O PPS e o PSB anunciaram,
nesta quarta-feira (29), em Brasília, o início do processo de fusão das duas
siglas. Tanto o deputado Roberto Freire (SP), presidente do PPS, quanto Carlos
Siqueira, presidente do PSB, foram firmes ao declarar que a nova legenda, que
ainda não tem nome, não será aliada do governo, mas uma nova alternativa da
política nacional, contemporânea do novo e antenada com as demandas da
sociedade.
A intenção das duas
legendas é não tardar com os procedimentos da fusão, que deve acontecer até
junho. São necessárias realizações de congressos nacionais dos partidos para
aprovar a medida. A nova legenda nascerá com 45 deputados federais; oito
senadores, contando com a entrada da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy;
três governadores; 92 deputados estaduais; 588 prefeitos, sendo quatro deles de
capitais; 5.832 vereadores; e 792 mil filiados.
A fusão do PPS com o PSB
começou a ser discutida na pré-campanha do ex-governador de Pernambuco Eduardo
Campos à Presidência da República. “Temos muito em comum com o PSB, estivemos
juntos em muitas lutas, mas esta não é uma homenagem ao passado, mas sim ao
futuro, pois o Brasil atravessa uma crise grave e busca alternativas; queremos
construir o novo”, disse Roberto Freire.
Carlos Siqueira adiantou
que a nova sigla disputará as prefeituras de todas as capitais e de 200
cidades-polo do país. “Talvez os grandes partidos não tenham tantos bons nomes
para lançar candidatos como nós temos”, salientou. Marta Suplicy foi dada como
certa para disputar a prefeitura de São Paulo. “É uma das candidatas mais competitivas”,
observou Siqueira. Ele foi enfático ao afirmar que desconhece a existência de
uma ala governista dentro do PSB.
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