O inferno está cheio de gente que amava Jesus, mas não largou o pecado


Vladimir Chaves

Amor superficial por Cristo não é suficiente para garantir salvação. Jesus não chamou ninguém apenas para admirá-lo, mas para segui-lo em obediência. O perigo está em confundir emoção com conversão, afeição religiosa com arrependimento genuíno.

A Bíblia é clara: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 7:21). Isso revela que muitos reconhecem a autoridade de Jesus, até o invocam, mas permanecem vivendo de acordo com sua própria vontade. Amar a Cristo em palavras, mas permanecer preso ao pecado, é negar o poder transformador da cruz.

O apóstolo João foi incisivo: “Aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou” (1 João 2:6). Isso significa que seguir Jesus envolve mudança de vida, abandono de práticas pecaminosas e disposição para viver em santidade. Um amor que não produz renúncia é apenas emoção vazia.

O pecado nunca foi compatível com a fé. Paulo escreveu: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça abunde? De modo nenhum! Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?” (Romanos 6:1-2). A graça não é licença para pecar, mas poder para vencer o pecado.

Muitos até se comovem ao ouvir sobre Jesus, cantam louvores, levantam as mãos, dizem amá-lo, mas na prática não se arrependem. Não largam a mentira, a idolatria, a imoralidade, o ódio, a vida dupla. Preferem uma fé confortável, que não exige cruz. Mas o Evangelho é claro: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lucas 9:23).

O inferno não está cheio de ateus apenas, mas de religiosos que amaram Jesus da boca para fora, sem disposição de romper com o pecado. Porque amar de verdade significa obedecer. Como o próprio Cristo declarou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (João 14:21).

Portanto, não basta dizer “eu amo Jesus”. O verdadeiro amor se manifesta em obediência, arrependimento e santidade. É melhor ser um pecador que se arrepende do que um religioso que se engana a si mesmo. O amor sem renúncia não salva; apenas o amor que leva à transformação nos coloca no caminho da vida eterna.

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