A colheita não falha, você colherá o que plantar.


Vladimir Chaves

Deus estabeleceu uma lei que nunca falha – a Lei da Semeadura - toda semente gera frutos, sejam bons ou ruins. Essa verdade eterna alcança pensamentos, palavras e atitudes — tudo o que você faz hoje é uma semente lançada, e no tempo certo, ela brotará. Com ela virá a colheita: justa, exata e inevitável.

Quem planta em oração, fé e obediência colherá frutos efetivos, duradouros e cheios de propósito. Por outro lado, a carne sempre deseja plantar egoísmo, orgulho e pecado — e esses produzem corrupção, destruição e tristeza. A colheita nunca mente.

Por isso, semeie no Espírito: busque a Deus com sinceridade, pratique o bem mesmo quando ninguém vê, viva em santidade mesmo quando isso parecer difícil. Lembre-se: a sua colheita depende diretamente da sua semeadura.

“Não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear, isso também colherá.” Gálatas 6:7

sábado, 12 de julho de 2025

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O papel dos missionários evangélicos no esvaziamento da Cracolândia: Uma realidade ignorada.


Vladimir Chaves

Por Vladimir Chaves | Julho de 2025

Por mais de três décadas, a região conhecida como Cracolândia, no centro de São Paulo, foi símbolo da miséria, do vício e da falência de políticas públicas diante do drama da dependência química. Em 2025, no entanto, o Brasil se deparou com uma cena surpreendente: as ruas que antes reuniam centenas de pessoas em consumo aberto de crack passaram a ficar vazias. Analistas correram para explicar o fenômeno. Mas quase todos ignoram uma peça essencial nessa história: o trabalho silencioso, perseverante e transformador dos missionários evangélicos.

Um fenômeno visível, mas pouco mencionado

A Cracolândia não sumiu por mágica. Desde 2024, diversas ações coordenadas entre as polícias e secretarias municipais contribuíram para enfraquecer o tráfico e dispersar usuários. Mas uma parte desse “esvaziamento” está sendo construída há anos, nos becos e vielas, pelas mãos daqueles que não usam farda, nem microfone de TV, mas carregam Bíblias, sopas e amor prático.

Missões como a Cristolândia, Comunidade Vida Nova, Projeto Resgatando Vidas, entre outras, nunca abandonaram o território — mesmo nos momentos de maior violência, miséria e desespero. Todos os dias, pastores, evangelistas, voluntários e ex-dependentes transformados levavam alimento, palavras de fé, apoio emocional e caminhos para restauração.

Evangelho que resgata

Enquanto parte da sociedade apenas assistia, esses missionários criaram pontes onde só havia abismos. Ao invés de oferecer apenas uma “redução de danos”, ofereceram um novo nascimento espiritual.

Milhares de homens e mulheres foram tirados das ruas e conduzidos para centros de acolhimento mantidos por igrejas; Outros foram discipulados, evangelizados e reintegrados à sociedade como trabalhadores e membros ativos das igrejas; Muitos que um dia estavam no “fluxo” hoje estão no púlpito — contando seu testemunho e ajudando outros a saírem da escravidão do crack.

Mas ainda assim, raramente são citados nas análises feitas por especialistas, imprensa ou gestores públicos.

Uma análise incompleta sem a fé

Os relatórios técnicos falam de “falta de drogas”, “ações policiais”, “fatores climáticos” ou “internações hospitalares”. Mas poucos mencionam o poder do Evangelho, o efeito regenerador da fé, e o trabalho incansável de homens e mulheres que servem por vocação — não por salário.

É preciso dizer com clareza:

O esvaziamento da Cracolândia não foi causado apenas por repressão ou políticas públicas, mas também por oração, compaixão e fé em ação.

Sem considerar o papel dos missionários, qualquer análise estará incompleta e injusta.

O evangelho transforma


A Cracolândia pode até não ser mais a mesma, mas a marginalização das igrejas no debate público sobre a solução é um erro grave. A fé cristã não é um detalhe: é uma força transformadora, que tem curado, libertado e reconstruído vidas — uma por uma.

Se o objetivo for de fato resolver o problema — e não apenas deslocá-lo —, o Estado e a sociedade precisam reconhecer e valorizar os que trabalham de forma espiritual, voluntária e integral.

Jesus disse:

“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar boas-novas aos pobres. Enviou-me para proclamar libertação aos presos e restauração da vista aos cegos, para libertar os oprimidos.” (Lucas 4:18)

Este continua sendo o chamado que muitos têm obedecido, na Cracolândia e além dela. E os frutos estão aparecendo — mesmo que parte da sociedade ainda insista em não ver.

