Centro de Zoonoses de Campina Grande inaugura sala de cirurgia para animais


Vladimir Chaves

Começou a funcionar a nova sala de cirurgia do Centro de Zoonoses, no bairro de Bodocongó. O espaço vai possibilitar o aumento no número de cirurgias em animais de pequenos portes, com destaque para a castração. Somente em 2015 foram castrados 320 animais entre cães e gatos. Até junho e a expectativa é que este número dobre com o novo centro cirúrgico.

O avanço faz parte do plano diretor para 2015 desenvolvido pela Coordenadoria de Vigilância Ambiental e Zoonoses e o local foi feito com recursos próprios. É um espaço exclusivo e adequado para as cirurgias. A sala tem cama cirúrgica, lavabo, balcão e equipamentos e atende às exigências do Conselho Regional de Medicina Veterinária.

A Secretaria de Saúde de Campina Grande já tinha firmado parceria com a Universidade Federal da Paraíba, em Areia. Os animais que precisam de cirurgias complexas são encaminhados para o campus na cidade do Brejo e os estudantes de Medicina Veterinária de Areia fazem estágio em Campina.

De acordo com a coordenadora, Rossandra Oliveira, o Centro vem passando por melhorias e os serviços prestados têm aumentado. “Reformamos também a sala de exames clínicos, construímos dois anexos para animais de grande porte, recuperamos as cercas, limpamos todo o espaço, contratamos mais funcionários e ampliamos os serviços”, disse.
Centro de Zoonoses

No Centro de Zoonoses, são realizadas análises de doenças como leishimaniose, leptospirose, raiva e campanhas para combater as doenças como a campanha anti-rábica, além da inspeção de escorpiões, de caramujos africanos, que provocam meningite, dos pombos, que causam doença respiratória grave, dos ratos, causadores da leptospirose e do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, Zykavírus e Chinkungunya. 

O Centro firmou parcerias com Polícia Ambiental, Polícia Rodoviária Federal e outros órgãos, e conseguiu apreender e resgatar 1177 animais de pequeno e grande porte em 2015. Boa parte foi tratada e liberada, devolvida aos donos, geralmente. “Em casos de abandono em que os proprietários querem reaver, eles são orientados sobre como devem criar o animal, e se couber, eles são penalizados de acordo com a lei municipal, mas em situações de maus tratos, os bichos ficam no Centro e depois vão para a adoção”, explicou Rossandra. Uma parceria com o Instituto BioEducação ajuda nestas ações educativas na cidade.

E com a realização de feiras de adoção em 2014, o local conseguiu um novo dono e um novo lar para 635 bichos de pequeno e grande porte. São cinco tratadores e três veterinários que cuidam diariamente das centenas de animais. Em 2014 foram 2816 atendimentos clínicos ambulatoriais realizados para melhorar a saúde de cada bicho que, via de regra, chega ao local com problemas por maus tratos e abandono.


A gestão ainda pretende construir um abrigo separado para animais sadios que estão sobre tutela do Centro de Zoonoses, além de estabelecer um registro geral de animais domiciliados, identificando os bichos de grande porte do município através de equipamento de tatuagem. Outra medida a ser tomada é firmar parceria com a Secretaria de Serviços Urbanos do município para o translado de animais em óbito e a destinação do lixo produzido no espaço.

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