Gastos do Governo Federal em 2014 com energia foi de R$ 1, 5 bilhão.


Vladimir Chaves

Anunciado pela Aneel na semana passada, o subsídio concedido pelo Tesouro para reduzir as contas de luz será cortado. O corte não só afetará o bolso do cidadão, como também aumentará os custos da máquina administrativa. O governo federal gastos elevados com energia, já que é responsável pelo pagamento das contas de luz de todos os prédios do setor público federal. Ano passado, os dispêndios com energia somaram R$ 1,5 bilhão. 

Em 2014, quando ainda se mantinha os repasses do Tesouro ao setor elétrico, o aumento do consumo de luz de um ano para o outro dos prédios públicos da União foi pequeno. Em valores constantes, já atualizados pela inflação, a diferença dos gastos de energia de 2013 para 2014 foi de apenas R$ 18,5 milhões, o que corresponde a alta de 1,3%.

Contudo, esse ano tem tudo para ser diferente. “Imagina o quanto isso não vai impactar nos gastos do governo? O governo federal deveria ser o primeiro interessado em promover redução de consumo de energia”, comentou o especialista em energia e professor da Unicamp, Gilberto Januzzi.

Segundo o professor, a administração detém conhecimento para promover a economia, como construções mais sustentáveis, auditorias energéticas em prédios e equipamentos mais eficientes, mas faltam lideranças para implementar tais ações de maneira ordenada e organizada. “A tarifa vai subir e vai gerar um impacto direto nos custos de manutenção de escolas, prédios, hospitais e de todo setor público. Deveria-se, então, promover eficiência energética. Mas há muito discurso e pouca pratica,” opina ele. 

0 comentários:

Postar um comentário