Vox Populi: Dilma venceria no 1º turno em 2014


Vladimir Chaves

A presidenta Dilma Rousseff lidera com folga todas as simulações feitas pelo Vox Populi para as eleições de 2014, divulgadas pela revista Carta Capital. No cenário que se mostra como mais provável atualmente, a petista tem 38% das intenções de voto, o dobro de Marina Silva (Rede), com 19%, seguida pelo senador Aécio Neves (PSDB), que chega a 13%, e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 4%. Neste quadro, votos brancos e nulos chegariam a 15%, e não souberam responder outros 11%. Se computados apenas os votos válidos, Dilma venceria no primeiro turno.

A base de comparação com levantamentos anteriores ficou prejudicada porque foram realizados antes de junho. Para o Vox Populi, a referência mais fiel são as pesquisas do Datafolha e do Ibope promovidas já após a onda de protestos. Em relação a elas, Dilma tem se recuperado, ao passo que os adversários perdem força.

Quando se tira Aécio Neves da disputa, chega-se à conclusão de que o ex-governador de São Paulo, José Serra, ainda é o nome do PSDB que obtém o melhor desempenho inicial. Ele alcança 18%, e fica empatado com Marina Silva no segundo lugar. Já Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), teria 11% em um outro cenário, no qual empataria com o senador tucano de Minas Gerais, seis pontos atrás de Marina e com 25 pontos a menos que Dilma.

Com Serra fora do PSDB, a presidenta alcança 36% das intenções de voto, seguida por Marina, com 16%, e pelo ex-governador, com 15%. Aécio ficaria novamente com 11%, e Eduardo Campos teria 3%.

Quando se trata da pesquisa espontânea, em que não são apresentados os nomes dos candidatos, 47% afirmam ainda não saber em quem votar. Dilma tem 17% das intenções, seguida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também do PT, com 12%. Aécio Neves e José Serra alcançam 3% cada, seguidos por Marina Silva, com 2%.

A sondagem mostrou que 5% dos entrevistados consideram o trabalho de Dilma ótimo. 30% acham que a presidenta faz um bom trabalho, frente a 29% de “regular positivo”, 14% de “regular negativo”, 12% de ruim e 10% de péssimo.

Por região, o Nordeste mantém a melhor avaliação de Dilma, com 45% de aprovação e 40% de avaliação regular. O Sudeste, com 27% de visão positiva, segue como região mais complicada. No Centro-oeste e no Norte, Dilma é aprovada diretamente por 37% dos entrevistados e, no Sul, por 38%.

Por outro lado, 47% dizem não confiar na petista, nível alcançado também por Aécio Neves. 43% afirmam o mesmo em relação a Eduardo Campos. O nível mais baixo de confiança é o de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, com 64%, acompanhado pelo vice-presidente da República, com 58%, pelo tucano José Serra, com 55%, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, com 55%.

O Vox Populi ouviu 2,2 mil pessoas entre 31 de agosto e 3 de setembro. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.

sábado, 7 de setembro de 2013

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Anísio homenageia da tribuna o revolucionário Manoel Lisboa, morto há 40 anos pela Ditadura Militar


Vladimir Chaves

Na sessão da ALPB desta quinta-feira (05/09), o deputado estadual Anísio Maia (PT) fez uma homenagem histórica pelos 40 anos do assassinato de Manoel Lisboa de Moura durante a Ditadura Militar. “Ontem, completaram-se 40 anos da morte de um dos maiores heróis da história do Brasil, um desses heróis quase anônimos, que pouca gente conhece, mas que todos deveriam conhecer, em especial esta juventude que agora retoma o caminho das mobilizações pelo Brasil. Estou falando de Manoel Lisboa de Moura, dirigente do Partido Comunista Revolucionário, que lutou contra a Ditadura, pela volta da democracia, e que eu tive a honra de conhecer e de militar ao seu lado”. À época, Anísio tinha apenas 19 anos e iniciava sua vida política como militante do PCR.

No depoimento que fez da tribuna, o deputado relembrou momentos de tensão e de alegria na convivência com Manoel na clandestinidade. “Tive com ele muitas reuniões, pois ele vinha sempre à Paraíba para nos dar orientação, para organizar o PCR. O admirava como militante, como homem, por sua inabalável convicção na causa, mas também pela pessoa alegre que era, apesar de ser obrigado a sempre andar armado por conta da perseguição que sofria”.

