que o PMDB de Pernambuco firmou uma aliança com o PSB do Governador Eduardo Campos para disputar a eleição para Prefeito do Recife. Nossa Capital enfrentava um momento de turbulência e dificuldades, cujos tristes reflexos ainda hoje podemos perceber por toda a cidade. O PMDB retirou a pré-candidatura do Deputado Federal Raul Henry para apoiar a campanha do agora Prefeito Geraldo Julio.

As eleições deste ano de 2014 guardam semelhanças com aquela disputa ocorrida há apenas dois anos. O modelo adotado pelo Partido dos Trabalhadores à frente da Presidência da República dá sinais evidentes de esgotamento, com a economia acumulando números e desempenhos negativos; e a população demonstrando nas ruas que deseja e quer mudar a cena política nacional.

Nessa expectativa de renovação, o PMDB de Pernambuco decidiu apoiar a candidatura à Presidência da República do Governador Eduardo Campos e, em nível estadual, se manter integrado à Frente Popular de Pernambuco, que, em breve, anunciará o nosso candidato ao Palácio do Campo das Princesas.

Em recente conversa com o Governador, ele me convidou a disputar a reeleição ao Senado da República, integrando a chapa majoritária da Frente Popular de Pernambuco. No entanto, amadureci uma decisão que quero comunicar publicamente ao Povo de Pernambuco: não disputarei a reeleição para o Senado Federal.
Já comuniquei essa posição ao meu partido e ao Governador Eduardo Campos. Sendo assim, com minha saída da disputa senatorial, o PMDB sugere o nome do Deputado Federal Raul Henry para representar o partido na chapa majoritária da Frente Popular, contribuindo para esse movimento de renovação desejado pelos brasileiros.

Pretendo continuar na vida pública, dando minha contribuição para as práticas, as teses e os pensamentos que considero os mais adequados para colocar o Brasil entre as nações mais prósperas do mundo.

Sem mais.


Jarbas Vasconcelos - senador. 

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Campanha contra a corrupção será levada as 808 escolas da rede estadual de ensino da Paraíba


Vladimir Chaves

A campanha 'O que você tem a ver com a corrupção?', desenvolvida na Paraíba pelo Ministério Público Estadual (MPPB), será levada aos 258 mil estudantes das 808 escolas da rede estadual de ensino, nas 14 Regiões de Ensino do Estado. O convênio, que ainda prevê a realização de um concurso de redação, foi assinado pelo procurador-geral de Justiça do MPPB, Bertrand de Araújo Asfora, e a secretária de estado da Educação, Márcia de Figueiredo Lucena Lira.

O concurso com o mesmo tema da campanha – 'O que você tem a ver com a corrupção' – será voltado aos estudantes do 8º e do 9º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio. Oficialmente, tanto a campanha quanto o concurso de redação serão lançados no próximo dia 20 de fevereiro, numa solenidade no auditório do edifício-sede da Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), em João Pessoa, com a presença dos gerentes regionais de ensino e diretores de escolas estaduais da capital.

Os meses de março e abril serão utilizados pelos professores para a aplicação das redações e demais atividades em relação ao tema da campanha. As correções dos textos serão efetuadas no mês de maio e a premiação aos alunos vencedores ocorrerá no dia 9 de junho. Além dos alunos vencedores, os professores orientadores e as escolas participantes também receberão o certificado 'Escola Cidadã – Amiga da Campanha do MPPB'. Cerca de 600 das 808 escolas estaduais estarão envolvidas no concurso, atingindo cerca de 160 dos 258 mil alunos regularmente matriculados na rede de ensino.

“Mas a campanha e outras atividades serão estendidas a todos os alunos, sem exceção”, adianta a secretária da Educação, Márcia Lucena, acrescentando: “Vamos trabalhar o tema em todas as unidades, o que vai ser de extrema importância, principalmente num ano eleitoral e que o próprio estado e o Brasil estarão passando por um processo eleitoral. Nada mais oportuno”. Ela adianta que o concurso de redação vai ter três etapas: na primeira, as melhores redações vão ser escolhias por uma comissão própria de cada escola; na segunda fase, será uma seleção das duas melhores redações de cada uma das 14 Regiões de Ensino; e, na fase final, uma comissão de avaliação da própria Secretaria da Educação, em João Pessoa, elegerá as cinco vencedores entre as 28 redações finalistas. “A ideia é contemplar todo o estado”, avisa a secretária. Os cinco melhores alunos no concurso de redação vão ganhar prêmios como notebooks, desktops e tablets.


(Assessoria MPPB)

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

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Vereador denuncia que PMJP não pagou as horas extras dos garis que trabalharam no réveillon


Vladimir Chaves

A Câmara Municipal de João Pessoa rejeitou requerimento do vereador Renato Martins (PSB), que solicitava da prefeitura o imediato pagamento das horas extras dos agentes de limpeza da EMLUR, que trabalharam durantes as festas de final de ano e no inicio do mês de janeiro.