 

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A Bíblia nas mãos, no coração e na vida


Vladimir Chaves


Feliz é o homem que possui uma Bíblia — pois tem em mãos um tesouro eterno, a revelação do próprio Deus. Mais feliz ainda é aquele que, além de possuí-la, abre-a com reverência e lê suas palavras como quem ouve a voz do Pai. Mas muito mais feliz é o homem que lê, estuda e transmite os ensinamentos da Bíblia, porque sua vida torna-se um canal de bênçãos e transformação para si mesmo e para os que o cercam.

A verdadeira felicidade não está em ter, mas em viver a Palavra. Quem medita nela encontra direção, consolo, sabedoria e vida. E aquele que a ensina, compartilha luz em meio às trevas, espalha esperança em tempos difíceis e semeia fé onde há dúvidas.

"Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo." Apocalipse 1:3

Não basta ter uma Bíblia na estante; ela precisa estar no coração. Que sejamos não apenas leitores, mas também praticantes e mensageiros da Palavra de Deus. Assim, experimentaremos a felicidade plena que vem do Senhor.

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As 12 casas visitadas por Jesus e suas lições espirituais


Vladimir Chaves



Ao longo de Seu ministério terreno, Jesus entrou em diversas casas. Cada uma dessas visitas carrega significados espirituais profundos e lições para nossa vida cristã. Conhecer alguma dessas casas é compreender como o Senhor deseja habitar também em nosso lar e em nosso coração.

A casa do milagre dos vinhos – Casamento em Caná, transformação da água em vinho.

Jesus, sua mãe Maria e os discípulos foram convidados para um casamento. Em dado momento, o vinho acabou, o que era considerado uma grande vergonha social na cultura judaica da época. Maria então intercede e aponta o problema a Jesus.

Mesmo em eventos simples da vida, como um casamento, Deus se importa e age com poder.

Casa de Pedro – Jesus cura a sogra de Pedro, que estava com febre.

Quando Jesus entra em nossa casa, Ele traz cura. Enfermidades físicas e espirituais são restauradas.

Casa de Mateus – Jesus senta-se à mesa com publicanos e pecadores.

Cristo entra em lugares rejeitados pela sociedade, oferecendo perdão e nova vida. Jesus não rejeita pecadores arrependidos; Ele os chama.

Casa de Jairo – Jesus ressuscita a filha de Jairo.

A fé abre caminho para o impossível. Onde havia morte, Jesus trouxe vida. Mesmo quando tudo parece perdido, a presença de Jesus muda tudo.

Casa de Marta, Maria e Lázaro – Maria ouve Jesus, enquanto Marta se ocupa com tarefas.

Jesus valoriza a devoção acima da agitação. Devemos reservar tempo para ouvir o Mestre em nossa casa.

Casa de Simão, o Fariseu – Uma mulher pecadora unge os pés de Jesus.

O amor sincero supera as aparências. O perdão é liberado onde há arrependimento verdadeiro. A visita destaca a importância do perdão na vida cristã, e que o amor é a resposta natural ao perdão recebido

Casa de Zaqueu – Jesus se convida para entrar na casa de um cobrador de impostos.

A salvação chegou àquela casa por causa do arrependimento de Zaqueu. Cristo transforma lares quando encontra corações dispostos.

Casa de Simão, o Leproso – Uma mulher derrama perfume caro sobre Jesus.

Um ato de adoração que marcou aquela casa. Devemos oferecer o melhor a Jesus, sem reservas. Jesus destaca que ações feitas por amor nunca serão esquecidas.

Casa onde o paralítico foi curado – Os amigos descem o paralítico pelo telhado.

A fé dos amigos provocou o milagre. Nossa fé pode abrir caminhos para a transformação de outros.

Casa de um fariseu com um homem hidrópico – Jesus cura no sábado e ensina sobre misericórdia.

Jesus foi convidado para uma refeição na casa de um dos principais fariseus, eles observavam Jesus, esperando que Ele violasse a lei do sábado curando alguém.

Muitas vezes, somos tentados a observar os outros com um espírito crítico, como os fariseus. Jesus nos convida a agir com compaixão, mesmo quando isso desafia as normas da religião ou da cultura.

Casa de um discípulo em Emaús – Ao partir o pão, os discípulos reconhecem Jesus.

Cristo se revela no partir do pão, na comunhão sincera. Ele está presente quando O convidamos para permanecer.

Casa da última Ceia – Jesus institui a Ceia e prepara os discípulos para o que viria.

Jesus sela aliança e prepara seus servos para o propósito.  Que nossas casas sejam lugares de consagração e comunhão.

Cada casa visitada por Jesus representa um aspecto do Seu ministério e de Sua presença transformadora. Hoje, Ele continua batendo à porta (Apocalipse 3:20), esperando que abramos para que Ele entre e faça morada.

"Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo." – Apocalipse 3:20

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Nossas vidas é um culto com Deus, fidelidade invisível e glória eterna


Vladimir Chaves

Você não precisa de um púlpito para pregar, nem de um palco para adorar. Também não precisa de aplausos para ser aceito diante de Deus. A verdadeira adoração começa no cotidiano da vida: seu local de trabalho pode ser um altar, a mesa do café da manhã pode se tornar seu lugar de comunhão, e o silêncio do seu quarto, um templo sagrado.

Deus não mede sua fé pelos grandes feitos públicos, mas pela fidelidade que ninguém vê. Aos olhos do céu, há mais glória em perdoar em silêncio do que em levantar as mãos diante de uma multidão aos domingos. Fazer o certo quando ninguém está olhando tem mais valor do que mil palavras gritadas em nome da devoção.

Adoração verdadeira se revela no cotidiano: cuidar da família, honrar os pais, cumprir promessas, buscar a mansidão — isso sim tem peso eterno. Adorar a Deus não é um momento, é uma existência rendida. Não se trata de um evento, mas de uma vida santificada, onde cada passo, cada escolha, cada gesto silencioso se torna um hino invisível de louvor.

Fomos chamados não apenas para fazer as coisas de Deus, mas para ser Dele. O céu não reconhece fama — reconhece fidelidade. Nossa vida é um culto contínuo, um altar em movimento, uma expressão viva da presença de Deus entre os homens.

Santifique o seu cotidiano e glorifique o invisível. Viva de tal maneira que, mesmo sem microfones ou holofotes, sua vida inteira diga: “Santo é o Senhor”.

"Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês." Romanos 12:1

sexta-feira, 11 de julho de 2025

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Igreja: Lugar de culto, não de show


Vladimir Chaves

"Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Romanos 12:1

Não vou à igreja para assistir a cultos — vou para prestar culto. Igreja não é teatro, não é auditório, não é palco. Vou à igreja, não para fazer parte da plateia, mas para fazer parte do altar, onde meu coração, minha adoração e minha vida são entregues a Deus.

Em palcos, há performances; no altar, há sacrifícios.

Em shows, há exibições e egos exaltados; no culto, há rendição e quebrantamento.

Entendamos: o foco não pode — e nem deve — ser o homem. O centro de tudo precisa ser Deus.

A igreja não foi feita para estrelas, mas para servos.

Estrelas buscam os aplausos dos homens; servos buscam servir a Deus.

Estrelas querem brilhar; servos querem agradar ao Senhor.

Em shows, fãs aplaudem e bajulam. No culto, discípulos aprendem, obedecem e seguem.

Nos reunimos como corpo para oferecer a Deus o nosso melhor — não para sermos entretidos, mas para sermos transformados.

Não troquemos o altar por um palco, a adoração por uma apresentação, o discipulado por uma plateia.

Pois o verdadeiro culto é aquele em que nos entregamos a Deus em espírito e em verdade (João 4:23-24), com humildade e reverência.

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A Igreja relevante precisa ser missionária e acolhedora


Vladimir Chaves

A obra missionária é o coração pulsante da igreja. Levar o Evangelho aos que ainda não conhecem a Cristo é mais do que uma atividade — é uma expressão de obediência ao próprio Senhor, que nos mandou fazer discípulos em todas as nações (Mateus 28:19).

Mas a missão não termina no envio. Uma igreja verdadeiramente relevante é aquela que, além de evangelizar, acolhe. O acolhimento é um dos pilares do ministério de Jesus e deve ser também a marca da Sua Igreja. Acolher o novo convertido, o órfão de fé, o ferido, o cansado — isso é ser corpo, isso é ser família.

A igreja primitiva entendeu isso:

“Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.” Atos 2:44

Essa comunhão não era superficial. Ela se baseava na doutrina, na oração, na partilha e no amor mútuo. A Bíblia afirma:

“E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.” Atos 2:42

Assim, a igreja genuinamente cristã reflete a prática dos ensinos dos apóstolos. Não se trata apenas de reuniões formais, mas de viver o Evangelho de forma visível e transformadora. Ensinar, discipular (com respeito), servir, amar.

Ser relevante no mundo atual não exige se adaptar aos moldes do mundo, mas retornar à essência bíblica: uma igreja missionária e acolhedora será sempre atual, necessária e viva.

Que o Senhor nos ajude a sermos essa igreja — com portas abertas, corações sensíveis e pés prontos a anunciar as boas novas a todos os órfãos de fé.

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Senhor, torna-nos dignos da Tua piedade


Vladimir Chaves

Senhor, torna-nos dignos da Tua piedade, dignos da Tua misericórdia. Perdoa-nos, ó Deus, por nossa indiferença diante da Tua bondade, tão constante e tão imerecida. Mesmo quando não reconhecemos, Tu estendes Tua mão para nos guardar. Dia e noite, nos cercas com livramentos invisíveis, com proteção silenciosa, com cuidado paternal. Ainda assim, tão raramente dobramos os joelhos para agradecer.

