"APAM de Campina Grande será alvo de investigação", afirma promotor


Vladimir Chaves

O promotor do Meio Ambiente Rogério Rodrigues Lucas de Oliveira, de Cabedelo, disse em entrevista nesta segunda-feira (11) no Programa Tambaú Debate, da TV Tambaú, que o Ministério Público vai investigar a Associação de Proteção Ambiental de Campina Grande (APAM), que solicitou ao Tribunal de Contas de Estado (TCE) a intervenção na obra de construção do Shopping Pátio Intermares. "Estou esperando receber os elementos para mandar para a Promotoria Criminal da Capital, para que eles apreciem se vão ou não instaurar inquérito para apurar crime contra a ordem econômica", avaliou.

O promotor disse que não há problema no fato de uma entidade campinense querer intervir na construção do empreendimento numa cidade distante há cerca de 150 quilômetros de distância, mas explicou que todas as alegações da APAM de Campina Grande não condizem com a realidade dos fatos. "Tudo isso é muito estranho. Não é que uma entidade de Campina ou de outra cidade da Paraíba não pudesse fazer uma denúncia em Cabedelo, poderia. Tudo que foi dito ao Tribunal de Contas é incompatível com o que foi apurado no procedimento civil investigatório do Ministério Público, onde a Sudema autorizou a licença para o empreendimento mediante ao atendimento das condições legais", disse, revelando que "em tese, o Tribunal de Contas não é competente para tratar do assunto (é um terreno particular e um empreendimento também particular).

Ele acrescentou que o MP vai investigar o possível crime contra a ordem econômica. "Há rumores desde o ano passado de que haveria o interesse privado contrário a esse empreendimento em Cabedelo, consequentemente vai ser investigado que em tese pode configurar crime contra a ordem econômica que visa eliminar a concorrência", ressaltou, acrescentando que a APAM chegou a usar o endereço da APAN de João Pessoa no expediente que foi feito para o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio), pedindo a interferência desta entidade que atua na preservação da natureza.

"De início não havia questionamentos ambientais. Esse questionamento foi feito posteriormente por essa entidade de Campina Grande que alegava não ter havido no local um estudo prévio de impacto ambiental. Esse tipo de estudo não se exige em atividades como shopping center", ressaltou.

Tambaú 247

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