Com uma maioria absoluta na Câmara o prefeito Luciano Cartaxo (PT), não tem encontrado dificuldades para barrar projetos e requerimentos que não sejam de interesse da gestão, nem mesmo quando questões delicadas como proventos de servidores humildes, fragiliza a fiel bancada governista.

Para o vereador Renato Martins, é inadmissível que o gestor esqueça os servidores que durante as festas de fim de ano, ao invés de estarem ao lado das famílias, estavam pegaram no pesado para manter a cidade limpa e no final não receberem pelo importante esforço.

“Lamentar que nosso requerimento solicitando que o pagamento das horas extras dos agentes de limpeza que trabalharam no réveillon e nas festas de Cartaxo, não tenha sido aprovado. Absurdo que o prefeito, diga apenas que eles receberão parte em março e outra parte em abril. Terrível este tratamento dado aos trabalhadores que por não serem ricos proprietários de cartórios foram esquecidos nas escolhas do gestor.” desabafou.

Vladimir Chaves

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A cruzada contra Rachel Sheherazade


Vladimir Chaves

Poucas vezes uma mulher foi tão sistematicamente difamada em pouco tempo no país quanto Rachel Sheherazade. O medo de suas "opiniões conservadoras" revela apenas aversão à realidade.

Por Flávio Morgenstern

A jornalista do SBT Rachel Sheherazade vem sofrendo uma campanha difamatória assustadora na internet. A âncora do SBT Brasil ficou conhecida por emitir comentários de cunho conservador, palavra que se tornou anátema no país – algo próximo a se afirmar que se come criancinhas.

O passo mais recente dessa campanha foi um colunista afirmar que seus colegas no SBT, sem citar nomes, sentem “vergonha” das “opiniões conservadoras” de Sheherazade.

O conservadorismo surge como uma filosofia política sistematizada com as reflexões de Edmund Burke diante do morticínio e terror da Revolução Francesa, que acaba degolando até os próprios revolucionários, matando em questão de poucos meses muito mais do que a Inquisição Espanhola havia matado em 4 séculos de vigília policialesca.

Essa filosofia ecoa as considerações políticas de Platão e Aristóteles, buscando a politéia, ou seja, uma república em que a ordem na sociedade não seja mero acordo entre criadores de leis, nem caprichos de um poderoso (tirania), de alguns cupinchas (oligarquia) ou de massas revoltosas (“democracia” – chamaríamos em linguagem moderna de “demagogia”, ou oclocracia em termos antigos mais claros - the mob rules).

Para isso, é calcada na prudência, no cuidado com a coisa pública (res publica), no respeito ao conhecimento da tradição, no cultivo de valores harmoniosos para o convívio, por serem mais eficazes do que leis ou planejamentos estatais. Exatamente por isso os conservadores são contra Estados grandes – são os defensores das “privatizações” – embora seus detratores, ao invés de atacarem a liberdade do homem diante do Estado e de “reformadores sociais” que querem interferir na vida alheia (o que seria ridículo), geralmente os associem com seus maiores inimigos, os fascistas, que querem tudo dentro do Estado, tudo para o Estado, nada contra o Estado – e são os campeões de mobilização de masas revoltosas marchando por um líder e por reformismo social.

É uma filosofia de sistematização recente – e nem sempre de acordo com a “direita” formada na Revolução Francesa e sua ânsia por privilégios do Estado – mas, como trata a tradição como conhecimento, tem raízes muito antigas. A obra República (Politéia), de Platão, é a primeira referência sobre a impossibilidade de um Estado ou sistema político perfeito, que gere harmonia através de um planejamento central e seja regido pela racionalização. O conhecimento libertando para o bem é lembrado pela Ética a Nicômacos e pela Política de Aristóteles. As Catilinárias, de Cícero contra Catilina, espécie de José Dirceu da época, são lembradas como discursos contrários à concentração de poder, mesmo quando não é abertamente uma tentativa de golpe. Quase um discurso contra o mensalão ou as reformas eleitorais em 62 a. C.

Não existe um Pentateuco ou um Das Kapital do conservadorismo (o mais próximo que chegamos disso é com O Credo do Reacionário, de Erik von Kuehnelt-Leddihn), portanto ser um conservador não é um caminho curto, como é se tornar um esquerdista ou membro de uma seita, que com alguns poucos cacoetes se conhece um linguajar que é então aplicado a qualquer aspecto da realidade. Um conservador precisa de algumas décadas de leitura até concluir a superioridade dessa teoria – e a única resposta para os esquerdistas continuarem esquerdistas é nunca ler nada sobre os conservadores.

