Lula: Réu em cinco processos será homenageado pela Câmara Municipal de João Pessoa.


Vladimir Chaves

Passados dois meses e seis dias do inicio do ano de 2017, finalmente a Câmara Municipal de João Pessoa, deu inicio aos trabalhos legislativos da 17ª Legislatura, que promete ser marcada por polêmicas, visto que, no primeiro dia o vereador Marcos Henriques (PT), passou a colher assinaturas para o polêmico Decreto Legislativo que concede Título de Cidadão Pessoense, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, réu em cinco processos, destes, 3 no âmbito da Operação Lava Jato, 1 na Operação Janus e 1 na Operação Zelotes.

Segundo o vereador Marcos Henriques (PT), seu projeto já conta com 17 assinaturas.

Confira as ações em que Lula é réu:

OPERAÇÃO LAVA JATO.

Réu na ação que também envolve o ex-senador Delcídio do Amaral, o banqueiro André Esteves e outras quatro pessoas. Todas foram acusadas de tentar obstruir a Lava Jato ao tentar comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras e delator do esquema de corrupção na estatal.

Réu na ação em que acusado de ter recebido R$ 3,8 milhões reais em propina da empreiteira OAS, envolvida no esquema de desvios da Petrobras e que teria sido beneficiada por meio da influência do ex-presidente. O pagamento dos 3,7 milhões, de acordo com a denúncia, não foi feito em espécie, mas por meio da reforma e decoração de um tríplex no Guarujá, além do armazenamento de bens do ex-presidente em um depósito pago pela empreiteira.

Réu na ação em que é acusado de ter recebido propina da empreiteira Odebrecht na forma da compra de um terreno (avaliado em 12,5 milhões de reais) que seria usado para a construção do Instituto Lula e um apartamento em São Bernardo do Campo (no valor de 504 mil), que fica no mesmo andar de um imóvel de propriedade do ex-presidente.

OPERAÇÃO JANUS

Réu na ação em que é acusado de usar sua influência em órgãos do governo e no BNDES para beneficiar a empreiteira Odebrecht em contratos de obras em Angola. Segundo a procuradoria, em retribuição aos serviços do ex-presidente, a Odebrecht pagou 30 milhões de reais em propina. Os valores teriam sido repassados como pagamentos de palestras do ex-presidente e de contratos de fachada (sem prestação de serviço) com uma empresa que tinha como sócio Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher de Lula.

OPERAÇÃO ZELOTES

Réu na denuncia de ter integrado um esquema, que segundo as investigações, Lula, seu filho, Luís Claúdio, e dois lobistas donos da empresa Marcondes & Mautoni, que atua desde 1998 como representante de montadoras, participaram de negociações ilegais para promover a compra de 36 caças suecos Gripen pelo governo, além de atuarem na prorrogação de uma medida provisória que concedida incentivos fiscais para montadoras de veículos.

Os procuradores afirmam que os lobistas pagaram 2,5 milhões de reais em propina à empresa do filho de Lula, disfarçados como contrato de consultoria. Luís Cláudio chegou a elaborar alguns estudos para os lobistas, mas, segundo a Polícia Federal, parte dos documentos foi plagiada de textos na internet. Os investigadores também apontaram que os estudos "pareciam ser de rasa complexidade, em total falta de sintonia com os milionários valores pagos".




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