O céu é real o inferno também


Vladimir Chaves

A Bíblia nos apresenta uma verdade inegociável: existem dois caminhos e dois destinos finais para a alma humana. Um leva à vida eterna no Céu, o outro conduz à condenação eterna no Inferno. Jesus mesmo deixou claro que o caminho para a salvação é estreito e poucos o encontram, enquanto o caminho para a perdição é largo e muitos andam por ele.

"Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos há que a encontrem."(Mateus 7:13-14)

O céu é o destino daqueles que escolheram seguir a Cristo, confiando em Seu plano divino de salvação. Ele oferece a paz que excede todo entendimento, a presença eterna de Deus e a herança incorruptível reservada para os fiéis.

"Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam." (1 Coríntios 2:9)

Já o inferno, por outro lado, não tem nada de bom a oferecer. É um lugar de separação eterna de Deus, de dor e de trevas. É a consequência final da rebelião contra o Criador.

"E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna." (Mateus 25:46)

Deus, em Sua infinita bondade, nos concedeu o livre arbítrio. Podemos escolher qual caminho trilhar. Porém, muitos têm optado pelo distanciamento do Senhor, caindo nas armadilhas do diabo, armadilhas que se escondem nas aparentes facilidades e prazeres do caminho largo.

O inimigo oferece distrações que, à semelhança de uma ratoeira para o rato, parecem atrativas, mas levam à morte espiritual.

"O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância." (João 10:10)

Por outro lado, aqueles que não se deixam distrair, mas permanecem firmes na fé, avançando no caminho estreito, encontrarão a recompensa eterna prometida por Deus.

"Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida." (Apocalipse 2:10)

A escolha é pessoal e intransferível. Hoje, cada um de nós está em um desses caminhos. Que a nossa decisão seja seguir o caminho estreito, com os olhos fixos em Jesus, certos de que vale a pena renunciar o que for necessário para ganhar o que jamais poderemos perder.

sábado, 9 de agosto de 2025

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O poder do discernimento espiritual


Vladimir Chaves

O discernimento espiritual não é uma habilidade mental ou fruto da inteligência humana, é um poder espiritual dado por Deus. Ele atua como um farol que ilumina o caminho em meio às trevas da confusão, do engano e das aparências. Ter discernimento é estar um passo à frente, não porque somos melhores, mas porque estamos conectados à verdade que liberta.

Muitos vivem presos em ilusões, cegos espiritualmente, seguindo qualquer direção que pareça promissora. Mas o discernimento liberta dessa cegueira. Ele permite ver além das aparências, perceber a verdade oculta por trás de palavras bonitas ou intenções disfarçadas.

Como a Bíblia ensina:

“O homem espiritual discerne todas as coisas, mas ele mesmo por ninguém é discernido.” (1 Coríntios 2:15)

Essa capacidade não vem do ego ou da razão, mas do Espírito Santo que habita no crente.

No entanto, o discernimento pode ser bloqueado. O ego, a soberba e a resistência à mudança nos impedem de ver com clareza. Quando acreditamos que já sabemos tudo, que estamos certos em tudo e que não precisamos mudar, fechamos os olhos espirituais.

A Bíblia adverte:

“Há caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.” (Provérbios 14:12)

Ou seja, o discernimento nasce quando estamos dispostos a desaprender, a reconhecer que nem tudo é como gostaríamos que fosse, mas como realmente é diante de Deus.

As emoções descontroladas também podem nos desconectar do discernimento. Quando agimos movidos apenas por sentimentos, perdemos a capacidade de perceber o que é verdadeiro. O discernimento rejeita “verdades prontas”, não segue qualquer “guru” ou autoridade sem antes examinar à luz da verdade.

Como os bereanos em Atos 17:11, é preciso conferir tudo com as Escrituras, com humildade e reverência.

À medida que desenvolvemos o discernimento, nos afastamos naturalmente de influências que promovem a cegueira espiritual. Passamos a valorizar o silêncio, a mansidão, a verdade e a direção do Espírito, mesmo quando ela nos confronta ou nos tira da zona de conforto. O discernimento não é confortável, mas é libertador.

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

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A igreja que repele a mentira


Vladimir Chaves



A igreja primitiva é um exemplo marcante de como o Espírito Santo opera de forma poderosa em uma comunidade que zela pela santidade e pela verdade. Um episódio que marcou profundamente a trajetória da primeira igreja foi o caso de Ananias e Safira (Atos 5). Esse acontecimento não apenas revelou a seriedade com que Deus lida com a mentira, mas também serviu como um marco de temor e pureza para todos os crentes. Em tempos em que muitas igrejas relativizam o pecado, é urgente revisitar os princípios que tornam uma igreja verdadeira aos olhos de Deus: temor, santidade e firmeza contra o engano.

1. Uma igreja temente

Lucas relata que, após o julgamento divino sobre Ananias e Safira, “grande temor veio sobre toda a igreja e sobre todos os que ouviram estas coisas” (Atos 5:11). Esse temor não é simplesmente medo, mas uma profunda reverência e respeito à santidade de Deus. O mesmo princípio é mencionado em Atos 2:43, quando sinais e maravilhas eram realizados, e todos estavam tomados de temor.

O episódio nos ensina que Deus zela pela pureza do seu povo e que a mentira, mesmo que aparentemente inofensiva, é uma afronta ao Espírito Santo. Se Pedro não tivesse confrontado o casal, o pecado teria se instalado no coração da igreja ainda em seus primeiros dias, contaminando a obra que nascia cheia de graça e verdade. Uma igreja que teme ao Senhor vive em vigilância espiritual e trata com seriedade tudo o que pode corromper sua integridade.