Contudo, as maiores obras conservadoras prosseguem como as mais bem construídas estruturações de filosofia política já feitas. A Democracia na América de Alexis de Tocqueville, Reflexões Sobre a Revolução na França de Edmund Burke, A Rebelião das Massas, de Ortega y Gasset, Ideas Have Consequences, de Richard M. Weaver, The Conservative Mind e Política da Prudência, de quem melhor compilou o conservadorismo moderno, Russell Kirk (detentor de 12 doutorados honoris causa), Ortodoxia, O Homem Eterno e Hereges, de G. K. Chesterton, The Menace of the Herd e Liberty or Equality, do curiosíssimo Erik von Kuehnelt-Leddihn (fugitivo da Alemanha nazista que dominava 25 línguas), A Nova Ciência da Política, Ordem e História e Hitler e os Alemães, de Eric Voegelin (um dos maiores filósofos da humanidade), O Bode Expiatório, de René Girard – todas obras praticamente irrefutáveis, que dão conta do melhor da produção intelectual de filosofia política de seus tempos.

Foram os supremos mestres da crítica literária, desde Samuel Coleridge e William Wordsworth até Benedetto Croce com seu seminal Seminário de Estética e T. S. Eliot e as Notas Para a Definição de Cultura - sem mencionar Lionel Trilling fazendo uma autópsia do esquerdismo com The Liberal Imagination. Foram gigantescos romancistas, de Nabokov e de Maistre a Thomas Mann e Unamuno.

São disparados os maiores economistas do mundo, com Ludwig von Mises, Böhm-Bawerk, Thomas Sowell, Friedrich Hayek, Tom Palmer, Huerta de Soto, Henry Hazlitt, Izrael Kirzner e homens capazes de prever crises em detalhes anos antes de ocorrerem, como Gerald Celente e Peter Schiff.

São os fugitivos das tiranias mais espúrias, sendo os principais jurados de morte dos maiores totalitarismos do mundo: o nazismo e o comunismo. Como Platão havia previsto, não há obra mais chocante sobre a tentativa de criar uma Sião terrena do que Arquipélago Gulag, de Alexandr Solzhenitsyn.

Também por isso são os maiores satiristas dos planos políticos de todos os tempos – a sátira é basicamente conservadorismo em forma de piadas. Jonhatan Swift e seu terror ao “bem comum”, Samuel Johnson, Karl Krauss, Paulo Francis, o atual Matei Vișniec e os supremos H. L. Mencken, Malcolm Muggeridge e P. J. O’Rourke – e quem não ri hoje de como John Stossel e Jay Leno reduzem a pó os planos de controle estatal?

Claro que graças ao mesmo material também escrevem tragédias desesperançosas. Conservadorismo é o pessimismo político em estágio de descrença total. A maior distopia do século das distopias, O Zero e o Infinito (Darkness at Noon), de Arthur Koestler, é conservadorismo puro – mas há traços conservadores em Kafka (tanto em O Processo quanto Na Colonia Penal), Laranja Mecânica (Anthony Burgess), A Revolta de Atlas (Ayn Rand), O Deus da Máquina (isabel Paterson) e, claro, até nas obras de um social-democrata como George Orwell, com sua Revolução dos Bichos e 1984.

Seus políticos são conhecidos como os homens que, bem ou mal, lutaram com todas as forças contra regimes de tirania mundo afora, aumentando a liberdade e, com isso, a prosperidade de seu povo, criando riqueza onde antes não existia. O Nobel de Literatura Winston Churchill, Sebastian Piñera, Ronald Reagan, Benjamin Disraeli, Margaret Thatcher, o Nobel da Paz (e um dos raros que o honra) Lech Wałęsa, o também poeta e pensador Václav Havel, Barry Goldwater, John Adams, Conrad Adenauer, Martin Luther King pai, Álvaro Uribe, Ursula von der Leyen…

São obras que nunca são sequer mencionadas em Universidades, do contrário a hegemonia esquerdista desapareceria em questão de uma década. Ao invés disso, criticam “conservadores”, afirmando que conservador é quem “conserva” – como afirmou Alexandre Borges, com este nível de debate, o próximo passo na escala evolutiva será comer de garfo e faca. Todavia, sendo detentor de uma tradição que vem de Platão a Ben Shapiro, de Aristóteles a Roger Scruton, de Cícero a David Horowitz, como não morrer de orgulho de ser um conservador, ao invés de um repetidor de cacoetes sobre desigualdade através de Marx e marxistas, como faz a esquerda?

Quantos jornalistas, professores de Universidade, intelectuais, artistas, blogueiros e demais formadores de opinião conhecem um quinto desta lista? Quantos os tomam como modelo e ápice a ser desejado? No entanto, quando aparece uma única jornalista com opiniões que até simplesmente pareçam conservadoras, o medo dessa opinião dispara o alarme – e falam como se “os conservadores” estivessem em toda parte, quando quem está em toda parte são pessoas criticando os conservadores que, supostamente, estariam em toda parte. A bem da verdade, são quase inexistentes nesse continente.

