O Encontro estadual que não aconteceu e o projeto de magoas de Agra.


Vladimir Chaves

Depois de acompanhar o “Encontro Estadual do PEN” e as impressões registradas pelos mais variados meios de comunicação, resolvi postar algumas notas que passaram despercebidas, ou foram propositalmente ignoradas.

Senão vejamos:
Primeiro não houve Encontro Estadual do PEN, na verdade o que aconteceu foi um ato simbólico de filiação do ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Agra. Nada mais, que isso! Um ato que deve ter frustrado muitos dos que ali estavam, e pensavam em abiscoitando alguns minutos de mídia estadual, que o diga o pré-candidato ao governo do estado Veneziano Vital do Rêgo. O máximo que conseguiram foi uma foto, da composição da mesa pra lá de suprapartidária.

Tanto isso é verdade, que o “Encontro Estadual” resumiu-se a composição da mesa, mais a leitura de um texto de saudação pelo presidente estadual do PEN, deputado Ricardo Marcelo, e um discurso cansativo e de péssima oratória do Luciano Agra. Um encontro vapt-vupt.

Na sequencia, desfeita a composição da mesa, aconteceu o que alguns chamaram de coletiva com o mais ilustre filiado do partido ecológico. Pelo amor de Deus, digam tudo, menos que aquilo foi uma coletiva.

Das sete ou oito perguntas feitas ao filiado do PEN, concretamente ele respondeu apenas uma, as demais ele arrodeou, escamoteou, dissimulou, mas não foi objetivo nas respostas. E todas elas tinham um só direcionamento, o que levou Agra a não optar pelo PT e como ficará daqui pra frente o relacionamento entre ele e Luciano Cartaxo.

A única pergunta que Agra, se dispôs a responder concretamente, foi uma daquelas em que o reporte pergunta já respondendo, uma “pergunta-resposta” maliciosamente feita para que Agra, atacasse o governador.

A vantagem da “coletiva” que não aconteceu, foi a de que foi possível perceber na única resposta de Agra, o seu maior projeto politico para Paraíba. Derrotar politicamente o Governador Ricardo Coutinho. Os poucos que prestaram atenção ao final da “coletiva” puderam perceber o peso das magoas e ressentimentos no projeto do ilustre e pretenso candidato que ainda não se sabe a quer.

Pergunta-se: a Paraíba endossará um projeto de magoas, rancores e ressentimentos?

Veja alguns trechos da fala de Agra:

“A escolha só é difícil, quando não se tem um objetivo em mente, o que não é o meu caso. Fiz uma escolha com a consciência livre, fiz uma escolha para um futuro, fiz uma escolha ecológica e ideologicamente correta”

“Chego para somar e quem sabe multiplicar e tudo o que eu mais desejo é que minha voz seja ouvida, já que antes ela foi sufocada pelos grilhões do autoritarismo”

“Presidente Ricardo Marcelo, em seu nome quero agradecer ao generoso convite e ao espaço no diretório municipal de João Pessoa, promovendo logo de cara este soldado da arquitetura em um general de combate do novo Partido Ecológico na Paraíba”

“Tenho certeza de minha dedicação e de minha correção com todos vocês, que estão me abrigando e contando comigo para representar as lutas e bandeiras desta agremiação partidária”.

“Eu tive com o PEN 51, com a atuação do presidente regional e ao mesmo tempo presidente da Assembleia, plena liberdade possível para ingressar na legenda, isso não significa de maneira nenhuma, nenhuma é (...) obstáculo ou então colocação de obstáculos do Partido dos Trabalhadores para com a minha pessoa”

“Temos um partido que tem uma representação forte na Assembleia, tem pessoas extremamente bem preparadas em diversas áreas, e ai, pra mim ficou tranquilo, quer dizer, uma entrada no partido que me dar tranquilidade e ai o futuro, é (...) existe um processo sem jogo de cartas marcadas”

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