2. Uma igreja forte

A verdadeira força da igreja não está em números, estruturas ou estratégias humanas, mas em sua santidade. Uma igreja que trata o pecado como pecado, sem buscar desculpas, é uma igreja forte. O poder de Deus repousa onde há verdade e arrependimento. Quando a disciplina espiritual é ignorada e o pecado é tolerado ou até mesmo disfarçado por conveniências, a igreja se torna anêmica, frágil e inoperante.

A força espiritual de uma congregação está diretamente ligada à sua obediência aos princípios bíblicos. Uma igreja que rejeita a mentira está alinhada com o caráter de Cristo, que é “o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). A mentira é incompatível com a presença do Espírito Santo. Por isso, a igreja que deseja ser cheia de poder precisa, antes, ser cheia de verdade.

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O maior vilão da fé não é o mundo


Vladimir Chaves

Redes sociais, entretenimentos vazios, ideologias contrárias à fé, tudo parece ser colocado como vilão da fé cristã. Mas será que apenas o mundo é responsável por afastar os crentes de Deus? Ou seria o pecado, que já não provoca mais vergonha no coração humano?

Muitos já não sentem vergonha de pecar. Aliás, sequer sabem que estão pecando, pois estão dominados pela soberba, pelo espírito de julgamento contra o próximo, por atitudes que geram contendas, um espírito que se autodenomina santo e acima de todos, sem ao menos ser exemplo.

A banalização do pecado

Jesus, em Mateus 24:12, alerta:

“Por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”

A multiplicação da iniquidade não é apenas um fenômeno social; é uma tragédia pessoal e espiritual. Quando o pecado deixa de causar constrangimento, ele passa a ser aceito, defendido e pior: praticado com orgulho. A consciência adormece, o coração endurece, e a fé se torna apenas uma casca.

O perigo da falsa santidade

O segundo alerta é ainda mais desconfortável: a soberba disfarçada de santidade. Aqueles que se autodenominam santos, que apontam o dedo para os pecadores enquanto escondem suas próprias misérias, tornam-se agentes de divisão. Criam contendas em nome da “verdade”, mas se esquecem de que a verdade bíblica caminha de mãos dadas com o amor, a humildade e o serviço.

Julgar com arrogância, expor o erro do outro sem compaixão, alimentar disputas religiosas e não ser exemplo de transformação, tudo isso contribui para o esfriamento do amor. A falsa santidade repele em vez de atrair; afasta em vez de restaurar.

A responsabilidade pessoal

O mundo sempre foi mundo. Desde os tempos bíblicos, ele é descrito como um sistema contrário ao Reino de Deus. Mas a responsabilidade pelo nosso relacionamento com Deus é pessoal e intransferível. Não adianta culpar as influências externas se o problema está na falta de vigilância interna.

O salmista orava: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos.” (Salmo 139:23)

Falta hoje esse clamor sincero. Falta arrependimento real. Falta vergonha do pecado.

O que fazer, então?

Voltar ao arrependimento genuíno: sentir tristeza pelo pecado e desejo de mudança;

Silenciar a soberba religiosa: trocar julgamento por compaixão e intercessão;

Buscar ser exemplo antes de ser juiz: viver de forma coerente antes de apontar incoerências alheias;

Restaurar o primeiro amor: como Jesus ordenou à igreja de Éfeso (Apocalipse 2:4-5), voltar ao início, ao lugar da humildade e do fervor verdadeiro.

Enfim, o maior inimigo da fé cristã não é o mundo, mas: O pecado disfarçado de liberdade e a soberba camuflada de santidade, o amor que se esfria por dentro, enquanto se mantém uma aparência de religiosidade por fora.

A porta da graça ainda está aberta. Não aceite a normalidade do pecado. Quem ama a Deus não brinca com aquilo que o crucificou.

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O cristão e a mentira


Vladimir Chaves

A mentira é uma das primeiras manifestações do pecado no ser humano após a queda, e continua sendo uma armadilha presente em todas as áreas da vida, inclusive entre os que professam a fé cristã. No livro de Atos dos Apóstolos, encontramos um exemplo impactante sobre o perigo da mentira dentro da comunidade cristã. A história de Ananias e Safira nos ensina que mentir é uma escolha, pode ser sedutora, mas traz graves consequências.

1. Mentir é uma escolha

Ananias e Safira, membros da igreja primitiva, decidiram conscientemente mentir sobre o valor da oferta que haviam prometido entregar. Não foram forçados por ninguém, tampouco enganados (mentiram por decisão própria). Pedro, discernindo pelo Espírito Santo, repreendeu Ananias duramente, revelando que sua mentira não era apenas contra os homens, mas contra Deus.

“Não mentiste aos homens, mas a Deus.”  Atos 5:4

A mentira, portanto, é uma ação de natureza moral: é fruto de uma escolha pessoal, que revela o estado do coração. Um cristão precisa estar atento ao que escolhe fazer, pois cada decisão moral o aproxima ou o afasta de Deus.

2. Atraídos pela mentira

Ananias e Safira não mentiram por medo, mas foram seduzidos pela possibilidade de obter reconhecimento sem renunciar de fato. Foram atraídos pelo desejo de parecer generosos, sem realmente agir com integridade. A mentira ofereceu um caminho mais fácil e mais lucrativo, e eles o seguiram.

“Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido.” Tiago 1:14

Assim como eles, muitos de nós somos atraídos pela mentira em busca de vantagens: seja para manter uma aparência, evitar consequências ou conquistar algo de maneira indevida. O cristão, porém, é chamado a andar na verdade, mesmo quando ela for custosa.

