A liberdade de quem vive o
Evangelho de verdade sempre incomodou os religiosos. Desde os dias de Jesus, a
palavra liberdade soava perigosa demais para aqueles que construíram sua fé em
torno do controle. A religião tenta moldar pessoas obedientes, mas o Evangelho
busca corações transformados.
Os fariseus, por exemplo, se
escandalizavam ao ver Jesus se assentar com pecadores, curar no sábado ou
perdoar quem, pela lei, deveria ser condenado. Eles não conseguiam compreender
que a verdadeira santidade não nasce da rigidez das regras, mas da transformação
que vem da graça. Jesus veio para libertar o homem, não apenas das correntes do
pecado, mas também do peso da religião sem vida.
“Se, pois, o Filho vos
libertar, verdadeiramente sereis livres.” (João 8:36)
A graça é escandalosa
justamente porque não pede permissão às tradições humanas. Ela não negocia com
a culpa, não exige penitências para conceder perdão. Ela simplesmente oferece
liberdade. E isso assusta quem aprendeu a servir por medo e não por amor.
Enquanto a religião busca
controlar, o Evangelho convida a amar. A religião impõe fardos, o Evangelho
remove pesos. A religião exige sacrifícios, o Evangelho apresenta o sacrifício
já consumado na cruz.
“Foi para a liberdade que
Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a
um jugo de escravidão.” (Gálatas 5:1)
Quem vive o Evangelho
entende que a obediência não nasce da imposição, mas da gratidão. Somos livres
não para viver no pecado, mas para viver em Cristo; sem medo, sem culpa, com o
coração rendido à graça.
“Onde está o Espírito do
Senhor, aí há liberdade.” (2 Coríntios 3:17)
A liberdade do Evangelho não
é rebeldia contra Deus, é o retorno ao propósito original: viver guiado pelo
Espírito, não por regras mortas. É a liberdade que transforma o servo em filho
e o pecador em nova criatura.
“Se alguém está em Cristo, é
nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2
Coríntios 5:17)
No fim, é por isso que o
Evangelho verdadeiro ofende os religiosos: porque ele mostra que Deus não quer
apenas comportamentos corretos, mas corações livres.

 




 
 
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