Uma única opinião não-esquerdista em toda a mídia é perigosa – e deve ser eliminada. Como não pode ser confrontada de frente, inicia-se uma campanha de difamação. Ao invés de se criticar o que Rachel Sheherazade tenha dito, apenas se diz que ela é conservadora – e, portanto, motivo de vergonha. E não pára por aí.

Uma filosofia política é mais do que o seu nome

O nome dado a esta filosofia política foi escolhido entre vários possíveis, mas ficou “conservadorismo”, pela ênfase no progresso gradual, no respeito a fórmulas já testadas, a rejeição a experimentos sociais e destruição de costumes e ordenamentos que não possam ser revertidos. Poderia ser qualquer outro nome, como “moralizantismo” ou “realitismo”. Mas, desconhecendo completa e integralmente o que criticam, resta aos esquerdistas criticar “conservadores” afirmando que são pessoas que querem conservar as injustiças do mundo.

Segundo esta mentalidade, um “conservador”, ao subir ao poder depois de 12 ou 16 anos de PT, conservaria tudo como encontrasse, porque ele “conserva”. Não é, de forma alguma, algo inteligente, ou com noções primitivas de realidade.

Um estilo artístico, uma aposta no poker, o treinamento de um jogador de tênis – todas essas coisas podem ser “conservadoras”, mas nada têm a ver com o “conservadorismo”, que é uma filosofia política que apenas tomou de empréstimo este nome dentre outros possíveis. É preciso uma gramática política para discutir em níveis basiquíssimos com quem não conhece o conservadorismo.

Rachel Sheherazade, segundo colunista social, causa “vergonha” por suas “opiniões conservadoras” até em colegas do SBT – sem nenhum nome citado.

Quando criticam as “opiniões conservadoras” de Sheherazade, não apontam um único e mísero erro que Sheherazade possa ter cometido. Apenas imputam-lhe o rótulo de conservadora – e, voilà, trabalho feito de impedir que alguém preste atenção no que diz.

É um pensamento que confunde proposição com conclusão – um método comum à mentalidade anticapitalista. Uma proposição analítica só é verdadeira quando sua negação é contraditória em si mesma (ex.: todos os cães que latem, latem). Todavia, tomada como conclusão, não perfaz um silogismo válido – não se prova nada, apenas se garante que estamos falando uma asserção auto-declarada.

A cruzada contra Rachel SheherazadeQuando isto é usado como silogismo, apenas nos fechamos num círculo: conservadores como Rachel Sheherazade não devem ser lidos porque são conservadores, e não se deve ler conservadores porque são conservadores. Não há nenhum argumento mais robusto contra conservadores do que correr atrás do próprio rabo em público assim.

Há campanhas para demiti-la na internet. Há petições que exigem que ela seja multada por ter opiniões discordantes da esquerda. Chegou-se ao cúmulo de uma das pessoas mais histriônicas e desconhecedoras do assunto de que trata, o pretenso “filósofo” Paulo Ghiraldeli Jr, em sua página, desejar que Rachel Sheherazade seja estuprada em 2014.

Ghiraldelli negou, afirmando ter sido “haqueado” (sic), muito estranhamente: o “filósofo” chamou Rachel de “Sheherazedo” na mensagem, epíteto que tentou colar na apresentadora sem sucesso (embora falar de Paulo Ghiraldelli Jr. e “sucesso” no mesmo dia seja uma auto-reductio ad absurdum), e que apenas ele (nem seus alunos) usava repetidamente há meses.

O movimento feminista (este marxismo que apenas troca “classe” por “gênero”), que tão preocupadamente fala sobre estupros, no máximo deu uma notinha de repúdio a Ghiraldelli – mas com as ressalvas de sempre. Lola Aronovich, espécie de líder atual do movimento, disse que Ghiraldelli não é de esquerda, e sim um “reaça” – portanto, criticá-lo é criticar os “reaças”. Já a página do Facebook “Feminismo em rede” apenas fustigou o assoalho com o pézinho e apontou o dedo: “Paulo Ghiraldelli, você é machista!” – presumindo que elas considerem qualquer forma de conservadorismo “machismo”, devem considerar que a própria Rachel Sheherazade, casada, cristã e mãe de dois filhos, também seja “machista” – ou seja, apenas igualaram o agressor à sua vítima. Elas por elas.