3. Mentir tem consequências

O final da história de Ananias e Safira é trágico. Ambos morreram como juízo direto de Deus, mostrando que Ele leva a verdade a sério, especialmente dentro da Sua Igreja. Eles estavam em um ambiente cheio do Espírito Santo, experimentando o mover de Deus, mas isso não os impediu de pecar. E o pecado trouxe morte.

“Não vos enganeis: de Deus não se zomba. Pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará.” Gálatas 6:7

Mentir tem consequências. Pode não ser de imediato como aconteceu com Ananias e Safira, mas sempre traz prejuízo: para a comunhão com Deus, para os relacionamentos, para a consciência. Por isso, é essencial que o cristão vigie constantemente, sabendo que nenhuma mentira passa despercebida aos olhos de Deus.

A verdade não é apenas um valor moral, mas uma expressão do caráter de Cristo. O cristão é chamado a viver na luz, e isso inclui ser verdadeiro em palavras, atitudes e intenções.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

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A sutil estratégia do inimigo para te afastar de Deus


Vladimir Chaves

O diabo, inimigo astuto, sabe que, se não puder nos destruir com o pecado, fará o possível para nos distrair com o que parece inofensivo, roubando silenciosamente nosso tempo, nossa atenção e, por fim, nossa comunhão com o Senhor.

A armadilha da ocupação vazia

A Palavra de Deus nos alerta sobre isso. Em Efésios 5:15-16, Paulo nos exorta:

"Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus."

O termo “remindo o tempo” indica urgência espiritual; a necessidade de usar bem cada momento, porque a distração é uma estratégia eficaz do maligno. Basta um pouco mais de sono quando se deveria orar. Basta a “rolagem infinita” no celular quando se deveria ler a Palavra. Basta o acúmulo de tarefas e a falta de organização para que o culto doméstico seja constantemente adiado. O inimigo trabalha nos detalhes.

Um inimigo invisível

A preguiça espiritual é sorrateira. Ela não grita, sussurra. Diz: "Depois você ora. Amanhã você lê a Bíblia. Hoje você está cansado." E, assim, os dias passam... e a alma esfria.

"O preguiçoso deseja e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta." (Provérbios 13:4)

Esse versículo aplica-se não apenas à vida prática, mas também à vida espiritual. Quem deseja a presença de Deus, mas não se dispõe a buscá-la, encontrará apenas frustração e vazio. A intimidade com Deus exige intencionalidade.

Nem tudo o que ocupa nosso tempo é pecado, mas nem tudo edifica (1 Coríntios 10:23). A obsessão por produtividade, a busca constante por entretenimento, o apego ao celular e às redes sociais (embora socialmente aceitáveis) podem se tornar armadilhas se substituírem o tempo com Deus.

Jesus alertou Marta sobre esse perigo:

"Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada." (Lucas 10:41-42)

Marta estava fazendo algo bom: servindo. Mas estava perdendo o melhor: estar aos pés de Jesus. O diabo não precisa nos empurrar para o abismo do pecado se conseguir nos manter ocupados para orar e meditar na Palavra.

Peça Discernimento

Ore como Davi:

"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos." (Salmo 139:23)

Deus mostrará o que precisa ser ajustado.

Por isso, seja vigilante. Como Jesus disse:

"Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca." (Mateus 26:41)

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O evento mais importante da humanidade não foi o homem ir à Lua, mas a presença do Filho de Deus entre nós.


Vladimir Chaves


Enquanto o mundo celebra grandes conquistas científicas e tecnológicas, como a chegada do homem à Lua, há um evento infinitamente maior que transformou não apenas a história, mas o destino eterno da humanidade: a vinda de Jesus Cristo à Terra.

O Criador se fez homem. O Eterno entrou no tempo. Deus habitou entre nós. Nenhuma façanha humana, por mais grandiosa que pareça, se compara ao momento em que o céu tocou a terra na pessoa de Jesus.

Ele não apenas caminhou entre os homens; Ele curou, ensinou, amou, perdoou, mas entregou Sua vida para nos salvar. A presença do Filho de Deus entre nós é o marco mais glorioso da história, porque através dEle recebemos redenção, esperança e vida eterna.

Celebrar esse fato é reconhecer que a maior conquista não foi o homem subir aos céus, mas o céu descer até nós.

 

 

 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

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A mesa preparada por Deus


Vladimir Chaves

"Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda." (Salmo 23.5)

O Salmo 23 é uma das passagens mais reconfortantes de toda a Bíblia. Nele, Davi descreve sua íntima confiança em Deus como seu pastor e protetor.

Mas o que isso significa? E por que essa cena, aparentemente contraditória, um banquete em meio ao conflito é tão poderosa?

Uma mesa no campo de batalha

A figura de uma mesa geralmente remete à paz, comunhão e provisão. No entanto, Davi apresenta essa mesa sendo preparada “na presença dos inimigos”. Isso nos ensina que a presença de Deus não elimina a presença dos inimigos, mas muda completamente nossa postura diante deles.

Essa mesa não é servida após a vitória, mas durante a adversidade. É um gesto de autoridade e confiança: Deus nos convida a sentar e desfrutar de Sua provisão, mesmo quando cercados pelo ódio, oposição ou traição.

A vitória começa no coração confiante

A imagem da mesa não representa apenas provisão física, mas também paz interior e segurança emocional em meio ao caos. Quando confiamos que é o próprio Deus quem prepara essa mesa, aprendemos a descansar mesmo quando tudo parece nos pressionar.

A verdadeira vitória começa quando o medo perde lugar para a fé. Sentar-se à mesa em frente aos inimigos é um ato de confiança profunda:

"Eu sei quem me guarda. Eu sei quem está no controle."

