Reforma tributária: Confira os itens da cesta básica que terão alíquotas zero.


Vladimir Chaves


Regulamentada na última quinta-feira (16) após 30 anos de discussões no Congresso, a reforma tributária sobre o consumo promoverá mudança no preço dos alimentos. Como determinado pela emenda constitucional de 2023, a lei complementar definiu os itens da cesta básica nacional que terão alíquota zero e os itens que terão alíquota reduzida em 60%. Por outro lado, bebidas prejudiciais à saúde serão sobretaxadas.

No caso da cesta básica nacional, a lei complementar inclui 22 produtos que não pagarão o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA). A lista traz produtos essenciais para a alimentação dos brasileiros, com a inclusão de itens regionais, como o mate e o óleo de babaçu. Outros 14 alimentos terão alíquota reduzida em 60% em relação a alíquota-padrão.

Durante a tramitação no Congresso, esses pontos geraram polêmica, com o Senado retirando o óleo de milho da cesta básica e passando para a lista de alíquota reduzida. Em contrapartida, o Congresso acrescentou carnes, queijos, todos os tipos de farinha, aveia, sal e óleo de milho, aumentando a lista de produtos da cesta básica de 15 para 22 itens.

Na última votação, na Câmara dos Deputados, os parlamentares retiraram a água mineral da lista de produtos com alíquota reduzida. Alguns deputados tentaram incluir os biscoitos e bolachas na cesta básica nacional, com isenção, mas os itens continuaram a lista de alíquota mais baixa.

Se diversos alimentos tiveram imposto reduzido, as bebidas açucaradas e alcoólicas vão pagar mais. Esses produtos foram incluídos na lista do Imposto Seletivo, apelidado de Imposto do Pecado, que incidirá sobre bens que prejudicam a saúde ou o meio ambiente.

O Imposto Seletivo também será cobrado sobre bens minerais, jogos de azar, embarcações e aeronaves, produtos fumígenos (cigarros e relacionados) e veículos. Apesar de especialistas em saúde terem pedido - em audiências públicas - a inclusão de alimentos processados no imposto, o Congresso não acatou as reivindicações.

Preços finais

No caso do Imposto Seletivo, a sobretaxação resultará em aumento de preços. O contrário, no entanto, não está garantido. O impacto das isenções e das alíquotas reduzidas sobre os preços finais depende da cadeia produtiva dos alimentos. Isso porque o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que substituirá sete tributos atuais que incidem sobre o consumo, não será cobrado em cascata.

A cada etapa da cadeia produtiva, o produtor poderá deduzir o IVA sobre os insumos. Em tese, alimentos com cadeia produtiva mais longa, como os industrializados, poderão se aproveitar de mais créditos (deduções) sobre a etapa anterior de produção. Na teoria, os alimentos in natura terão menos descontos, porque a cadeia produtiva é mais curta, o que justifica a alíquota reduzida para sucos naturais e hortaliças. Mesmo assim, os impactos definitivos só serão conhecidos à medida que a reforma tributária entrar em vigor, com um cronograma de transição de 2026 a 2033.

Lista de alimentos regulamentados pela reforma tributária

Cesta básica nacional, com alíquota zero

1.    Açúcar;

 

2.    Arroz;

 

3.    Aveias;

 

4.    Café;

 

5.    Carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foie gras)

 

6.    Cocos;

 

7.    Farinha de mandioca e tapioca;

 

8.    Farinha de trigo;

 

9.    Feijões;

 

10.   Fórmulas infantis;

 

11.   Grão de milho;

 

12.   Leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado; leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; e fórmulas infantis definidas por previsão legal específica;

 

13.   Manteiga;

 

14.   Margarina;

 

15.   Massas alimentícias;

 

16.   Mate;

 

17.   Óleo de babaçu;

 

18.   Pão francês;

 

19.   Peixes e carnes de peixes (exceto salmonídeo, atum, bacalhau, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos);

 

20.   Queijos tipo muçarela, minas, prato, de coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, fresco não maturado e do reino;

 