O feminismo, como toda a mentalidade esquerdista, apenas pratica a animalização da linguagem, isto é, ao encontrar um ser humano ou um texto de suas idéias, apenas cheira as partes íntimas do interlocutor para saber se ele faz parte do seu bando ou de um bando “rival”. Se fizer parte do seu bando, será defendido, mesmo sendo injusto ou errado. Se fizer parte do bando inimigo, faz parte de uma massa homogênea de “inimigos”, todos iguais, todos preconceituosos, imbecis, tiranos, injustos e perigosos, e merecerá toda a sorte de impropérios. O feminismo não se trata de defesa das mulheres – trata-se de defesa de feministas. Como qualquer torcida organizada de futebol.

Tudo é uma estratégia para definir limites de pensamento. Esquerdistas dizem gostar de “diversidade” (a coisa mais reacionária que existe), mas não aceitem que alguém ouse discordar de um pensamento único que querem impor – o politicamente correto. É um movimento de massas coletivizadas e homogenizadas à força, de fora e de cima. Lutam por sua liberdade, desde que você seja livre para concordar com eles. Pode-se até não ser esquerdista, mas Rachel Sheherazade? Esta não pode.

Apenas assim podem “debater” com os maiores pensadores do mundo: atacando sua imagem, e não refutando suas idéias. Nenhum esquerdista, nem os considerados mais geniais, analisam em detalhes a obra de conservadores, ou de liberais. Apenas pegam trechos manipulados (até de vídeos no Youtube que não assistem inteiros, como os de Olavo de Carvalho) e xingam, xingam, xingam. Nunca encaram sua obra filosófica, moral ou mesmo jornalística e a debatem de frente.

“Você pode ser livre, mas nunca aproximando-se de Olavo de Carvalho / Reinaldo Azevedo / Rodrigo Constantino / Luiz Felipe Pondé / Rachel Sheherazade. Do limite da direita da extrema-esquerda não se pode passar.”

Já um conservador conhece todos os nomes da esquerda, porque é praticamente impossível desconhecê-los. Rousseau, Marx, Lenin, Stalin, Marcuse e a Escola de Frankfurt, Sartre, Gramsci, Mao, Lacan, Foucault, Chomsky, Žižek, Mészáros, Eagleton – todos são estudados e esmerilhados em detalhes nas obras de conservadores.

Muitos livros de conservadores são basicamente refutações a Marx e os ditames da esquerda modernosa (Voegelin, Kołakowski, Croce, Mises, Tom Palmer, Yuri Maltsev, David, Gordon, Gary North, Ralph Raico, David Osterfeld, Murray Rothbard – todos demoliram a pó seus argumentos em inúmeras obras). Isto sem falar em verdadeiras análises pontuais (e refutações) completas dos intelectuais da esquerda, como Intelectuais e a Sociedade e Intellectuals and Race (Thomas Sowell), Intellectuals: From Marx and Tolstoy to Sartre and Chomsky (Paul Johnson), Thinkers of the New Left (Roger Scruton), Leftism: From de Sade and Marx to Hitler and Marcuse (Kuehnelt-Leddihn), The Anti Chomsky Reader e The Black Book of the American Left (David Horowitz) e tantos outros.

Os conservadores não têm medo da verdade. Têm medo de quem quer reformá-la. 


Ser conservador é evitar a solução fácil, que acha que só existem opressores e oprimidos (e que todos os bons são oprimidos, todos os que discordam dos métodos são opressores). Qual o caminho a ser dado aos “opressores”, senão a guilhotina, a câmara de gás e o paredón? Qualquer conclusão contrária à sua é sempre preconceito (e, portanto, não merece ter a liberdade de ser divulgada), quem ache que qualquer descrença em seu reformismo forçado é obscurantista (logo, quer voltar à Idade das Trevas), qualquer um que tenha previsto uma conseqüência que ele não previu é traidor, golpista, elitista e tem “interesses de classe”, todos aqueles que pensam de outra forma são imbecis que não merecem ser ouvidos – ou protegidos da morte.

Não é à toa que esquerdistas se confundem tanto com conceitos primitivos (escandalizam-se quando alguém diz que o nazismo é de esquerda), e chamam todos os discordantes de “fascista” (e também de “reacionário”, que poderíamos tomar por elogio, já que foram os maiores inimigos dos fascistas – eram jurados de vingança nos dois hinos dos totalitarismos que mataram 150 milhões de pessoas no séc. XX, a Internacional Socialista e no hino nazista, a Canção de Horst-Wessel).

Todavia, a esquerda defende, 100% iguaizinha aos fascistas, tudo dentro do Estado, tudo para o Estado, nada contra o Estado: economia dirigida e centralizada, aversão brutal às privatizações e ao mercado (os “burgueses”, os “judeus” de ontem). E, claro, odeiam israel com todas as forças de sua crença.