A mesa da comunhão com Deus

Davi não estava focado nos inimigos, mas em quem preparava a mesa. Isso é fundamental. Muitas vezes, nossa atenção se volta aos adversários, às injustiças, às ameaças. Mas a fé madura olha para o Senhor e diz:

"Tu estás comigo, isso é suficiente."

Um banquete para a alma cansada

Muitas vezes, o "inimigo" não é uma pessoa, mas uma situação: enfermidade, escassez, angústia, solidão, ansiedade. Em qualquer cenário, o princípio permanece: Deus prepara uma mesa, um lugar de renovo, sustento e refrigério.

Essa mesa é graça em meio à guerra, é esperança onde havia dor, é abundância onde antes havia escassez.

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O que é apologética? A defesa racional da fé cristã


Vladimir Chaves

A fé cristã é constantemente desafiada por dúvidas, objeções, ideologias contrárias e uma crescente onda de secularismo. Nesse cenário, a apologética cristã se apresenta como um ramo essencial da teologia, oferecendo razões sólidas e fundamentadas para a fé.

A ordem bíblica para a apologética

Apologética não é apenas um exercício intelectual; é um mandamento bíblico. Em 1 Pedro 3:15, o apóstolo exorta os cristãos:

“Antes, santificai a Cristo como Senhor em vosso coração. Estejam sempre preparados para responder a todo aquele que pedir razão da esperança que há em vós.”

Esse versículo resume o coração da apologética: estar preparado para responder, com mansidão e respeito, a quem questiona a nossa fé.

Além de ser uma ferramenta de evangelismo e defesa, a apologética também fortalece a fé dos próprios cristãos. Ao compreenderem os fundamentos racionais, históricos e filosóficos da fé, os crentes se tornam mais convictos e confiantes diante dos desafios da vida e das investidas ideológicas.

A história da igreja revela que heresias e ensinos distorcidos sempre tentaram se infiltrar no meio do povo de Deus. A apologética atua como uma barreira protetora, ajudando a discernir entre o que é doutrina bíblica genuína e o que são falsificações perigosas. Isso é vital para preservar a pureza do Evangelho e proteger a igreja de erros destrutivos.

Num mundo onde o relativismo nega a existência de verdades absolutas, e o cientificismo tenta excluir Deus da equação, a apologética é uma resposta indispensável. Ela mostra que a fé cristã não é um salto no escuro, mas uma resposta lógica, histórica e existencialmente coerente com a realidade.

A apologética cristã é muito mais do que um debate de ideias. Ela é uma expressão de amor à verdade, uma forma de honrar a Deus com a mente e uma ferramenta poderosa para alcançar corações confusos ou céticos. Em tempos de crise moral e espiritual, defender a fé é uma missão urgente, e a apologética nos equipa para cumpri-la com sabedoria, coragem e graça.

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O discernimento espiritual leva você a ver as pessoas como elas realmente são.


Vladimir Chaves

"Tratemos de discernir o que é certo e o que é errado; aprendamos juntos o que é bom." (Jó 34:4)

Muitas vezes, a aparência pode nos levar a julgamentos errados. Palavras bonitas, atitudes ensaiadas e imagens meticulosamente moldadas tentam ocultar o que há por trás do coração humano. Diante disso, uma das maiores necessidades do cristão é o discernimento espiritual, um dom divino que vai além das impressões superficiais e nos capacita a perceber a verdade espiritual por trás das coisas, das situações e, especialmente, das pessoas.

À luz da Bíblia, o que é discernimento espiritual?

Discernimento espiritual é a habilidade dada por Deus para distinguir o verdadeiro do falso, o que é de Deus e o que não é, mesmo quando tudo parece confuso ou sutil. É enxergar com os olhos da alma iluminados pelo Espírito Santo. É perceber não apenas as intenções das palavras, mas os espíritos que as inspiram (1 João 4:1).

O discernimento é mais do que sabedoria humana ou intuição; é uma revelação espiritual que nos protege do engano e nos conduz à verdade.

Jó 34:4 — “Tratemos de discernir o que é certo e o que é errado”

Estas palavras foram ditas por Eliú, um dos amigos de Jó, em meio a um debate sobre justiça e sofrimento. A frase, embora dita em um contexto específico, ecoa um princípio eterno: a responsabilidade de discernir entre o bem e o mal é de todos nós. Não devemos aceitar tudo o que ouvimos ou vemos sem antes passar pelo crivo da verdade divina.

Discernir é ver além da máscara

Quando o discernimento espiritual está ativo em nossa vida, somos capacitados a ver além da superfície. Palavras doces podem esconder corações maliciosos. Aparente piedade pode camuflar intenções egoístas.

Discernir é também olhar para dentro

É fácil aplicar o discernimento para enxergar os outros; mais difícil é aplicá-lo a nós mesmo. O Espírito Santo também nos revela quem nós somos, desnudando as intenções do nosso próprio coração. Como Jeremias declarou: “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas” (Jeremias 17:9). O discernimento, então, também é um espelho que nos chama ao arrependimento.

Como desenvolver o discernimento espiritual?

Conhecendo a Palavra: A Bíblia é a nossa bússola, nosso guia e a luz da verdade. Quanto mais mergulhamos nela, mais luz temos para discernir (Salmo 119:105).

Oração: Da oração brota a nossa intimidade com Deus. É nela que nos conectamos com a voz do Espírito.

Obediência: O discernimento se fortalece quando caminhamos em obediência. Deus revela mais a quem pratica o que já conhece (João 7:17).

