Igreja Católica aborda tráfico humano na Campanha da Fraternidade, 200 mil brasileiros em situação de escravidão.


Vladimir Chaves

O Carnaval chega ao fim e, no início do período da Quaresma, a Igreja Católica faz um apelo à consciência dos fiéis e da sociedade brasileira com o lançamento da Campanha da Fraternidade na Quarta-feira de Cinzas.

O tema deste ano é Fraternidade e tráfico humano, com o lema: É para a liberdade que Cristo nos libertou, e chama atenção para milhões de pessoas por todo o mundo que continuam sendo tratadas como mercadorias – inclusive no Brasil.

A ideia, conforme a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é que este tipo de tráfico rompe com o projeto de vida na liberdade e na paz e viola a dignidade e os direitos do ser humano, criado à imagem e semelhança de Deus.

O Índice de Escravidão Global, um relatório da ONG Walk Free, divulgado no ano passado, apontava que, no Brasil, 200 mil pessoas estavam em situação de escravidão. De 160 países, o Brasil está na 93ª posição. Em primeiro lugar está a Mauritânia, seguido pelo Haiti – país com graves problemas de exploração de mão de obra infantil e também considerado ainda um exportador de escravos.

A Campanha da Fraternidade é realizada sempre no período quaresmal, que começa com a Celebração das Cinzas, e tem uma proposta de evangelização.

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