Queda de Dilma nas pesquisas faz crescer dissidência do PMDB


Vladimir Chaves

A divulgação da última pesquisa Datafolha, que mostra uma tendência consistente de queda na avaliação e intenção de votos da presidente Dilma Rousseff , foi um incentivo a mais para empurrar para fora do barco governista setores expressivos da base aliada que já estavam de olho no crescimento dos adversários Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Campos (PSB-PE). 

Uma parte dos quatro maiores partidos aliados — PMDB, PP, PSD e PR — não acompanhará Dilma este ano. No PMDB, mesmo com o vice Michel Temer, as defecções no apoio a Dilma já atingem Rio, Bahia, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Acre e Roraima. Também há problemas no Paraná, no Mato Grosso do Sul e no Espírito Santo.

Na avaliação de aliados de diversos partidos, até as convenções de julho que decidirão pela manutenção ou não das alianças nacionais com o PT, a dissidência crescerá caso a presidente continue caindo nas pesquisas de intenção de votos. Aécio vem sendo o maior beneficiário das dissidências entre os partidos “dilmistas”.

No PMDB, estão com ele até o momento os diretórios de Bahia, Rio e Acre; ele pode ainda herdar dissidências no Ceará e no Paraná. Campos, que tinha muitos interlocutores no partido, perdeu terreno com a chegada de Marina Silva, mas ainda deve levar o apoio do PMDB gaúcho e pernambucano, e tem conversas com o diretório do Mato Grosso do Sul.

Segundo cálculos ainda não oficiais do PMDB, de 12 a 14 diretórios estaduais fecham com Dilma. Em alguns estados haverá palanque duplo, como Piauí, Rio Grande do Norte e Goiás. Na próxima semana, a Executiva Nacional reúne os presidentes dos diretórios estaduais, as bancadas da Câmara e do Senado para debater o quadro. Peemedebistas avaliam que a confirmação ou não da aliança PT-PMDB em 2014, na convenção do dia 10 de junho, dependerá do desempenho da presidente Dilma nos próximos dias. 

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