Perdoa-nos, Senhor, pela ingratidão que nos torna frios, por um coração que se esquece do Teu favor. Quantas vezes usamos desculpas para não Te buscar? Perdoa os irmãos que deixam de ir à igreja sob o pretexto de não ter tempo, de que está chovendo, de que estão cansados. Como se o conforto da carne fosse mais importante que o alimento da alma!

Tem misericórdia também daqueles que se afastam da comunhão por intrigas, ressentimentos e mágoas com outros irmãos ou até com líderes espirituais. Esquecem o Criador e se apegam às falhas das criaturas, como se os homens fossem mais relevantes que a Tua presença.

Senhor, ensina-nos a olhar para Ti. Restaura em nós um coração reverente, humilde, grato e obediente. Que voltemos ao altar com arrependimento verdadeiro, com sede da Tua presença e desejo sincero de comunhão. Que nenhum obstáculo humano ou desculpa terrena nos afaste do privilégio de estar contigo e com Teu povo.

"As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim. Renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade!" Lamentações 3:22-23

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A Igreja de Jerusalém: um exemplo a ser seguido


Vladimir Chaves

A Igreja de Jerusalém foi a primeira comunidade cristã organizada após a ressurreição de Jesus e o derramamento do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Nascida em meio a um poderoso mover espiritual (Atos 2), ela se tornou modelo de fé, comunhão e compromisso com os ensinamentos de Cristo.

Essa igreja vivia intensamente a Palavra. Os discípulos perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações (Atos 2:42). Havia temor, sinais, milagres e uma união tão forte que “ninguém considerava sua coisa alguma do que possuía” (Atos 4:32). A generosidade, a unidade e o amor ao próximo eram marcas visíveis de sua espiritualidade prática.

Além disso, a Igreja de Jerusalém era missionária e comprometida com a expansão do Evangelho. Mesmo enfrentando perseguições, os cristãos não recuaram — pelo contrário, se espalharam e anunciaram a mensagem de Jesus por toda parte (Atos 8:4).

Seu zelo pelas Escrituras, seu senso de comunidade e sua dependência constante do Espírito Santo fazem da Igreja de Jerusalém um exemplo a ser seguido em todas as épocas. Em tempos em que muitos buscam formas modernas de crescimento, a simplicidade, o fervor e a obediência da igreja primitiva ainda são o caminho mais seguro para uma igreja viva e relevante.

quinta-feira, 10 de julho de 2025

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"Nunca pare de afiar o machado": O sábio nunca para de aprender


Vladimir Chaves


O homem sábio está sempre buscando melhoria, enquanto o tolo logo acha que já aprendeu o suficiente. Essa verdade serve para qualquer época ou geração.

A sabedoria bíblica nos ensina que a jornada do crescimento nunca termina:

"Dê instrução ao sábio, e ele se fará mais sábio; ensina ao justo, e ele crescerá em entendimento." – Provérbios 9:9

Esse versículo nos mostra que o verdadeiro sábio é aquele que permanece ensinável, humilde e disposto a crescer, mesmo depois de muitas conquistas.

Por outro lado, o tolo se acomoda. Ele acredita que já chegou onde deveria, que não precisa aprender mais nada. Esse orgulho é o que o impede de progredir e o faz tropeçar.

"Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso." – Eclesiastes 10:10

Assim como o lenhador que não afia seu machado acaba se cansando mais e cortando menos, o cristão que não busca sabedoria e crescimento espiritual se desgasta sem produzir frutos duradouros.

Nunca pare de afiar o machado. Continue aprendendo, crescendo, sendo moldado por Deus. A sabedoria não é um ponto de chegada, mas um caminho contínuo. O esforço se torna mais eficaz quando é guiado pela excelência.

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Antioquia: Local onde os discípulos passaram a ser chamados de cristãos


Vladimir Chaves


O nome cristão foi empregado pela primeira vez em Antioquia (Atos 11:26) para designar os discípulos, aqueles que aceitavam o ensino dos apóstolos. Antes disso, os seguidores de Jesus eram conhecidos como “os do Caminho” (Atos 9:2) ou simplesmente “discípulos”.

“E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas, a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, que se chamam do Caminho, quer homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém.” Atos 9:2

“E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja e ensinaram muita gente. E em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.” Atos 11:26

Esses dois versículos mostram a evolução da identidade dos seguidores de Jesus: primeiro reconhecidos como “os do Caminho” (por seguirem a Verdade e a Vida – João 14:6), e mais tarde como “cristãos”, por se parecerem com Cristo em palavras e atitudes.

O termo “cristão” significa literalmente “pequeno Cristo” ou “seguidor de Cristo”, e surgiu não como título político ou religioso, mas como uma identidade espiritual. Os habitantes de Antioquia, ao observarem o comportamento, o amor e os ensinamentos desses discípulos, perceberam que eles se pareciam com Cristo — e, por isso, os chamaram de cristãos.

