A ética cristã é o campo da
teologia que orienta a conduta do crente a partir da revelação divina.
Diferente da ética filosófica, que se baseia em consensos humanos e mutáveis, a
ética cristã tem como fundamento absoluto a Palavra de Deus, que permanece para
sempre (Mt 24:35). O apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 10:23, afirma
que todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm ou edificam, mostrando
que a liberdade cristã é regulada pela santificação, pelo amor e pela
responsabilidade diante de Deus e da comunidade.
Desde o Antigo Testamento, a
ética do povo de Deus está ligada à obediência a princípios imutáveis. O
Decálogo (Êx 20:1-17) expressa a lei moral divina; os profetas
denunciaram injustiça e idolatria, chamando à fidelidade; e no Novo Testamento,
o Sermão do Monte (Mt 5–7) apresenta o mais alto ideal moral, abordando
temas como pureza, perdão, generosidade e amor. Os Evangelhos mostram Cristo
como modelo de vida santa (Mc 10:42-45), enquanto as epístolas aplicam
os princípios do Reino às relações familiares, sociais e espirituais,
destacando que a nova vida no Espírito substitui as obras da carne (Cl 3:5;
Gl 5).
A ética cristã é também
escatológica: projeta a vida presente à luz do Reino vindouro. A história
bíblica mostra que a desobediência à lei moral trouxe juízo a Israel, e essa
advertência permanece atual. Em tempos de relativismo e distorções da graça, a
Igreja é chamada a permanecer firme, lembrando que toda a Escritura é inspirada
por Deus e útil para instruir em justiça (2 Tm 3:16-17).
Assim, a ética cristã não é
mero código de normas, mas expressão prática da fé em Cristo. Ela chama o
cristão a ser sal da terra e luz do mundo (Mt 5:13-14), vivendo em
santidade e testemunhando que os princípios imutáveis da Palavra continuam
sendo o fundamento seguro para uma vida justa, santa e cheia de amor.
0 comentários:
Postar um comentário
Conteúdo é ideal para leitores cristãos interessados em doutrina, ética ministerial e fidelidade bíblica.