Aquietai-vos e vede o livramento do Senhor


Vladimir Chaves

Quando Israel se deparou diante do Mar Vermelho, cercado por montanhas e pelo exército de Faraó, o desespero tomou conta do povo. As vozes da covardia começaram a sussurrar: “Teria sido melhor voltar ao Egito, ser escravo novamente, do que morrer aqui no deserto.” Era o inimigo tentando reacender o espírito de derrota, reacendendo lembranças de correntes que já haviam sido quebradas pela mão poderosa de Deus.

No entanto, Moisés proclamou a palavra do Senhor: “Não temais; aquietai-vos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fará” (Êxodo 14:13). Aquietar-se não é passividade, mas confiança. É o ato de silenciar o tumulto da ansiedade, calar a voz do medo e esperar, firmemente, pela intervenção divina. O coração aflito quer se precipitar; o medo quer nos fazer recuar; o inimigo sussurra que não há saída. Mas a fé responde: “O Senhor pelejará por nós.”

É justamente no silêncio da confiança que se revela a grandeza do livramento. O Senhor não exige uma fé desesperada, mas uma fé inabalável. Esperar com inquietação e dúvida é insultar a fidelidade de Deus, como se sua Palavra não fosse digna de crédito. Mas esperar em paz, em oração, é declarar ao céu e à terra: “Eu sei em quem tenho crido.”

Assim como Israel não voltou para o Egito, nós também não fomos chamados para retroceder. Covardia, desespero e precipitação são as armas do inimigo para enfraquecer nossa esperança. O caminho do Senhor é avante, ainda que diante de nós se levante um “mar” impossível de atravessar.

Portanto, quando o medo tentar roubar sua fé, aquiete-se. Feche os ouvidos ao sussurro da derrota e abra o coração à voz do Senhor. No tempo certo, Ele abrirá o mar diante de você.

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