PMB realiza encontro no dia em que se comemora o Dia do Homem.


Vladimir Chaves

Sem a presença feminina o Partido da Mulher Brasileira (PMB) de Campina Grande, realizou encontro com os seus pré-candidatos a vereadores.

O detalhe é que hoje 15 de julho, comemora-se o Dia do Homem. O PMB é presidido em Campina Grande, pelo vereador Lula Cabral.


No Brasil, o Dia do Homem foi criado por iniciativa da Ordem Nacional dos Escritores e é celebrado no país desde 1992.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

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PSB de Campina Grande acende o “cachimbo da paz”


Vladimir Chaves

O presidente municipal do PSB de Campina Grande, Thompson Mariz, articulou encontro no inicio da noite desta quinta-feira (14), na tentativa de superar as divergências entre algumas lideranças do partido.

Segundo um dos dirigentes da legenda socialista o encontro entre os vereadores Anderson Maia e Murilo Galdino, é o primeiro passo rumo à unidade da legenda com vistas às eleições municipais.

“Estamos juntos e em breve teremos encontro entre Fábio Maia e Adriano Galdino, o cachimbo da paz foi aceso no PSB” comemorou o dirigente.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

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Ex-deputado Neto Franca se oferece para ser o vice de Luciano Cartaxo.


Vladimir Chaves

O ex-deputado estadual Neto Franca (PMDB), atual Diretor Administrativo do Sebrae-PB, publicou nota nesta quarta-feira (13) defendendo que o PMDB tenha candidatura própria em João Pessoa. Porém, na mesma nota, Neto Franca afirma que, se não for possível à legenda ter candidato próprio na capital, deve formalizar aliança com o PSD do prefeito Luciano Cartaxo, indicando seu vice, numa chapa de reeleição.

Segundo Franca, o PMDB tem bons nomes para compor chapa com o prefeito Luciano Cartaxo, colocando-se a disposição da legenda

Confira integra da nota:

Como filiado do PMDB, defendo uma candidatura própria do partido na eleição deste ano, em João Pessoa, por entender que, desta forma, estaremos buscando fortalecer ainda mais o PMDB, o maior partido da Paraíba e do Brasil.
Neste cenário, entendo também que, se não for possível a candidatura própria, a legenda opte por uma aliança com o PSD, do atual prefeito Luciano Cartaxo, indicando o seu candidato a vice-prefeito, numa chapa de reeleição.

Desta forma, defendo que a direção estadual do PMDB, muito bem conduzida pelo nosso líder, senador José Maranhão, abra as discussões internamente, para que possamos escolher um nome que agregue valor e fortaleça esta união PSD-PMDB, considerando que o PMDB tem boas opções, entre elas, Manoel Junior, Nadja Palitot, Roosevelt Vita e o meu nome, que, humildemente, submeto a avaliação partidária.

                                        Neto Franca

quarta-feira, 13 de julho de 2016

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Cássio e Maranhão conseguem liberar R$ 13 milhões para execução de adutoras.


Vladimir Chaves

Em audiência com o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, na tarde desta quarta-feira (13), os senadores Cássio Cunha Lima (PSDB) e José Maranhão (PMDB) conseguiram a liberação de R$ 13 milhões para que o Governo do Estado da Paraíba possa executar obras de adutoras que beneficiará municípios paraibanos.


Os municípios beneficiados serão Itaporanga, Pedra Branca e Nova Olinda.

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Liberou geral: PMDB dá “carta branca” aos diretórios para formalizarem alianças com qualquer partido.


Vladimir Chaves

Os presidentes dos diretórios estaduais do PMDB realizaram encontro em Brasília, na tarde desta terça-feira (12), e decidiram liberar geral a formação de alianças com outras legendas nas eleições municipais de 2016.


Segundo o presidente estadual do PMDB da Paraíba, senador José Maranhão, “o espectro partidário de cada município obedece a fatos que se realizam no próprio município, e não há como evitar que os acordos políticos fujam a essas tendências locais”.

terça-feira, 12 de julho de 2016

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Alerta: “Em dezembro não teremos água com a potabilidade exigida para o consumo humano” João Dantas.