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A seriedade da mensagem que Paulo recebeu de Cristo


Vladimir Chaves

O apóstolo Paulo, ainda nos primórdios da Igreja, já enfrentava o desafio do evangelho deturpado, e era categórico ao afirmar que qualquer evangelho diferente daquele que ele havia recebido de Cristo era maldito.

“Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que já vos pregamos, seja anátema.” Gálatas 1:8

Essa advertência não é apenas severa, ela é definitiva. O termo “anátema” significa maldição, separação total de Deus. Paulo não apenas rejeita qualquer mensagem distorcida, mas a condena à destruição, alertando a Igreja sobre o risco de adulterar a revelação de Cristo.

A procedência divina do evangelho de Paulo

O evangelho que Paulo anunciava não era fruto de opiniões pessoais, tradição humana ou aprendizado com outros apóstolos. Ele foi diretamente revelado por Jesus Cristo. Em suas palavras:

“Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem o aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo.” Gálatas 1:11-12

Essa origem divina confere à mensagem de Paulo uma autoridade inquestionável. Ele não era apenas um missionário zeloso, mas um mensageiro escolhido para anunciar aquilo que o próprio Cristo revelou após Sua ressurreição. Sua experiência pessoal de transformação, do perseguidor ao apóstolo, dá ainda mais peso à seriedade do que pregava.

Graça: O centro da verdade do evangelho

Paulo também é firme ao afirmar que a salvação é pela graça, mediante a fé, e não pelas obras da lei ou méritos humanos. Isso significa que ninguém pode comprar ou conquistar o favor de Deus com esforço próprio. A graça é dom de Deus, oferecida gratuitamente a todos os que creem.

“Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:8-9 — complementando a mensagem com outro texto paulino)

Portanto, qualquer evangelho que coloque as obras humanas como condição para a salvação não é evangelho, é engano.

Um alerta que ecoa até o fim

Essa preocupação com a integridade da mensagem não se limita a Paulo. No último livro da Bíblia, o próprio Senhor adverte:

“Se alguém lhes acrescentar algo, Deus lhe acrescentará as pragas descritas neste livro. E se alguém tirar alguma palavra deste livro de profecia, Deus tirará dele a sua parte na árvore da vida...” Apocalipse 22:18-19

O evangelho não precisa ser editado para se adaptar ao gosto do público. Ele é completo, perfeito e eficaz. Acrescentar ou remover algo é colocar em risco o destino eterno de quem ouve, e de quem prega.

Mantenha-se fiel ao evangelho de Cristo

Em tempos de tantas interpretações, precisamos nos manter na fonte pura da verdade: o Evangelho revelado por Jesus e fielmente anunciado por Paulo e pelos apóstolos. Qualquer desvio, por mais sutil que pareça, é perigoso.

Não aceite qualquer mensagem sem antes conferir sua fidelidade nas Escrituras, vigie, medite na Palavra. Não há outro evangelho. Há apenas um caminho para a salvação e ele está firmado na graça de Deus, revelada em Cristo.

terça-feira, 5 de agosto de 2025

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Jair Bolsonaro merece cadeia. Foi ele quem meteu o dedo sujo no sistema.


Vladimir Chaves

Foi ele quem introduziu o monstro da discórdia no país. Antes dele, todos roubavam em harmonia. Foi ele quem meteu o dedo sujo na ferida do sistema, um crime imperdoável, que colocou em risco a vida da velha ordem política.

Antes de sua chegada ao poder, o Brasil vivia em uma paz silenciosa. Os escândalos de corrupção eram tratados como inevitáveis e aceitáveis. De um lado, a oposição; do outro, a situação, harmonicamente unidos pela arte de governar... e faturar. A direita era representada por nomes como FHC, Aécio Neves, Sarney, Maluf... Figuras tradicionais, que compunham um teatro confortável.

Mas eis que surge Bolsonaro, trazendo consigo nomes até então desconhecidos da política nacional: Nikolas Ferreira, Tarcísio de Freitas, Cleitinho, Jorginho Mello... Políticos chatos, que não apenas se recusam a roubar, como ainda insistem em dificultar a vida de quem quer roubar em paz. Um verdadeiro transtorno.

Antes dele, tínhamos feministas celebradas que lutavam contra os valores da família e defendiam, com orgulho, o assassinato de bebês no ventre da mãe. Hoje, por influência do bolsonarismo, há mulheres no Congresso que, de forma igualmente combativa, defendem a vida desde o ventre e os princípios da família tradicional, um absurdo insuportável.

Os criminosos, antes vistos como vítimas da sociedade, passaram a ser tratados como... criminosos. De repente, o coitado do bandido passou a ser malvisto, maltratado, caçado e humilhado. Como se combater o crime organizado fosse mais importante do que lhes prestar solidariedade. Inaceitável!

A política de gênero nas escolas, que seguia sem obstáculos, também encontrou oposição. Pedófilos e militantes que exploram a infância sexualizada perderam a paz. Tudo por culpa desse tal Bolsonaro, que ousou colocar limites naquilo que antes era tratado como “avanço civilizatório”.

E como esquecer o grande pecado midiático: Bolsonaro tirou do povo a ignorância conveniente. Antigamente, ninguém sabia o nome do presidente da Câmara ou do Senado. Agora, todo o Congresso está sob os holofotes. A imprensa perdeu sua capacidade de transformar corruptos em heróis. Os artistas, que viviam às custas da Lei Rouanet, foram expostos, e agora precisam enfrentar o desprezo popular, que insiste em querer saber para onde vai o seu dinheiro. Que absurdo!

Por fim, Bolsonaro cometeu o maior de todos os delitos: ele mostrou que o PT nunca foi o partido do trabalhador, mas sim um parasita agarrado ao lombo de quem produz. Aquilo que muitos demoraram décadas para perceber, ele escancarou em poucos anos de governo.

