Paraíba: Caçadores e capturadores de animais usam tecnologia da china para atrair suas presas


Vladimir Chaves

Na Paraíba os predadores estão usando produtos cada vez mais sofisticados para caçar e capturar animais silvestres. Os caçadores usam lanternas com feixe de luz potente durante caçadas noturnas, que fazem os olhos dos animais brilharem de longe, tornando-os alvo fácil, pois ficam ofuscados com a luz forte, que os deixa paralisados e vulneráveis tanto à caça como à captura.

Dentre os animais abatidos encontram-se mamíferos como: raposas, guaxinins, tacacas, timbus, tatus, maracajás pintados, maracajás pardos, tamanduás, furões, etc. Também répteis e anfíbios. “As aves noturnas estão nesta mira, tais como: coruja, curiango, bacurau, e a ave rara o Pai da Lua ou Urutau entre outros”, explica o Ambientalista Aramy Fablicio.

“Geralmente esta prática não é para servir de alimentação a alguém miserável, mas sim predatória, por pura diversão e perversidade” Aramy Fablicio.

Quando a caça é diurna são utilizados caixinhas de som fabricados na China como as da foto com os sons de animais gravados para atrai-los.  Com um Pen drive ou cartão de memória com som gravado de aves e outros animais, as caixinhas emite o som dos animais que são atraídos e abatidos por estes predadores humanos que ficam em tocais esperando a presa.  Por vezes nem importa o que apareça, eles abatem como troféus, para se exibirem ou comerem em farras. Os animais de menor porte são comumente jogados para cães e gatos.

Segundo Aramy Fablicio, “os caçadores munidos de gaiolas com aves apenas para atrair a outra ave da mesma espécie para a armadilha que possui por vezes até doze alçapões. Com o canto de chama as aves caem como “patinhos”. Outros utilizam redes de arrasto que  capturaram de tudo, desde pequenos beija- flores até gaviões. Um dos métodos mais cruéis de captura é o que colocam uma ave empalhada afixada em um galho encoberto com visgo ou látex extraído de árvores, desta forma muitas vezes o pássaro tem suas penas arrancadas no esforço de se livrarem da armadilha e por isso são  sacrificadas pelos capturadores.  Não se vê mais  criadores de animais, e sim negociantes sem escrúpulo, que só pensa em lucro sem levar em conta a importância da vida animal para nosso planeta”.


“Algumas  pessoas da zona rural estão se entregado à tentação do dinheiro fácil, algumas crianças até deixam de ir pra escola para irem com o pai capturar animais como uma fonte de renda ilícita o que acaba ensinando à criança a ser desatenta e cruel com a natureza. Os animais capturados são vendidos por baixo preço aos aliciadores, que repassam aos atravessadores até chegar às mãos do comerciante que os vende tanto para a região e até para o exterior. Por este motivo já foram extintas várias espécies de animais da região”, denuncia Aramy.

“Atualmente a tecnologia está ajudando tanto na caça como na captura de animais, sendo cada vez mais difícil de apreender os infratores. É necessário que se conscientize a população, principalmente às crianças, da importância que cada animal tem dentro de um ecossistema, que a cada animal cabe um papel e eles merecem viver neste planeta. Além disso, toda a vida deve ser respeitada. Meu repúdio, portanto, aos caçadores e aos capturadores de qualquer animal”.

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