Quando finalmente se escapa da gaiolinha de conceitos fracos da esquerda e se começa a entender por que essas contradições se dão – e como a realidade realmente é – chega-se ao conservadorismo (não “conservando” o mundo ridiculamente injusto e não-conservador como está). É um pensamento político complexo e sem um “manual em 10 passos” – apesar d’Os 10 Princípios Conservadores, de Russell Kirk, quem melhor conseguiu compilar e resumir o conservadorismo para não iniciados. Infelizmente, uma filosofia robusta, mas fadada a sempre ser acionada, aderida e lembrada apenas quando é tarde demais.

E percebe-se, afinal, que não foi do dia pra noite em que alemães e russos, povos incrivelmente mais cultos do que nós, acordaram e resolveram votar em quem queria acabar com o “problema judeu” através da “solução final”, decidida à beira do lago Wansee, em 20 de janeiro de 1942 – ou praticar a “reeducação de burgueses sem consciência de classe” no Gulag soviético.

Não foram tiranias impostas – foram colocadas lá nos braços sorridentes do povo, marchando e enaltecendo seus “salvadores”. E tudo começou sempre culpando os mesmos, mas cada vez com um nome: o burguês, a classe média, o judeu, o comerciante, o explorador, o conservador, o obscurantista do passado, que deveria ir para a lata de lixo da História.

E a consciência para encontrar “inimigos”, “espiões” e “traidores” do “bem comum” por toda a parte não surge senão olhando torto para opiniões opostas. Sabe aquela Rachel Sheherazade? Ela me incomoda, me envergonha, pena que não posso demiti-la… do contrário, só teria opinião igual a minha em toda a parte. 

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Bancada do PMDB na Câmara divulga nota expressando insatisfação contra o governo Dilma


Vladimir Chaves

Depois de mais de 3 horas de reunião a bancada do PMDB na Câmara Federal, decidiu por emitir uma nota pública expressando sua insatisfação contra a presidenta Dilma Rousseff, que além de não aceitar o aumento da cota do partido na reforma ministerial, deverá ainda tirar o Ministério do Turismo, segundo especulações prometido ao PTB.

De acordo com o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, o governo tem criado uma imagem falsa de que o partido é fisiologista, quando na verdade o partido mais guloso é o PT.

“O PMDB estava levando a fama de fisiológico sem ser. E o governo às vezes faz questão de colar essa fama no PMDB. Mas na realidade quem tem o maior espaço guloso no governo é o PT, não o PMDB. Nessa reforma, o PT resolveu a vida dele rapidamente: Saúde, Educação, Casa Civil. Foi tudo resolvido e empossado! Com o PMDB, tudo é um grande estresse. Não tem sentido tratar um aliado desse jeito.” Queixou-se o líder peemedebista.

Abaixo, sob o aval do líder do PMDB na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (RJ), a íntegra da nota emitida pela Liderança do partido:

A Bancada de Deputados do PMDB, reunida nesta data, delibera:

1) Reitera a disposição de manutenção de apoio ao governo, independentemente da ocupação de qualquer cargo, em função da responsabilidade que temos para com o país, principalmente em relação ao desempenho da economia.

2 ) A Bancada, responsável pela indicação de dois Ministérios (Agricultura e Turismo), dentro do espaço concedido pelo governo ao PMDB, prefere não indicar qualquer membro do partido para substituí-los na presente reforma.

3 ) A razão desta decisão deve-se a disputas políticas públicas por cargos, em que preferimos deixar a Presidenta à vontade para contemplar outros partidos em função das conveniências políticas e/ou eleitorais.

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Associação dos magistrados solidariza-se com o Ministro Joaquim Barbosa


Vladimir Chaves

A Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) divulgou nota pública de desagravo ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, em razão da provocação do vice-presidente da Câmara Federal, André Vargas (PT-PR).


O parlamentar repetiu na sessão de reabertura dos trabalhos do Congresso o gesto de erguer o punho cerrado –assim como fizeram o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-ministro José Dirceu, quando se entregaram à Polícia Federal.

Para o  juiz de direito Antonio Sbano, presidente da Anamages, Vargas não ofendeu apenas o ministro, “mas toda a Nação brasileira, eis que o poder de julgar é atribuído aos magistrados pela vontade soberana do povo”.

Eis a íntegra da manifestação:

NOTA PÚBLICA

DESAGRAVO AO EXMO. SR.MINISTRO JOAQUIM BARBOSA

PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.

A ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MAGISTADOS ESTADUAIS – ANAMAGES, vem a público externar sua insatisfação pela falta de decoro e de respeito ao PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, em razão da conduta antiética do Exmo. Sr. Deputado Federal André Vargas (PT-PR) durante a solenidade de abertura do ano legislativo.

A Constituição da República acolheu a tripartição de Poderes, atribuindo aos Chefes do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário o mesmo status de mandatários da Nação.