Manoel Lisboa era natural de Maceió, capital de Alagoas, e foi morto sob torturas nas dependências do IV Exército, em Recife, aos 29 anos de idade. Fora expulso do curso de Medicina da UFAL e vivia há anos na clandestinidade.

Anísio relatou ainda que esteve com Manoel instantes antes de sua prisão: “Nos encontramos na Praça da Jaqueira, que estava cercada por agentes disfarçados, comandados pela equipe do sádico delegado Sérgio Paranhos Fleury, vinda exclusivamente de São Paulo para esta ação. Fleury foi o maior torturador deste período, tinha prazer em torturar pessoalmente os presos”.

Após a prisão, Lisboa foi levado ao quartel e torturado sem parar por 19 dias consecutivos. Morreu com a perna podre, gangrenada, pois o último recurso usado para fazer com que Manoel entregasse seus companheiros foi colocar uma vela debaixo de sua perna. Nada entregou, e sua resposta foi cuspir no rosto de Fleury. Tudo relatado posteriormente por outros presos que presenciaram as cenas.

Junto com ele também foram torturados e assassinados outros dois dirigentes do PCR: Manoel Aleixo (um camponês da Zona da Mata Pernambucana), e Emmanuel Bezerra (estudante potiguar). Depois de tudo isso, veio a farsa. O Exército montou uma encenação, e o Diário de Pernambuco estampou na capa: “Terroristas mortos em tiroteio com a Polícia em São Paulo”.

“Ele morreu calado, morreu como herói. É nome de praça em Maceió, e aqui em João Pessoa frequentemente vemos inscritos nos muros MANOEL LISBOA VIVE! Meu companheiro, meu exemplo. Exemplo de um tempo em que se lutava por ideais”, finalizou Anísio.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

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A “síndrome da pequenez” de uma parcela do povo brasileiro.


Vladimir Chaves

É impressionante como a “síndrome da pequenez” afeta uma parte significativa do povo brasileiro, um complexo de inferioridade que aniquila o nacionalismo, o patriotismo tão necessário a um país que deseja ser uma pátria livre e soberana.

Um complexo de inferioridade que “salta aos olhos”, num momento em que vem a público a absurda e injustificável ofensa à soberania do Brasil, com a espionagem norte-americana à presidenta Dilma Rousseff. Em qualquer país do mundo, em que seus compatriotas não nutram sentimentos “vira-lata” em relação a sua pátria e sua soberania, haveria indignação e repudio.

No entanto, no Brasil, o sentimento de inferioridade, a falta de nacionalismo, a cultura de colonizados, leva uma grande parcela do país a achar que “a galinha do vizinho é sempre melhor que a dele”, muito mais se a galinha for “made in EUA”.

São dezenas de exemplos de complexo de inferioridade, expostos como “troféus” nas redes sociais, mas um chamou a atenção, por partir justamente de um ex-deputado federal, alguém que em tese deveria ter o mínimo de compreensão do que significa SOBERANIA NACIONAL.

No seu perfil social Twitter, o ex-deputado Walter Brito (foto), chama a presidenta do Brasil, de tola por cobrar explicações do governo americano, para o ilustre brasileiro, exigir respeito à soberania do Brasil constitui-se numa “afronta” ao governo americano.

“A tolice da Presidenta Dilma em afrontar o governo americano nada constrói!” postou o cidadão Walter Brito. 

Vladimir Chaves

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“Sepultaram” mais um pedaço da história de Patos.


Vladimir Chaves

Foto postada no face por Alex Souto
A postagem de um internauta na manhã de hoje (4), nas redes sociais, retrata com fidelidade o desprezo à história e o patrimônio cultural das cidades paraibanas. A foto retrata o “sepultamento” de mais uma parte da história da cidade Patos no sertão paraibano.

O falso progresso e a busca insana pelo lucro suprimem a sensibilidade daqueles que se acham donos desses patrimônios. Cenas deprimentes como esta, também são comuns em grandes cidades como Campina Grande e João Pessoa.

Confira o desabafo de alguns internautas.

Sineide: “A família também sepulta parte da sua história.”

