O senador Lindberg Farias
(PT), resolveu passar o carnaval longe das mazelas que atingem o povo
brasileiro, com a família o ex-cara-pintada foi para Buenos Aries, capital da
Argentina, no entanto terminou testemunhando uma mobilização popular semelhante
a que provocou o impeachment do ex-presidente Collor de Melo.
A marcha silenciosa de 400 mil argentinos, que o senador presenciou na Plaza De Mayo (Praça de Maio), fez com que si desse conta da real possibilidade do mesmo acontecer no Brasil, provocando “calafrios na coluna”.
Nas redes sociais o
petista registrou seu temor, e claro, seguindo a estratégia adotada no Brasil de
tentar desqualificar a indignação da sociedade, creditou a mobilização do povo
argentino as forças da extrema direita, a imprensa e agremiações conservadoras
que querem o “golpe” e a desestabilização da democracia na América Latina.
Segue o texto do
ex-cara-pintada e hoje senador do PT
Passei o Carnaval com minha esposa e nossas duas pequeninas em Buenos Aires. Acabei acompanhando mais de perto a cena política. Aqui, o clima é de profunda radicalização política. A morte do promotor Nisman incendiou o país.
Os conservadores e a direita argentina estão se aproveitando da crise e lançaram uma grande ofensiva para desestabilizar o governo. Quis ver de perto. Estou agora na Plaza De Mayo debaixo de muita chuva. Não tem menos de cem mil pessoas. É a marcha do silêncio convocada por promotores argentinos e apoiada pelo grupo Clarin e por todas as agremiações conservadoras e de direita do país. É o mesmo clima que querem criar em toda América Latina.
Movimentos golpistas, de desestabilização democrática. Querem varrer os governos populares na América Latina. Com certeza, essa marcha vai animar o discurso golpista já encampado pelo PSDB, que teima em não reconhecer a derrota nas urnas. Temos que organizar as forças populares no Brasil para resistir a essa ofensiva. Precisamos de unidade nos movimentos sociais. Para isso, é fundamental corrigirmos rumos do nosso governo. Temos que fazer com que os mais ricos paguem a conta pelo reequilíbrio fiscal, porque é o justo a se fazer. Isso nos coloca um discurso de ofensiva e de demarcação de campo. Nós surgimos para defender o povo mais pobre, os trabalhadores do Brasil. E isso fizemos nesses 12 anos. Amanhã, escreverei com mais detalhes sobre a situação argentina. A marcha está no fim e quero ver o discurso de encerramento.
Abraços
0 comentários:
Postar um comentário