Se o ilustre Deputado, como publicamente tem se manifestado, discorda do julgamento da AP 470, popularmente chamada de processo do mensalão, é um direito seu. Mas, o seu entendimento pessoal, não o autoriza a afrontar a honra e dignidade do Presidente da Suprema corte brasileira, em Sessão Solene na Casa Legislativa.

Ao se colocar de punho cerrado, gesto de contestação e insatisfação dos condenados na referida ação penal quando foram presos, S. Exa. não ofendeu apenas e tão só o Sr. Ministro Joaquim Barbosa, um dos julgadores, mas toda a Nação brasileira, eis que o poder de julgar é atribuído aos magistrados pela vontade soberana do povo, através das normas votadas pelas Casas Legislativas.

Não se diga, como o fez o Ilustre Deputado: “O ministro está na nossa Casa. Na verdade, ele é um visitante, tem nosso respeito, mas estamos bastante à vontade para cumprimentar do jeito que a gente achar que deve”.

O Congresso Nacional, o Senado a República e a Câmara dos Deputados não pertencem  a um partido ou a alguma pessoa, mas sim ao povo brasileiro e devem ser tratados como um santuário da democracia, da diversidade de pensamentos e de ideias.

A independência e harmonia entre os Poderes da República somente serão efetivamente respeitados se o protocolo e a fidalguia imperarem.

O Plenário não é palco ou palanque eleitoral, nem pode admitir condutas contrárias ao decoro parlamentar e à regras mínimas de educação e convivência.

Como cidadão e fora dos limites da casa do Povo, o Sr. Deputado pode se manifestar como bem entender, assim como qualquer outro cidadão, arcando, por óbvio, com as responsabilidade por eventuais ofensas à honra. Contudo, enquanto Parlamentar, tem o dever de se haver com lhanura e fidalguia, máxime quando recebe, junto com seu colegiado,  o Chefe de outro Poder.

Ao Ministro Joaquim Barbosa apresentamos nosso desagravo, com a certeza de que S.Exa. não se deixará abalar pelo incidente e que continuará conduzir o julgamento dos recursos com INDEPENDÊNCIA e LIVRE DE PRESSÕES, honrando a toga e a magistratura brasileira. Ao bom Juiz não importa o resultado de um julgamento, pressões de grupos ou a vontade pessoal de quem quer seja, mas sim A REALIZAÇÃO PLENA DA JUSTIÇA.

Brasília, 04 de fevereiro de 2.014
Antonio Sbano

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

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Dep. Nilda Gondim: “Lamento que a presidenta Dilma, não esteja dando a atenção que o PMDB merece”


Vladimir Chaves

A deputada federal Nilda Gondim (PMDB), está um “poço de magoas” com a presidente Dilma Rousseff, por conta da resistência ao nome do senador Vital do Rêgo, para o Ministério da Integração Nacional. Na opinião da deputada o PMDB está sendo desrespeitado quando de forma consensual indica um nome para o ministério e a presidenta não aceita.

“Lamento muito que a presidenta não esteja dando a atenção que o partido merece, por que; somos amigo, aliado, correligionário e parceiro, eu acho que o PMDB deveria ser melhor tratado, ter uma maior consideração, mas
  isso vai ficar para uma avaliação do presidente do partido, do vice-presidente Michel Temer, que a cúpula do PMDB nacional  responsável pela indicação do nome de Vitalzinho de forma consensual analise essa conduta da presidente, que deixa a desejar” desabafou a deputada.

A deputada revelou ainda que aconselhou o filho a permanecer no Senado, visto que o mesmo está desempenhando um ótimo trabalho na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Segundo ela, a atuação parlamentar do senador Vital do Rêgo, está sendo reconhecida nacionalmente e que ele no Senado a Paraíba estará bem representada.

“Ele tem uma grande atividade parlamentar, não tem porque às vezes ficar discutindo essas coisas (...) eu confesso que estou feliz com o desempenho parlamentar dele, ele fica bem em qualquer lugar, tem competência, Vitalzinho onde estiver vai representar bem a Paraíba” disse.

Vladimir Chaves

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Médica cubana abandona Programa 'Mais Médicos' e está refugiada na Câmara dos Deputados


Vladimir Chaves

Integrante do Mais Médicos, a cubana Ramona Matos Rodriguez, 51, deixou o programa e anunciou na noite de ontem (4) que vai pedir asilo político ao Brasil. Ela disse que vai permanecer refugiada na liderança do DEM na Câmara dos Deputados, aguardando uma decisão do governo brasileiro, já que está sendo "perseguida pela Polícia Federal".