21.   Raízes e tubérculos;

 

22.   Sal.

 

Alimentos com redução de 60% em relação à alíquota padrão

1.    Amido de milho;

 

2.    Biscoitos e bolachas (recheados, cobertos ou amanteigados, sem cacau);

 

3.    Crustáceos (exceto lagostas e lagostim);

 

4.    Extrato de tomate;

 

5.    Farinha, grumos e sêmolas, de cerais; grãos esmagados ou em flocos, de cereais;

 

6.    Fruta de casca rija regional, amendoins e outras sementes;

 

7.    Leite fermentado, bebidas e compostos lácteos;

 

8.    Massas alimentícias recheadas (mesmo cozidas ou preparadas de outro modo) e massas instantâneas;

 

9.    Mel natural;

 

10.   Óleo de soja, de milho, canola e demais óleos vegetais;

 

11.   Pão de forma;

 

12.   Polpas de frutas sem açúcar, outros edulcorantes e conservantes;

 

13.   Produtos hortícolas;

 

14.   Sucos naturais de fruta ou de produtos hortícolas sem açúcar, edulcorantes e conservantes.

 

Imposto Seletivo

Alíquota extra sobre os seguintes produtos que prejudicam a saúde ou o meio-ambiente:

 

1.    Bebidas açucaradas;

 

2.    Bebidas alcoólicas;

sábado, 18 de janeiro de 2025

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Imbróglio do Pix e sanção da reforma tributária marcam a semana


Vladimir Chaves



Enquanto as atividades legislativas no Congresso Nacional continuam mornas com os parlamentares em recesso, a semana foi marcada pela sanção da reforma tributária, os tropeços do governo federal em relação ao Pix e a expectativa da posse de Donald Trump, que assume novamente a presidência dos Estados Unidos nesta segunda-feira, 20. Já a movimentação no Parlamento retorna com força total na primeira semana de fevereiro com as eleições nas duas casas.

A eleição para a presidência da Câmara dos Deputados e os demais cargos da Mesa Diretora está prevista para 1º de fevereiro. Os deputados Hugo Motta (Republicanos-PB) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ) são, até o momento, os dois candidatos oficiais à sucessão de Arthur Lira (PP/AL). Favorito ao pleito, Hugo Motta conta com o apoio do atual presidente da Casa, além de 17 partidos. O mandato é de dois anos, e para ser eleito, o candidato precisa obter maioria absoluta dos votos em primeira votação (257 votos) ou ser o mais votado em um eventual segundo turno.

No Senado Federal, a eleição também ocorrerá no mesmo dia. Até o momento, o senador Davi Alcolumbre (União/AP) é o único candidato oficial à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Alcolumbre conta com o amplo apoio das bancadas e do atual presidente do Senado. A expectativa é que, dos 81 senadores, pelo menos 69 já tenham se comprometido a votar nele. O mínimo necessário para ser eleito é alcançar a maioria simples de 41 votos.

Na pauta econômica, considerada prioridade pelo governo federal, foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O Projeto de Lei Complementar 68/2024, que regulamenta a primeira etapa da Reforma Tributária sobre o consumo, estabelece as regras de incidência do Imposto Sobre Valor Agregado (IVA).

Pix

Após uma série de dúvidas levantadas pelos brasileiros sobre a possível tributação do Pix, alimentada por uma comunicação confusa do governo federal, o Executivo decidiu recuar na ampliação da fiscalização de transações financeiras. A norma da Receita Federal que previa esse monitoramento foi revogada. Além disso, foi publicada uma medida provisória reforçando a gratuidade do Pix e garantindo o sigilo bancário em relação à ferramenta.

Posse de Trump

A posse do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, marcada para a próxima segunda-feira, 20, movimentou o cenário político brasileiro nesta semana. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido de devolução do passaporte de Jair Bolsonaro, que desejava viajar ao país para participar do evento, e uma comitiva brasileira da oposição deve comparecer à cerimônia de posse de Trump.

