Dados da ocupação
divulgados hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostram recuperação continuada do mercado de trabalho. A Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) aponta que a taxa
de desocupação ficou em 9,8% no trimestre móvel encerrado em maio.
O recuo foi de 1,4 ponto
percentual em relação ao trimestre de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022,
quando a taxa ficou em 11,2%, e de 4,9 pontos percentual na comparação com o
mesmo período de 2021, quando o desemprego estava em 14,7%. Segundo o IBGE,
esta foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde
2015, quando o indicador registrou 8,3%.
Em números, o Brasil tem
hoje 10,6 milhões de pessoas desocupadas. São 1,4 milhão de pessoas a menos
frente ao trimestre anterior, o que representa um recuo de 11,5%. Na comparação
anual, a queda foi de 30,2%, com 4,6 milhões de pessoas a menos desocupadas.
O total de pessoas
ocupadas atingiu o recorde da série iniciada em 2012, com 97,5 milhões. Uma
alta de 2,4%, ou mais 2,3 milhões de pessoas, na comparação trimestral e de
10,6%, ou 9,4 milhões de pessoas, na comparação anual. O nível da ocupação foi
estimado em 56,4%, alta de 1,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior e
de 4,9 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre de 2021.
Subutilização
A taxa composta de
subutilização caiu 1,7 ponto percentual em relação ao trimestre móvel encerrado
em fevereiro, para 21,8%. Na comparação com o trimestre encerrado em maio de
2021, a queda foi de 7,4 pontos percentuais. A população subutilizada ficou em
25,4 milhões de pessoas, uma queda de 6,8% frente ao trimestre anterior e de
23,8% na comparação anual.
A subocupação por
insuficiência de horas trabalhadas atinge um contingente de 6,6 milhões de
pessoas, número estável ante o trimestre anterior e 11,1% menor do que no mesmo
período do ano passado. A população fora da força de trabalho caiu 0,8% na
comparação trimestral, para 64,8 milhões de pessoas. Na comparação anual, a
queda foi de 4,7% , o que representa 3,2 milhões de pessoas menos nessa
situação.
A população desalentada
está em 4,3 milhões de pessoas, uma queda de 8,0% em relação ao trimestre
anterior, com menos 377 mil pessoas, e de 22,6% na comparação anual, o que
representa 1,3 milhão de pessoas. O percentual de desalentados na força de
trabalho ficou em 3,9% no trimestre móvel encerrado em maio.
Formalidade
O número de empregados com
carteira de trabalho assinada no setor privado subiu 2,8% no trimestre, para
35,6 milhões de pessoas. Na comparação anual, o aumento foi de 12,1%, o que
representa um contingente de 3,8 milhões de pessoas. Por outro lado, o número de
empregados sem carteira assinada no setor privado foi o maior da série, com
12,8 milhões de pessoas, um aumento de 4,3% no trimestre e de 23,6% no ano.
Os trabalhadores por conta
própria ficaram estáveis em 25,7 milhões de pessoas no trimestre, mas o contingente
subiu 6,4% na comparação anual, com mais 1,5 milhão de pessoas. As
trabalhadoras domésticas são 5,8 milhões, número estável em relação ao
trimestre anterior e 20,8% maior na comparação anual, com a entrada de 995 mil
pessoas nesse setor.
Os empregadores subiram
4,1% frente ao trimestre anterior, chegando a 4,2 milhões de pessoas. Na
comparação anual o aumento foi de 16,2%. O setor público emprega 11,6 milhões
de pessoas, número 2,4% maior do que no trimestre anterior e estável na
comparação anual.
Com isso, a taxa de
informalidade ficou em 40,1% da população ocupada, contra 40,2% no trimestre
anterior e 39,5% no mesmo trimestre de 2021. No trimestre móvel encerrado em
maio, o Brasil tinha 39,1 milhões de trabalhadores informais. A força de
trabalho foi estimada em 108,1 milhões de pessoas, o maior contingente da série
histórica. A alta foi de 0,8% no trimestre e de 4,6% no ano.
Atividades
Segundo o IBGE,
apresentaram aumento de contingente ocupado na comparação trimestral as
atividades: Indústria Geral (2,5%, ou mais 312 mil pessoas); Construção (2,9%,
ou mais 210 mil pessoas); Comércio, reparação de veículos automotores e
motocicletas (1,5%, ou mais 281 mil pessoas); Transporte, armazenagem e correio
(4,6%, ou mais 224 mil pessoas); Alojamento e alimentação (3,6%, ou mais 186
mil pessoas); Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias,
Profissionais e Administrativas (2,8%, ou mais 311 mil pessoas); Administração
pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais
(2,8%, ou mais 466 mil pessoas); e Outros serviços (3,7%, ou mais 182 mil
pessoas).
Na comparação com o
trimestre encerrado em maio de 2021, as alta foram em: Indústria Geral (11,0%,
ou mais 1,3 milhão de pessoas); Construção (13,2%, ou mais 866 mil pessoas);
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (15,3%, ou mais 2,5
milhões de pessoas); Transporte, armazenagem e correio (14,0%, ou mais 629 mil
pessoas); Alojamento e alimentação (26,9%, ou mais 1,1 milhão de pessoas);
Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e
Administrativas (4,0%, ou mais 449 mil pessoas); Administração pública, defesa,
seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,6%, ou mais 580
mil pessoas); Outros serviços (20,7%, ou mais 878 mil pessoas); e Serviços
domésticos (20,4%, ou mais 990 mil pessoas).