Esse nome, que começou como uma identificação pública, hoje é um título que carrega responsabilidade, missão e identidade. Ser cristão é refletir o caráter de Cristo no mundo, obedecer à Sua Palavra e viver de acordo com o ensino dos apóstolos, fundamentado nas Escrituras.

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Deus é o oxigênio, o alimento, a água e a luz que precisamos para sobreviver.


Vladimir Chaves

Para a ciência, o ser humano precisa de água, oxigênio, luz e alimento para sobreviver. Esses elementos são essenciais para manter a vida física. Sem oxigênio, os pulmões param; sem água, o corpo se desidrata; sem alimento, não há energia; e sem luz, não há regulação do ciclo vital.

Mas a Bíblia revela que a vida vai além do que os olhos podem ver. Ela nos ensina que Deus é a fonte suprema de tudo o que o ser humano realmente precisa.

Oxigênio:

“Então formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida; e o homem tornou-se alma vivente.” (Gênesis 2:7)

O sopro de Deus é o verdadeiro oxigênio da vida. Foi Ele quem deu vida ao corpo formado do pó. Sem esse sopro, seríamos apenas matéria.

Alimento:

Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome.” (João 6:35)

Cristo se apresenta como o alimento que sacia a fome espiritual. Sem Ele, o coração permanece vazio, mesmo que o corpo esteja nutrido.

Água:

“Se tu conhecesses o dom de Deus... tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.” (João 4:10)

Jesus oferece uma água que não apenas hidrata, mas concede vida eterna. Quem bebe dessa água nunca mais terá sede espiritual.

Luz:

“Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não andará em trevas...” (João 8:12)

A luz é essencial para a orientação, o crescimento e a revelação. Jesus é essa luz que ilumina os caminhos e dissipa as trevas do pecado e da dúvida. Quem vive sem essa luz tropeça.

Assim como dependemos dos elementos naturais para viver fisicamente, dependemos de Deus para viver espiritualmente. A verdadeira sobrevivência é encontrada n’Ele, pois só Ele pode sustentar corpo, alma e espírito.

quarta-feira, 9 de julho de 2025

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Valorizar e apoiar os missionários é reconhecer a urgência do evangelho no mundo.


Vladimir Chaves

A obra missionária é uma expressão viva do amor de Deus pelo mundo. Missionários são homens e mulheres que, movidos pelo Espírito Santo, deixam o conforto de suas casas para levar a mensagem da cruz aonde muitos ainda não ouviram falar de Jesus. Eles são os pés que correm para anunciar a salvação, são instrumentos de Deus que transformam realidades, curam feridas, restauram famílias e plantam igrejas.

"E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés dos que anunciam o evangelho de paz, dos que trazem alegres novas de boas coisas." Romanos 10:15

A Igreja Assembleia de Deus tem um destaque nessa missão divina, dentro e fora do Brasil. Desde os seus primeiros anos, a missão sempre foi um pilar fundamental da denominação, que se destaca por enviar e sustentar centenas de missionários em diversos continentes.

Os missionários assembleianos cumprem com coragem a ordem de Jesus: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura" (Marcos 16:15).

Com base no princípio de que toda igreja local deve ser uma agência missionária, a Assembleia de Deus investe em formação, preparo espiritual e envio de homens e mulheres comprometidos com a evangelização integral: palavra, amor e ação.

Os missionários não só proclamam a fé cristã; também atuam como agentes de transformação social. Muitos trabalham com educação, saúde, alfabetização e apoio em zonas de vulnerabilidade. Em tempos de guerra, fome ou abandono, são eles que permanecem, mesmo diante do risco, para levar consolo, pão e esperança.

A seara continua grande, e os trabalhadores, preciosos e necessários. Oremos pelos nossos missionários!

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Louvor Verdadeiro x Louvor Autocêntrico


Vladimir Chaves

Louvores autocêntricos são cânticos ou expressões de adoração que, em vez de exaltar a Deus, colocam o ser humano no centro da mensagem. Em vez de focarem na glória, santidade, grandeza e nas obras de Deus, destacam as emoções, desejos, vitórias pessoais e experiências do adorador.

"Foi feito por um artífice, e isso não é Deus; por isso será despedaçado o bezerro de Samaria." (Oséias 8:6)

Assim como Deus rejeitou o ídolo de Samaria, Ele rejeita todo louvor que O substitui pela criatura. Um cântico pode ser bonito, emocional e até parecer “espiritual”, mas se for feito para exaltar o homem, não passa de um ídolo feito de palavras.

