Uma Bíblia lida sem o
comentário em seguida é uma espada na bainha — uma leitura que não corta.
A Bíblia é aberta apenas
como ritual, lida sem explicação, sem aplicação, sem profundidade. Depois da
leitura, fecha-se o Livro e fala-se de Deus em tom genérico, como se as
palavras de Cristo fossem um pano de fundo e não o centro da mensagem.
A frase “Assim diz o Senhor”
vai sendo substituída por cânticos bonitos, frases de efeito, sermões morais ou
motivações humanas. E assim, a Palavra vai perdendo o seu fio. Os fiéis saem do
culto sem saber onde a espada cortou, o que curou ou o que precisaria ser
removido da alma.
Uma Bíblia usada apenas para
introduzir o sermão, como um ornamento religioso. A leitura se torna mecânica.
O pregador pede ao povo que leia, e logo em seguida fecha o texto sagrado, nada
é explicado, nada é aprofundado.
Mas a Palavra de Deus não
foi dada para ser lida apenas — ela foi dada para ser proclamada, interpretada
e vivida.
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.” Hebreus 4:12
Se a Palavra é uma espada de
dois gumes, por que a usamos como se fosse um enfeite de altar?
Que os cultos deixem de ser
mecânicos e tornem-se momentos onde o Cristo fala, o povo ouve, e a espada
corta com precisão — não para ferir, mas para transformar.
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