Sim, há quem ache que Bolsonaro merece cadeia. Mas, se formos honestos, o que ele realmente merece é um julgamento justo da história, e o reconhecimento por ter colocado o dedo na ferida de um Brasil que, por muito tempo, preferiu a comodidade da ilusão.

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A tragédia de uma igreja sem a Palavra


Vladimir Chaves


A essência da igreja tem sido substituída por uma estética que agrada olhos e ouvidos, mas que não transforma corações. Muitos confundem a igreja com um clube social. Um ambiente onde o entretenimento ocupa o lugar da edificação, onde o culto cede espaço ao espetáculo emocional, e onde o altar se transforma em palco.

A oração, antes prática fundamental de comunhão com Deus, tem sido deixada de lado. O ensino da Palavra, que deveria ser o alimento que sustenta a fé do povo de Deus, é diluído em discursos motivacionais, recheados de frases de efeito, mas vazios de verdade bíblica.

Até a Escola Bíblica Dominical, que por décadas foi o pilar da formação cristã, hoje sofre de anemia espiritual. Em muitos lugares, ela se resume à leitura apressada de textos prontos, desconectados da vida espiritual. O resultado? Crentes frágeis, que não discernem o certo do errado, que trocam convicção por conveniência, que se alimentam de migalhas e não reconhecem mais o banquete das Escrituras.

Mas o que é uma igreja sem a Palavra? É um corpo sem fôlego. É uma videira seca, sem raiz. É uma casa edificada sobre a areia. Sem o ensino fiel, profundo e constante da Escritura, todo o resto é vão. A música, por mais bela que seja, se torna barulho. O culto, por mais bem produzido, se torna performance. O sermão, por mais eloquente, se torna eco vazio de um mundo que já não sabe mais ouvir Deus.

O chamado de Cristo para Sua igreja não mudou. Ele não disse: “Ide e entretenham.” Mas sim: “Ide e fazei discípulos, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado” (Mateus 28:19-20). O ensino vem antes do crescimento. A Palavra precede a maturidade. A verdade é o fundamento da liberdade espiritual.

A igreja não pode ser apenas um lugar onde as pessoas se sentem bem. Ela precisa ser o lugar onde as pessoas são confrontadas, tratadas, curadas e santificadas. Isso não acontece com músicas da moda ou sermões infrutíferos, mas com o poder da Palavra de Deus, que é viva e eficaz.

Voltemos ao que é essencial. Voltemos à Palavra.

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A igreja de Atos crescia porque todos queriam servir


Vladimir Chaves

A igreja de Atos lembrada como o modelo ideal de comunidade cristã, por ter um povo unido, cheio do Espírito Santo, comprometido com a Palavra, com a oração e com a comunhão, tinha um princípio que as igrejas atuais não tem, o espírito de serviço.

Em Atos 2:44-47, vemos uma comunidade em que todos os que criam estavam juntos e partilhavam suas vidas com generosidade e humildade. O foco não era a posição, o status, os títulos, mas sim a disposição de colocar-se à disposição do outro, movidos por amor e obediência a Cristo.

O crescimento da igreja não se media por números, mas por transformação de vidas. E essa transformação acontecia porque cada membro compreendia que o Reino de Deus avança quando cada um faz sua parte, servindo com alegria, mesmo que nos bastidores, mesmo que sem reconhecimento público.

Hoje, infelizmente, as igrejas enfrentam uma inversão de valores. Há uma corrida por visibilidade, por cargos, por púlpitos. Liderar se tornou, para alguns, uma ambição, quando na verdade deveria ser uma consequência natural de uma vida de serviço. Jesus mesmo ensinou: "Quem quiser tornar-se grande entre vocês, que se coloque a serviço dos outros." (Mateus 20:26)

Servir é a essência do Evangelho. Cristo não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida por muitos (Marcos 10:45). A igreja que deseja crescer de forma saudável precisa resgatar esse princípio. Precisa de menos disputas e mais disposição. Menos vaidade e mais humildade. Menos palco e mais toalha e bacia.

A lição da igreja de Atos continua viva: quando todos querem servir, todos são supridos. Quando todos querem liderar, muitos ficam desassistidos, desanimados.

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

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Crônica: Morador do alto


Vladimir Chaves

Na cidade onde tudo se vende e se compra, da verdade ao silêncio, há um bairro que fica no alto, perto do céu, bem acima do barulho das buzinas, dos acordos de conveniência e das conversas afiadas. É o bairro do Santo Monte. Tem uma vista maravilhosa, mas pouca gente consegue subir. Não é por falta de esforço, é por falta de critério.

Dizem que ali mora gente santa. Gente que é inteira mesmo em tempos de metades. Gente que anda por aí com a consciência como travesseiro e a verdade na ponta da língua, mas não para ferir, e sim para curar. Eles não compram reputações nem vendem caráter. Falam pouco, mas quando falam, sustentam. Mesmo que custe caro, mesmo que doa.

Esses moradores não têm ficha suja nem coração manchado. Não se alimentam de fofocas, nem usam a língua como faca. Quando veem alguém tropeçar, não riem. Quando percebem o mal, não aplaudem. E quando olham para o alto, não enxergam um juiz severo, mas um Deus presente, digno de reverência.

Ali não se aceita suborno. Nem em dinheiro, nem em favores. Ali, justiça não tem preço e honra não tem etiqueta. O estranho é que, mesmo vivendo num mundo tão instável, esses moradores não se abalam. Pode vir o vento que for, pode tremer tudo ao redor, eles permanecem.