Oséias 8:6 nos lembra que Deus não aceita o que é forjado por mãos humanas para ocupar o Seu lugar. Isso inclui teologias centradas no homem, músicas desprovidas da Palavra e cultos moldados para agradar ao público, e não ao Senhor.

Hoje, embora não se forjem mais bezerros de ouro, forjam-se ídolos de outra natureza: o ego, a vaidade espiritual e a autopromoção — muitas vezes disfarçados de louvor. Assim como o artífice moldava ídolos com as próprias mãos, muitos compositores atuais criam louvores voltados para agradar ao ego humano, e não para refletir a verdade do Evangelho. São canções belas, mas vazias de temor a Deus.

Em contraste, os Salmos e os hinos da Harpa Cristã nasceram da intimidade com o Senhor e da ação do Espírito Santo, com o propósito de glorificar a Deus e edificar vidas. A diferença está na origem e no fruto: uns exaltam o homem; os outros revelam a presença de Deus.

Vigiem! Prestem atenção às características dos louvores autocêntricos, que têm foco no “eu”: repetem expressões como “eu quero”, “eu sinto”, “minha vitória”, “meu milagre”, com pouca ou nenhuma menção a Deus. São letras com mensagens motivacionais disfarçadas de adoração, transformando a adoração em uma espécie de autoajuda gospel. Exaltam promessas que não estão alinhadas com o Evangelho.

“Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” (João 4:24)

O louvor verdadeiro tem como objetivo principal exaltar a Deus — Seu caráter, Suas obras, Sua santidade e Sua soberania. Não depende de emoções ou circunstâncias, mas é baseado na verdade revelada nas Escrituras.

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O Chamado: Cruz, Entrega e Serviço


Vladimir Chaves


O chamado de Deus não é uma medalha de honra para ser exibida diante dos homens. É uma cruz a ser carregada todos os dias, com humildade e perseverança. Não é uma conquista pessoal que nos coloca em posição de destaque, mas uma entrega constante da nossa vontade à vontade de Deus.

Jesus foi claro ao nos convidar a segui-Lo:

“Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” (Lucas 9:23)

Responder ao chamado não significa subir degraus de exaltação humana, mas descer ao caminho do serviço humilde. É lavar os pés dos irmãos, amar quando ninguém vê, permanecer fiel mesmo quando não há aplausos. Quem entende o chamado entende que o centro é o Criador, e não a criatura.

Portanto, não se iluda com títulos ou reconhecimento. O verdadeiro chamado se revela na renúncia, na obediência e na disposição de servir — mesmo quando dói. Porque ser chamado por Deus é, antes de tudo, ser moldado por Ele.

terça-feira, 8 de julho de 2025

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Massacre na Colômbia: Oito missionários evangélicos são encontrados mortos em vala comum


Vladimir Chaves

Corpos foram localizados após análise do celular de guerrilheiro comunista preso; líderes religiosos haviam desaparecido em abril, no departamento de Guaviare.

Oito missionários evangélicos foram encontrados mortos em uma vala comum na zona rural de Calamar, no departamento de Guaviare, Colômbia. O crime, atribuído a dissidências armadas de orientação comunista, chocou o país e levantou alertas internacionais sobre a perseguição a líderes religiosos em regiões de conflito.

As vítimas haviam desaparecido entre os dias 4 e 5 de abril de 2025. Durante meses, não havia pistas concretas sobre seu paradeiro. A localização da vala só foi possível após a prisão de um guerrilheiro pertencente a um desses grupos comunistas. Peritos analisaram o celular do suspeito e encontraram imagens das vítimas e do local do crime, o que levou as autoridades ao ponto exato onde os corpos estavam enterrados.

O Escritório do Procurador-Geral da Colômbia confirmou a descoberta nesta primeira semana de julho, revelando o envolvimento de facções dissidentes das FARC — com ideologia comunista — que disputam o controle da região com outros grupos como o ELN.

O presidente colombiano Gustavo Petro condenou o assassinato dos missionários, classificando o caso como “uma grave afronta ao direito à vida, à liberdade religiosa e ao trabalho comunitário e espiritual”. Ele também pediu maior proteção para líderes religiosos que atuam em zonas de risco.

Entidades religiosas e organizações de direitos humanos, como a CEDECOL e a CSW, consideraram o episódio o maior massacre de 2025 na Colômbia. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) já contabiliza mais de 100 mortes em múltiplos homicídios neste ano, sendo este o mais grave até agora.

As vítimas

Os missionários assassinados foram identificados como: James Caicedo, Óscar García, Máryuri Hernández, Maribel Silva, Isaid Gómez, Carlos Valero, Nixon Peñaloza, Jesús Valero

Todos atuavam como líderes cristãos em comunidades vulneráveis, prestando apoio espiritual e social em áreas com forte presença de grupos armados.

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Reescrevendo minha vida com Jesus.