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Sem credibilidade, governo não pode reclamar da repercussão negativa da ‘Taxa do PIX’


Vladimir Chaves


Quando o governo é ruim, tudo gera desconfiança. Lula e Haddad inventaram mais um problema para os brasileiros com a mudança das regras das operações via PIX. Segundo o governo e a Receita, o monitoramento não implicará em novos impostos, mas essa conversa já é bem conhecida do cidadão. Tudo começa com um “nada vai mudar” e logo, logo, estaremos pagando mais impostos a um Estado que arrecada cada vez mais e entrega cada vez menos.

O Ministro da Fazenda não foi apelidado de “Taxadd” à toa. Neste Lula III, já tivemos aumento das alíquotas de PIS/COFINS, retomada da Cide sobre a gasolina e o etanol, criação de imposto sobre importações de compras online, aumento do IPI sobre armas de fogo e munições, tributação de rendimentos no exterior e fundos exclusivos e aprovação de uma reforma tributária que nos “presenteia” com a maior alíquota do mundo em Imposto sobre o Valor Agregado. Tudo isso, vale lembrar, acompanhado de um crescente cerco dos órgãos de fiscalização sobre as movimentações financeiras dos brasileiros.

O governo, como se sabe, está perdido desde o primeiro dia. Nunca teve qualquer projeto para o país. Restou-lhe, então, apelar aos sofridos ganhos dos cidadãos. Mesmo com o desmesurado ataque ao bolso dos brasileiros, Lula e Haddad empilham déficits e geram uma desconfiança generalizada na capacidade do Brasil em pagar suas contas. Como nem tudo o que desejam ver aprovado é aceito pelo Congresso Nacional, eles precisam contar com meios alternativos de ampliar a arrecadação. Aí entra a dobradinha com o Fisco para monitorar em detalhe todas as operações de PIX acima de 5 mil reais mensais para pessoa física e 15 mil reais mensais para pessoa jurídica.

O governo logo correu para dizer que “nada muda”. Ora, se nada muda, qual o motivo da implementação da nova norma? Querem obrigar a população a acreditar que a Receita Federal, órgão especializado em arrecadar impostos, vai monitorar as transações acima de 5 mil reais sem qualquer intenção tributária.  É um desafio à inteligência de quem paga imposto. Um governo mal-intencionado jamais toma uma medida de tal relevância sem pensar nos reflexos.

A verdade é que, mesmo com recordes de arrecadação, o governo petista enfrenta uma grave crise fiscal. O déficit primário de 2024 foi estimado em 52 bilhões de reais. Isso com a receita crescendo 9% acima da inflação — um nível muito superior ao da economia e que não deve se repetir nos próximos anos. Precisando de dinheiro, a Fazenda mira nos quase 40 milhões de trabalhadores informais – ambulantes, diaristas, pedreiros, motoboys – que hoje não têm sua renda tributada por operar ao largo dos canais oficiais da CLT e das microempresas.

Sob o jugo do PT, qualquer sucesso, mesmo o mais modesto, precisa ser tributado. 

Para eles, a medida é boa, já que implicará mais dinheiro à disposição. Para o cidadão, mais dificuldade para cumprir a interminável lista de regras tributárias do país. E mais impostos.

 

Editorial do Partido Novo

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Caso Padre Zé: Ministério Público denuncia secretários do Estado e mais 14 pessoas.


Vladimir Chaves


O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público estadual, apresentou à Justiça mais uma denúncia do caso Padre Zé – que apura desvios que podem  chegar a R$ 140 milhões no Hospital Padre Zé e outras instituições ligadas à unidade na gestão anterior.

Desta vez foram denunciados os secretários Pollyanna Werton e Tibério Limeira, sob acusação de participação num esquema de propinas em contratos vinculados ao Programa “Prato Cheio”.

Conforme a denúncia, o esquema envolvia a cobrança de propinas de empresas fornecedoras de alimentos e outros serviços, com valores repassados diretamente aos gestores. Segundo a denuncia Pollyanna Werton, atual secretária de Desenvolvimento Humano da Paraíba, teria recebido R$ 70 mil em propinas, enquanto Tibério Limeira, que comandou a pasta entre 2021 e 2023, teria recebido R$ 50 mil, conforme registros de mensagens, anotações financeiras e depoimentos.