Vladimir Chaves

O vereador João Dantas (PSD) voltou a alertar para o iminente colapso total no sistema de abastecimento de água em Campina Grande. Segundo o parlamentar o baixo volume do “Açude de Boqueirão” tende a se agravar devido ao aumento da temperatura prevista para os próximos meses.
O parlamentar lamentou ainda, que o Governo do Estado não tenha nenhum plano emergencial, caso configure-se as previsões de especialistas. “O que temos visto é que o Governo do Estado tem sido totalmente omisso a essa ameaça contra nossa cidade” disse Dantas.

João Dantas, disse está assustado com a velocidade com que o açude tem perdido volume e acredita que em dezembro não haverá mais água própria para o consumo humano.

“Em dezembro certamente não teremos água com a potabilidade exigida para o consumo humano” concluiu.


Segundo dados fornecidos pela Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, o manancial Epitácio Pessoa (Açude de Boqueirão) encontra-se com apenas 8.4% do seu volume total.

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PTN anuncia apoio à pré-candidatura de Wilson Filho.


Vladimir Chaves

Numa demonstração de que é irreversível a pré-candidatura a prefeito de João Pessoa, o deputado Wilson Santiago (PTB), recebeu na manhã de hoje (12), o apoio do PTN, que é presidido no Estado da Paraíba pelo deputado estadual Janduhy Carneiro.

Além do PTN, o pré-candidato Wilson Filho, esperar contar com o apoio do PSC do ex-senador Marcondes Gadelha e da Rede Sustentabilidade da ex-senadora Marina Silva.

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Deputado Wellington Roberto antecipa que votará pela absolvição de Bolsonaro.


Vladimir Chaves

Escolhido para relatar a representação contra do deputado Jair Bolsonaro (PSC), no Conselho de Ética, o deputado Wellington Roberto (PR), declinou da indicação alegando estar sobrecarregado com outras matérias em Comissões e CPIs da qual é membro.

Entretanto, Wellington Roberto, antecipou que votará pela absolvição do deputado Bolsonaro. “Adianto, como membro do Conselho de Ética meu voto em favor da absolvição do nobre parlamentar” disse o deputado paraibano. 

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Eleições 2016: Veneziano acredita que terá de 5 a 6 partidos no seu bloco de aliados.


Vladimir Chaves

Durante entrevista concedida na manhã de hoje (11), o deputado federal e pré-candidato a prefeito Veneziano Vital do Rêgo (PMDB), disse que apesar das dificuldades enfrentadas para montar um “arco de alianças” acredita que terá de 5 a 6 partidos engajados no seu projeto.
Na oportunidade o pré-candidato citou como uma das dificuldades para ampliar o “leque de partidos”, o fato de não ter uma máquina administrativa. “Eu não tenho cargos a oferecer em troca de apoio politico eleitoral” disse.

Veneziano adiantou que terá no seu palanque o PTN, presidido em Campina Grande pelo vereador Galego do Leite, e o Pros presidido pelo advogado Rodrigo Motta.


A entrevista foi concedida no “Programa Jornal Integração” da Campina FM. 

segunda-feira, 11 de julho de 2016

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Veja os próximos passos do processo de impeachment contra Dilma Rousseff


Vladimir Chaves

Com a leitura do depoimento por escrito da presidenta afastada Dilma Rousseff na última quarta-feira (6) pelo advogado José Eduardo Cardozo na Comissão Processante do Impeachment, o presidente do colegiado, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), deu por encerrada a etapa de produção de provas do processo de impeachment contra a petista.

A comissão só voltará a se reunir no dia 2 de agosto, para apresentação do relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG). Na ocasião, o parecer será lido na comissão, para discussão no dia seguinte e votação no dia 4 de agosto.

Antes disso, até o dia 12 de julho, a acusação enviará as alegações finais ao colegiado. Entre os dias 13 e 27 de julho, caberá à defesa apresentar os argumentos finais. A partir daí até 1º de agosto, o relator poderá elaborar seu parecer sobre o caso.