Vladimir Chaves


Se eu tivesse que contar a minha história de vida sem mencionar Jesus, haveria quase nada de bom a ser contado.

A parte boa da minha vida começou no capítulo em que Jesus passou a fazer parte dela.

“Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação. As coisas antigas já passaram; eis que surgiram coisas novas.” (2 Coríntios 5:17)

Há histórias que emocionam, outras que impressionam. Mas nenhuma história é verdadeiramente transformadora se Jesus não estiver no enredo. Cristo não é um detalhe — Ele é o ponto de virada. O passado pode até ter conquistas, mas foi o encontro com Cristo que deu sentido, direção e propósito à minha caminhada.

Houve um tempo em que minha história era marcada por incertezas, dores e buscas vazias. Eu tentava preencher o coração com conquistas, com pessoas, com bebidas — e até mesmo com a política (essa, aliás, foi a mais infrutífera e decepcionante de todas). Mas o vazio persistia. Era como um livro com capítulos em branco, onde as páginas pareciam não ter sentido. Até que, no tempo certo, Jesus entrou em cena. E tudo mudou.

O capítulo em que Jesus entrou na minha história não foi apenas um novo começo — foi a reescrita completa do enredo. Ele deu sentido ao que antes parecia sem propósito, trouxe cura onde havia feridas, paz onde reinava a confusão e esperança onde só havia desânimo. Em Cristo, encontrei respostas para tudo.

Hoje posso dizer, sem medo: se há algo que realmente vale a pena na minha vida, é porque Jesus faz parte dela. Ele é o autor da minha redenção, o consolo nos dias difíceis, a luz no meu caminho. E o mais belo é que Ele não apenas passou — Ele permanece.

“Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.”

(Gálatas 2:20)

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Do altar às ruas: A verdadeira missão da Igreja


Vladimir Chaves

Vivemos dias em que muitos enxergam a igreja como um espaço de entretenimento, encontros sociais e conforto pessoal. Contudo, segundo a Bíblia, a identidade da igreja vai muito além disso. Ela é um corpo vivo, formado por pessoas redimidas em Cristo, chamadas para viver e proclamar o evangelho com coragem e fidelidade.

A igreja é um povo separado, reunido por Deus e com um propósito: ser luz nas trevas, sal na terra e testemunha viva de Jesus Cristo. Sabemos que nossa missão não é agradar o mundo, mas ser instrumentos de transformação por meio da Palavra e do poder do Espírito Santo.

“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9)

Não fomos chamados para nos acomodar, mas para nos levantar. Não para apenas assistir cultos, mas para viver em missão. A igreja é o reflexo do Reino de Deus em ação no mundo. E cada cristão é um embaixador desse Reino, enviado para anunciar o amor, a graça e a salvação que há em Jesus Cristo.

Somos chamados por Deus para sermos diferentes neste mundo, refletindo Sua luz e vivendo com propósito. Como povo escolhido, temos a missão de mostrar o amor e o poder de Deus, testemunhando a transformação que Ele operou em nossas vidas.

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Não pare diante das críticas, siga com a missão que Deus te deu


Vladimir Chaves

Neemias não parou diante das críticas, zombarias e ameaças, ele tinha uma missão. Ao receber a notícia de que os muros de Jerusalém estavam em ruínas, seu coração se entristeceu, mas não ficou paralisado. Ele orou, jejuou e buscou a direção de Deus. Quando chegou o tempo, agiu com sabedoria, coragem e fé.

Durante a reconstrução dos muros, Neemias enfrentou zombadores como Sambalate, Tobias e Gesém. Eles tentaram desanimá-lo, espalharam boatos, conspiraram contra ele e até tentaram matá-lo. Mas Neemias não se deixou vencer. Ele sabia que a obra era maior do que os ruídos ao redor. Ele respondeu:

“Estou executando um grande projeto e não posso descer. Por que parar a obra para ir encontrar-me vocês” (Neemias 6:3).

Assim também é conosco. Quando estamos firmes no propósito que Deus nos confiou, sempre haverá oposição. Mas precisamos lembrar: quem nos chamou foi Deus. A missão não é fruto do nosso ego, mas da obediência.

Não pare. Não recue. Não dê ouvidos às vozes que querem te distrair ou fazer você desistir. Faça como Neemias: ore, vigie e continue edificando. Deus está contigo!

segunda-feira, 7 de julho de 2025

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Somente Jesus preenche o vazio da alma


Vladimir Chaves

“Jesus declarou: Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” (João 6:35)

Vivemos tempos em que o vazio existencial tem se tornado cada vez mais comum. Angústia, aflição, ansiedade e depressão têm atingido jovens e adultos, independentemente de sua condição social. Muitos tentam preencher esse vazio com bens materiais, status, vícios ou até mesmo com práticas religiosas que carecem de verdadeira intimidade com Cristo.