Erly: “Nossa história sendo apagada”

Jéssica:
“ Que horror! Sempre achei essa casa tão linda.”

Melissa: “ Na esquina de casa, nossa da um aperto no coração, e olha que eu só olho pra ela a 14 anos, imagina meu marido que olha a 43 anos!!”

Angélica: “Lamentável! Como destroem uma casa linda como essa?”

Lucas: “Até quando eles vão ficar apagando a história da nossa cidade? esses casarões deveriam ser tombados como patrimônio histórico da cidade de Patos, não ficarem derrubando "à torto e à direita" assim, para construírem prédios”


Júnior: “Absurdo! Que prédio lindo! Eu não sou da cidade e estou revoltado com isso, imagine quem é cidadão daí.”

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

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Admirável Gado Novo


Vladimir Chaves

Vocês que fazem parte dessa massa,
Que passa nos projetos, do futuro
É duro tanto ter que caminhar
E dar muito mais, do que receber.
E ter que demonstrar, sua coragem
A margem do que possa aparecer.
E ver que toda essa, engrenagem
Já sente a ferrugem, lhe comer.


Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

Lá fora faz um tempo confortável
A vigilância cuida do normal
Os automóveis ouvem a notícia
Os homens a publicam no jornal
E correm através da madrugada
A única velhice que chegou
Demoram-se na beira da estrada
E passam a contar o que sobrou.











Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz

O povo, foge da ignorância.
Apesar de viver tão perto dela.
E sonham com melhores, tempos idos.
Contemplam essa vida, numa cela.
Esperam nova possibilidade.
De verem esse mundo, se acabar.
A arca de Noé, o dirigível.
Não voam, nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar,
Não voam nem se pode flutuar...












Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz

Zé Ramalho


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Deputada Gilma Germano promete reverter intervenção no PPS


Vladimir Chaves

A deputada estadual e ex-presidente do PPS da Paraíba, Gilma Germano, ainda não se deu por vencida, prometendo reverter a intervenção no diretório estadual através do voto no Congresso que o partido deve realizar esse mês.


Através do seu perfil social Twitter, ela disse que, em respeito à democracia não poderia aceitar a intervenção no PPS, ação essa que se traduz num golpe, uma conquista no tapetão, num claro recado ao interventor Nonato Bandeira.

Ainda de acordo com ela, o PPS cresceu na sua gestão ao contrário do que prega alguns dos seus opositores. “O PPS paraibano, diferentemente da mentira que se espalha, cresceu sob nosso comando!” disse a deputada.

Vladimir Chaves

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Profissionais da educação realizam protesto nesta quarta em frente à Câmara de Vereadores de Campina Grande.


Vladimir Chaves

Professores da rede municipal de Campina Grande, vão realizar nesta quarta-feira (4), protesto em frente à Câmara Municipal de Vereadores. A concentração acontecerá a partir das 8 horas, em frente à Secretaria Municipal de Educação, de onde os profissionais sairão em passeata até a Câmara.

A informação é de que os vereadores deverão apreciar o Projeto de Lei do poder executivo municipal, que adequá a carga horária dos professores do município. Os profissionais da educação exigem a implantação total do piso nacional do magistério.

Segundo o presidente do sindicato dos servidores municipais, Napoleão Maracajá, os professores agirão dentro da normalidade, cobrando respostas, atendimento às reivindicações e lutando por um salário justo, que segundo ele, ainda não é respeitado em Campina Grande.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

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Projeto de Lei do senador Cássio Cunha Lima, que pode encerrar o “reinado” de Rosilene Gomes, segue para Câmara.


Vladimir Chaves

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE) aprovou nesta terça-feira (3), em caráter terminativo, projeto de lei que proíbe mais de uma reeleição para dirigentes esportivos. A proposta estende essa proibição para quem assumir o mandato, além de ficar o mandato dos cartolas em, no máximo, quatro anos. Ou seja: a mesma regra que atualmente é aplicada para presidente da República, governadores e prefeitos. A matéria segue para Câmara, caso não haja recurso para que ela seja apreciada em plenário.

