Halloween: Quando as trevas tentam se disfarçar de inocência


Vladimir Chaves

O chamado Halloween é, para muitos, apenas uma “brincadeira inocente”, mas, na verdade, é uma celebração com raízes profundas no paganismo. Sua origem remonta à antiga festa celta do Samhain, realizada há mais de 2.000 anos nas regiões que hoje conhecemos como Irlanda, Reino Unido e norte da França. Naquela época, acreditava-se que, na noite de 31 de outubro, o mundo dos mortos se misturava ao dos vivos; e, para se proteger, as pessoas acendiam fogueiras e usavam fantasias para espantar os espíritos.

Mas o que parecia proteção era, na verdade, invocação. O Halloween nasceu de uma celebração à morte, ao medo e às trevas, o oposto do que o Evangelho ensina.

“Porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas.” (1 Tessalonicenses 5:5)

Uma cultura que exalta as trevas

Hoje, essa festa é apresentada de forma lúdica às crianças, com fantasias, doces e filmes divertidos. Mas por trás das máscaras e decorações há um ensino silencioso e perigoso: o de que o medo é divertido, que a morte é um jogo e que o mal pode ser tratado com leveza.

Ao celebrar o Halloween, direta ou indiretamente, muitos acabam exaltando a violência, a mentira, o sangue, o terror e o desprezo pela vida, valores totalmente contrários aos princípios do Reino de Deus.

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade...” (Isaías 5:20)

O que devemos ensinar às crianças?

As crianças cristãs devem aprender sobre a vida, a bondade, o amor e a luz de Cristo, e não sobre o medo e a escuridão. Jesus nos ensinou a sermos luz do mundo (Mateus 5:14) e isso significa refletir o caráter de Deus em tudo o que fazemos, inclusive nas festas que escolhemos participar.

Em vez de ensinar o medo, devemos ensinar a coragem que vem da fé; em vez de brincar com a morte, devemos celebrar a vida eterna que recebemos em Cristo.

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida.” (João 8:12)


Um chamado à separação


O apóstolo Paulo nos alerta: “Que comunhão há entre a luz e as trevas?” (2 Coríntios 6:14)

O cristão é chamado a ser separado, a viver de modo diferente do mundo. Participar de festas que têm origem nas trevas é negar, ainda que de forma inconsciente, o Deus que é luz.

Não se trata de fanatismo, mas de discernimento espiritual. Uma sociedade que deseja preservar valores cristãos não pode celebrar o que nasceu para exaltar as trevas.

Enquanto o mundo veste fantasias e ri do medo, nós somos chamados a proclamar que Jesus venceu a morte. Ele é a verdadeira luz que dissipa toda escuridão.

“O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.” (João 10:10)

Em vez de ensinar nossos filhos a pedir “doces ou travessuras”, ensinemos a doçura do Espírito; o amor, a paz, a bondade e a fé.

Porque, no fim, quem celebra a luz jamais se encantará com as trevas.

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