“E não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode fazer perecer no
inferno a alma e o corpo.” (Mateus 10.28)
Jesus nos lembra que a vida
verdadeira não está apenas no corpo, mas na alma; a parte eterna e imortal do
ser humano. O corpo é o instrumento que nos conecta ao mundo físico por meio
dos sentidos: paladar, visão, tato, olfato e audição. Já a alma é o centro de
quem somos: nela habitam a vontade, os sentimentos, o intelecto, a memória, a
imaginação e a capacidade de amar e decidir.
Quando o corpo sofre, a alma
sente; e quando a alma adoece, o corpo também padece. Essa conexão revela que o
cuidado com a alma é tão essencial quanto o cuidado físico. Porém, enquanto o
corpo é passageiro, a alma é eterna. Por isso, Jesus nos adverte a temer não os
que podem ferir o corpo, mas aquele que tem poder sobre a eternidade da alma.
Estudar e compreender a
natureza da alma fortalece a fé cristã, pois nos lembra da dignidade e da
responsabilidade que temos diante de Deus. Em um mundo cada vez mais
materialista e relativista, é urgente reafirmar a verdade bíblica: a alma
humana é imortal e precisa de salvação. Fomos criados à imagem e semelhança do
Criador (Gn 2.7) e chamados a viver em santidade e comunhão com Ele.
Desde o princípio, Deus concedeu ao homem consciência, razão e poder de decisão moral ; dons que refletem sua própria natureza. Adão foi colocado no jardim para lavrar e guardar (Gn 2.15), discernindo entre o certo e o errado (Gn 2.16-17) e nomeando os animais (Gn 2.19). Tudo isso mostra que a alma humana possui uma inteligência e sensibilidade únicas, que expressam a imagem divina.
Também na dimensão afetiva,
o homem revela a alma viva que Deus lhe deu. A criação de Eva e a reação de
alegria de Adão (Gn 2.18,23) mostram a capacidade humana de amar, se
relacionar e expressar emoção; marcas profundas da presença do Espírito de Deus
em nós.
Assim como a água é
essencial para a vida física, a presença de Deus é essencial para a vida
espiritual. Quando deixamos de ter sede de Deus, morremos por dentro. Por isso,
é vital manter viva a fome de conhecer o Senhor, de buscar sua presença e de
andar em comunhão constante por meio da Palavra e da oração.
As distrações deste mundo (preocupações,
prazeres e conquistas) podem sufocar o desejo espiritual e apagar a chama da fé
(Mc 4.19). Precisamos guardar o coração, alimentar a alma com as
verdades de Deus e manter os olhos fixos em Cristo.
Cuidar da alma é mais do que
um dever; é um ato de amor ao Criador e de preparo para a eternidade. O corpo
um dia voltará ao pó, mas a alma permanecerá diante de Deus; e o modo como a
tratamos hoje determinará o destino que viveremos para sempre.

 





 
 
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