No entanto, somente a presença de Jesus é capaz de preencher esse vazio. Se você tem sentido esse peso interior, aproxime-se de Cristo. Busque um relacionamento íntimo com Ele por meio da oração, da leitura da Palavra, do jejum, da adoração e da comunhão com outros irmãos. Assim como o corpo precisa de alimento todos os dias, a alma também necessita diariamente da presença de Jesus.

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Nunca deixe de orar, ore continuamente.


Vladimir Chaves

“Orem continuamente.” (1 Tessalonicenses 5:17). Essa pequena e poderosa instrução revela o desejo de Deus de estar constantemente em comunhão conosco. Orar sem cessar não significa passar o dia inteiro de joelhos, mas manter o coração ligado a Deus em todo tempo, reconhecendo Sua presença em cada detalhe da vida.

A vida nem sempre colabora com o nosso ânimo espiritual. Há dias em que tudo pesa, o corpo está cansado, a mente sobrecarregada e o coração abatido. Há momentos em que a última coisa que pensamos é orar. Mas é exatamente nesses momentos que mais precisamos nos lançar aos pés do Pai.

Ore sem vontade, ore com sono, ore dormindo, ore triste, mas nunca deixe de orar. Porque a oração não é sobre performance, é sobre relacionamento. Deus não espera palavras bonitas, Ele espera um coração sincero. Mesmo quando tudo nos parece fraco, Ele continua sendo forte. E é na oração que a nossa fraqueza encontra descanso em Sua força.

Não ore apenas quando tudo estiver desmoronando, ore também quando tudo estiver bem. Ore em silêncio, ore com lágrimas, ore com sorriso. Deus ouve nosso sussurro e entende até mesmo o silêncio mais profundo.

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Carnalidade e divisões na Igreja: Um Problema Antigo e Atual


Vladimir Chaves

A carta escrita pelo apóstolo Paulo à igreja em Corinto, especialmente o capítulo 3 de 1 Coríntios, leva-me a refletir sobre a realidade atual vivida por muitas de nossas igrejas. Paulo nos mostra que, já naquela época, a comunidade cristã enfrentava divisões internas, imaturidade espiritual e carnalidade.

Essa carta continua profundamente relevante nos dias de hoje, pois muitos cristãos ainda enfrentam desafios semelhantes em suas comunidades. Vejamos:

“Irmãos, não pude falar a vocês como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo.” (1 Coríntios 3:1)

Hoje, essa realidade continua presente. Ainda vemos crentes que, mesmo após anos de caminhada com Cristo, reagem como "meninos na fé": facilmente ofendidos, dependentes de líderes, presos a disputas por posições ou títulos, e mais preocupados com aparência do que com essência.

“Porque ainda são carnais. Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos?” (1 Coríntios 3:3)

Nos dias atuais, essa exortação permanece válida. Ainda há igrejas e crentes dominados por disputas internas, vaidades, ciúmes ministeriais, competições por posição e divisões por preferências pessoais. Tudo isso revela carnalidade, não espiritualidade.

“Pois, quando alguém diz: ‘Eu sou de Paulo’, e outro: ‘Eu de Apolo’, não estão sendo mundanos?” (1 Coríntios 3:4)

Atualmente, essa atitude se manifesta de diversas formas: quando crentes se apegam a líderes, pastores ou pregadores como se fossem ídolos; quando a lealdade a um “nome” ou denominação se torna mais importante do que a fidelidade a Cristo e à Sua Palavra.

“Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é quem fez crescer.” (1 Coríntios 3:6)

A divisão persiste. Hoje, vemos grandes divisões entre denominações, pastores, pregadores e até entre grupos dentro da mesma igreja. Paulo nos lembra que nenhum líder humano deve ser o centro da nossa fé. Cristo é o centro de tudo. O homem planta, rega, mas é Deus quem dá o crescimento. Ele é o verdadeiro fundamento.

“Pois nós somos cooperadores de Deus; vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus.” (1 Coríntios 3:9)

Atualmente, muitos não entendem que a igreja pertence a Deus e que pastores, líderes, obreiros e auxiliares são apenas instrumentos d’Ele. Toda a glória deve ser dada a Deus.

“Porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo.” (1 Coríntios 3:11)

Hoje, muitas igrejas são construídas nos alicerces das ideologias humanas, sucesso, prosperidade ou carisma de seus líderes. Não percebem que cada um será responsável por sua obra, e que no Dia do Juízo, tudo será provado pelo fogo. Obras frágeis serão consumidas; as duradouras, recompensadas.

“Vocês não sabem que são santuários de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês?” (1 Coríntios 3:16)

Nos tempos atuais, muitos acreditam que Deus habita apenas em templos grandiosos, e ignoram que nós somos o verdadeiro santuário de Deus. O Espírito Santo não habita em paredes de concreto, mas em corações regenerados.

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