Sinais dos tempos e o chamado à vigilância — Uma reflexão sobre Mateus 24


Vladimir Chaves

Quando Jesus se sentou com Seus discípulos no Monte das Oliveiras e falou sobre o futuro, Ele não estava apenas descrevendo eventos distantes. Suas palavras em Mateus 24 são como um espelho que reflete os dias em que vivemos. Guerras, injustiças, enganos e desastres sempre existiram, mas hoje tudo parece se intensificar diante de nossos olhos; e isso não é por acaso.

Jesus nos alertou: “Vede que ninguém vos engane... e ouvireis de guerras e rumores de guerras, mas ainda não é o fim.” (Mt 24:4-6)

Essas palavras soam familiares, não é? Vivemos um tempo em que as pessoas se enganam facilmente; seja por falsas promessas, líderes religiosos sem amor ou ideias que distorcem a verdade. A fé tem sido testada. Muitos perdem o amor, outros desanimam, e alguns trocam a esperança eterna por distrações passageiras.

Mas Jesus disse que tudo isso seria “o princípio das dores”. Ele não quer nos assustar, e sim nos despertar. Cada terremoto, cada conflito e cada crise espiritual nos lembram de que o mundo está caminhando para um desfecho, e que o Reino de Deus se aproxima.

A grande tribulação e a fé nos dias difíceis

Jesus falou também sobre um tempo de grande tribulação, em que muitos se escandalizariam e o amor esfriaria.

Olhe ao redor: nunca se falou tanto sobre amor, mas nunca se viveu tão pouco dele. Há divisão nas famílias, violência nas ruas, egoísmo nas relações e frieza dentro de muitos corações.

Essa realidade cumpre o que o Senhor previu. Mas Ele também prometeu: “Aquele que perseverar até o fim será salvo.” (Mt 24:13)

Essa é a nossa esperança: permanecer firmes, mesmo quando tudo parecer ruir. Não com medo, mas com fé. Porque quem está firmado em Cristo não se abala, mesmo quando o mundo treme.

A figueira está brotando

Jesus contou uma parábola simples e profunda: a da figueira.

Quando os ramos da figueira começam a brotar, sabemos que o verão está próximo.

Da mesma forma, quando vemos os sinais se cumprindo, devemos entender que a volta de Jesus está mais próxima do que nunca.

O que Ele pediu não foi que tentássemos adivinhar datas, mas que vivêssemos preparados. E viver preparado significa:

Amar o próximo, mesmo quando o mundo odeia.

Falar da verdade, mesmo quando ela é impopular.

Esperar o Senhor, mesmo quando Ele parece demorar.

O chamado à vigilância

Jesus foi claro: “Daquele dia e hora ninguém sabe.” (Mt 24:36)

Muitos hoje se preocupam com previsões, teorias e conspirações, mas esquecem o essencial: a vigilância do coração.

Cristo voltará, e voltará de forma visível, gloriosa e incontestável. Não haverá confusão nem dúvida. Todos saberão que Ele é o Senhor.

Até lá, Ele nos chama para viver como servos fiéis, cuidando daquilo que Ele nos confiou (nossa fé, nossa família, nossa missão).

Não podemos deixar que o medo do fim nos paralise, mas que a esperança da vinda de Cristo nos motive.

Mateus 24 não é um capítulo de terror, mas de esperança e alerta. O mundo caminha para o fim, sim; mas o cristão caminha para o reencontro com o seu Senhor.

Os sinais não são o fim; são o lembrete de que o Redentor está à porta. Portanto, enquanto muitos olham para o caos, olhemos para o céu.

Enquanto o amor de muitos esfria, mantenhamos o nosso coração aquecido pelo Espírito Santo.

E enquanto o mundo se desespera, que nossa fé se torne luz em meio à escuridão.

“Estai vós também preparados; porque o Filho do Homem virá à hora em que não penseis.” (Mateus 24:44)

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