“Há mais de 30 anos que o Brasil espera a aprovação dessa matéria, que era emperrada pela bancada da bola. Estou passando a bola para o Romário [deputado federal pelo RJ]”, afirmou o autor do Projeto de Lei do Senado 253/12, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). A proposta ainda proíbe a eleição de cônjuges e parentes, até o segundo grau ou por adoção, dos cartolas eleitos para o mandato imediatamente anterior às eleições.


Além de acabar com a reeleição indefinida de presidentes de confederações, por exemplo, a relatora da matéria na CE, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), acrescentou a proibição de repasse de dinheiro público para as entidades que descumprirem a medida. Ou seja, a verba de loterias e de patrocínios estatais ficaria bloqueada até a entidade esportiva cumprir a lei.

Como exemplo da necessidade de alternância no comando das entidades desportivas, Cássio Cunha Lima cita o caso da natação. Coaracy Nunes Filho foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) em 1988. Neste ano, foi reeleito para mais quatro anos, ficando no comando da entidade até 2017. Na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira ficou no cargo entre 16 de janeiro de 1989 e 12 de março de 2012, saindo após uma série de denúncias publicadas pelo jornal Folha de S. Paulo.

O senador tucano ressalta que a proposta preserva os atuais mandatos e não cria nenhuma instabilidade para a Copa do Mundo de 2014 a as Olimpíadas. “O futebol é um patrimônio imaterial do povo brasileiro”, destaca. A votação do texto, aprovado de forma unânime, foi acompanhada por diversos atletas na Comissão da Educação. Eles defendem mais transparência no esporte nacional.


Congresso em Foco/blog

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“Fogo amigo”: José Maranhão ataca o governo de Dilma Rousseff.


Vladimir Chaves

O presidente estadual do PMDB e ex-governador da Paraíba, José Maranhão, durante entrevista ao “Programa Conexão Master”, em João Pessoa, promoveu um verdadeiro “fogo amigo” contra o governo da presidenta Dilma Rousseff.

O presidente do PMDB responsabilizou diretamente a presidenta Dilma, pelo sofrimento do Nordeste devido à seca. Segundo Maranhão, a presidenta petista teria sido menos “cruel” se tivesse priorizado a transposição das águas do Rio São Francisco, ao invés de estádios de futebol.

 “Se tem concluído a transposição seria menos cruel do que foi, porque nós teríamos água de beber, água para irrigar e iriamos ter sobre tudo o alento, a animação. Não posso dizer que isto foi uma decisão, ou uma opção acertada, a ordem de paralisar esta obra pra fazer estádios, eu acho que o Brasil poderia ter feito as duas coisas” detonou o “aliado” de Dilma.

Para o peemedebista, o Governo Federal tem cometido “injustiças orçamentarias” contra a região Norte e Nordeste, asseverando que com isso o governo Dilma, condena a região ao atraso. “É uma injustiça orçamentaria, o que se deixa de mandar recursos para o Nordeste e à região Norte, está provocando o nosso atraso para o futuro.” Disparou.

Dando prosseguimento ao “fogo amigo”, José Maranhão, disse que apenas o ex-presidente Lula, fez alguma coisa pelo Nordeste. Mesmo assim, ele ainda alfinetou o ex-presidente dizendo que o mesmo não cumpriu o compromisso de apoia-lo a época em que foi candidato a governador.

“Quem ainda fez alguma coisa pelo Nordeste foi o presidente Lula, apesar dele não ter cumprido o acordo de me apoiar” desfechou José Maranhão.

Vladimir Chaves

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Luiz Couto afirma que votou pela cassação do deputado condenado a 13 anos de cadeia.


Vladimir Chaves

Ao comentar sobre a absolvição do parlamentar Natan Donadon na Câmara Federal, o deputado paraibano Luiz Couto (PT) afirmou que não só votou pela cassação no plenário, na noite da quarta-feira (28/8), como já havia repetido o gesto na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), que aprovou por unânime a perda do mandato.
Donadon está preso desde 28 de junho no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena de 13 anos devido à condenação por peculato e formação de quadrilha imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Luiz Couto disse que sempre defendeu o fim do voto secreto, "justamente para evitar que mandatário com o currículo de Natan Donadon não permaneça na impunidade e exercendo cargo público".

Absolvição

O deputado Donadon teve o mandato poupado da cassação, no último dia 28, sugerida no parecer do relator Sergio Sveiter (PSD-RJ). Foram 233 votos a favor do parecer, 131 contra e 41 abstenções. Para que ele perdesse o mandato, o parecer precisaria de, no mínimo, 257 votos. Faltaram 24.