Talvez seja isso que o salmista tentou dizer. Que habitar o Santo Monte é mais do que uma promessa futura, é um convite para viver, aqui e agora, com os pés no chão e o coração no alto.

E então, quem habitará ali?

Talvez quem não apenas leia o Salmo 15, mas se torne parte dele.

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O diabo, o pai da mentira


Vladimir Chaves

Infelizmente, muitos têm se esquecido de que, na Bíblia, Satanás é claramente identificado como “pai da mentira” (João 8:44). Quando o engano, a dissimulação e as falsas intenções encontram espaço entre os crentes, o inimigo se aproveita para plantar destruição, esfriar o amor e minar a confiança na comunhão. Como filhos da luz, somos chamados a viver na verdade, sabendo que Deus sonda os corações (Jeremias 17:10) e que somente os íntegros habitarão com Ele (Salmos 15:2). Para resistir ao tentador, é essencial andarmos no temor do Senhor e conhecermos suas santas exigências.

1. É da natureza satânica mentir

Jesus foi claro ao descrever o diabo como mentiroso desde o princípio. Ele não apenas mente, a mentira é sua essência (João 8:44). Todo ato de engano, por menor que pareça, é uma semente plantada em solo contaminado. A história de Ananias e Safira em Atos 5 é um alerta solene: movidos pela cobiça e pelo desejo de aparecer como generosos, mentiram ao Espírito Santo. Eles queriam a reputação dos que doam, mas guardaram parte para si, enganando a igreja.

Em Provérbios 6:16-19, o Senhor lista sete coisas que Ele odeia, entre elas, a língua mentirosa e a testemunha falsa que profere mentiras. Isso revela que a mentira, em qualquer forma, é uma abominação diante de Deus. Mesmo quando parece conveniente, estratégica ou "inofensiva", ela fere os princípios do Reino e dá legalidade ao inimigo.

2. A mentira como um ardil maligno

A mentira é uma das armas preferidas do inimigo porque ela distorce a realidade e gera confusão, suspeita e divisão. Paulo adverte: “não deis lugar ao diabo” (Efésios 4:27). Essa brecha pode ser aberta por atitudes pequenas, como fofocas, omissões intencionais ou falsidades emocionais, que corroem a verdade e o amor entre os irmãos.

Satanás usa a mentira como estratégia maliciosa, tentando colocar os crentes uns contra os outros ou induzi-los ao erro espiritual. Em Gênesis 3, vemos a primeira mentira: “É certo que não morrereis...” disse ele à mulher. Essa distorção da palavra de Deus levou à queda. Da mesma forma, hoje ele semeia dúvidas, promove heresias e confunde mentes que não estão firmadas nas Escrituras.

3. Não superestime o inimigo!

Embora o diabo seja astuto, ele não é invencível, e não deve ser superestimado. O apóstolo Paulo adverte os crentes sobre as estratégias de Satanás, mas também oferece instruções para neutralizá-las: “perdoai... para que Satanás não alcance vantagem sobre nós” (2 Coríntios 2:10-11). Quando guardamos mágoa, nos tornamos presas fáceis para o engano. A raiz de amargura (Hebreus 12:15) nos afasta da graça e nos torna vulneráveis às mentiras do maligno.

A vida cristã é um chamado à vigilância e à firmeza. Não somos vítimas indefesas. Somos mais que vencedores em Cristo Jesus (Romanos 8:37), desde que não nos afastemos da verdade, que é a base da nossa autoridade espiritual.

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O fanatismo gospel e a perda da busca pela verdade


Vladimir Chaves

Vivemos tempos em que o Evangelho tem sido ofuscado pelo fanatismo gospel. Muitos frequentam igrejas, cantam e falam de fé, mas estão distantes da verdade espiritual. Tornaram-se repetidores de ritos vazios, presentes no templo, mas ausentes em Cristo. O amor cristão foi substituído por hábitos frios e mecânicos.

Essa superficialidade nasce da falta de busca sincera. Como diz Provérbios 25:2: “A glória de Deus é ocultar certas coisas; tentar descobri-las é a glória dos reis.” Há mistérios em Deus que só são revelados a quem O busca com sede e reverência. Muitos creem sem saber por que creem, adoram sem entender o que fazem, mantendo uma aparência de piedade sem viver seu poder (2Tm 3:5).

O Evangelho não é entretenimento, é revelação. E essa revelação se dá na oração secreta e na meditação da Palavra. Deus procura adoradores que O adorem em espírito e em verdade (João 4:23), o que exige mais que emoção: exige entrega e entendimento.

Sem profundidade, a igreja vira palco e os cristãos, espectadores. Um povo sem conhecimento da Palavra é facilmente enganado por modismos e falsas doutrinas. Deus esconde tesouros espirituais para que sejam buscados, e é nessa busca que a fé amadurece e a adoração se torna autêntica.

Devemos buscar a Deus não pelo que Ele faz, mas por quem Ele é. Que cada glória e aleluia nasçam de uma fé consciente e enraizada na Palavra. É nessa busca contínua que se encontra a verdadeira fé e se descobre o Deus que se revela aos que O desejam de verdade.

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Reflexão: Qual o significado da expressão "Temor a Deus"?


Vladimir Chaves

A expressão temor a Deus é repetida dezenas de vezes nas Escrituras. Mas o que realmente significa temer ao Senhor? Seria medo? Seria reverência? Seria obediência? A resposta está entrelaçada em todas essas perguntas, formando um conceito rico para uma fé autêntica e madura.