Outras 14 pessoas, incluindo o padre Egídio de Carvalho Neto, que liderava as instituições investigadas, foram denunciadas por crimes como lavagem de dinheiro, estelionato e desvio de recursos públicos.

De acordo com o MPPB, o esquema foi responsável por concentrar os contratos do programa Prato Cheio – que distribui refeições para moradores de rua – em empresas ligadas a Kildenn Tadeu Morais de Lucena, movimentando mais de R$ 18,4 milhões em recursos públicos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

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Recorde: Vídeo do deputado Nikolas Ferreira chega a 300 milhões de visualizações


Vladimir Chaves



O vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) sobre a fiscalização do Pix atingiu a marca de 300 milhões de visualizações no Instagram às 14h horas nesta 5ª feira (16.jan.2025).

Na gravação que foi publicada na última 3ª feira (14.jan), o jovem deputado esclarece as intenções do governo de tentar monitorar trabalhadores informais como se fossem "grandes sonegadores”.

O número de visualizações do vídeo é maior que a população brasileira, que possui 212,6 milhões de habitantes, de acordo com o último Censo demográfico.

"O vilão do Brasil é quem ganha R$ 5.000 e não declara para poder sobreviver. Vocês querem mesmo que o brasileiro engula isso?", disse.

O deputado argumenta que a medida faria com que os brasileiros deixassem de usar Pix, cartões de crédito e de debito para desviar da fiscalização da Receita Federal.

De acordo com o Fisco, o monitoramento de transações financeiras acima de R$ 5.000 para pessoas físicas e R$ 15.000 para jurídicas seria para evitar a sonegação de impostos. A mudança não incidira em um novo imposto sobre as movimentações.

Recuo do governo Lula

Na 4ª feira (15.jan) Lula voltou atrás e decidiu derrubar a instrução normativa que aumentava a fiscalização sobre transferências acima de R$ 5.000 do Pix de pessoas físicas, conforme anunciado pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Nikolas comemorou a decisão, associando a medida à repercussão da sua publicação. O deputado disse que "o Brasil, por enquanto, parou o Lula”.

"Passando para avisar que você, trabalhador brasileiro, pode voltar a usar o Pix sem a lupa do governo. O PT tentou monitorar o seu dinheiro, principalmente do mais pobre, mas o povo se uniu na rede social e derrubamos a decisão. Apenas com fundo preto e nenhum dinheiro público, lutamos contra todos os ataques de uma imprensa comprada e um governo que gasta milhões do seu dinheiro com marketing”, declarou.

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Governo sanciona regulamentação da reforma tributária


Vladimir Chaves


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, na tarde desta quinta-feira, 16, a primeira etapa da regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. O ato, realizado de forma reservada no Palácio do Planalto, contou com a presença de ministros e parlamentares. Por recomendação da equipe econômica, Lula vetou trechos pontuais do Projeto de Lei Complementar 68/2024, com o objetivo de “evitar interpretações dúbias e insegurança jurídica”. O mérito da proposta permaneceu inalterado.

A proposta, aprovada pelo Congresso Nacional em três votações distintas — duas na Câmara dos Deputados e uma no Senado Federal —, estabelece as regras para a implementação dos três novos impostos: o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de competência compartilhada entre estados e municípios; a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), de competência federal; e o Imposto Seletivo (IS). Esses tributos substituirão os atuais ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins. Juntos, formarão o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), eixo central do novo regime tributário a ser implementado no país.

Ao longo do último ano, os parlamentares trabalharam intensamente no projeto, que regulamenta medidas como cashback (devolução de tributos para pessoas de baixa renda), regimes diferenciados para a cobrança do Imposto Seletivo e a inclusão da cesta básica.

O tema era uma das prioridades do governo na área econômica, assim como dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD/MG). Ambos desejavam consolidar a aprovação do projeto como uma das marcas de suas gestões, que chegam ao fim em fevereiro, com as novas eleições nas duas Casas.