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Luiz Couto acompanha raciocínio de lideranças históricas do PT e também condena o toma lá dá cá de companheiros.


Vladimir Chaves

A insatisfação e o desconforto de petistas históricos, reconhecidamente identificados com as historias de luta e construção do ainda maior partido de esquerda da América Latina, não param de crescer. Comandado, hoje, por uma maioria de petistas “flexíveis” o PT vem aos poucos se adequando as praticas pragmáticas e conservadoras antes combatidas pelos fundadores que aos poucos estão sendo vencidos pelos “flexíveis”.

Petistas de renome nacional como, Olívio Dutra, Raul Ponte, Domingos Dutra, Luiz Couto e tantos outros já não fazem segredos de suas decepções. Recentemente o ex-governador e ex-prefeito Olívio Dutra, fez um desabafo que retrata o desconforto dos petistas que ainda preservam os princípios ideológicos que originaram o partido.

“Precisamos de um partido que não se misture com as práticas tradicionais do toma lá da cá, do pragmatismo, do jeitinho, que fazem da política essa coisa que não transforma nada nas suas raízes, que acomoda fazendo de conta que muda, mexendo na superfície.” Declarou Olívio Dutra ao Jornal Correio do Povo.

Já o deputado Raul Ponte, durante entrevista a um dos jornais do Rio Grande do Sul, não fez por menos, tornando público sua inconformidade com os rumos que o seu partido tem tomado ao ponto de anunciar sua desistência de concorrer a um cargo eletivo. Ponte responsabiliza a crescente influencia do poder econômico na vida pública brasileira, inclusive dentro do partido que ajudou a fundar.

Já o deputado federal Domingos Dutra, não suportou ver o partido que ajudou a construir servir de sublegenda para a oligarquia Sarney, optando por abandonar as fileiras petistas.

"Estou sendo obrigado a isso. Não é fácil romper a história de três décadas de construção do partido. É incompatível a minha permanência com o PT subjugado a essa oligarquia (Sarney)", desabafou Domingos Dutra.

Na Paraíba outro petista histórico de comprovado compromisso com as lutas sociais, que há tempos vem clamando no deserto, pela preservação da história e do programa que originou o partido é o deputado federal Luiz Couto.

Durante entrevista a uma das emissoras da capital, Couto não se conteve lamentando de publico que a direção estadual tenha abandonado as politicas do Partido dos Trabalhadores em troca de alianças pragmáticas e utilitaristas, exemplificando a subserviência do PT ao projeto politico do PMDB no estado da Paraíba.

Ele condenou ainda, o pragmatismo dos petistas que trocam apoios políticos por cargos públicos nos governos. Nem mesmo seu grupo ficou imune ao fisiologismo e às praticas que ele considera nefastas a politica e aos princípios que originaram o PT, tendo perdido aliados de longas datas para os “balcões” do toma lá dá cá. 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

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Governo brasileiro importará 600 filósofos franceses, ingleses e alemães


Vladimir Chaves

Após a polêmica contratação de 4 mil médicos cubanos e todas as expressões de preconceito oriundas do fato, o governo, em mais uma ação afirmativa, acaba de anunciar a importação de 600 filósofos de nacionalidade francesa, inglesa e alemã. O objetivo é suprir a ausência de intelectuais de pensamento genuinamente nacional, não-nacionalista. Como se sabe, o país carece de filósofos no sentido mais puro da expressão. O primeiro grupo, de 200 profissionais do pensamento, estará no Brasil já no próximo mês para participar do primeiro período de treinamento do programa que lhes ensinará a língua portuguesa (ainda que só se possa filosofar em alemão) e a detectar o possível defeito no ethos local que bloqueia a possibilidade de um pensamento tupiniquim. Todos serão alocados em parte das 701 cidades não colocadas como opção por nenhum filósofo brasileiro, uma vez que inexistem. Um segundo grupo virá em outubro e, até novembro, todos deverão estar dando aulas de filosofia nas universidades federais, compondo comitês de ética nos hospitais, dando palestras e lançando livros nas Livrarias Cultura, publicando artigos em revistas com qualificação A1 no CNPQ e filosofando acerca do irracionalismo nacional. 

