Ao tomarem as ruas em
junho do ano passado, os brasileiros mostraram que, se quiserem, têm a força de
um gigante. O voto é uma ferramenta essencial à democracia, mas cobrar dos seus
representantes e participar do dia a dia dos governos é a postura mais adequada
de quem quer um país melhor. Não é suficiente reclamar à espera de um milagre.
Temos que agir.
Os olhares do mundo todo
estarão voltados para o Brasil por causa da Copa do Mundo de futebol. Nosso
maior desafio não será conquistar o hexacampeonato. O que ocorrer dentro de
campo não influenciará em nada a vida dos cidadãos desta nação. A diferença
estará em como vamos tratar nossos “convidados” e o que ficará de legado para o
povo.
Nossos aeroportos
atenderão à demanda? O trânsito e o transporte público serão eficientes? A
segurança estará garantida? Essas são dúvidas recorrentes que têm nos
preocupado. Vamos além: as conquistas eventualmente alcançadas serão
permanentes? Ou faremos uma Copa “para inglês ver”?
Muito além de obras e
serviços públicos, o povo brasileiro quer se reencontrar com a dignidade
política. Cada cidadão de bem tem o dever de trabalhar para ajudar a reverter
esse quadro. Sem dúvida a política partidária é o espaço adequado para
começarmos essa reforma moral.
Sabemos que fazer do
Brasil um país mais justo é um grande desafio. O caminho é longo e a subida é
íngreme. Mas é preciso dar os primeiros passos rumo à esperança. Começando no
aumento do interesse do brasileiro pela política. Digo isso porque numa
pesquisa Ibope, realizada em 2013, apenas 36% dos entrevistados disseram ter
conhecimento sobre o que significa a reforma política e quais são as propostas
debatidas no Congresso Nacional com a finalidade de melhorar o atual sistema
eleitoral e político brasileiro. Entre os temas estão sistema eleitoral,
financiamento eleitoral e partidário, coligações, alteração das datas de
posses, entre outros.
Mais um caminho a seguir
rumo à mudança esperada é entender que o título mais importante para o
brasileiro em 2014 não será o de campeão mundial, mas sim o título de eleitor.
É com ele que você decidirá os rumos do Brasil para os próximos quatro anos.
Estará em suas mãos o destino dos nossos representantes. Você será o “juiz”
desta “partida”. Vamos juntos mostrar o “cartão vermelho” para a corrupção.
Marcos Pereira é advogado
e presidente nacional do PRB
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