A expressão temor a Deus
é repetida dezenas de vezes nas Escrituras. Mas o que realmente significa temer
ao Senhor? Seria medo? Seria reverência? Seria obediência? A resposta está
entrelaçada em todas essas perguntas, formando um conceito rico para uma fé
autêntica e madura.
Temor que não afasta, mas
aproxima
Ao contrário do que a
expressão parece transmitir, o temor de Deus não é um sentimento que nos
leva ao medo. É o oposto. O temor existe para nos fazer discernir e reconhecer
a santidade, a majestade e a justiça do Criador, levando-nos a honrá-lo,
reverenciá-lo e desejá-lo com profundidade. Temer a Deus é perceber quem Ele é
e, diante disso, reconhecer quem somos: pecadores alcançados pela graça.
“O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria” (Salmo 111:10).
Ou seja, o temor é o
princípio que nos leva à escolha correta, ao juízo bem formado diante da
autoridade suprema de Deus.
Temor a Deus é amá-lo acima
de tudo
Os que não se aprofundam nas
Escrituras podem confundir temor com pavor. Mas quem verdadeiramente teme a
Deus não foge d’Ele, corre para Ele. É um temor que inspira confiança, pois
está enraizado no amor e na fé. Como filhos diante de um Pai justo e santo,
reconhecemos que Sua disciplina é expressão de cuidado, e Sua Palavra, o
caminho seguro.
A Bíblia nos mostra exemplos
claros:
• Abraão, quando foi provado ao oferecer Isaque, demonstrou
temor ao obedecer mesmo sem entender (Gênesis 22:12).
• José, ao rejeitar o pecado com a mulher de Potifar,
disse: “Como, pois, cometeria eu tamanha maldade e pecaria contra Deus?” (Gênesis
39:9).
• As parteiras do Egito pouparam os meninos hebreus por
temor a Deus (Êxodo 1:17).
O temor a Deus molda
nosso jeito de viver, comanda nossas decisões e purifica nossas intenções.
O temor que transforma
O temor a Deus é o
que nos impede de tratá-lo com indiferença ou superficialidade, de brincar com
o pecado e de buscar glória para nós mesmos. É o que nos leva a dobrar os
joelhos em arrependimento.
O temor como fundamento
Temor a Deus é o
fundamento da vida de quem o conhece, o adora, nele confia e o ama.
Não é viver aterrorizado,
mas viver maravilhado.
É reconhecer que Ele é Deus,
que Ele é santo, que Ele é justo e que nos ama.
É o temor a Deus que
faz nascer uma obediência sincera, uma vida santa e uma fé que resiste até o
fim. Que o nosso coração jamais perca essa reverência viva, que ela não seja
vista como um fardo, mas como um alicerce.
“Bem-aventurado o homem que
teme ao Senhor e se compraz nos seus mandamentos.” (Salmo 112:1)
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