Em Êxodo 25, Deus ordenou a
Moisés que o povo trouxesse ofertas para a construção do tabernáculo, o lugar
onde Ele habitaria entre eles: “E me farão um santuário, e habitarei no meio
deles” (Êxodo 25:8). O tabernáculo seria erguido com materiais
preciosos, trabalhados por homens que receberam habilidade do Espírito para
transformar matéria bruta em algo digno da presença do Senhor.
No Novo Testamento, essa
realidade aponta para a igreja. Hoje, o santuário não é feito de madeira, ouro
ou pedras, mas de vidas compradas pelo sangue de Cristo. Paulo lembra: “Não
sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1
Coríntios 3:16). Cada pessoa que chega à igreja é uma “pedra viva”, parte
do templo que Deus edifica.
Essas vidas, porém, não
chegam prontas. São pedras brutas, cheias de marcas e imperfeições. A missão da
igreja é lapidá-las com amor e paciência, revelando nelas o brilho de Cristo.
Assim como no passado Deus deu dons a Bezalel e Aoliabe para trabalhar o
tabernáculo (Êxodo 31:1-6), hoje Ele capacita os seus servos para
cuidarem de cada alma com sabedoria.
O erro de muitos é julgar o
material que chega, esquecendo que cada vida foi adquirida por Cristo: “Porque
fostes comprados por bom preço” (1 Coríntios 6:20). Se a lapidação não
acontece, a culpa não é da pedra, mas do artífice que não soube usar a
ferramenta certa: o amor. O papel da igreja não é selecionar os melhores, mas
acolher todos os que Deus traz.
Portanto, o verdadeiro santuário que Deus está construindo hoje não são paredes de pedra, mas corações restaurados. Cabe à igreja amar, lapidar e preparar esses materiais vivos, lembrando sempre que a obra é de Cristo. Quem rejeita ou despreza vidas, constrói templos de pedra, mas não participa do templo eterno que o Senhor edifica para Si.





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