Relatório

Caberá a Anastasia opinar se procede ou não a denúncia de que Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade. Caso o relatório do tucano acolha a denúncia e a maioria do colegiado concorde com o parecer, o processo seguirá para o plenário da Casa para votação.

A votação no plenário, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), poderá ocorrer no dia 9 de agosto, em sessão presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.

Julgamento final

Se no dia 9 de agosto o plenário do Senado aprovar, por maioria simples, parecer pela procedência da denúncia, a presidenta afastada irá a julgamento final em mais uma votação no plenário. A partir daí, os autores da denúncia terão prazo de até 48 horas para apresentar o chamado libelo. Na prática, trata-se de uma consolidação das acusações e provas produzidas. Os acusadores também deverão apresentar um rol de testemunhas.

Em seguida, a defesa terá 48 horas para apresentar uma resposta, rebatendo os pontos do libelo, e também uma lista de testemunhas. O presidente do Supremo ficará então responsável por fixar uma data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas, mas para isso, terá que respeitar um prazo mínimo de dez dias.

A expectativa é que o julgamento final de Dilma Rousseff, que pode levar ao arquivamento do processo ou à perda definitiva de seu mandato, ocorra entre os dias 25 e 26 de agosto.

Na data definida, o julgamento será realizado no plenário do Senado, mais uma vez presidido pelo presidente do Supremo. As partes podem comparecer ao julgamento ou ser representadas por procuradores. Poderão ser convocadas testemunhas, que serão interrogadas pela acusação, defesa e pelos senadores, que assumem o papel de juízes. As perguntas dos parlamentares, no entanto, não serão feitas diretamente por eles. Assim como em um tribunal, elas terão que ser encaminhadas para Lewandowski para que ele faça as indagações que considerar pertinentes.

O número de testemunhas e o tempo dos depoimentos ainda não estão definidos. Pode ser que haja debate oral, mas neste caso, ainda há definição sobre quem poderia falar. Depois disso, as partes se retiram da sessão para discussão entre senadores – também não está definido quanto tempo cada um terá para se manifestar. O ministro Ricardo Lewandowski então elaborará um relatório, que é diferente de um parecer, pois não haverá juízo de valor.

Votação

O passo seguinte será a votação nominal. Os senadores serão chamados ao microfone para responder “sim”, “não” ou “abstenção” à seguinte pergunta: “Cometeu a acusada Dilma Vana Rousseff os crimes que lhe são imputados, e deve ser ela condenada à perda de seu cargo e à inabilitação temporária, por oito anos, para o desempenho de qualquer função pública, eletiva ou de nomeação?”.

Lewandowski definirá como será a ordem de chamada. Nesta votação, são necessários os votos de pelo menos 54 votos, ou seja, dois terços dos senadores para obter maioria.

Números

A Comissão do Impeachment no Senado foi instalada em 26 de abril. De lá pra cá, foram realizadas 28 reuniões e mais de 40 testemunhas foram ouvidas, a maior parte delas indicada pela defesa da presidente afastada.

Além disso, foram expedidos 127 ofícios, 166 documentos foram recebidos, 135 requerimentos apresentados – 130 deles aprovados. Até agora, os autos do processo no Senado já têm mais de 11,6 mil páginas distribuídas em 29 volumes.

Cronograma da Comissão Processante do Impeachment:

– De 7/7 a 12/7: Prazo para entrega das alegações finais dos autores da denúncia

– De 13/7 a 27/7: Prazo para entrega das alegações finais da defesa de Dilma Rousseff

– De 28/7 a 1º/8: Período para elaboração do parecer do relator Antonio Anastasia

– Terça-feira (2/8) Leitura do parecer na comissão especial

– Quarta-feira (3/8): Senadores discutem o parecer

– Quinta-feira (4/8): Votação do parecer na comissão

– Sexta-feira (5/8): Leitura do parecer no plenário principal do Senado


– Terça-feira (9/8): Início da discussão e votação do parecer no plenário (sessão pode se estender pela madrugada de quarta-feira (10/8)

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“Pedofilia, homossexualismo, corrupção, injustiça...” em entrevista Pagotto revela bastidores da Igreja.