Apesar de regulamentados, os novos tributos só começarão a ser cobrados em 2026, quando terá início o período de testes no país. De acordo com o calendário da reforma tributária (Emenda Constitucional 132 de 2023), o novo sistema de cobrança será plenamente instituído em 2033.

 Transição

A partir de 2026, durante o período de testes, as empresas serão obrigadas a destacar na nota fiscal os valores correspondentes a 0,9% de CBS e 0,1% de IBS sobre os produtos vendidos. Esses valores não serão cobrados, apenas informados, permitindo à administração pública avaliar a viabilidade do novo modelo e realizar as adaptações necessárias.

Em 2027, a CBS começará a ser cobrada integralmente, enquanto o IBS terá uma alíquota de 0,1%. Nesse mesmo ano, o Imposto Seletivo entrará em vigor, e serão extintos o PIS, Cofins, IOF/Seguros e a isenção de IPI, exceto para produtos industrializados na Zona Franca de Manaus.

Pix

Após o recuo do Executivo sobre o monitoramento de transações financeiras, o governo publicou a Medida Provisória (MP) 1.288/2025, que reforça a gratuidade do Pix e assegura o sigilo bancário em torno da ferramenta. A nova norma foi divulgada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

A MP equipara pagamentos realizados via Pix à vista aos efetuados em dinheiro, deixando claro que “não incide tributo, seja imposto, taxa ou contribuição, no uso do Pix”. Além disso, implementa medidas para ampliar e garantir a efetividade do sigilo bancário.

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14 países da OEA rejeitam legitimidade da posse do ditador da Venezuela.


Vladimir Chaves



Países integrantes da Organização dos Estados Americanos (OEA), incluindo os Estados Unidos, rejeitaram nesta quinta-feira (16) o ato de posse presidencial de Nicolás Maduro, realizado na última sexta-feira, segundo indicou uma declaração conjunta assinado pelo grupo.

De acordo com o documento, emitido pelas delegações da OEA de Argentina, Canadá, Chile, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Jamaica, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai, mas que não contou com o apoio do Brasil, de Luiz Inácio Lula da Silva, a cerimônia realizada na Venezuela "carece de legitimidade democrática", citando a falta de "evidências verificáveis ​​de integridade eleitoral".

"Preocupadas com a contínua deterioração da situação política, econômica, social e humanitária na Venezuela", as delegações pediram à comunidade internacional "a seguir apoiando os esforços diplomáticos, políticos e humanitários destinados a abordar a crise multidimensional" na Venezuela.

Os países signatários exigem que o "regime ditatorial venezuelano restabeleça a ordem democrática" para abrir caminho para uma "transição pacífica" no país.

Os 14 países, que não reconhecem a vitória de Maduro - outorgada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - e reivindicam a vitória nas eleições de 28 de julho do opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, exigem também que a ditadura chavista respeite os direitos humanos e o pleno exercício dos direitos civis e políticos "sem represálias".

 

Gazeta do povo

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

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Governo revoga ato normativo que previa fiscalização do Pix e utilização do PIX volta à normalidade.


Vladimir Chaves



Receita Federal revogou o ato normativo que estendeu o monitoramento das transações aos bancos digitais, fintechs e instituições de pagamento. No lugar, o governo editará uma medida provisória (MP) para proibir a cobrança diferenciada por transações em Pix e em dinheiro.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, anunciaram a revogação da instrução normativa e a edição da medida provisória. A MP retoma os princípios garantidos pela Constituição nas transações via Pix, como o sigilo bancário e a não cobrança de impostos nas transferências pela modalidade, além de garantir a gratuidade do Pix para pessoas físicas.

Com a edição da MP, comerciantes não poderão cobrar preços diferentes entre pagamentos via Pix e em dinheiro, prática que passou a ser adotadas por comerciantes após a norma que possibilitava o pagamento de impostos, caso o comerciante movimentasse em sua conta valores acima de R$ 5 mil para pessoa física e R$ 15 para pessoa jurídica.  

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