O Ministério da Educação pediu, e teria conseguido, filósofos que tivessem experiência internacional em Filosofia Analítica, Filosofia Medieval e Antiga, Fenomenologia Francesa Contemporânea, Ontologia, Metafísica, Lógica, Positivismo e Bioética. “Todos eles têm residência em várias universidades da Europa e América do Norte. Cerca de 30% têm também outras especializações, como Sociologia e Ciência Política, e possuem, no mínimo, 16 anos de experiência. Pretendemos, assim, expor ao Brasil que figuras como Arnaldo Jabor, Rachel Sheherazade, Reinaldo Azevedo, Marinela Chaui, Luiz Felipe Pondé, Mario Sergio Cortella, Marcia Tiburi, Ernildo Stein, Olavo de Carvalho, Caio Fernando Abreu, entre outros, não são filósofos brasileiros e não atendem à demanda de um logos nacional ou de uma hermenêutica suficientemente potente para o pensamento de si da nação brasileira. São tão somente marqueteiros, professores de história ou sofistas por profissão”, afirmou o ministro da educação Aloizio Mercadante.

Marilena Chauí

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Protesto inusitado: "Por que jogamos merda na Globo"


Vladimir Chaves

O movimento que auto se intitula de “Levante Popular da Juventude”, responsável pelos protestos contra a Rede Globo em vários estados do país, divulgou um manifesto nas redes sociais justificando os protestos inusitados que aconteceram nesse final de semana.
"Jogamos merda na Globo porque ela joga merda na gente. A Globo contribui decisivamente para a formação de um visão de mundo conservadora, alienada e discriminadora", diz o texto.
Leia a íntegra

Levante Popular da Juventude: Por que jogamos merda na Globo

No dia 30 de agosto, realizamos protestos em sete capitais brasileiras em frente à Rede Globo e afiliadas, pela democratização da comunicação. A ação que realizamos que ganhou maior repercussão nos escrachos foi jogar merda em frente às sedes da emissora.

No dia posterior, as Organizações Globo lançaram na internet a sua confissão de culpa, em relação ao apoio que deu ao Golpe de 1964 e à Ditadura Militar. Nesse sentido, apresentamos aqui as razões que levaram a nos manifestar dessa maneira:

-Jogamos merda na Globo porque ela é ilegal e antidemocrática. A Globo é a representação máxima do monopólio das comunicações em nosso país, exercendo um poder absoluto na definição do que é verdadeiro e do que é falso, do certo e do errado, do que é legítimo e do que é ilegítimo no Brasil. Tal grau de concentração é incompatível com a Constituição de 1988, que proíbe expressamente o monopólio e oligopólio dos meios de comunicação. Um poder de controlar corações e mentes como o construído pela Globo jamais seria tolerado mesmo em países liberais.

-Jogamos merda na Globo porque ela é manipuladora e faz censura. Está intimamente associada às forças conservadoras do Brasil. Sua trajetória está marcada por uma relação intrínseca com o sistema político vigente e com a classe dominante. Para tanto, a Globo manipula fatos, constituindo e desconstituindo presidentes de acordo com seus interesses e das frações de classe as quais representa. É notória a sua orientação editorial no sentido de criminalizar e deslegitimar a ação dos movimentos sociais e suas bandeiras populares.

-Jogamos merda na Globo porque ela é golpista. Foi o suporte ideológico do Golpe Militar de 1964. As Organizações Globo, como recentemente assumiu, foram cúmplices de um regime ditatorial que perseguiu, prendeu, sequestrou, torturou e assassinou milhares de brasileiros que lutaram pela democracia, mas que eram tratados como “terroristas” nas manchetes dos seus jornais. A Globo foi conivente com a maior marca de sangue que o povo brasileiro carrega em sua história.

-Jogamos merda na Globo porque ela foi beneficiada e construiu um império sobre a obra da ditadura assassina. Nunca assumiu que seu império só se formou a partir das vantagens que obteve por sua associação com as forças sociais, políticas e militares que sustentaram a ditadura. E por conta dessa parceria, até o final do regime ocultou as lutas por redemocratização – inclusive o histórico comício de São Paulo, em 1984, pelas Diretas Já – prolongando ao máximo a sua duração. Portanto, não cometeu um erro, mas um crime.

