Massacre na Colômbia: Oito missionários evangélicos são encontrados mortos em vala comum


Vladimir Chaves

Corpos foram localizados após análise do celular de guerrilheiro comunista preso; líderes religiosos haviam desaparecido em abril, no departamento de Guaviare.

Oito missionários evangélicos foram encontrados mortos em uma vala comum na zona rural de Calamar, no departamento de Guaviare, Colômbia. O crime, atribuído a dissidências armadas de orientação comunista, chocou o país e levantou alertas internacionais sobre a perseguição a líderes religiosos em regiões de conflito.

As vítimas haviam desaparecido entre os dias 4 e 5 de abril de 2025. Durante meses, não havia pistas concretas sobre seu paradeiro. A localização da vala só foi possível após a prisão de um guerrilheiro pertencente a um desses grupos comunistas. Peritos analisaram o celular do suspeito e encontraram imagens das vítimas e do local do crime, o que levou as autoridades ao ponto exato onde os corpos estavam enterrados.

O Escritório do Procurador-Geral da Colômbia confirmou a descoberta nesta primeira semana de julho, revelando o envolvimento de facções dissidentes das FARC — com ideologia comunista — que disputam o controle da região com outros grupos como o ELN.

O presidente colombiano Gustavo Petro condenou o assassinato dos missionários, classificando o caso como “uma grave afronta ao direito à vida, à liberdade religiosa e ao trabalho comunitário e espiritual”. Ele também pediu maior proteção para líderes religiosos que atuam em zonas de risco.

Entidades religiosas e organizações de direitos humanos, como a CEDECOL e a CSW, consideraram o episódio o maior massacre de 2025 na Colômbia. O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) já contabiliza mais de 100 mortes em múltiplos homicídios neste ano, sendo este o mais grave até agora.

As vítimas

Os missionários assassinados foram identificados como: James Caicedo, Óscar García, Máryuri Hernández, Maribel Silva, Isaid Gómez, Carlos Valero, Nixon Peñaloza, Jesús Valero

Todos atuavam como líderes cristãos em comunidades vulneráveis, prestando apoio espiritual e social em áreas com forte presença de grupos armados.

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