Clínica-geral, ela chegou ao país em outubro e atuava em Pacajá, no Pará. Ela diz que deixou a cidade no sábado e seguiu para Brasília após descobrir que o valor de R$ 10 mil pago pelo governo brasileiro a outros médicos estrangeiros era muito superior ao que ela recebia pelos serviços prestados.
Ramona foi apresentada nesta terça no plenário da Câmara por líderes do DEM. Em entrevista, ela contou que recebia por mês US$ 400 para viver no Brasil e outros US$ 600 seriam depositados em uma conta em Cuba, que só poderiam ser movimentados no retorno para a ilha.

A médica não revelou como chegou à capital federal nem como foi feito o contato com os deputados da oposição. Ela contou, porém, que decidiu procurar o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) [RONALDO CAIADO É MÉDICO ORTOPEDISTA] depois de fazer uma ligação para uma amiga no interior do Pará e ser informada que a Polícia Federal já tinha sido acionada para buscar informações sobre seu paradeiro, sendo que agentes teriam procurado seus conhecidos na cidade.

Ela não deu detalhes de como chegou ao deputado e disse que se sente enganada por Cuba. A médica mostrou um contrato com a Sociedade Mercantil Cubana Comercializadora de Serviços Médicos Cubanos, indicando que não houve acerto entre o Ministério da Saúde e a Opas (Organização Pan-Americana de Saúde)"Eu penso que fui enganada por Cuba. Não disseram que o Brasil estaria pagando R$ 10 mil reais pelo serviço dos médicos estrangeiros. Me informaram que seriam US$ 400 aqui e US$ 600 pagos lá depois que terminasse o contrato. Eu até achei o salário bom, mas não sabia que o custo de vida aqui no Brasil seria tão alto", afirmou a cubana.

Ela disse que tem uma filha que também é médica em Cuba e que sente receio pela situação dela. Romana afirmou que já trabalhou em uma missão de Cuba na Bolívia por 26 meses.

A médica disse ainda que enfrentava problemas para se deslocar entre cidades brasileiras, tendo sempre que avisar a um supervisor cubano, que ficava em Belém.

Ronaldo Caiado afirmou que a liderança do DEM na Câmara será a embaixada da liberdade para os médicos cubanos. Ele afirmou que sua assessoria prepara para amanhã o pedido de asilo da médica ao governo brasileiro e que irá pessoalmente conversar sobre o caso com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. 
"O DEM se coloca à disposição com estrutura física e jurídica", disse.

Os oposicionistas disseram que vão arrumar um colchão e as condições necessárias para que ela permaneça no local. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disse que não vai interferir no caso porque a liderança é um espaço de cada partido.

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Juiz confirma legalidade de filiação de Alexandre do Sindicato ao PROS e extingue ação de suplente


Vladimir Chaves

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, através de sentença prolatada pelo juiz Eduardo José de Carvalho Soares nesta terça-feira, 04, negou provimento à ação interposta pelo terceiro suplente da coligação “Campina segue em frente III”, que pedia o mandato do parlamentar alegando que Alexandre incorrera em ilegalidade partidária, por ter trocado o PTC pelo PROS no ano passado.

O juiz não apenas desproveu a ação como determinou a extinção do feito com resolução de mérito. Após registrar as alegações do suplente requerente, de que a saída de Alexandre do PTC teria ocorrido “única e exclusivamente por interesse pessoal e não se enquadra em nenhuma das situações que autorizam o desligamento partidário”, o magistrado pontuou que a mudança obedeceu ao que preceitua a Resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“O TSE assentou que a verificação da justa causa para desfiliação da legenda devia acontecer com o registro do estatuto partidário da nova agremiação naquela Corte, e ainda, que essa filiação ocorresse no prazo máximo de 30 dias”, ressalta o magistrado na sentença.

“O promovido (Alexandre) se desfiliou do PTC em 03 de outubro de 2013, filiando-se ao PROS em 04 de outubro do mesmo ano. O registro do PROS foi deferido pelo TSE em 24 de setembro de 2013, tendo o promovido se filiado à nova legenda ainda no prazo de 30 dias, em consonância ao estabeledido na referida consulta. Vê-se, dessa maneira, que o promovido atendeu a ambas exigências do TSE”, completa, enfático.

O juiz Eduardo José de Carvalho Soares ainda aponta que “a matéria já se encontra pacífica nos tribunais”, relacionando casos similares. “Ante o exposto, declaro a extinção do feito com resolução de mérito, em conformidade com o disposto no artigo 48, ‘g’ do Regimento Interno deste Tribunal”, conclui, extinguindo a infundada ação.

Alexandre do Sindicato recebeu com naturalidade a conclusiva sentença do douto magistrado, agradeceu o apoio recebido, agradeceu a Deus e afirmou que, a partir de agora, estudará as medidas cabíveis em relação aos casos de grosseiros ataques ao seu nome perpetrados durante o transcurso da ação. “Vamos em frente, continuar trabalhando por Campina Grande, que para isso fui eleito”, declarou.

(Assessoria)

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

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