- Jogamos merda na Globo porque ela É contra as mudanças que o povo quer. Em seu editorial a Globo reafirma que era contra as Reformas de Base propostas por João Goulart. Interrompidas pelo golpe, essas Reformas até hoje não foram realizadas, na medida em que o povo permanece sem acesso pleno a direitos elementares. A Globo é um dos principais entraves para o avanço nas necessárias reformas estruturais no Brasil, como a Reforma Educacional e Política.

-Jogamos merda na Globo porque ela é hipócrita. A Globo é propriedade da família mais rica do Brasil. Os filhos de Roberto Marinho somam um patrimônio de R$ 51 bilhões. Ao mesmo tempo, a Globo deve ao Estado brasileiro R$ 615 milhões, somando os impostos que sonegou na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 e as multas que recebeu da Receita Federal. Ou seja, suas empresas de comunicação atuam como agente moralizante da sociedade brasileira(julgando e denunciando desvios de verbas públicas) e promovem ações voltadas para “inclusão social”, enquanto acumulam o maior riqueza familiar do país e sonegam impostos.

-Jogamos merda na Globo porque ela joga merda na gente. A Globo contribui decisivamente para a formação de um visão de mundo conservadora, alienada e discriminadora. Sua programação está repleta de narrativas que degradam o papel da mulher, que invisibilizam a população negra e estigmatizam os homossexuais. A Globo representa também o monopólio da arte, da música e do cinema no Brasil, atuando como um torniquete que impede acesso, difusão e produção das expressões culturais mais genuínas do povo brasileiro. A emissora transformou um dos maiores patrimônios do país, o futebol, em um ativo no mercado publicitário, controlando desde a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) até os horários dos jogos.

-Jogamos merda na Globo para quebrar um pacto de silêncio que existe sobre o seu Império, pois a maior parte das forças políticas, seja por cumplicidade ou por medo de se desgastar politicamente com a emissora, não questiona o seu poder. Da mesma forma, o governo federal, em nome desse pacto, silencia quanto à regulamentação dos meios de comunicação e continua alimentando essa máquina de recursos por meios das verbas publicitárias dos ministérios e empresas estatais.

-Jogamos merda na Globo pois a merda é a representação do que há de mais sujo e repugnante. É aquilo que deve ser descartado. Ao mesmo tempo, a merda fertiliza e pode fazer nascer algo novo, como a confissão de culpa que a empresa assumiu por ter apoiado a ditadura durante 21 anos. Como poderá fertilizar a regulamentação e a efetiva democratização dos meios de comunicação.

Somente com atos dessa natureza seria possível expressar a necessidade urgente de democratizarmos a comunicação em nosso país. Assim como a luta por Memória, Verdade e Justiça, que pautamos a partir dos escrachos aos torturadores, a luta pela democratização da comunicação é uma etapa fundamental para consolidarmos o processo de redemocratização da sociedade brasileira até hoje inacabado.

Não descansaremos enquanto esses objetivos não forem alcançados.

Pátria Livre, Venceremos!
1º de setembro de 2013
Levante Popular da Juventude

domingo, 1 de setembro de 2013

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Flávio Aureliano é o novo prefeito de Soledade.


Vladimir Chaves

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba realizou neste domingo (1), eleição suplementar no município de Soledade, a eleição acontece devido à cassação do mandato do prefeito José Bento Leite (PT), acusado de captação ilícita de votos.

Duas coligações participaram do pleito; a Coligação “Soledade de Todos (PDT, PTN, PPS, DEM, PMN, PSB, PSDB, PSD, PCdoB e PTdoB), tendo como candidato Flávio Aureliano da Silva Neto (prefeito) e Alberto Garcia Falcão (vice), já Coligação “Unidos pela Vontade do Povo” (PT,PP,PMDB,PR,PTC,PV e PEN) teve como candidatos, José Alves de Miranda Neto (prefeito) e Roberto Cordeiro dos Santos (vice).

8.855 eleitores compareceram as urnas e com 4.306 votos foi eleito o candidato do PTN Flávio Aureliano, já o candidato José Alves obteve 3.975 votos, 1.417 eleitores abstiveram-se do pleito.

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