Vladimir Chaves

Em entrevista concedida a “Revista Veja” o arcebispo Dom Aldo di Cillo Pagotto, se diz alvo de injustiça cometida pelo papado de Francisco e atribui a sua situação a uma disputa que tem como pano de fundo acusações de corrupção, homossexualismo, pedofilia nos bastidores da Igreja.

Confira a integra da entrevista:

Na última quarta-feira, o Vaticano anunciou que o papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto. Oficialmente, dom Aldo deixou o posto por “motivos de saúde”. Mas só oficialmente. Por trás da decisão, há muito mais. Há pelo menos quatro anos, o arcebispo era investigado pelo próprio Vaticano sob suspeita de acobertar padres pedófilos. Dom Aldo também era acusado de promover orgias e de ter mantido relacionamento com um jovem de 18 anos – o que ele nega. Foi o primeiro caso, no Brasil, de um arcebispo que deixa o posto no curso de uma investigação sobre envolvimento em escândalos sexuais.

Na mesma quarta-feira, dom Aldo falou por quase duas horas a VEJA. O resultado da conversa é revelador dos bastidores da Igreja – e de segredos que, na grande maioria das vezes, graças à hierarquia e à disciplina dos religiosos, são mantidos distantes dos olhos e ouvidos do distinto público. Na entrevista, o bispo deixa evidente que, na verdade, foi obrigado a renunciar. Ele conta que, no início de junho, foi chamado a Brasília para uma conversa com o núncio apostólico, o representante do papa no Brasil. E que, naquele mesmo dia, o núncio — em nome do papa — o fez redigir a carta de renúncia.

O arcebispo se diz alvo de uma grande injustiça cometida pelo papado de Francisco e atribui a sua situação a uma disputa que tem como pano de fundo acusações de corrupção, homossexualismo, pedofilia e, quase sempre, disputa por poder.

A seguir, os principais trechos da entrevista.

Desvio de dinheiro

Dom Aldo diz que foi vítima de uma orquestração maquinada por um grupo de padres que se opunham a medidas que ele adotou desde que assumiu a Arquidiocese da Paraíba. Ao falar desses padres, cujos nomes ele se esforça para não revelar, o religioso escancara o ambiente interno conflagrado no clero – algo que a Igreja, quase sempre, consegue manter em segredo. Ele acusa os adversários de estarem envolvidos em desvios de dinheiro e de serem, eles próprios, personagens de escândalos sexuais. Na origem de tudo, diz ele, está a disputa pelo controle das finanças.

“Tudo começou porque eu tenho uma visão mais moderna. A questão administrativa e patrimonial da Arquidiocese estava bastante comprometida. Então começamos a colocar as coisas em ordem, com prestação de contas. Isso mexeu na posição de uns privilegiados. Havia coisas não muito bem resolvidas.”
“Quando você mexe no bolso, que é a parte mais delicada do corpo da pessoa, vêm as reações, que não são tão diretas no começo. Aí começam com outras acusações. Diziam que eu era financista, materialista, e que a Igreja não é só isso.”

“Essa reação partia de um grupo pequeno, mas muito bem articulado, formado por cinco padres. Passaram a acusar que o clero no estado estaria dividido, e outras coisas morais. Diziam que eu era ditador. Depois foram para os ataques pessoais de ordem afetiva e sexual. Aí foram para a baixaria mesmo, com acusações horrendas à minha pessoa e a outros padres também.”

“Esses padres têm poder financeiro. E a reação vinha justamente daí. Tudo parte de quando você quer mexer nas finanças.”

Mas esses padres estavam envolvidos com corrupção?, perguntou VEJA.

A resposta: “Havia um colégio aqui, o Pio XII, que eu tive que fechar quando cheguei porque havia uma coisa não resolvida ali. Era um colégio tradicional, de mais de 80 anos. Pedimos uma auditoria e fizeram de tudo para não fazer essa auditoria. Sempre me era aconselhado: ‘Não é bom mexer com isso’”.

