Muitos cristãos vivem uma fé
limitada à emoção. Sentem o coração arder nos cultos, cantam, louvam e se
emocionam, mas ao primeiro desafio ou tentação da semana, tropeçam e se
desviam. Esse é o cristão espiritualmente cego: aquele que confunde sentimento com
convicção. Paulo nos alerta: “Oro também para que os olhos do coração de vocês
sejam iluminados, a fim de que conheçam a esperança para a qual ele os chamou”
(Efésios 1:18).
A cegueira espiritual não se
mede pela frequência à igreja ou pela leitura da Bíblia, mas pelo coração que
não obedece. Ló escolheu as planícies férteis de Sodoma, encantado pelo que
via, mas não percebeu que conduzia sua família à destruição (Gênesis
13:10-13). Muitos trocam o eterno pelo imediato, vendendo a alma por
prazeres passageiros e justificando suas escolhas com palavras bonitas.
O diabo não precisa arrancar
a Bíblia de suas mãos; basta embaçar seus olhos espirituais, fazendo com que
você leia sem ver ou veja e não compreenda. Ele não precisa transformar alguém
em ateu; basta mantê-lo cego dentro da igreja. Isaías 59:10 descreve
essa realidade: “Nós andávamos às cegas, todos nós, sem visão; caminhávamos
como se estivéssemos tateando às mãos, guiando-nos como os cegos; todos nós
tropeçávamos a cada passo.”
Abrir os olhos do coração é
uma decisão que exige obediência e arrependimento. Quem enxerga espiritualmente
discerne entre o certo e o errado e resiste às seduções do mundo (Efésios
5:15-17). Não adianta cantar santidade no domingo e ceder ao pecado na
segunda-feira; essa duplicidade só prolonga a queda.
A verdade é direta: ou você
pede a Deus para abrir seus olhos agora, ou continuará tropeçando nas mesmas
armadilhas, confundindo o mal com o bem e o bem com o mal. Salmos 119:105 nos
lembra: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e luz para o meu caminho.”
Sem essa luz, cada escolha é um risco. A fé verdadeira se mede pela obediência
diária e coragem de seguir a luz que salva.
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