O governo federal estuda
instalar placas solares ao longo dos canais de integração do Rio São Francisco
para que a energia solar possa ser utilizada no bombeamento da água. A
informação é do presidente Jair Bolsonaro, em postagem de hoje (24) na sua conta
no Twitter.
O consumo de energia
elétrica do sistema corresponde a cerca de 80% dos custos da operação do
empreendimento. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, a
demanda anual nas fases pré-operacional e operacional do Projeto gira em torno
de 746 mil MW.
A instalação de placas
sobre espelho d'água também possibilita que a evaporação seja bastante
reduzida, já que os painéis solares montados em canais bloqueiam a radiação do
sol. De acordo com estimativas, uma planta fotovoltaica (painéis) de um
megawatt pode economizar nove milhões de litros de água por ano.
Os painéis solares ainda
oferecem outra vantagem: com a ausência de luz solar, o crescimento de algas é
minimizado, ajudando também na redução do custo de manutenção e aumentando a vida
útil dos equipamentos.
As obras de instalação das
usinas fotovoltaicas e os paneis devem gerar cerca de cem mil empregos.
Bolsonaro comentou também
sobre a finalização das obras do projeto. “O Ministério de Desenvolvimento
Regional divulga que, o Projeto de Integração do São Francisco está em fase
conclusiva de obras, como visto em tweets anteriores. Complementamos que Eixo
Norte está em reparação, e a expectativa é de que os trabalhos sejam
finalizados até maio”, escreveu.
O Ministério do
Desenvolvimento Regional informou que o Eixo Norte está com 97% de avanço. Os
serviços estão concentrados no dique Negreiros, em Salgueiro (PE), e, em maio,
as atividades serão concluídas, a estrutura voltará a pré-operar e “as águas do
'Velho Chico' voltarão a percorrer os canais em direção ao Ceará”.
Já o Eixo Leste, entregue
em março de 2017, tem garantido o abastecimento regular de mais de um milhão de
pessoas em 35 municípios da Paraíba e de Pernambuco. Nesta semana, o governo
liberou R$ 82 milhões para as obras da Adutora do Agreste, localizada no sertão
pernambucano, para expandir o abastecimento na região.