Dom Aldo diz que, só nas contas da escola, havia um rombo de 1,8 milhão de reais. E quem são esses padres?

“Eu sei quem são. Alguns nomes eu levei para a Santa Sé. Pelo menos o nome de dois, entre eles o que capitaneia, eu informei à Santa Sé. São padres muito bem posicionados aqui, veteranos.”

O segredo do processo e o silêncio do papa

Alvo de denúncias cada vez mais constantes, e de uma série de dossiês enviados a Roma, dom Aldo Pagotto passou a ser formalmente investigado pelo Vaticano. O rol de acusações contra ele era extenso: além de ser acusado de proteger padres pedófilos, diziam as denúncias, teria relaxado os critérios para a aceitação de novos seminaristas. Além disso, era apontado como personagem central de um grupo de religiosos que se esbaldavam em festas e promoviam orgias sexuais. Em janeiro de 2015, já em consequência das investigações, o Vaticano impediu o arcebispo de ordenar novos padres.

“Em junho do ano passado fui ao Vaticano tirar a história limpo. Falei com o cardeal Stella (Beniamino Stella, prefeito da Congregação para o Clero — uma espécie de ministro do Vaticano). O cardeal me tratou muito bem, me escutou durante uma hora, mas disse que a resposta viria só depois de agosto e setembro e que o desfecho dependia também da Congregação para os Bispos. Comecei a cobrar e não vinha nada.”

“Em maio eu pedi para conversar com o próprio papa. Mas isso não me foi concedido. Essa resposta nem veio. Dois ou três dias depois de redigir a carta de renúncia, fiz outra carta ao papa reforçando esse pedido. Escrevi ao papa dizendo que gostaria muito de falar com ele. Ali eu ainda tinha esperança (de que a investigação pudesse ter outro desfecho). Nada.”

O chamado para renunciar
Dom Aldo revela que a renúncia não foi um ato de vontade própria. Foi uma determinação do Vaticano – uma determinação que a disciplina religiosa e o respeito à hierarquia da Igreja o obrigavam a aceitar. A renúncia era uma forma de evitar mais desgastes. A explicação oficial que viria na sequência – “motivos de saúde”— ajudaria

“Fiquei lá (na Nunciatura Apostólica, em Brasília) uma manhã inteira. A conversa com o núncio foi de pelo menos uma hora. A sós, no gabinete dele. Ele recordou todos os fatos. Eu pedi, de novo, para ter acesso ao que eu era acusado, ao relatório ou ao dossiê. Ele disse: não se pode mostrar. Então, se é assim… Ele também não disse quem acusava. Ele aconselha. Eu também tirei minhas dúvidas. Ele disse: ‘O papa está muito preocupado com você. É para o seu bem. Para o seu bem e para o bem da Igreja. Então, para o bem da Igreja e para o seu bem, você pense’. Eu cheguei a dizer: está bem, está muito certo, entendi tudo. Eu mesmo me choquei.”

“Ele me falou: Olha, você faça essa carta. É assim mesmo. Ele é o representante do papa.”

A certa altura, o arcebispo percebe que estava falando demais. E tenta se corrigir:

O senhor, então foi instado a renunciar?

“Não é bem assim…. Eu me aconselhei também. E eu aqui já dizia para alguns padres da minha insatisfação, do meu estado de saúde. Não é que recebi uma ordem: faça. Não é bem assim. A gente é livre. Eu disse a ele (ao núncio): é até interessante que eu faça (a carta), e fiz.”

O senhor acha justo o desfecho do caso?

“Não acho. Eu tenho muita dificuldade de aceitar uma coisa dessas. É muito ruim, muito ruim.”

Tive que limpar o seminário

Dom Aldo Pagotto admite que havia “problemas” na Arquidiocese. Entre eles problemas, ele cita o fato de ter aceitado, como candidatos a padre, jovens homossexuais que já haviam sido rejeitados em outros seminários por “conduta inadequada”. Ele diz, porém, que fez o que tinha de ser feito: “limpou” o seminário.