Temor que não afasta, mas aproxima

Ao contrário do que a expressão parece transmitir, o temor de Deus não é um sentimento que nos leva ao medo. É o oposto. O temor existe para nos fazer discernir e reconhecer a santidade, a majestade e a justiça do Criador, levando-nos a honrá-lo, reverenciá-lo e desejá-lo com profundidade. Temer a Deus é perceber quem Ele é e, diante disso, reconhecer quem somos: pecadores alcançados pela graça.

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Salmo 111:10).

Ou seja, o temor é o princípio que nos leva à escolha correta, ao juízo bem formado diante da autoridade suprema de Deus.

Temor a Deus é amá-lo acima de tudo

Os que não se aprofundam nas Escrituras podem confundir temor com pavor. Mas quem verdadeiramente teme a Deus não foge d’Ele, corre para Ele. É um temor que inspira confiança, pois está enraizado no amor e na fé. Como filhos diante de um Pai justo e santo, reconhecemos que Sua disciplina é expressão de cuidado, e Sua Palavra, o caminho seguro.

A Bíblia nos mostra exemplos claros:

 Abraão, quando foi provado ao oferecer Isaque, demonstrou temor ao obedecer mesmo sem entender (Gênesis 22:12).

 José, ao rejeitar o pecado com a mulher de Potifar, disse: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:9).

 As parteiras do Egito pouparam os meninos hebreus por temor a Deus (Êxodo 1:17).

O temor a Deus molda nosso jeito de viver, comanda nossas decisões e purifica nossas intenções.

O temor que transforma

O temor a Deus é o que nos impede de tratá-lo com indiferença ou superficialidade, de brincar com o pecado e de buscar glória para nós mesmos. É o que nos leva a dobrar os joelhos em arrependimento.

O temor como fundamento

Temor a Deus é o fundamento da vida de quem o conhece, o adora, nele confia e o ama.

Não é viver aterrorizado, mas viver maravilhado.

É reconhecer que Ele é Deus, que Ele é santo, que Ele é justo e que nos ama.

É o temor a Deus que faz nascer uma obediência sincera, uma vida santa e uma fé que resiste até o fim. Que o nosso coração jamais perca essa reverência viva, que ela não seja vista como um fardo, mas como um alicerce.

“Bem-aventurado o homem que teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos.” (Salmo 112:1)

domingo, 3 de agosto de 2025

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No inferno, nenhuma oração será ouvida!


Vladimir Chaves

“E não tenham medo dos que matam o corpo, mas não podem matar a alma. Antes, tenham medo daquele que pode destruir tanto a alma como o corpo no inferno.” (Mateus 10:28)

Esse alerta de Jesus é ignorado por muitos, até mesmo nas igrejas. Nos dias atuais, muitos buscam um evangelho suave, que não confronte, que apenas console. No entanto, Jesus, em Sua misericórdia, deixa claro o destino eterno da alma.

Em Mateus 10:28, Ele nos chama a atenção para algo extremamente sério: não devemos temer os homens, mas sim a Deus, que tem autoridade sobre a alma e o corpo, inclusive para lançá-los no inferno.

Esse versículo nos alerta para uma verdade inegável: no inferno, nenhuma oração será ouvida. É o lugar onde a misericórdia já não se manifesta, onde o arrependimento não encontra resposta, onde o silêncio de Deus é eterno.

O inferno é real

O inferno não é simbólico, é uma realidade espiritual revelada nas Escrituras. É o estado eterno daqueles que rejeitaram a graça de Deus, preferindo viver segundo seus próprios caminhos.

Ali não haverá mais oportunidade, não haverá clamor eficaz, não haverá alívio. O tempo da misericórdia termina com a morte. A oração que salva é feita em vida. Depois da morte, vem o juízo (Hebreus 9:27).

Tomemos como exemplo a passagem que conta a história do rico e do mendigo, em que o clamor do rico não foi ouvido. Em Lucas 16:19-31, Jesus narra a parábola do rico e de Lázaro. O homem rico, que viveu em luxo e desprezou a compaixão, morre e vai para um lugar de tormento. Lá, clama por alívio. Implora até que alguém vá avisar sua família.

Mas a resposta que recebe é clara: não há mais ponte para o arrependimento, o tempo das oportunidades não existe mais.

Com isso, confirmo o ponto central deste artigo: no inferno, ninguém será ouvido. Não porque Deus seja insensível, mas porque Ele já ofereceu tudo o que era necessário antes.

Temer a Deus é mais urgente do que temer o mundo

Jesus deixa claro: não temam os que podem matar o corpo, mas não têm poder sobre a alma. Temam a Deus, que pode lançar no inferno tanto o corpo quanto a alma.

Na Bíblia, esse temor não é pânico, mas reverência, seriedade, compromisso. O mundo tenta nos calar, intimidar os cristãos, pressionar para que abandonem seus princípios. Mas o verdadeiro temor deve estar voltado ao Senhor, o Justo Juiz, e não à opinião humana.

A boa notícia é que hoje, a oração ainda pode ser ouvida. Hoje, Deus ainda salva, perdoa, restaura. Hoje, todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Romanos 10:13).

Por isso, não adie sua entrega, seu arrependimento, seu recomeço com Deus. Enquanto houver vida, há esperança. Mas é preciso decidir.

Não ignore esse aviso

Mateus 10:28 é um versículo desconfortável, mas absolutamente necessário. Ele nos sacode do comodismo e nos chama à realidade da eternidade.

Se hoje você ler esse alerta, é porque Deus está lhe dando mais uma chance. Ouça a voz do Espírito Santo. Renda-se. Volte para Jesus. Busque-O enquanto ainda é possível achá-Lo (Isaías 55:6).

Porque amanhã pode ser tarde.

E no inferno... nenhuma oração será ouvida.

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