Amor superficial por Cristo
não é suficiente para garantir salvação. Jesus não chamou ninguém apenas para
admirá-lo, mas para segui-lo em obediência. O perigo está em confundir emoção
com conversão, afeição religiosa com arrependimento genuíno.
A Bíblia é clara: “Nem todo
o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a
vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Isso revela que
muitos reconhecem a autoridade de Jesus, até o invocam, mas permanecem vivendo
de acordo com sua própria vontade. Amar a Cristo em palavras, mas permanecer
preso ao pecado, é negar o poder transformador da cruz.
O apóstolo João foi
incisivo: “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” (1
João 2:6). Isso significa que seguir Jesus envolve mudança de vida,
abandono de práticas pecaminosas e disposição para viver em santidade. Um amor
que não produz renúncia é apenas emoção vazia.
O pecado nunca foi
compatível com a fé. Paulo escreveu: “Que diremos, pois? Permaneceremos no
pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum! Nós, que estamos mortos para o
pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:1-2). A graça não é
licença para pecar, mas poder para vencer o pecado.
Muitos até se comovem ao
ouvir sobre Jesus, cantam louvores, levantam as mãos, dizem amá-lo, mas na
prática não se arrependem. Não largam a mentira, a idolatria, a imoralidade, o
ódio, a vida dupla. Preferem uma fé confortável, que não exige cruz. Mas o
Evangelho é claro: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada
dia a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23).
O inferno não está cheio de
ateus apenas, mas de religiosos que amaram Jesus da boca para fora, sem
disposição de romper com o pecado. Porque amar de verdade significa obedecer.
Como o próprio Cristo declarou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda,
esse é o que me ama” (João 14:21).
Portanto, não basta dizer
“eu amo Jesus”. O verdadeiro amor se manifesta em obediência, arrependimento e
santidade. É melhor ser um pecador que se arrepende do que um religioso que se
engana a si mesmo. O amor sem renúncia não salva; apenas o amor que leva à
transformação nos coloca no caminho da vida eterna.
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