“Nós tivemos problemas no seminário. Eu tive que limpar o seminário de pessoas suspeitas de comportamento não adequado.”

Em que sentido? Sexual?

“É, exatamente.”

E o que é “limpar”?

“Limpar quer dizer convidar a sair. Isso foi em 2012. Em um seminário sempre há entrada e saída de pessoas. Seminário onde só entram pessoas e ninguém sai não é bom. Tem pessoas com determinada tendência que vêm procurar seminário e você sabe que a intenção pode ser outra. Eu não posso ser julgado por isso. Na verdade, os papas todos tiveram problemas assim. O João Paulo teve problemas imensos. Depois veio Bento 16, que estatuiu normas muito caridosas, mas muito objetivas. E, agora, Francisco da mesa forma. No caso daqui, houve problemas, eu não posso negar. Mas eu fiz relatórios disso, desde o outro núncio apostólico, como estava o seminário, que tinha havido infiltração (de gays). Eu relatei a infiltração. Não escondi.”

A “infiltração” gay

“No seminário, o problema era homossexualismo. Falando abertamente, é isso. Tivemos alguns casos. O relato é de que houve infiltração, romance, defesa de comportamentos que não são admitidos pela Igreja. Naquele momento, entre 2011 e 2012, isso envolveu cinco ou seis pessoas. Faziam defesa desse comportamento lá dentro. Também havia comportamentos estranhos. Colegas estranharam, pessoas da comunidade também. Diziam: Olha, esse rapaz aqui parece que é… Havia toda uma preocupação para evitar a reprodução desses escândalos que estamos vendo.”

Pedofilia na Arquidiocese

“Eu digo que por misericórdia eu aceitei alguns padres em crise. Aceitei seminaristas egressos (que já haviam sido expulsos de outros seminários), mas eu não sabia desse comportamento. Por indicação de alguém, por pedidos para que eu desse chance. Esses pedidos vinham de bispos, de superiores de alguma congregação. Enfim, eu fui misericordioso. Aceitei e me dei mal. Esses seminaristas foram ordenados por mim e depois tive que afastá-los. Eu afastei seis. Eram acusados de envolvimento de pedofilia. Um foi inocentado.”

“Era aquela questão com meninos, coroinhas. Dentro da igreja. Eram casos na região metropolitana de João Pessoa e no interior. Do interior eram três, e três da capital. As denúncias foram feitas por familiares dos meninos. Comecei a receber essas denúncias de 2012 para 2013, tudo de uma vez, uma atrás da outra. Os padres foram afastados imediatamente. Um deles morreu. Nunca foi ouvido em juízo e morreu de muita depressão, coitadinho.”

A acusação de relacionamento homossexual

“Deus me livre, isso não existe. É mentira. Não tem como.”

E com base em que o acusam de ser homossexual?

“Respondo com uma frase: Acusemo-lo daquilo que nós somos.”

Isso existe entre os religiosos que o acusam?

“Claro que existe. Acuse-o daquilo que a gente é.”

A acusação de organizar festas e orgias


“Mas que festas? Deus me livre, eu não tenho tempo para pecar. A minha única diversão é nadar na piscina de um colégio aqui perto. Não vou ao cinema. Minha vida é trabalho. Não existe isso aí.”

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PTB e Rede Sustentabilidade podem firmar aliança em João Pessoa.


Vladimir Chaves

As Direções Executivas do partido Rede Sustentabilidade (Estadual e Municipal de João Pessoa) reuniram-se com o pré-candidato do PTB a prefeito de João Pessoa, deputado Wilson Filho. Na pauta, a possível aliança entre PTB e Rede Sustentabilidade nas eleições municipais da capital paraibana.


“Tivemos uma ótima conversa e percebi diversos pontos comuns nas nossas compreensões sobre as necessidades de João Pessoa. Fiz o convite para a REDE se juntar ao nosso projeto e estou otimista de que essa parceria possa render bons frutos para a construção de uma cidade melhor” comemorou o pré-candidato do PTB.

domingo, 10 de julho de 2016

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